A Aline recusou o beijo, e de forma tranquila e suave me afastou com as mãos.
Eu me senti super mal, péssima. Havia outras mulheres no banheiro naquele momento, que ficaram rindo e fazendo comentários. Meu ato já tinha sido inapropriado por si só, mas além disso eu a expus perante as outras clientes.
Ela agiu como se nada tivesse acontecido, me pegou pela mão e voltamos para a mesa.
Por sorte já estávamos finalizando o jantar e logo em seguida já saímos do restaurante e fomos para o apartamento dos meninos. Eu estava tentando disfarçar a aflição, queria conversar com a Aline e lhe pedir desculpas, mas tinha que ser uma conversa privada, somente nós duas.
Quando entramos no apartamento, o Daniel já foi logo se agarrando com a Aline, rapidamente a pegou no colo e levou para o quarto. Não tive tempo de conversar com ela.
Logo em seguida o Cleiton pegou minha mão e fomos até o quarto dele, eu estava excitada, adorava dar pro Cleiton, ele sempre foi muito bom de cama, é carinhoso e faz muito gostoso. Só não dou nota 10 porque na hora de chupar minha boceta ele deixa a desejar, não faz com tanta vontade quanto eu gostaria.
Lá no quarto começamos a nos beijar e a tirar a roupa, e já dava para escutar os gemidos vindos do quarto do Daniel. Ouvir aqueles gritinhos de prazer da Aline me deixavam mais excitada.
Sentamos na cama e o Cleiton começou a me beijar e tirar a minha roupa, começou pela minha blusa, deixando meus seios a mostra. Começou a sugar meus mamilos com muita vontade enquanto apertava minha bunda. Eu retribuí arrancando-lhe a camisa e beijando seu pescoço.
Enquanto me beijava ele desabotoou minha calça e em seguida me pegou pelos pés, tirou meus sapatos e com um movimento brusco me fez ficar completamente deitada na cama.
Arrancou minha calça e depois a calcinha, antes de jogá-la no chão a esfregou em seu rosto e cheirou.
Eu peguei seu rosto com ambas as mãos e direcionei sua boca direto para minha xoxota. Ele a beijou com muito tesão e depois começou a passar a língua, enquanto isso começou ao mesmo tempo a enfiar o dedinho no me cu!
Como eu adoro ser chupada!
Eu já estava em ponto de bala, ele colocou a camisinha e veio por cima de mim, socando gostoso!
Metendo com tanta vontade que eu achei que fosse quebrar a cama.
Gemi loucamente, e não pude deixar de pensar que a Aline estava me escutando também.
O Cleiton ainda cheio de tesão me virou e me deixou de quatro, meteu gostoso e começou a me puxar pelos cabelos!
Depois de alguns minutos, sem tirar o pau de dentro ele me puxou para fora da cama. Eu fiquei de pé, com o corpo inclinado, mãos apoiadas na cama, enquanto ele estava também de pé atrás de mim, metendo com tudo.
Aproveitava para explorar meu corpo com as mãos, especialmente meus seios, que massageava com vigor!
Aquela posição estava uma delícia, ficamos um tempo até que me virei de frente para ele e começamos a nos beijar enquanto eu manipulava seu pau com minha mão.
Fiz um gesto para ele se deitar de costas no chão do quarto, e eu fui por cima dele, cavalgando naquela rola gostosa. Cavalguei com por vários minutos, sentindo aquele pau delicioso dentro de mim!
Por fim ele se sentou na cama, e eu já sabia que ele queria uma bela mamada.
Fiquei de joelhos entre suas pernas e engoli seu pênis, com muita vontade. Suguei gostoso sem me importar dele estar gozando na minha boca.
O sexo com o Cleiton sempre foi muito gostoso, ficamos ambos satisfeitos. Havíamos suado muito e fomos tomar um banho juntos. Depois voltamos para o quarto, conversamos um pouco na cama e logo em seguida o Cleiton dormiu.
Eu não estava conseguindo pegar no sono pois ainda não havia conseguido falar a sós com a Aline.
Resolvi pesquisar na internet, coloquei na pesquisa que eu não era lésbica, tinha um namorado homem e que sentia atração unicamente por uma amiga.
Como resultado o google trouxe alguns termos novos para mim: Bi de festinha, Heteroflexível, Heterocuriosa, entre outros. Não me identifiquei totalmente com nenhum deles.
Comecei a me identificar mais quando li que “A sexualidade humana é uma caixinha de mistérios e uma maravilha ao mesmo tempo. Ninguém, nenhum cientista, estudioso do comportamento humano, até agora, conseguiu definir as variações e gradações do desejo sexual”
Fui entendendo melhor quando li que “ a sexualidade está começando mais a ser vista como um espectro, do que a partir de conceitos rígidos” e que a sexualidade pode variar para uma mesma pessoa ao longo do tempo.
Achei tudo muito interessante, pois era um assunto que até pouco tempo atrás não me chamava a atenção, mas devido ao que estava acontecendo comigo passou a ser importante.
Fiquei mais um tempo acordada e acabei dormindo tarde, quando acordei já eram 11 horas da manhã de domingo. Todos já tinham acordado e resolvemos pedir comida pelo aplicativo.
Depois do almoço ficamos os 4 no sofá assistindo um filme. O combinado é que eu e Aline ficaríamos ali até a noite. Mas eu estava impaciente, queria logo ficar a sós com ela para conversarmos sobre aquele beijo.
Eram 16h quando acabou o filme, me lembro que arranjei uma desculpa qualquer e pedi para o Daniel me levar para casa. A Aline falou que ia comigo, o apartamento dela ficava a 30 metros da minha casa.
Os meninos falaram que queriam que ficássemos mais, mas concordaram em nos dar carona para casa.
Fomos embora no carro do Daniel, que nos deixou em frente ao prédio da Aline.
Finalmente eu estava sozinha com Aline e poderia me desculpar, não estava nem um pouco confortável e nem sabia como começar a conversa, mas eu tinha obrigação de fazer aquilo e deixar claro que não queria que meu ato impensado estragasse nossa amizade.
Nós subimos juntas no elevador e estava um clima estranho, diferente, eu estava meio sem jeito, mas tomei a iniciativa e falei:
- Aline, eu te devo um pedido de desculpas ...
Ela me olhou com ternura e pediu que esperasse entrarmos no apartamento para conversarmos.
Meu coração batia forte, estava ansiosa, não sabia qual seria exatamente sua reação.
O elevador chegou no andar, finalmente entramos e ficamos a sós com privacidade, o apartamento estava silencioso, exceto pelo som de fundo da cidade lá fora, pois os pais da Aline ainda estavam viajando. Sentamos no sofá da sala e Aline olhou para mim esperando que eu falasse. Parecia que o mundo ali dentro tinha parado por um momento. Fiquei olhando para seu rosto lindo até que finalmente tomei coragem para iniciar a conversa
— Aline... — disse com uma voz suave e firme ao mesmo tempo — Eu sei que o que aconteceu ontem não tem justificativa. Eu estava completamente fora de mim, e não pensei nas consequências... E eu só… preciso que você saiba que eu estou arrependida, muito arrependida.
Ela continuou me olhando, sem dizer nada, parecia bem pensativa. Eu aguardei que ela fosse falar algo, como permaneceu em silêncio, eu continuei:
— Eu sei que você não pode simplesmente esquecer isso, e não espero que você me perdoe imediatamente. Eu só... Eu não quero perder a nossa amizade. Eu valorizo demais o que a gente tem, e sei que fui irresponsável. Eu nunca faria nada para te magoar, Aline. Eu só… estava com a cabeça meio perdida, e o álcool me fez fazer algo que eu não deveria.
Aline ainda estava quieta, mas os olhos dela mostravam que ela estava processando tudo, ainda tentando entender a situação, organizar seus próprios sentimentos, até que finalmente falou:
- Eu te desculpo minha amiga! Está desculpada sim, mas que bom que você entende que o que fez foi errado. Em qualquer hipótese é errado tocar ou beijar outra pessoa sem consentimento, não há exceções para isso. Lembra quando aqueles meninos tentaram forçar um beijo em nós duas no carnaval? Nós duas nós sentimos mal, um beijo na boca sempre deve ser consentido. O fato de você estar alcoolizada não é desculpa. Você já estava um pouco inconveniente no restaurante, e me agarrando daquele jeito, de repente, no banheiro, me fez sentir mal.
- Sim , você tem toda razão, eu fiz errado, reconheço. Mas que bom que você me perdoa!
— Eu sei que você não queria que isso acontecesse, Adriane… mas o problema não é só o beijo, é o que ele representou. Não foi só o álcool... Eu percebi que, de alguma forma, você estava se deixando levar, e… desde então eu estou tentando processar tudo isso. Tentando entender o que isso significa para a nossa amizade, e também porque nós duas somos comprometidas!
Engoli a seco, sentindo uma dor no peito. Eu não sabia o que Aline queria ouvir, ou o que ela esperava que acontecesse, mas sabia que não podia voltar atrás. Só podia ser honesta.
— Eu entendo. Eu realmente entendo. Eu só queria que você soubesse que, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente. Não quero que você fique com essa sensação estranha. E, se você precisar de espaço, eu vou te dar esse espaço. Só… por favor, não me abandone. Eu não posso perder você, Aline.
Ela me olhou por alguns segundos, ainda pensando nas palavras que acabara de ouvir. O silêncio se estendeu, como se um peso invisível estivesse entre nós duas. Então suspirou, e pela primeira vez naquele momento, seus lábios se curvaram para um sorriso suave.
— Eu também não quero te perder, Adriane. Eu só... bem eu ... tudo que falei é verdade, beijo não consentido é inaceitável, eu me senti desconfortável com todo o contexto que aconteceu ... eu sou apaixonada pelo Daniel ... mas tenho que te dizer, que do beijo em si eu gostei! Eu senti várias coisas misturadas durante o beijo, e por mais errada que você estivesse, eu senti desejo por você.
Fiquei extremamente surpresa, embora o peso da situação ainda estivesse ali, senti um alívio imenso.
— Você sentiu desejo por mim?! Mas como assim?
— Eu não sei explicar bem como foi, mas que tal se nós tirássemos essa dúvida? Agora com você totalmente sóbria, e com a privacidade de só estarmos nós duas aqui?
Ela falou isso e foi lentamente aproximando a boca dela da minha, olhando para mim em busca de reciprocidade.
Eu a abracei com ternura e nos beijamos com muito carinho e tesão!
Continua ...
“Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
E agora eu vejo, aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo
Se perdeu de mim”
Música : A Cruz e a Espada - RPM