O aplicativo de aluguel me trouxe uma hospedagem inusitada: um conteiner à beira mar, no quintal da residência de um casal de seus trinta a quarenta anos, que, vindos do Sudeste, escolheram a paradisíaca e quase deserta praia nordestina para se estabelecerem. Tinham cinco ou seis quartos improvisados, espalhados pelo amplo quintal. A cozinha era partilhada com eles, na casa. Fora construído um banheiro, num local estratégico do quintal, que servia a todos os hóspedes. E o melhor de tudo: a rusticidade e praticamente zero conforto e comodidades derrubavam os valores do aluguel a preços incrivelmente baixos. E como sempre alugo no meio da semana, os valores são ainda mais em conta.
Assim foi, naquela semana. Rui e Márcia são bastante simpáticos, acolhedores, sabem como nos por à vontade. Zero burocracia e completa assistência são os diferenciais da hospedagem. Estacionamento interno, muros protegidos por cerca elétrica – segundo eles, desnecessários, pois a tranquilidade era o principal atrativo do lugar. Nem em momentos de maior movimento aconteciam anormalidades violentas.
Convidara-me para jantar com eles, no dia em que cheguei. Achei fofo. Fui. Comida caseira, simples, mas deliciosa. E a conversa agradável a quebrar o gelo: cada um falando de sua vida, suas experiências, seus pensamentos. Rui, um homem bonito, começando a ficar calvo, corpo que evidenciava a prática de exercícios físicos; Márcia, linda balzaqueana, sorriso constante, seios rígidos, sempre em liberdade sobre a blusa, robustas coxas escapando do curto shorte que vestia. Em pouco tempo, estávamos os melhores amigos. Ajudei a lavar a louça, enquanto o casal recolhia as comidas e limpava a cozinha. Após isso, falei que iria tomar um banho e curtir um pouco a noite.
Assim fiz. Tomei um delicioso banho de chuveiro, água na temperatura ambiente. Usei a toalha apenas para secar o excesso, deixando a pele fria e fresca. Vesti somente uma bermuda folgada e comecei a explorar o ambiente, a lua se desmanchando em luar de prata. Em frente do muro, a praia e o mar a cerca de 50 metros, havia uma série de bancos de madeira, juntos uns aos outros, forrados com espumas envolvidas em fronhas de tecido colorido, no estilo espreguiçadeira, enfáticos convites a um descanso, mesmo uma madorna...
Acomodei-me num dos bancos e pus-me a admirar as ondas cor de prata, refletindo a luz da lua, que vinham lamber a areia e voltavam, como saudosas do carinho molhado do luar. Em pouco tempo, o casal chegava, e, pedindo licença, sentaram nos bancos ao meu lado. E a conversa foi retomada, tranquila, sobre a beleza da paisagem, os encantos da natureza... essas coisas.
Foi quando percebi que, enquanto conversávamos, a “mão boba” de Márcia acariciava a coxa do marido, e, vez em quando, apalpava seu cacete, que a penumbra do luar me mostrava estar armado. Senti meu próprio pau se expandir, mas procurei me manter discreto. Encaminhei a conversa para a solidão do lugar, a quietude da noite: “Dá até pra ficar sem roupa, curtindo esta brisa pelo corpo inteiro...” – meu comentário teve o tom do aleatório. “Pode ficar à vontade, só estamos nós por aqui...” – a fala foi de Rui.
Não esperei mais; retirei a bermuda e meu mastro logo se mostrou rígido, para o alto. Procurei não me exibir, já que eles não demonstraram qualquer alteração no comportamento. Devem ter olhado para meu pau, naturalmente, mas logo retomaram a conversa sobre a força das marés, olhos perdidos no mar. Momentos depois, Márcia retirou a blusa, expondo os seios redondos e saudáveis, com que eu sonhara todo o tempo; Rui retirou a bermuda, rola tão rígida quanto a minha. Enquanto a conversa rolava, a carícia de Márcia virara suave punheta.
Em pouco tempo, o assunto chegava em swing, trisal e bissexualidade, cada um defendendo seus pontos de vista, o quanto a natureza era sábia em produzir prazer através do encontro de corpos... Bom humor, algumas risadas e o despretencioso toque de Márcia na minha coxa, a mão esquecida sobre ela, enquanto falávamos e falávamos. A punheta no marido estava bem ritmada, ele já remexia sinuosamente o corpo, no ritmo dos afagos de Márcia. Ela finalmente alcançou meu pau e passou também a acariciá-lo. Eu fechei os olhos e gemia baixinho com a leveza e suavidade daquela manipulação.
Então, um silêncio se fez, apenas quebrado pelo barulho das ondas se esguirando até a praia, como espreitando aqueles três humanos que experimentavam um prazer inusitado na noite. Eu, de olhos fechados, senti um leve estremecimento e uma buceta alagada sentando sobre meu pau e fazendo-o sumir-se dentro dela. Ela tomou meu rosto entre as mãos, abaixou e enfiou a língua por dentro da minha boca, num beijo espetacular, para, em seguida, passar a galopar na minha pica, gemendo e balançando os seios diante de mim.
Olhei para o lado e Rui acompanhava com os olhos, e mexendo na própria rola, os movimentos da mulher sobre mim. Sussurrei para ele um “vem cá” tão escroto que ele imediatamente se mexeu em minha direção, colocando a rola a dois centímetros da minha boca. Fui beijando a cabecinha e engolindo-a, sugando-a, chupando-a como a um delicioso picolé ardente. Ele gemia e beijava sofregamente a esposa; ela, presenciando o competente boquete que marido ganhava, como que revigorou as estocadas e gemidas.
Logo as posições foram alteradas e a rola de Rui, babada de minha boca, passou a foder a buceta de Márcia, ocupando o lugar em que a minha estivera até então; depois retirou-se, ela abriu as pernas e ele se ajoelhou diante daquele oráculo de prazer e passou a sugar a xoxota, enquanto o cu, literalmente voltado para a lua, esperava visita, às piscadelas.
Passei a lamber as pregas e enfiar minha língua no buraco de Rui, que se rebolava com sensualidade. Minha rola, de tão dura que estava, e ainda melada pelo lubrificante de Márcia, aprumou-se diante do buraquinho do marido e foi se enfiando com facilidade, afundando naquele macio caminho de carne e músculos.
Utilizando segredos cultivados e aperfeiçoados nos anos de convivência e foda, Rui em pouco arrancava saltos convulsos da esposa, que gozava aos urros. Acelerei minhas estocadas e logo eu também sentia meu prazer explodindo dentro dele, aos jatos, eu também gritando de gozo. Rui igualmente contorcia seu corpo, em espasmos de gozo – e somente então percebi que ele se masturbava enquanto chupava a esposa e era enrabado por mim.
Nossos corpos pulsavam, em busca do restabelecimento do equilíbrio perdido, e cada um sobre sua própria espreguiçadeira, pernas abertas e sexos expostos à prata do luar e ao frescor da brisa do mar, usufruía todo o prazer intenso daquela noite litorânea. Olhos fechados, cada um sentia intimamente os resquícios de prazer que acariciavam nossos corpos. Sorrisos e satisfação plena nos envolviam.