Capítulo 16: As Despedidas
O jantar finalmente havia terminado. A tensão no ar parecia mais densa que nunca, como se o restaurante todo tivesse absorvido os confrontos sutis, os olhares afiados e as provocações veladas da noite. E eu? Bem, eu só queria que tudo terminasse sem maiores incidentes. Ingênuo da minha parte.
Pedro foi o primeiro a se levantar. Ele ajeitou o paletó com aquele gesto exagerado e teatral que só um homem como ele poderia achar natural. Caminhou até mim com passos calculados, estendendo a mão como se estivesse prestes a me oferecer um acordo de negócios.
— Miguel, garoto, foi ótimo te rever.
Sorri de canto, apertando a mão dele. Eu estava pronto para deixá-lo sair sem dizer mais nada, mas, claro, ele não perdeu a oportunidade de prolongar o momento.
— Sobre hoje... — Ele pigarreou, hesitante. Era quase divertido ver aquele homem tão confiante tropeçando nas próprias palavras. — Se eu fui... intenso, peço desculpas.
Intenso. Que escolha peculiar de palavras. Minha resposta morreu antes de sair, e ele continuou, agora com um sorriso que só aumentava minha vontade de sair correndo.
— Que tal um churrasco lá em casa no próximo fim de semana? Assim a gente conversa com mais calma.
Antes que eu pudesse formular uma desculpa, Alessandra surgiu ao lado dele, tão elegante quanto venenosa.
— Isso mesmo, Miguel. Seria ótimo. Precisamos estreitar nossos laços. — O tom dela era doce, mas havia algo afiado no olhar que ela lançou para minha mãe, como se a frase tivesse um alvo específico.
Do outro lado da mesa, Manuela cruzou os braços e riu, uma risada baixa e irônica.
— Engraçado... sempre achei que vocês eram melhores em cortar laços, não estreitá-los.
Pedro ignorou o comentário, mas Alessandra não. Seu sorriso vacilou por uma fração de segundo antes de se recompor.
E então veio Alice. O perfume dela foi o primeiro a me atingir, seguido de sua presença, que era impossível de ignorar. Ela se inclinou perto de mim, tão próxima que eu podia sentir o calor da sua respiração contra minha orelha.
— Espero que você aceite o convite. — A voz dela era baixa, carregada de malícia. — Prometo preparar um presente especial só para você.
Meus músculos enrijeceram. Não era o tipo de promessa que alguém faz casualmente, e o jeito que ela deixou os dedos deslizando de leve sobre meu braço antes de se afastar só tornou a situação mais... complicada.
Eles finalmente saíram, deixando um rastro de tensão no ar. Mas o show não tinha acabado.
Minha avó foi a próxima. Ela se aproximou com passos firmes, mas havia algo diferente no olhar dela. Quando me abraçou, foi firme, talvez até um pouco possessiva. Ela segurou meu rosto entre as mãos, obrigando-me a encará-la.
— Miguel, querido... — A voz dela era baixa, quase como um sussurro conspiratório. — Não seja como o seu pai. Seja como o seu avô. Ele era um homem de verdade.
Eu não sabia o que responder. Apenas assenti, porque parecia o que ela esperava.
Márcia apareceu logo depois, com sua típica falta de cerimônia.
— Ou, traduzindo: não seja um babaca. — Ela riu, balançando a cabeça. — Ou vai continuar virgem, Miguel.
Minha avó suspirou, claramente impaciente com a filha, mas não a corrigiu. Havia um peso de verdade naquela provocação.
Marcela veio por último, com passos lentos, quase hesitantes. Diferente das outras, ela parecia evitar meu olhar, como se estivesse processando algo. Quando finalmente me abraçou, foi de forma mais contida, mas havia uma estranha melancolia em seu gesto.
— Então... vai mesmo ao churrasco? — Ela perguntou, ainda evitando me olhar nos olhos.
— Não sei. Parece perigoso demais.
Ela riu, um som breve e abafado.
— Perigoso? Você já sobreviveu a hoje.
Antes de se afastar, ela inclinou-se para me beijar no rosto, mas algo deu errado. Talvez fosse o vinho, talvez fosse o destino querendo brincar com a gente. Seus lábios acabaram no canto da minha boca.
Ficamos parados por um momento que pareceu durar uma eternidade. Quando ela finalmente se afastou, estava vermelha, mas tentou disfarçar.
— Desculpa. — Sua voz era baixa, quase inaudível.
— Não precisa... foi só um... acidente. — Eu sorri, tentando aliviar o constrangimento.
Mas ela não respondeu. Apenas assentiu e deu um passo para trás.
Manuela interrompeu o momento, sempre prática.
— Posso chamar o Uber?
— Sim, já está tarde. — Minha respondeu, mas sua voz carregava cansaço.
— Não vou com vocês. — Disse, antes que pudesse pensar duas vezes. — Combinei com o Daniel de encontrar ele no bar.
Minha mãe parou, me olhando com um misto de preocupação e exaustão.
— Tome cuidado, Miguel.
Uma a uma, elas foram embora, deixando o restaurante mais vazio, mas minha cabeça mais cheia do que nunca.
Ainda sentado à mesa, fiquei olhando para as taças e pratos vazios, tentando processar tudo o que tinha acontecido. Mas, no fundo, eu sabia que as despedidas não eram o fim – só um prelúdio para algo muito maior.
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