Estávamos dentro do quarto, um espaço que parecia mais apertado do que nunca, como se as paredes quisessem nos envolver naquele momento tão nosso. A luz amarelada do abajur criava sombras suaves pelo cômodo, dançando nas paredes como testemunhas silenciosas. O cheiro familiar de madeira misturado com o perfume discreto de Gustavo preenchia o ar, trazendo uma sensação de aconchego, mas também de vulnerabilidade.
Estávamos sentados na cama, e o silêncio que se seguiu ao beijo parecia gritar mais alto do que qualquer palavra que pudéssemos dizer. Gustavo ainda me olhava como se quisesse gravar cada detalhe do meu rosto, enquanto seus dedos deslizavam pelo lençol, até encontrarem os meus.
— Você está bem? — Ele quebrou o silêncio, sua voz soando quase hesitante.
Eu assenti, mas não confiei na minha voz para responder de imediato. Meu coração ainda batia rápido, e meus pensamentos estavam uma bagunça. Era uma mistura de medo, excitação e uma felicidade que eu nunca havia sentido antes.
— Nunca me senti tão bem, para ser honesto. — Minha voz saiu baixa, mas sincera.
Ele sorriu, aquele sorriso meio de lado que sempre fazia meu estômago dar voltas.
— Eu também.
Gustavo se aproximou mais, nossos joelhos agora se tocavam. Era como se qualquer distância entre nós fosse insuportável. Seus olhos castanhos me analisavam com uma intensidade que quase me fazia desviar o olhar, mas eu não conseguia. Estava preso naquele momento, naquele quarto, naquele olhar.
— Sabe, Léo... — Ele começou, sua voz carregada de emoção. — Eu passei tanto tempo achando que isso era errado. Que nós éramos errados. Mas aqui, agora... nada nunca pareceu tão certo.
Senti meus olhos arderem, mas me recusei a chorar. Ainda assim, uma lágrima solitária escapou, descendo lentamente pela minha bochecha. Gustavo a enxugou com o polegar, sua mão quente contra a minha pele.
— Eu amo você, Léo. Sempre amei.
Minhas defesas finalmente desmoronaram. Tudo o que eu vinha guardando por tanto tempo, todas as dúvidas, os medos, foram embora com aquelas palavras. Eu me inclinei para ele, e nossas testas se tocaram.
— Eu também amo você, Gustavo.
Ele sorriu de novo, mas desta vez havia algo diferente em seus olhos. Não era apenas paixão ou felicidade, mas uma espécie de alívio, como se finalmente tivéssemos encontrado o que estávamos procurando.
O mundo lá fora não existia mais. Não havia julgamentos, não havia medos. Apenas nós dois, naquele quarto, naquele momento.
E foi assim que começamos a nos declarar, entre beijos e palavras sussurradas. Cada frase carregava uma parte de nós, cada toque reafirmava o que sentíamos. Gustavo segurou meu rosto entre as mãos e disse:
— Eu prometo que, daqui para frente, você nunca vai se sentir sozinho de novo.
Aquele dia ainda está gravado em minha memória como uma mistura de euforia e ansiedade. Quando ouvimos o barulho dos nossos pais chegando em casa, acompanhado do meu irmão, foi como se o ar do quarto ficasse mais pesado. Gustavo e eu trocamos um olhar, e nenhum de nós queria abrir a porta. A pior parte não era apenas sair do quarto, mas fingir que nada tinha acontecido, como se o mundo ainda fosse o mesmo de antes.
Minha mãe gritou meu nome da sala, a voz alta quebrando a bolha que havíamos criado. Gustavo segurou minha mão por um segundo a mais, um gesto rápido, mas cheio de significado, antes de sairmos do quarto juntos. Quando chegamos à sala, a noite já estava avançada, e minha mãe tinha pedido pizza para o jantar.
Sentei no sofá, mas minha mente estava a quilômetros de distância. Cada pedaço daquela noite parecia fora de lugar, exceto por Gustavo ao meu lado. Eu não tinha fome; era como se meu corpo estivesse anestesiado, incapaz de sentir qualquer coisa que não fosse o desejo de voltar ao quarto e passar a noite inteira com ele. Eu queria desesperadamente sentir novamente seus lábios nos meus, a conexão que parecia preencher um vazio que eu nem sabia que existia.
Enquanto isso, meu irmão falava sobre a prova que tinha feito mais cedo, e eu não conseguia me concentrar em uma única palavra. Balançava a cabeça de vez em quando, tentando parecer interessado, e dava risos mecânicos quando ele fazia alguma piada. Mas minha mente estava em outro lugar, voltando ao toque de Gustavo, àquele beijo que parecia ter mudado tudo.
Depois de quase uma hora, as coisas começaram a se acalmar. Meu padrasto se recolheu, minha mãe foi para o quarto, e meu irmão finalmente saiu da sala. Senti um alívio percorrer meu corpo. Era como se todo o meu ser estivesse aguardando aquele momento, o instante em que Gustavo e eu poderíamos estar sozinhos de novo.
Quando voltamos ao quarto e fechamos a porta, o mundo exterior desapareceu mais uma vez. Gustavo me olhou com um sorriso suave e estendeu a mão, entrelaçando seus dedos nos meus. Ele me puxou em direção à minha cama, que, a partir daquela noite, se tornaria nossa cama.
Deitamos lado a lado, e Gustavo me puxou para perto, deixando minha cabeça descansar em seu peito. Seus dedos deslizaram pelo meu cabelo, e eu fechei os olhos, deixando aquela sensação me envolver completamente. Era tudo tão simples, mas ao mesmo tempo tão grandioso. Cada movimento, cada toque, parecia uma promessa silenciosa de que aquilo era só o começo.
— Eu vou terminar com aquela menina. — A voz de Gustavo quebrou o silêncio, firme e decidida. Ele me olhou nos olhos, esperando uma resposta.
Assenti devagar, ainda sem conseguir dizer nada. Meu coração estava acelerado, mas não de nervosismo; era esperança.
— E você vai terminar com o Miguel.
Assenti novamente, sabendo que era a coisa certa a fazer. Não porque Gustavo me pedia, mas porque eu sabia que não havia espaço para mais ninguém.
— A partir de agora, somos apenas nós dois.
E então ele se inclinou, puxando meu rosto para perto do dele. Seus lábios tocaram os meus, e aquele beijo foi calmo, mas carregado de significado. Não era apenas um beijo apaixonado, era uma declaração, uma promessa de que, a partir daquele momento, nossos caminhos seriam um só.
Deitados ali, abraçados e trocando beijos e palavras suaves, o mundo lá fora deixou de existir completamente. Pela primeira vez, eu sentia que estava exatamente onde deveria estar. Gustavo era minha casa, meu refúgio. E, naquela noite, enquanto ele fazia cafuné no meu cabelo, adormeci com a certeza de que o que tínhamos era real, puro e verdadeiro.
Dormir sentindo o calor do corpo do Gustavo era uma das coisas que eu mais amava no mundo. Hoje, sem o abraço dele todas as noites, é como se algo estivesse fora de lugar, como se o universo tivesse perdido o eixo. Era um vazio que nem o tempo parecia preencher, um buraco constante na minha alma.
Naquela manhã de segunda-feira, lembro de acordar lentamente, a luz do sol entrando pelas frestas da cortina e banhando o quarto com um brilho suave. Abri os olhos e o primeiro rosto que vi foi o de Gustavo, me observando. Seus olhos brilhavam como se ele estivesse admirando uma obra de arte que só ele entendia.
— Você é bonitinho roncando. — Ele disse, com um sorriso travesso, enquanto bagunçava meu cabelo. — Bom dia, namorado!
Aquela palavra, "namorado", me pegou desprevenido. Senti meu coração acelerar e um sorriso inevitável surgir em meus lábios. Namorado? Nunca tínhamos falado isso antes. Tudo entre nós era tão natural que parecia não precisar de rótulos, mas ouvir aquilo era como confirmar algo que já sabíamos.
— Namorado? — Perguntei, meio envergonhado, mas ele apenas deu de ombros, com aquele jeito descontraído que só ele tinha.
— É claro. Já nos conhecemos a vida toda, acho que podemos apressar os rótulos, não?
Antes que eu pudesse responder, ele se inclinou e me deu um beijo. Seus lábios eram macios e quentes, e naquele instante, todas as dúvidas e medos desapareceram. Ele era meu, e eu era dele.
Gustavo se levantou, espreguiçando-se, e foi em direção ao banheiro. Mas, diferente de todas as outras vezes, ele não trancou a porta. Simplesmente a deixou aberta, como se quisesse dizer que agora não havia mais barreiras entre nós.
Deitado na cama, eu tinha uma visão perfeita do reflexo dele no espelho do banheiro. Ele ligou o chuveiro e começou a tomar banho. O vapor subiu, cobrindo os azulejos do banheiro com uma camada fina de condensação. Meus olhos o seguiam, cada movimento dele parecia hipnotizante.
O que me pegou de surpresa foi a onda de calor que senti. Um desejo diferente de tudo que já havia experimentado antes. Com Miguel, os beijos eram intensos, mas nunca me despertaram essa vontade. Com Gustavo, era diferente. Eu queria estar perto, queria sentir sua pele contra a minha, queria que o mundo desaparecesse e restássemos apenas nós dois.
Pensei em levantar e me juntar a ele no banho. Minha imaginação correu solta por alguns instantes, mas decidi me controlar. Não queria que ele pensasse que eu estava apressando as coisas, apesar de cada célula do meu corpo me implorar para fazer exatamente isso.
Quando Gustavo terminou o banho, saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e um sorriso no rosto. Ele parecia tão à vontade, tão natural, como se o peso do mundo não existisse.
— Você vai ficar deitado aí o dia todo, ou vai se arrumar? — Ele perguntou, jogando uma toalha na minha direção.
Sorri para ele, sentindo uma felicidade que parecia querer explodir dentro de mim. Aquele era o começo de algo que eu sabia que mudaria minha vida para sempre.
Enquanto me levantava para me arrumar, uma certeza me atingiu: Gustavo era o que sempre esteve faltando na minha vida. E, a partir daquele momento, eu faria de tudo para proteger o que tínhamos.
Aquele dia foi o primeiro de muitos onde o "nós" passou a ser mais importante do que qualquer outra coisa.
Descemos as escadas em silêncio, mas os olhares que trocávamos carregavam um peso quase impossível de esconder. O cheiro de café fresco misturado com o aroma da pizza que havia sobrado da noite anterior dominava a cozinha. Minha mãe estava sentada à mesa, lendo o jornal, enquanto Eduardo preparava uma tigela de cereais. Era uma cena comum, mas para mim e Gustavo, tudo parecia extraordinariamente tenso.
Sentei-me ao lado de Gustavo, mas mantive uma distância cuidadosa, lutando contra a vontade de tocar sua mão ou simplesmente me inclinar na direção dele. Cada vez que nossos olhos se cruzavam, era como se um segredo gritasse entre nós, implorando para ser descoberto. Meu coração batia tão rápido que eu temia que todos na sala pudessem ouvir.
— Vocês estão tão quietos hoje. Aconteceu alguma coisa? — minha mãe perguntou, levantando os olhos do jornal para nos encarar.
— Nada, mãe. Só sono mesmo. — Gustavo respondeu rapidamente, com um sorriso ensaiado, enquanto dava uma mordida na pizza.
Eduardo, alheio a qualquer tensão no ar, começou a falar sobre algo engraçado que tinha acontecido na prova no dia anterior. Balancei a cabeça e sorri, como se estivesse prestando atenção, mas minha mente estava longe. Gustavo também estava visivelmente desconfortável, tamborilando os dedos na mesa enquanto fazia comentários ocasionais.
Assim que terminamos de comer, subi para escovar os dentes e pegar minha mochila. Gustavo me seguiu, e por um instante, ficamos sozinhos no corredor. Ele me puxou para um canto mais discreto e sussurrou:
— Você consegue segurar até a escola? Porque eu não consigo.
Antes que eu pudesse responder, ele me deu um beijo rápido, mas cheio de intensidade. Foi como se roubássemos um momento do mundo só para nós.
— A gente tem que descer. — Eu disse, tentando me afastar, mas ele segurou minha mão por um segundo a mais.
— Você é tão lindo assim nervoso.
Descemos novamente, tentando parecer naturais, e fomos direto para a porta, nos despedindo.
Assim que entramos pelos portões da escola, o peso do segredo parecia dobrar. Ali, não havia como ficarmos próximos o tempo todo. Cada um tinha suas aulas, e a única coisa que nos restava eram os momentos furtivos nos corredores ou os olhares rápidos durante o intervalo.
Quando Gustavo me deixou na porta da minha sala, ele segurou meu braço por um segundo, como se quisesse dizer algo.
— Léo... não esquece que eu te amo.
— Como eu poderia? — Respondi, tentando disfarçar o quanto queria abraçá-lo ali mesmo.
Assim que ele se afastou, entrei na sala, mas minha mente estava longe de qualquer coisa que o professor estava explicando. Pensava nele, em como seria difícil passar o dia sem ele, e, principalmente, no que eu precisava fazer com Miguel.
Eu estava sentado na última fileira, tentando parecer concentrado enquanto o professor falava sobre química orgânica. Mas, para ser honesto, as palavras dele eram apenas ruídos distantes. Eu até fingia que anotava algo no caderno, mas a verdade é que minha mente estava em outro lugar. O quadro na frente parecia mais uma tela em branco, enquanto meus pensamentos viajavam para tudo o que estava acontecendo fora daquela sala.
Hoje, olhando para trás, percebo que aquele ano inteiro foi assim. Eu mal conseguia prestar atenção nas aulas. Sempre tinha alguma coisa ocupando minha cabeça, algum problema ou preocupação que me fazia desligar do mundo ao meu redor. Foi o ano mais caótico da minha vida, mas, ao mesmo tempo, o mais diferente.
E, sabe, apesar de toda a confusão, eu não trocaria por nada. Porque, naquele ano, eu finalmente encontrei a pessoa que amo. Essa certeza fazia cada distração, cada nota baixa e cada bronca dos professores valerem a pena.
O relógio parecia avançar mais devagar do que nunca. Cada segundo que passava me aproximava do intervalo, e meu coração acelerava só de pensar em finalmente descer para ver o Gustavo. Mas antes disso, eu tinha algo importante para resolver, algo que não podia mais adiar. Precisava falar com o Miguel, encerrar o que tínhamos, deixar tudo claro entre nós.
Eu já sabia onde encontrá-lo. Desde o começo do ano, o banheiro do andar de cima havia se tornado "o nosso lugar". Era lá que ele sempre me esperava quando queria falar comigo ou, mais frequentemente, me agarrar de surpresa, como se o mundo não existisse fora daquele espaço apertado e abafado.
Assim que o sinal tocou, meu peito pareceu explodir em um misto de ansiedade e nervosismo. Peguei minhas coisas com pressa, mas minhas pernas tremiam enquanto caminhava até o banheiro. Quando empurrei a porta, o espaço estava vazio. Suspirei, aliviado e ao mesmo tempo inquieto. Ele ainda não havia chegado.
Encostei na pia, sentindo a cerâmica gelada contra as palmas das minhas mãos. Meu reflexo no espelho me encarava com uma expressão tensa e cansada. Minha cabeça girava com todas as possibilidades: Como eu vou começar? Ele vai ficar com raiva? Vai gritar? E se ele não aceitar o que eu disser?
Passei a mão pelo cabelo, tentando organizar meus pensamentos, mas o nó na garganta não diminuía. Cada barulho no corredor fazia meu coração pular, como se fosse ele entrando. Olhei para o relógio de novo, os ponteiros pareciam parados, conspirando contra mim.
A verdade é que eu estava aterrorizado. Nunca fui bom em confrontos, e, apesar de saber que era o certo a fazer, magoar alguém nunca foi algo que eu conseguia lidar bem. Miguel não merecia isso, não do jeito que estava acontecendo, mas eu não podia continuar. Não com Gustavo sendo tudo o que eu queria.
Enquanto esperava, tentei respirar fundo e lembrar por que estava fazendo isso. Por mim. Pelo Gustavo. Pelo que a gente sente um pelo outro. Repeti isso para mim mesmo como um mantra, tentando me acalmar.
Finalmente, ouvi passos se aproximando. O barulho ecoava pelo corredor, ficando cada vez mais alto, até que a porta rangeu e Miguel entrou. Meu estômago revirou.
Miguel entrou, com um sorriso largo, como se nada estivesse errado.
— Ei, finalmente! Achei que você ia fugir de mim hoje.
Antes que eu pudesse responder, ele atravessou o espaço entre nós e me puxou pela camisa, me jogando contra a parede. Seus lábios estavam prestes a encontrar os meus, mas eu virei o rosto.
— Miguel, espera. A gente precisa conversar.
Ele parou, confuso, mas ainda segurando minha camisa. Eu precisava ter coragem.
Hoje, enquanto escrevo sobre tudo o que vivemos, tenho plena consciência de algo que, na época, talvez eu não conseguisse enxergar com clareza: Miguel nunca teve coragem de se assumir. Ele carregava esse peso, essa dualidade, entre a fama de valentão que cultivava e o que realmente sentia por dentro. Era nítido. Ele precisava desesperadamente manter aquela máscara para o mundo, mas, ao mesmo tempo, não conseguia evitar os sentimentos que surgiram entre nós.
Eu sei, lá no fundo, que Miguel criou sentimentos verdadeiros por mim. Aquilo nunca foi um jogo ou algo passageiro, mesmo que às vezes eu tenha tentado convencer a mim mesmo do contrário. Talvez fosse uma forma de proteger meu coração, de me distanciar do impacto que nosso término teve em ambos. Mas, olhando para trás, vejo que o Miguel de verdade, aquele por trás das piadas e da postura defensiva, era alguém perdido, tentando lidar com algo que ele mal entendia.
Nosso término foi brusco, quase cruel. Não houve uma briga, um erro, nada que justificasse o rompimento repentino. Simplesmente aconteceu porque precisava acontecer, porque eu já não podia mais fingir que era feliz estando com ele enquanto meu coração batia por outra pessoa. Mas, pensando bem, isso deve ter o impactado de formas que eu não imaginei na época.
Hoje, vejo sinais disso. O "Miguel do futuro", como eu gosto de chamá-lo, aquele que veio até mim anos depois e perguntou se eu queria ficar com ele, deixou tudo isso claro. Ele estava disposto a largar tudo, a enfrentar o que fosse, só para ficarmos juntos. Ele finalmente estava pronto para ser quem ele realmente era, sem máscaras. Só que, naquele momento, eu já não podia oferecer o que ele queria. Meu coração já não era dele.
E, sim, isso me traz um pouco de culpa. Porque é como se, de alguma forma, ele nunca tivesse conseguido seguir em frente por minha causa. Como se aquele capítulo da nossa vida tivesse ficado aberto para ele, mesmo depois que eu virei a página. Talvez o impacto que tive na vida do Miguel seja maior do que eu jamais imaginei. É um pensamento que me pesa, mas que também me faz perceber o quanto as escolhas que fazemos podem ressoar na vida das pessoas de formas inesperadas e permanentes.
xxxxxx
Amores, desculpa o sumiço, mas tenho que lembrar a vocês que a CDC não paga minhas contas 😂😂
Quando a semana de trabalho fica intensa acabo não conseguindo atualizar tanto o quanto gostariam, então peço paciência. Amo vocês 💓