Aquele dia ficou marcado na minha memória por muitas razões. Foi um dia de descobertas, de decisões difíceis e de um impacto que eu nunca imaginaria carregar por tanto tempo. Foi minha primeira vez em um termino e minha primeira vez numa relação mais íntima com alguém que eu amava. No banheiro da escola, com o som abafado dos corredores e a luz fria refletindo nas paredes de azulejos brancos, senti meu coração pesar como nunca antes.
Era um ambiente impessoal, frio, mas que, naquele momento, parecia ainda mais sufocante. O cheiro de desinfetante misturado ao suor dos alunos que passavam apressados lá fora aumentava meu nervosismo. Encostei na parede, tentando organizar meus pensamentos, mas a ansiedade tomava conta.
– Como assim terminar? – ele perguntou, um sorriso cínico nos lábios. – A gente nem tem nada, é só uma pegação, cara. Eu alivio meu tesão em você, que, inclusive, já tá na hora de liberar um pouco mais, né?
Foi como levar um tapa na cara. As palavras dele ecoaram no banheiro vazio, me deixando atordoado. Senti minha garganta apertar, e por alguns segundos, eu não consegui dizer nada.
– Miguel... – comecei, tentando encontrar as palavras certas, mas sentindo minha voz trêmula. – Eu achei que a gente tava construindo algo... Eu passei dias magoado, pensando em como conversar com você, e...
Ele riu, uma risada curta e amarga, interrompendo minhas palavras.
– Que "construindo algo", Léo? – Ele balançou a cabeça, como se o que eu dizia fosse absurdo. – Não sou viadinho, não. É só tesão. Isso eu tenho com qualquer um.
O chão parecia desaparecer debaixo dos meus pés. As palavras dele eram como facas, rasgando qualquer ilusão que eu ainda pudesse ter. Olhei para ele, esperando encontrar algum arrependimento no olhar, mas tudo o que vi foi indiferença.
– Eu não acredito que você está dizendo isso – sussurrei, sentindo as lágrimas ameaçando cair.
– Acredita, sim – ele respondeu, cruzando os braços. – Você só serviu pra isso, e se acha que ia ser diferente, o problema é seu.
O peso das palavras dele era quase insuportável. Eu me sentia humilhado, pequeno, como se todos os momentos que tivemos juntos não tivessem significado absolutamente nada para ele.
– Por que você tá sendo tão cruel? – perguntei, tentando conter as lágrimas.
– Cruel? – Ele deu um passo à frente, ficando mais próximo. – Você é que tá querendo me enfiar num negócio que eu nunca prometi. Eu sou livre, cara. Não tenho que dar satisfação pra ninguém.
A cada palavra, o buraco no meu peito parecia aumentar. Eu tinha entrado naquele banheiro para tentar fechar um ciclo com respeito e maturidade, mas saía de lá com uma ferida que demoraria muito a cicatrizar.
Olhei para Miguel uma última vez, tentando encontrar algo, qualquer coisa que me fizesse acreditar que ele ainda tinha algum sentimento verdadeiro, mas não encontrei.
Sem dizer mais nada, virei as costas e saí. As lágrimas, que eu vinha segurando com tanta força, começaram a cair assim que passei pela porta. Cada passo parecia mais pesado que o anterior.
Dentro do banheiro, Miguel ficou, mas suas palavras continuariam a me assombrar por muito tempo. E naquele momento, enquanto me afastava, percebi que o que eu sentia por Gustavo era completamente diferente. Com ele, eu sabia que não precisaria questionar o que era real.
Hoje, enquanto reflito sobre tudo, entendo que as palavras e atitudes de Miguel naquele dia foram, na verdade, um mecanismo de defesa. Ele estava travando uma batalha interna que eu não era capaz de compreender completamente na época. Levou anos para ele começar a se descobrir, a entender e aceitar o que realmente sentia, mesmo que, no final, tenha escolhido seguir outro caminho. Ainda assim, algo dentro de mim me diz que ele nunca encontrou a felicidade plena. Casado, com uma família construída, ele talvez carregue uma sombra, uma lacuna que nunca será preenchida.
Mas, por outro lado, naquele momento, o que importava era o intervalo. Era a chance de ficar ao lado do meu Gustavo, meu maninho – ou melhor, meu namorado. Aquele pedaço de tempo parecia o mais especial do dia, como se o resto da rotina escolar fosse apenas um obstáculo até podermos nos encontrar. Nossa área favorita era atrás da quadra, um lugar mais afastado, com uma árvore alta que proporcionava sombra e uma falsa sensação de privacidade.
Sentados ali, dividíamos nossos lanches e nossas histórias da manhã. Gustavo, com seu sorriso leve, me contou sobre o término com a menina. Ele parecia um pouco desconfortável ao relatar como ela foi reativa, quase hostil, ao ouvir que ele não queria mais continuar. Apesar disso, ele não deixou de brincar sobre como ela sempre exagerava em tudo.
Eu, por outro lado, decidi minimizar meu relato sobre Miguel. Disse apenas que havia terminado e que tudo foi tranquilo, sem entrar em detalhes sobre o quão magoado me sentia com as palavras dele. Não queria estragar o momento ou trazer a tensão daquela conversa para o nosso pequeno refúgio. No fundo, queria que Gustavo acreditasse que eu estava bem, mesmo que, por dentro, ainda carregasse aquela dor.
Estar com ele era como um bálsamo para tudo. Mesmo assim, a frustração de não poder demonstrar nosso amor publicamente me deixava um tanto inquieto. Eu queria mais. Queria poder entrelaçar meus dedos aos dele sem medo, beijá-lo ali mesmo, sentir o sabor do momento sem a necessidade de segredos.
– Sabe o que é engraçado? – disse ele, me olhando com aqueles olhos que me derretiam. – Ficar aqui com você faz eu esquecer qualquer problema.
Ri, mesmo sentindo meu peito apertar.
– Você também faz isso por mim.
Era verdade. Gustavo era minha paz, meu porto seguro, minha felicidade. E cada segundo ao seu lado fazia valer a pena todos os sacrifícios. Ainda assim, não podia evitar sonhar com o dia em que não precisaríamos mais nos esconder. O dia em que eu poderia dizer ao mundo, sem medo: "Eu amo esse garoto".
Enquanto conversávamos, o barulho da escola parecia diminuir, como se estivéssemos em uma bolha só nossa. Gustavo se ajeitou ao meu lado, esticando as pernas no chão e apoiando as costas no tronco da árvore. Ele parecia tão calmo, mas eu sabia que, por dentro, ele também lutava com suas inseguranças.
– Você acha que um dia vai ser diferente? – perguntei, quase num sussurro.
Ele virou o rosto para mim, surpreso com a pergunta.
– Diferente como?
– Que a gente vai poder ser quem a gente é, sem precisar se esconder. Que não vai ter essa necessidade de afastar as pessoas, mentir, disfarçar...
Gustavo ficou em silêncio por um momento, olhando para o céu entre os galhos da árvore. A luz do sol filtrada pelo verde das folhas iluminava seus olhos de um jeito que me deixava hipnotizado.
– Eu não sei, Léo. – Ele suspirou. – Mas eu quero acreditar que sim. Quero acreditar que, um dia, tudo isso vai valer a pena.
As palavras dele trouxeram um misto de esperança e tristeza. Era reconfortante saber que ele também sonhava com um futuro melhor, mas ao mesmo tempo doía admitir que aquele momento, por mais perfeito que fosse para nós, ainda era cheio de limitações impostas pelo mundo ao nosso redor.
Decidimos mudar de assunto, como sempre fazíamos quando o peso da realidade ameaçava invadir nosso pequeno universo. Gustavo começou a contar histórias sobre sua infância, momentos engraçados com a família que sempre me faziam rir. Eu, por outro lado, adorava ouvir o som da risada dele, porque era tão genuína que fazia tudo ao redor parecer menos complicado.
O sinal tocou antes que percebêssemos, trazendo-nos de volta à realidade da escola. Levantamos devagar, recolhendo nossas coisas. Enquanto caminhávamos em direção ao prédio, Gustavo segurou meu braço por um instante, olhando ao redor para garantir que ninguém estava por perto.
– Só para você não esquecer... – Ele se inclinou e me deu um beijo rápido, um gesto furtivo que fez meu coração disparar.
– Não tem como eu esquecer – murmurei, sorrindo enquanto ele se afastava.
Voltamos às aulas como se nada tivesse acontecido, mas, por dentro, o momento continuava vivo, aquecendo meu coração. Era difícil estar na mesma escola que ele e agir como se fôssemos apenas dois irmãos, mas eu sabia que cada sacrifício, cada segredo, era por nós.
Mesmo com tudo isso, a tarde ainda reservava um desafio: Gustavo insistiu que eu fosse com ele ao treino de futebol depois da escola. Ele queria que eu conhecesse o time, que o visse em campo, mas a ideia de estar rodeado por tantos olhares me deixava desconfortável. Ainda assim, aceitei, porque era impossível dizer "não" para ele.
E assim, enquanto as aulas terminavam, meu coração já começava a acelerar. Eu sabia que qualquer momento com Gustavo seria especial, mas estava prestes a descobrir que, no campo de futebol, ele era ainda mais fascinante.
Quando chegamos ao campo de futebol, senti meu estômago revirar. Não era exatamente um lugar que eu costumava frequentar. O cheiro de grama cortada misturado ao suor dos jogadores já em aquecimento me trazia uma sensação estranha de estar fora do meu mundo. Gustavo, no entanto, parecia completamente em casa.
Ele vestia o uniforme do time da escola, um short azul-marinho e uma camisa branca com detalhes dourados que acentuavam sua pele bronzeada. Quando ele me olhou antes de entrar em campo, deu aquele sorriso que era só dele, um sorriso que me fazia esquecer de tudo ao redor.
– Fica por aqui, tá? Prometo que não vai demorar muito – disse ele, piscando para mim antes de correr para se juntar aos outros jogadores.
Eu me sentei na arquibancada, um pouco afastado dos outros alunos que estavam ali para assistir. Minhas mãos estavam inquietas, e meu olhar não conseguia se afastar de Gustavo. Ele parecia tão à vontade, tão confiante com a bola nos pés, comandando os movimentos do time. Cada passe, cada corrida, cada chute era feito com uma determinação que me fazia admirá-lo ainda mais.
Quando ele marcou o primeiro gol, a comemoração foi como uma explosão de energia. Os colegas de time o abraçaram, batendo em suas costas, mas foi para mim que ele olhou. No meio da multidão, seus olhos me encontraram, e ele sorriu. Era um sorriso que dizia tudo sem precisar de palavras: “Esse gol foi para você.”
Eu senti meu rosto queimar. Meu coração parecia que ia saltar do peito. Era como se, por um breve momento, só existíssemos nós dois naquele campo.
Gustavo marcou mais dois gols durante o jogo, e cada vez que a bola entrava na rede, ele olhava para mim. O suor escorrendo pelo rosto, o cabelo grudado na testa, a respiração pesada... Ele estava absolutamente lindo. Era difícil desviar o olhar, mesmo quando eu sentia os olhos curiosos de outras pessoas em mim, talvez se perguntando por que eu parecia tão encantado com aquele jogador específico.
Enquanto o jogo continuava, comecei a pensar em como tudo aquilo era tão surreal. Gustavo e eu, juntos. Era algo que eu jamais imaginei acontecer, mas ali estava ele, correndo pelo campo, vivendo um dos momentos que ele mais amava, e ainda assim me incluindo de alguma forma.
No final do jogo, o time dele venceu por 3 a 1, graças aos gols dele. Enquanto os jogadores saíam do campo, Gustavo veio direto para onde eu estava. Ele estava ofegante, o uniforme molhado de suor, mas isso só o fazia parecer ainda mais incrível.
– E aí, o que achou? – perguntou ele, ainda respirando pesado.
– Você foi... incrível – respondi, tentando não gaguejar.
Ele sorriu, passando a mão pelo cabelo úmido.
– Que bom que você veio. Foi mais fácil jogar sabendo que você estava aqui.
Eu não sabia o que dizer. Ficar ao lado dele, mesmo em um lugar cheio de gente, era como estar em outro mundo.
Enquanto caminhávamos para fora do campo, Gustavo contou sobre as jogadas, o que deu certo e o que poderia ter sido melhor. Mas, na verdade, eu mal ouvia. Minha cabeça estava ocupada demais tentando processar como era possível amar alguém tanto assim.
Aquele dia me ensinou algo que carregaria para sempre: quando estamos com a pessoa certa, até os momentos mais simples – como assistir a um jogo de futebol – se tornam inesquecíveis. E naquele momento, com Gustavo ao meu lado, eu sabia que estávamos apenas começando nossa história.
Quando chegamos em casa, o silêncio foi a primeira coisa que percebi. Nenhuma voz, nenhum barulho de televisão ligada ou panelas na cozinha. Era estranho, mas ao mesmo tempo, um alívio. Não ter ninguém em casa significava que poderíamos relaxar, sermos apenas nós dois sem precisar nos preocupar em esconder nada.
– Parece que a casa é nossa – Gustavo comentou, jogando a mochila no sofá da sala antes de subir as escadas em direção ao nosso quarto.
Eu o segui, meu coração batendo mais rápido do que deveria. Era quase impossível não me sentir assim perto dele, ainda mais depois do jogo. A energia que ele exalava parecia me contagiar de uma forma que eu não sabia explicar.
Ao entrar no quarto, Gustavo foi direto para a cama, onde se sentou para tirar os tênis e as meias. O uniforme estava colado no corpo dele, marcado pelo suor do jogo, e a visão me fez engolir em seco. Ele parecia ainda mais bonito assim, como se a intensidade do esporte ampliasse tudo que eu já achava perfeito nele.
– Vou tomar banho – ele disse, puxando a camisa pelo pescoço e revelando a pele suada do peito. Eu tentei desviar o olhar, mas era impossível. A luz do fim da tarde que entrava pela janela destacava cada linha do corpo dele, cada gota de suor que descia pela pele.
Antes que eu pudesse responder, ele se levantou e começou a abrir o short. Em poucos segundos, estava completamente nu, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Gustavo tinha essa confiança que me deixava ao mesmo tempo fascinado e nervoso.
– Tá esperando o quê? Vai ficar aí parado? – ele perguntou com um sorriso travesso antes de pegar uma toalha e entrar no banheiro.
Eu fiquei imóvel por alguns segundos, processando o que tinha acabado de acontecer. Ele havia ficado completamente nu na minha frente, sem nenhuma hesitação. A porta do banheiro ficou entreaberta, e eu podia ouvir o som da água começando a cair no chuveiro.
Minha mente estava uma bagunça. Parte de mim queria entrar lá, deixar de lado qualquer insegurança e aproveitar aquele momento. Mas outra parte estava paralisada, tentando entender como alguém podia me fazer sentir tantas coisas ao mesmo tempo.
Finalmente, criei coragem e me aproximei da porta. O vapor já começava a escapar, deixando o ar quente e úmido. Gustavo estava debaixo do chuveiro, a água escorrendo pelo corpo dele, e a visão fez meu coração disparar.
– Vai ficar só olhando, Léo? – ele perguntou, sem se virar, mas com aquele tom de voz que sempre me desarmava.
Eu sabia que não havia mais volta. Entrei no banheiro, fechei a porta atrás de mim e deixei que a proximidade entre nós falasse mais alto do que qualquer dúvida ou medo. Era impossível resistir a ele, e naquele momento, tudo parecia exatamente como deveria ser.
Sem pensar muito, tirei minha própria roupa, peça por peça, sentindo a tensão aumentar a cada movimento. Assim que entrei no box, o calor da água misturou-se ao calor que já estava entre nós. Gustavo me olhou, seus olhos brilhando de um jeito que me fazia perder o fôlego.
– Você demorou – ele disse, com a voz baixa, mas cheia de algo que eu não conseguia decifrar completamente.
Eu me aproximei, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele colocou uma mão na minha nuca e me puxou para um beijo. A água caía ao nosso redor, mas eu mal podia sentir, porque a única coisa que importava era ele. Seus lábios nos meus, a pressão suave e ao mesmo tempo firme, como se ele quisesse marcar aquele momento para sempre.
As mãos dele começaram a explorar meu corpo, cada toque despertando sensações que eu nunca tinha sentido antes. Eu não conseguia pensar em nada além do calor que emanava de nós dois, o cheiro do sabonete misturado ao do suor que ainda restava em sua pele.
– Léo... – ele sussurrou entre os beijos, encostando sua testa na minha. – Eu nunca imaginei que pudesse me sentir assim com alguém.
Eu também não, mas naquele momento, não havia mais dúvidas. Sob o chuveiro, com o som da água como trilha sonora, era como se o mundo lá fora não existisse. Só nós dois, juntos, descobrindo algo que parecia maior do que qualquer coisa que já tínhamos vivido.
A água quente deslizava por nossos corpos, criando um contraste com o frio sutil do azulejo branco das paredes do banheiro. O vapor subia lentamente, embaçando o espelho e envolvendo o ambiente em uma aura quase etérea, como se estivéssemos em um mundo paralelo, isolados de tudo e todos. O som da água caindo preenchia o espaço, mas o silêncio entre nós parecia mais ensurdecedor, carregado de desejo e expectativas não ditas.
Quando nossos corpos se tocaram, senti nossos membros eretos se encontrando, e um arrepio percorreu minha espinha. Cada beijo era uma explosão de sensações, uma mistura de ansiedade e prazer que eu nunca havia experimentado antes. Gustavo, com sua postura confiante e ao mesmo tempo cuidadosa, deslizava as mãos pelas minhas costas, seus dedos firmes traçando caminhos que eu não sabia que existiam. Sua boca se alternava entre beijos quentes e mordidas suaves no meu pescoço, arrancando de mim suspiros que eu mal conseguia controlar.
– Você é lindo, sabia? – ele sussurrou entre os beijos, a voz rouca e carregada de emoção.
Ele pegou o sabonete líquido e o despejou sobre nós, o perfume suave se misturando ao vapor no ar. Enquanto esfregávamos nossos corpos, a espuma se formava entre nós, aumentando ainda mais o contato quente e íntimo. Eu peguei o shampoo, tremendo de leve, e comecei a massagear o cabelo dele. Gustavo fechou os olhos, relaxando sob meu toque, e então fez o mesmo comigo, suas mãos habilidosas e seguras.
De repente, ele me virou de costas com delicadeza, suas mãos descendo até a base da minha coluna. Ele começou a lavar minhas costas, os movimentos precisos e quase reverentes, como se quisesse gravar cada detalhe da minha pele. Eu fechei os olhos, tentando absorver tudo: o calor da água, o cheiro dele, o som de sua respiração tão perto.
Quando senti suas mãos descendo mais, lavando cada parte do meu corpo, meu coração disparou. Era um toque íntimo, mas ao mesmo tempo cheio de respeito. Gustavo se inclinou para mais perto, e eu senti sua respiração quente no meu ouvido antes de ele me abraçar por trás, envolvendo-me em seus braços fortes e protetores.
– Eu não quero te pressionar – disse ele, a voz baixa e grave, ressoando contra a minha pele. – Mas, se quiser continuar, podemos ir para a cama agora.
Me virei para ele, encontrando seus olhos que brilhavam com algo que eu só podia descrever como amor puro. Meu nervosismo estava estampado no meu rosto, mas havia também uma confiança crescente.
– Eu quero muito – respondi, minha voz baixa e trêmula, mas cheia de sinceridade. – Eu confio em você.
O sorriso que ele me deu naquele momento foi o mais bonito que já vi, um sorriso que prometia que tudo seria perfeito. Enquanto ele pegava uma toalha para nós dois, eu sabia que o que estávamos prestes a compartilhar seria mais do que uma experiência. Seria um marco, um momento que ficaria gravado para sempre em nós.
xxxxxx
Teremos a primeira vez dos nossos queridinhos no próximo capítulo. Ansiosos?