Este é o segundo conto de uma série chamada "O Professor". Os contos podem ser lidos individualmente.
Era o dia, o dia em que eu me apresentaria na primeira escola na qual eu seria professor de fato. Eu estava nervoso, bastante nervoso. Não conhecia bem a escola, pois a tinha escolhido mais pela localidade e pela proximidade da minha casa do que por qualquer outro fator. Eu tinha sido o primeiro do concurso a optar por escola. A ordem era determinada por classificação no concurso, e eu não serei modesto aqui.
Eu estava arrumado de forma planejada. Não muito bem-vestido, mas nem um pouco largado. Usava calça chino cor de chumbo, camiseta salmão e sapato preto. Decidi carregar meu material de trabalho em uma mochila. Sempre melhor para a coluna.
Fui de ônibus seguindo uma orientação que fiz a partir do mapa online. Não tive dificuldade. O colégio era pintado de azul e branco (nada mais clichê). A sua frente possuía um pátio do lado direito e uma quadra do lado esquerdo, além, é claro, da guarita de segurança no portão de entrada. O prédio de três andares ficava atrás, onde ficavam as salas de aula.
O segurança, seu Franscisco, me orientou como chegar sala da direção, depois que me identifiquei. A parte administrativa e a técnico-pedagógica ficavam no primeiro andar, bem como a sala dos professores.
Apresentei-me à diretora, professora Claudia. O fato dela se denominar como professora era bom sinal. Primeiro, que “direção” não é profissão, e segundo, demonstrava que não era do tipo besta que fazia questão de dizer que era a superiora. Ela me levou para fazer um breve tour pelo prédio. Conheci alguns professores que não estavam dando aula, e ela me mostrou as salas de aula. Eu deveria já dar aula naquele dia, mas ela me tranquilizou, dizendo que eu só precisaria começar no dia seguinte. Naquele dia eu deveria apenas conhecer o dia a dia do colégio.
Depois de conhecer o segundo andar, na qual só havia salas de aula e banheiros, subimos para o terceiro e último andar, no qual havia algumas salas de aula e laboratórios, além de banheiros, é claro. O colégio tinha uma estrutura bastante boa em comparação com a maioria.
Assim que subimos o último degrau nos deparamos com o inspetor do andar, sentado por trás de uma mesa. Fiquei imediatamente pasmo. O rapaz era muito mais bonito do que qualquer pessoa que já vi ocupando a função. Ele era branco, com cabelos pretos curtos encaracolados. Seus olhos eram verdes, e ele tinha os braços torneados. Meu queixo caiu e quicou no chão. Aparentando ter a minha idade, tinha uma barba por fazer e o corpo forte. Ele vestia calça jeans clara surrada e a camisa azul do uniforme que os funcionários usavam.
- Esse é o André, inspetor do terceiro andar.
- Prazer em te conhecer, André.
- Este é o novo professor. Estou mostrando as instalações para ele.
- O prazer é meu, professor.
Ele levantou-se para apertar minha mão, e meu olhar ficou por um instante preso nas suas coxas grossas e musculosas. Lembrei imediatamente do “seu” Paulo, o inspetor da minha época de ensino médio. Não que ele lembrasse o “seu” Paulo, era justamente o contrário. Como pode uma escola ter um homem belo daqueles como inspetor? Aquilo não era contra as leis implícitas da realidade escolar?
Apertamos as mãos, e acho que demorei mais do que devia, pois ele deu um risinho e olhou para nossas mãos. Eu soltei depressa, sem jeito.
- Bom, a gente se vê – Falei envergonhado.
- É. Afinal, venho sempre aqui.
Fiquei vermelho de vergonha pela frase idiota e pelo tom tímido. Mas fazer o quê? Eu era mesmo tímido.
A Claudia me salvou.
- Vamos indo. Quero te mostrar os laboratórios.
Dei uma olhadinha para trás enquanto a acompanhava pelo corredor. Ele baixou a cabeça com um risinho nos lábios enquanto mexia em uma gaveta.
- O André é bom inspetor, mas é um problema – Disse tirando minha atenção do belo ser que ficou para trás.
- Hum?
- É. As menininhas ficam assanhadas. Maior dor de cabeça. Se não fosse filho do caseiro da escola, eu teria dispensado ele.
A diretora devia ser do tipo indiscreto. Isso é lá coisa que se diga para um professor que acaba de chegar?
- Seria uma pena – Falei quase suspirando.
- Hein? Por que pena?
Eita! Pensei alto demais.
- Hã? A senhora não disse que ele é bom profissional?
- Disse, de fato. Mas essas meninas assanhadas ainda vão me arrumar problema.
- Eu que queria arrumar um problema com aquele ali ... - Disse sussurrando.
- O que você disse?
- Que eu quero usar esses laboratórios o mais rápido possível.
Ela sorriu.
- Que bom! Vai ser ótimo para os alunos. Eles gostam tanto de aulas práticas.
Os laboratórios eram até bem equipados. A diretora resolveu me deixar lá para preparar o material para a minha primeira aula, que eu resolvi que seria no laboratório mesmo. Nada como causar uma boa primeira impressão. Ela foi cuidar dos seus afazeres, e eu fiquei separando o que iria usar e planejando a atividade experimental.
Estava sentado na cadeira de uma bancada escrevendo, quando alguém deu umas batidinhas na porta. Eu me virei para olhar a porta e lá estava o belo inspetor.
- Oi. Desculpa professor, eu só queria dizer que se precisar de algo é só avisar.
- Hã? Oi... – Fiquei uns segundos desnorteado. Ele ia acabar me achando um lerdo. - Obrigado, mas não preciso de nada.
- Ok. De qualquer forma, estou logo ali – Ele foi se virando para voltar para a mesa dele.
- Espera! André?
- Sim.
- Me diz uma coisa. Como são os alunos daqui? São tranquilos?
- Hum... – Coçou a cabeça. – Sabe como é, aluno é aluno. Mas até que não são dos piores.
- Para falar a verdade, não sei bem como é. É a primeira vez que assumo turma.
- É mesmo? Então você tá começando?
- Estou. Sou novato.
Ele se encostou no portal da sala.
- E aí? Nervoso?
- Um pouco, mas conhecer os meus colegas até que me deixou mais calmo. O pessoal parece ser gente boa.
- E são mesmo. Os professores são muito unidos aqui.
- Você gosta de trabalhar aqui?
- Gosto bastante.
- Os alunos não perturbam?
- Às vezes. Mas normalmente é bobagem. Infantilismos.
- E as menininhas, não pegam no seu pé?
- Como assim? – Sorriu, parecendo não entender a pergunta.
- A diretora Claudia comentou que tem umas alunas que são... animadinhas.
Ele pareceu meio sem graça.
- Desculpa se a pergunta foi inconveniente.
- Não, professor. Tudo bem, não é nada demais. Tem umas meninas que ficam com cara de bobas ou dando risadinhas, só isso.
- Nenhuma mais saidinha?
- Tem umas sim, mas não dou confiança e elas param.
- Hum. Parece que você leva na boa. Uns caras ficariam incomodados, outros ficariam... tentados.
- Uns caras ficariam... E você?
- Eu o quê?
- Ficaria incomodado ou tentado?
Como aquela conversa foi parar ali? Acho que a culpa foi minha.
- Eu certamente ficaria incomodado. Não sei se levaria de boa como você.
- E por quê?
- Não é o que curto.
- Gosta de mulheres maduras?
- Não é bem isso... mas de qualquer forma, menores nem pensar!
- Sei...
Olhando para ele, fiquei com receio de ser muito claro. Tive medo de que viesse dele alguma expressão que denotasse homofobia ou um comentário maldoso, mas ele só ficou lá com um sorrisinho bocó. Para mim aquela expressão dizia algo como “tô te manjando”. Ficou um silêncio meio constrangedor entre nós por uns segundos.
Eu desviei meu olhar para a bancada meio sem graça, ficando vermelho. Maldita timidez combinada com pele muito branca!
- Ham-ham, desculpe te atrapalhar, professor. Vou lá cuidar do meu serviço.
- Eu que peço desculpas. Tô te ocupando com papo furado.
- Nada! Gostei do papo furado – Sorriu e sumiu por trás da parede.
Fiquei um tempo olhando para o local no qual sua face sorridente desapareceu. Como aquele sorriso era bonito!
Terminei de preparar as coisas para a aula no dia seguinte e saí da sala. Olhei para o corredor, e André não estava sentado no seu lugar. Enquanto passava devagar pelos corredores vendo se via algum movimento, o sinal da escola tocou alto. Tomei um susto e dei um gritinho bem revelador.
- Esse sinal é bem alto.
André estava do meu lado, saído de um banheiro que fica ao lado da escada. Estava rindo achando graça do meu susto.
- É. Acho que foi mais a surpresa.
- São seis horas, hora da saída das turmas da tarde.
Assim que ele falou isso, alunos saíram das salas do lado oposto do corredor fazendo uma algazarra. Havia apenas quatro salas de aula naquele andar. Eles desceram a escada, enquanto nós dois ficamos observando. Umas alunas de fato passaram sorrindo para o inspetor, algumas até sorriram para mim.
- Você também fez sucesso, hein, professor? – Falou assim que os alunos deixaram o corredor.
- Tô fora! – Falei com cara de aversão.
Ele tocou minhas costas ao passar, indo na direção daquelas salas que foram esvaziadas. Não pude resistir a olhar o traseiro dele enquanto se afastava, musculoso e grande. Que bunda!
- Está aí amanhã?
- Sim. Venho dar minha primeira aula.
- Então a gente se vê amanhã, professor – Despediu-se sorrindo. Antes de entrar em uma das salas, olhou na minha direção e sorriu de novo.
Rolou um flerte ali ou era impressão minha? Fiquei com uma baita vontade de ir lá com algum assunto aleatório só para testar. Sacudi a cabeça. Não ia arrumar problema no primeiro dia de trabalho. Fui embora para casa.
À noite, deitado na cama, fiquei revendo mentalmente meu planejamento para o dia seguinte. Não consegui evitar que meus pensamentos se voltassem para o inspetor André. Aquela escultura animada. Só a lembrança daquele corpo me deixou de pau duro. Não resisti a bater uma punheta pensando naquele macho me colocando para mamar. Imaginei uma rola farta com cabeça roxa. Pentelhos encaracolados como seus cabelos. Como seria bom segurar naquela bunda enquanto ele comesse a minha. Gozei fartamente.
Fazia meses que não saia com alguém. Miguel e Henrique haviam se mudado depois da faculdade e a gente se via pouco. Além disso, Henrique estava namorando sério, e Miguel saia com tudo que é homem e mulher por aí. Era certo da gente se encontrar nas férias, mas eu precisava de um pau com mais frequência. Eu não era de galinhar por aí como Miguel. Eu devia é tentar arrumar um namorado, mas a timidez atrapalha arrumar uma transa eventual ou um namoro.
Acordei, tomei banho e me arrumei. Eu já ia colocar uma cueca, quando mudei de ideia. Resolvi colocar uma calcinha fio. Escolhi uma rosa de tirinha na cintura, bem fininha. Ela ficava um pouco apertada na cintura, marcando minha carne. Me olhei no espelho me sentido bem putinha. Tive dúvidas por um momento. Talvez não fosse sábio usar algo assim no primeiro dia de aula. Mas só de pensar que eu ia encontrar com André, tive certeza da minha escolha.
Cheguei uma hora antes da aula começar. Passei na sala dos professores para cumprimentá-los. Avisei à diretora que minha aula ia ser no laboratório e me virei para ir.
- Professor! – Voltei a me dirigir a ela.
- O André não veio, então se precisar de alguma coisa, peça para o inspetor do segundo andar.
- Ele não vem? – Meu rosto não deve ter escondido a decepção.
- Não sei. Ainda não deu notícias – Mas se precisar de algo, é só falar com inspetor.
- Ok – Disse desanimado.
Tenho que largar essa ilusão pra lá. Nem sei se o cara curte homens e tô aqui ansioso para vê-lo.
Fui dar minha aula.
A aula correu bem. O nervosismo logo se dissipou assim que comecei a falar e orientar a realização da atividade experimental. Tive que pedir silêncio poucas vezes. Já estava no final, quando o André passou pela porta e deu uma parada olhando para mim e sorrindo. Eu estanquei na aula e sorri de volta, mas dei por mim rapidamente para terminar.
Assim que a aula terminou, André apareceu na porta da sala.
- Bom dia, professor. Precisa de algo?
- Oi. Bom dia. Preciso não, obrigado.
- Estou às ordens se precisar.
A outra turma já estava entrando, quando pensei em pedir alguma coisa só para a alongar o papo. Tinha até esquecido que ainda teria mais duas turmas antes do fim do turno.
A segunda turma foi tranquila como a primeira, mas a terceira e última, não. Na verdade, o problema foi com apenas um aluno da turma. Ele não parava de falar, e eu chamando atenção dele.
- Ô garoto, se vai ficar de papo na aula, melhor sair da aula.
- Dá tua aula aí e me deixa.
O sangue subiu.
- “Dá tua aula aí”?! Você não fala assim aqui.
- Ih, marrento o viado!
- Como é?
André apareceu na porta bem na hora.
- Você! Pode me acompanhar para a direção! – Ele logo colocou o corpo na frente do garoto – Tá surdo!?
O garoto saiu da sala batendo a porta e resmungando – Esse viado tá pensando que é quem?
- Professor, vou levar o cidadão para a direção. Logo tô de volta. Ok?
- O-ok – Disse trêmulo de raiva.
Ser agredido verbalmente me abalou mais pela raiva que aflorou em mim do que pelo xingamento em si. Afinal, de fato eu era um “viado”, mas aquilo vindo como ofensa gratuita... Acho que vou ter que aprender a lidar com isso. Ainda bem que a turma me consolou. Disseram que o garoto era uma babaca etc.
O sinal do fim do turno tocou e a turma saiu. Fiquei na sala ainda um pouco alterado, mas já estava quase no meu normal. André voltou com cara de preocupado.
- Tude bem, professor? Quer uma água?
- Não. Tudo bem. Só não esperava aquilo.
- Esse garoto é problemático. Não é a primeira dele. Tomou uma suspensão e mais uma ele vai ser expulso.
- Será que é para tanto?
- Ele não pode ofender os outros assim aqui. Pena que a diretora teve que sair, mas a orientadora educacional o suspendeu.
- Sendo assim, que bom então.
- Moleques como esse são fogo, viu? Eles manjam qual é a do professor e usam para provocar.
- Manjam?
- É – Ele parou e ficou me olhando por uns segundos.
- Desculpa. Eu não queria insinuar nada. É que...
- Não precisa se desculpar. Você está certo. Já vi que vou ter que disfarçar para evitar esse tipo de coisa.
- Nada disso! O senhor não tem que disfarçar nada. Eles que têm que aprender a ter respeito – Disse olhando nos meus olhos.
- Ainda bem que você veio rapidinho. Obrigado – Falei sorrindo. Resolvi arriscar, mas devagar.
- Imagina, é meu trabalho. Fora que o senhor é gente boa.
- Deixa desse negócio de senhor! A gente deve ter a mesma idade.
- É, mas o senhor é professor...
- Assim você faz eu me sentir um velho.
- Nada. O senhor é novinho. Parece até aluno! – De fato, eu sempre pareci mais novo do que era.
- É, mas se você continuar me chamando de senhor, vou achar que você está querendo dizer que sou velho.
- Ok, ok. Pode ficar tranquilo, não te chamo mais de senhor.
Ficamos um momento em silêncio.
- É... Eu vou ficar aqui preparando a aula para amanhã. Sabe se algum professor vai usar o laboratório?
- Usar? Não. Não tem mais aula hoje. O senh... Desculpa. Você pode usar.
- É mesmo? Nossa, nem me liguei.
- Será que há problema se eu ficar um pouco mais?
- Problema? O único problema é que o seu Francisco vai fechar a escola.
- Eita! Então vou pegar minhas coisas e ir. Vou ter que chegar mais sedo amanhã para preparar o material.
- Então peraí!
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele saiu correndo da sala. Ouvi ele descendo as escadas na correria. Após um minuto ou dois ouvi ele subindo.
- Aqui – Me mostrou as chaves do colégio – Você pode ficar o tempo que precisar.
- Cara! Não precisava. Você não tem que ir embora também? Não quero te atrapalhar.
- Nada! Eu não tenho o que fazer. Não me atrapalha.
- Poxa, obrigado mesmo.
Eu foi pegando os materiais necessários para a atividade que planejava fazer. Eu imaginava que ele fosse sair, mas ele se aproximou da bancada e sentou-se em uma cadeira.
- Eu posso te pedir uma coisa?
- Depois do favor que você me fez, tudo o que quiser – coloquei uma ponta de malicia nesta frase.
- He... Posso ver você preparando a aula?
- Você que ver o experimento?
- É que eu não tive aula de laboratório no meu ensino médio. E nenhum professor que usa o laboratório é legal como você. Se não te atrapalho...
- Imagina. Você não me atrapalha. Vou até fazer uma demonstração para pagar o seu favor.
Eu peguei uma garrafa de vidro, papel alumínio e um fio de cobre. Preparei uma garrafa de Leiden, que é um aparato simples para acumular carga elétrica. Esfreguei bem um pedaço de seda em um cano de pvc e encostei na bola de papel alumínio que ficava para fora da garrafa. Após várias repetições, mandei ele tocar na bola.
Ele me olhou desconfiado.
- O que isso faz?
- Toca que você vai descobrir.
Ele aproximou hesitante a mão, e, quando a aproximou o suficiente, uma descarga elétrica irrompeu o espaço entre a bola e a sua mão.
- Caralho!
O choque gera apenas um beliscão, mas o susto que as pessoas tomam é muitas vezes hilário.
- Desculpa. Não pude resistir.
Ele deu um riso meio sem graça e olhou para a mão.
- É só uma pegadinha que faço com os alunos também. Não machuca.
- Mas deu para assustar. Como essa coisa funciona?
- Vem cá, deixa eu explicar.
- Mas sem mais choque!
- Pode deixar – Disse rindo. – Quando eu esfrego a seda no pvc, ela perde elétrons para o cano. Assim, ele fica eletrizado.
Ele se aproximou para ver, ficando do meu lado. A proximidade do corpo dele me incitou a dar uma olhada rápida para seu peito. Quase suspirei.
- Ao encostar o pvc na garrafa, parte da carga é transferida para ela. Ele fica eletrizada também, mas com pouca carga. Cada vez que eu repito o procedimento, mais carga fica acumulada.
Ele se aproximou mais de mim. A sensação do calor do corpo dele me fez perder a concentração por um momento, me fazendo encostar por acidente na garrafa.
- Au!
Ele deu uma gargalhada. – É bom, né?
Olhei para ele também rindo. – Isso não é nada. Aguento muito mais carga do que isso. – Isto eu disse sem segundas intenções.
- Faz de novo, que esse nem chegou perto do meu.
Repeti o procedimento. Enquanto eu esfregava a seda no pvc, ele deu uma risada maliciosa. Já sabia bem o porquê.
- Os alunos também ficam rindo quando esfrego a cano.
- Eles devem achar muita graça.
- Me ver alisar um cano? Eles adoram – Disse com um sorrisinho sacana na face.
- Posso tentar?
Eu passei o cano e o pedaço de seda para ele.
- Acho que não entendi direito. Pode me ajudar?
Ele me devolveu só a seda e ficou com o cano virado para mim. Eu fiquei estático olhando para ele por um momento. E ele com a cara séria. Por uns instantes, meu cérebro não estava processando direito as informações. Como assim ele não entendeu? Era bem simples: só esfregar o cano. Por que ele precisava que eu demonstrasse de novo? E por que ele ficou com o cano em vez de me dar logo tudo?! Então a realização da situação veio como um estalo. Seu burro! Ou ele tá de sacanagem com você, ou ele tá a fim de fazer sacanagem com você.
Resolvi arriscar. Comecei a esfregar o cano, enquanto ele o segurava. Eu devia estar com uma cara de paspalho, pois ele deu uma risada ao me encarar. Mesmo que a ideia fosse me zoar, decidi que entraria no jogo. Olhei para o cano e comecei a esfregar com força, mordendo os lábios. Ele ficou sério e segurou o cano com mais força.
Esfreguei aquele cano como se fosse um belo e carnudo pau. O pvc estava começando a ficar bastante eletrizado, dava para sentir. Ele emitia um barulho característico quando ficava carregado, parecido com o som produzido quando a gente passa a mão em plástico amassado. Ele mordeu os lábios e passou a língua neles.
- Viu como eu esfrego o cano?
- Estou vendo. Tô sentido ele ficar carregado.
- Vou deixá-lo bastante carregado.
- E o que a gente faz com toda essa carga?
- Depois dele ficar bem carregado, a gente o descarrega na garrafa.
Ele passou a mão livre por cima do pau, com meu olhar acompanhando todo o movimento que fazia.
- Esse cano a gente passa na garrafa, mas e este aqui? – E apertou o pau fazendo um volume, que me fez morder os lábios outra vez.
- Para a carga desse eu tenho um lugar melhor – Falei parando de esfregar o cano.
Ele colocou o cano em cima da bancada. Abriu o zíper da calça, desabotoou-a e abriu a braguilha. Puxou o elástico da cueca para baixo, exibindo o membro meia bomba. Ele era cabeçudo e com a ponta roxa, como tinha imaginado.
- Como você faz para carregar esse tipo de cano?
Aquilo ia rolar mesmo? Ô se ia! E no laboratório da escola!
Continua...
Se você achou esta amostra do conto excitante, cogite comprar a versão completa na Amazon. Procure por Arthur Gubra na loja do kindle.
Link da loja:
https://www.amazon.com.br/gp/product/B0DRB19422