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Meu nome é Samuel, mas todo mundo me chama de Samuka. Tenho 23 anos, curso licenciatura em História e, modéstia à parte, sei que chamo atenção por onde passo. Não é por nada, mas dizem que meu rosto angelical contrasta com o sorriso provocativo que sempre carrego. Isso, aliado ao meu jeito de andar e falar, sempre me garantiu alguns olhares, mas nenhum deles me intrigou tanto quanto o do professor Ronaldo.
Desde o primeiro dia de aula professor Ronaldo me impressionou. Não era só pela barba grisalha bem cuidada ou o fato de ele estar sempre cheiroso, com aquele perfume amadeirado que parecia entrar nos poros e me embriagar. Nem era só pelo físico impecável que ele fazia questão de realçar com camisas sociais justas. Era o conjunto. O ar sério, mas com um humor afiado e aquelas piadas inteligentes que me faziam rir e corar ao mesmo tempo.
Certo dia na aula não resisti. Esperei o momento em que ele falava sobre o Renascimento para soltar minha primeira provocação.
_ Professor, será que Michelangelo escolheu Davi porque queria mesmo esculpir um herói bíblico... ou porque gostava de corpos bem definidos? Perguntei com um sorriso de canto.
Ele parou de escrever no quadro e olhou para mim, um sorriso sutil dançando nos lábios.
_ Boa pergunta, Samuka. Talvez ele tenha escolhido Davi porque sabia que seria admirado por gerações... ou porque, como um bom renascentista, ele sabia valorizar a arte em todas as formas.
Sua resposta foi acompanhada de um olhar que durou um segundo a mais do que o necessário.
O sinal tocou e todos começaram a organizar suas coisas para ir embora. Praticamente todos já tinham saído quando Clarissa se aproxima de minha carteira e para na minha frente.
_ Foi mal, mas já estou saindo.
Disse sem muito traquejo social, porque eu não ia com a cara dela e não tinha a menor intenção de disfarçar.
_ Grosso como sempre!
Disse Clarissa.
_ Só com quem merece.
_ Olha só o poczinha, deixa o professor Ronaldo em paz, estamos no último ano ele é um excelente professor e eu não vou deixar mesmo você transformar essa aula em um circo gay fui bem clara?
Diz Clarissa me fuzilando com seus olhos verdes.
_ Quanto a sua homofobia foi claríssima, agora se tinha alguma outra coisa implícita, não. Primeiro que eu não fiz absolutamente nada contra o professor Ronaldo que gosto muito.
_ Até demais, né? Larga de ser sonso que você entendeu muito bem. Você fica dando em cima do professor, nitidamente constrangendo ele. Daqui a pouco ele vai fazer igual o professor Péricles.
_ Nada haver, o professor Péricles era casado e Cassandra estava apelando, mandando fotos íntimas para ele.
Digo a Clarissa que continua.
_ Ótimo que você se lembra, porque se você continuar eu mesma te denuncio para a coordenação!
Minha vontade era puxar aquela vassoura loira que ela chama de cabelo e dizer umas boas para aquela piranha, mas me controlei para não ser expulso logo no último ano do curso.
Extremamente cansado por não ter dormido na noite anterior fui para casa.
_ Fala Samuka! Que cara é essa, bixa?
Me pergunta Guilherme na saida da faculdade.
_ Você conhece uma tal de Clarissa da minha turma?
_ Uma loira, olhos verdes ou azuis que parece uma barbie?
_ Essa piranha mesmo. Me deu um fecho ali na saida por causa do professor Ronaldo, acredita?
Falo indignado para Guilherme.
_ E você não fez nada? Não estou acreditando.
_ Fazer não fiz, falei algumas coisas, mas eu podia fazer o que? E ainda me ameaçou.
_ Chocada! Ela te ameaçou a bater? A raxa pirou?
_ Não bater não, ela ameaçou me entregar para a coordenação dizendo que estou assediando o professor.
_ Puta que paril! Sabe que vão te expulsar se isso acontecer né?
Me alerta Gui.
_ Nem me fale bixa, vou ter que tomar cuidado com aquela cobra loira. Ei olha ali o Ítalo. Nossa a namorada dele é bonita, hem?
_ Deu pra achar raxa bonita agora Samuka, eu hem?
_ Iiiii sua loka, sou gay não sou cego!
Repreendo Guilherme enquanto nos aproximamos de Italo. Logo percebemos que o clima entre eles não esta muito agradável.
_ Como assim vai fazer entregas, Ítalo? Vai me deixar sozinha mesmo é?
Grita Bruna, namorada de Italo.
_ Calma mô, te disse que esse mês ta foda. Se eu não fazer esse corre não vou conseguir pagar o aluguel.
Explica Ítalo.
_ Ja te falei que é só a gente se casar e irmos morar com meus pais, eles disseram que se casarmos deixam a gente morar lá, você sabe.
_ Morar na casa dos sogros? Nem pensar! Minha mãe morou a vida toda na casa com minha avó e era um inferno.
_ Esta falando que minha casa é um inferno?
Grita a garota com a mão na cintura.
_ Gui acho melhor a gente passar direto, depois a gente conversa com o Ítalo, porque o bixo ta pegando aqui.
_ Concordo com você.
Nem paramos, apenas acenamos para Ítalo e aceleramos para casa, saimos rindo da situação, mas ao mesmo tempo com uma certa pena do coitado do Ítalo, porque era nítido que sua namorada não era tão de boa de se lidar.
Estávamos chegando em casa quando Guilherme ficou estranho parecia ter visto um fantasma, mas não pediu ajuda e sim me fez entrar rapidamente. Entendi o recado, era algum boy. Entrei e disse que iria tomar banho.
_ O que você esta fazendo aqui?
Pergunta Guilherme a Marcos que estava escondido atrás da arvore usando da sombra como disfarce.
_ Estava com saudades, alem disso cheio de tesão, olha.
Disse Marcos agarrando Gui colocando sua mão em cima do seu pau duro sobre a calça.
_ Hummm delícia! Mas hoje não dá, o Samuel esta em casa.
_ Prometo não fazer barulho, vai?
Insistiu Marcos beijando o pescoço de Guilherme e apertando sua bunda.
_ Esqueceu que foi você que disse que ninguém, nem mesmo o Samuel podia saber sobre a gente?
_ E não podem mesmo, esqueceu do Otacílio, Moraes, Alice e do juninho? Foram todos mandados em bora por terem relacionamento.
_ Não, foram mandados embora porque a Alice descobriu que o Juninho estava dando para o Moraes namorado dela e para o Otacílio que era namorado dele dentro da empresa. E com aquele barraco que a Alice fez, fora as fotos que ela espalhou nos emails corporativos não tinha como abafar né?
_ Você tem razão meu amorzinho, mas depois daquilo a orientação é evitar relacionamentos no trabalho, alem disso sabe que se você ganhar qualquer coisa ou se eu te defender de alguma monitoria ou outra coisa vão dizer que é por estarmos juntos, você conhece como aquele povo é linguarudo.
_ Você tem razão, alem disso vou tentar processo seletivo para supervisor e isso poderia atrapalhar né?
_ Com certeza, então o melhor é a gente curtir assim, no escondidinho, ta ligado?
Disse Marcos acariciando o rosto e beijando a boca de Guilherme.
Sorrateiramente os dois entram em casa e vão direto para o quarto de Guilherme.
Eu ouço a porta se fechar e saio do banheiro.
_ Pode usar o banheiro Gui, vai comer alguma coisa?
Gui coloca a cabeça para fora do quarto e grita dizendo que agora não, para que eu não me preocupasse que se ele ficasse com fome mais tarde prepararia algo. Faço um sanduíche e fico na sala assistindo tv enquanto Gui se tranca no quarto.
_ Pronto, acho que ele não percebeu nada só não podemos fazer barulho.
_ Coloca uma musica no celular, ajuda a abafar e ainda da um clima.
_ Verdade.
Enquanto Guilherme escolhe uma musica no celular. Marcos se despe e completamente nu agarra Gui por trás beijando a nuca e as costas do rapaz.
Guilherme sorri sentindo o toque desejoso do supervisor em seu corpo. Finalmente escolhe uma musica que começa a ecoar no quarto. Guilherme se vira de frente para Marcos e o beija a boca. Marcos ajuda Gui a se despir e ambos caem na cama. Entre beijos e carícias, chupões e mordidas ambos ficam ainda mais excitados Marcos pega um preservativo encapa seu membro enquanto Gui pega um lubrificante na gaveta do criado mudo. O supervisor pega o produto coloca uma quantidade nos dedos e enquanto alterna entre beijar a boca e passar a barba cerrada no pescoço de Guilherme dedilha o cu do rapaz que geme de tesão. Um, dois, três dedos que entram e sai. Aquela boquinha rosada gemendo pedindo mais atiça os desejos de Marcos que tira seu relógio do pulso e deixa sobre o movel ao lado da cama de Guilherme. O supervisor agarra novamente o loiro de olhos verdes puxando para seu peito e crava sua mão no cu do rapaz que geme mais alto, mas tem seu gemido abafado por um beijo do dominador. Após brincar um pouco mais com a mão Marcos coloca o rapaz deitado de barriga para baixo com um travesseiro por baixo deixando a bunda branca do rapaz exposta e empinada. Marcos deita por cima penetrando e soltando todo seu peso sobre o passivo. Logo começa a movimentar seu quadril e ambos começam a perder o controle e gemer mais alto.
Guilherme alcança o celular aumenta o volume da musica.
Depois de comer meu sanduíche, ja bastante sonolento decido ir deitar, mas antes dou umas batidinhas na porta do quarto de Guilherme.
_ Gui, estou indo deitar, abaixa um pouco o volume ai, valeu?
Ao ouvir minhas batidas ambos dentro do quarto ficam quietos. Ainda conectados em silêncio escutam minhas palavras. Apenas Gui responde com um - Tá- e abaixa o som do celular. Vou para meu quarto e ao ouvirem a porta do meu quarto se fechar voltam a se mexer. Agora de ladinho aos beijos Marcos mete em Guilherme enquanto masturba o rapaz. O supervisor usa sua arma secreta morde a ponta da orelha do rapaz e segura firme o membro do passivo que instintivamente contrai o cu fazendo que ambos gozem ao mesmo tempo.
Continua…
Ps. E você ja transou no trabalho? O que sentiu ao ter essa experiência? Deixe sua opinião nos comentários.
Autor: Mrpr2