Oiêee! Saudades viuuuu!!!
Eu tava sentada com a Luiza na varanda, pegando o solzinho da tarde e jogando conversa fora. A gente ria de umas besteiras, falando sobre a vida, até que o papo ficou mais sério. Do nada, soltei:
– Lu, preciso dizer... o Pedro é diferente, sabe? Ele tem uma pegada na cama que, olha, é coisa de outro nível. Ele sabe ser confiante, mas também é carinhoso. E, quando precisa, ele é intenso de um jeito que... aff.
Ela deu aquele sorriso, meio cúmplice, e respondeu:
– É, o Pedro tem mesmo essa energia única. Mas vou te contar, o Jonas... ah, o Jonas tem um jeito tão quieto, tão reservado, mas que me deixa tão segura. Isso mexe comigo de um jeito que não sei nem explicar.
Eu ri, mas não deixei passar:
– Luiza, só cuidado pra não se apaixonar pelo meu marido, viu?
Ela levantou a sobrancelha e, sem perder o tom de brincadeira, rebateu:
– Só se você prometer não se apaixonar pelo Pedro.
A gente caiu na risada. Mas aí eu resolvi abrir o jogo:
– Tá bom, combinado. Mas vou te contar uma coisa... Lá em Trancoso, teve uma cena que ficou gravada na minha mente.
Ela me olhou, curiosa:
– Que cena?
Eu me inclinei pra frente, falando baixinho, tipo segredo:
– Aquele momento com o surfista... Eu e o Jonas vimos tudo pela janela do bangalô.
Ela ficou com a cara toda vermelha, surpresa:
– Vocês viram?! Nem sabia que tinha plateia naquela hora!
Eu sorri de canto:
– Foi impossível não ver. E vou te falar, Luiza... O jeito que o Pedro tava ali com você, segurando tua mão enquanto você se entregava ao surfista... foi tão intenso. Me deu vontade de viver algo assim.
Ela, já mais relaxada, soltou:
– Foi especial pra mim, sabe? O surfista foi só o terceiro homem da minha vida, e ele era um completo desconhecido. Mas ter o Pedro ali, do meu lado, segurando minha mão... fez toda a diferença. Ele dividiu aquele momento comigo, e isso me deixou tão à vontade que acabou sendo uma das coisas mais emocionantes que já vivi. Você devia tentar.
Suspirei, balançando a cabeça:
– Ah, o Jonas nunca faria isso. Ele é fechado demais pra esse tipo de coisa.
Ela deu uma risada leve e disse:
– Então faz com o Pedro. Você vai ver o quanto é libertador ter esse apoio.
Fiquei com aquilo na cabeça. A ideia era ousada, diferente... mas, sei lá, vai que? As possibilidades pareciam cada vez mais tentadoras.
Depois disso, ela veio com uma ideia que me pegou de surpresa:
– Luana, depois da virada do ano, sabe o que seria incrível? Fazer uma troca de casal mais intensa. A gente podia organizar uma viagem pro Nordeste ou algum lugar bonito, tipo assim: reservar pousadas em três cidades diferentes. Você e o Pedro ficariam numa cidade, eu e o Jonas em outra. Aí, depois de dois dias, a gente se encontrava numa terceira cidade e voltava pros nossos pares.
Fiquei encarando ela, tentando digerir a ideia. Era diferente, mas não vou mentir... algo nessa proposta me chamou atenção. Respondi, meio pensativa:
– Nossa, Luiza... adorei isso. Assim, cada um teria seu espaço pra viver a experiência do jeito que quisesse, sem magoar ninguém. Parece até... saudável.
Ela abriu aquele sorriso animado e completou:
– Exatamente! Sem pressão, cada um no seu tempo. E depois a gente volta pra casa com os maridos como se nada tivesse acontecido. Seria perfeito!
Ri, ainda processando, mas já começando a gostar da ideia:
– Só que, olha, a gente vai ter que plantar essa ideia com muito jeitinho. Se jogar tudo de uma vez, capaz deles surtarem.
Ela deu uma gargalhada e concordou:
– Com certeza! Mas, olha, com paciência e um pouco de charme, dá pra convencer qualquer homem.
Decidi puxar o assunto pra algo mais concreto, pra sair da fantasia por um minuto:
– Ah, falando nisso, o Jonas topou passarmos o réveillon em Camboriú.
Os olhos dela brilharam de empolgação:
– Sério? Ai, que demais! Camboriú é incrível, vai ser ótimo pra gente renovar as energias e tentar coisas novas.
E aí ela lançou, com aquele sorrisinho provocador que só ela tem:
– E você já comentou com ele sobre a boate de swing?
Suspirei e balancei a cabeça, meio nervosa:
– Ainda não. Tô com receio da reação dele, sabe? Vai que ele acha estranho ou fica desconfortável.
Ela, sempre cheia de confiança, deu de ombros:
– Relaxa. Quando estivermos lá, a gente dá um jeito. Às vezes, é só entrar no lugar, sentir o clima, e as coisas acontecem naturalmente.
Ri, ainda meio insegura, mas também cheia de expectativa. A ideia era ousada, talvez até um pouco louca, mas com a Luiza do meu lado, parecia que tudo era possível. A gente só precisava ir devagar, e quem sabe... as coisas não fluíssem do jeitinho que ela imaginou?
Luiza parecia ter encarnado alguma coisa, pois, a cada minuto surgia com uma conversa mais intrigante. Agora foi a vez de minha curiosidade tomar lugar, então, resolvi perguntar:
– Luiza, você já traiu o Pedro com alguém da academia?
Ela me olhou, deu aquele sorrisinho, e respondeu na maior naturalidade:
– Não, Luana. Apesar de ter uns personais dando em cima de mim, nunca me senti tentada. Eu amo muito o Pedro, e não faria nada sem a permissão dele. Pra mim, quando há permissão, não é traição.
Fiquei surpresa com a resposta tão direta, mas ela continuou:
– Mesmo com o Jonas ou o surfista lá em Trancoso, eu nunca achei que o Pedro fosse corno, sabe? Ele me deu permissão, ele incentivou. Ele estava lá, me apoiando. Então, não tem nada de traição nisso.
Eu ri, achando graça da confiança dela em falar sobre isso sem filtro nenhum. Aí, ela me fez uma pergunta que me pegou de surpresa:
– E você, Luana? Já traiu o Jonas?
Respirei fundo, meio desconfortável, mas resolvi ser honesta:
– Só uma vez. Foi naquela viagem em que a gente conheceu a Marise e o Renato. Eu considero que traí o Jonas quando fiquei com o Renato atrás do bar, sem ele saber e sem a permissão dele.
A Luiza arregalou os olhos, parecia até impressionada:
– Sério? E o que aconteceu?
Suspirei, lembrando da confusão toda:
– Foi um momento de fraqueza, Luiza. Eu me arrependi tanto! Quando o Jonas descobriu, a gente quase terminou. Foi um caos, mas eu consegui reconquistar a confiança dele. Nunca mais fiz nada assim, foi a única vez.
Ela balançou a cabeça, parecendo entender, e disse:
– Acho que o segredo é ser sempre honesta e transparente, né? Foi isso que aprendi com o Pedro. A partir do momento que tudo é combinado, fica mais fácil viver essas experiências sem se arrepender.
– Com certeza – falei, concordando. – Eu aprendi da pior maneira, mas hoje sei que o respeito e a confiança são tudo.
A conversa foi ficando mais leve depois disso. E, sei lá, tem algo tão bom em ter alguém como a Luiza pra compartilhar essas reflexões, sem julgamentos. Mas me pergunto… e vocês meus seguidores, já fizeram alguma loucura que se arrependeram? Comenta aí.
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Adoramos a participação de vocês ❤️❤️