Tenho sono leve desde sempre, acordo com qualquer barulhinho e mesmo nos dias em que estava mais cansado, se uma porta batesse mais forte em casa, eu acordava; essa foi nossa sorte. Estávamos tão cansados depois de nossa transa intensa, que tanto eu, como meu primo apagamos do jeito que estávamos, eu largado na cama e ele por cima de mim. Acordei e estava escuro ainda, então todos estavam dormindo. Me assustei quando percebi como estava, pois só imaginava como seria se alguém entrasse de manhã no quarto e visse a gente daquele jeito.
Ao contrário de mim, meu primo dormia mais pesado que uma montanha. Com muito esforço consegui sair de baixo dele, tomando algum cuidado para não acordá-lo, mas depois percebi que podia só jogar ele pro lado que o bonito nem tchum. Pra não dar tão na cara assim, vesti minha roupa de novo, pois não tinha habito de dormir pelado e vesti o short do meu primo também. Estava meio quente, então deixei ele descoberto e fui para a outra cama. Abri a janela para ver se melhorava e estava entrando um ventinho gelado. Olhei o celular e vi que já eram 04h da manhã. Me deitei e não demorei muito a dormir.
Acordei eram quase 9h da manhã. Meu primo não estava na cama. Saí meio sonolento, tomei um banho, me troquei e fui ao encontro do pessoal. As crianças estavam brincando na grama na frente do casarão, os homens estavam deitados nas redes conversando e tomando cerveja, enquanto minha mãe e minhas tias estavam dentro de casa conversando e preparando o almoço, a típica família tradicional brasileira.
Olhei em volta de não vi meu primo em lugar nenhum. Perguntei à minha tia se ela tinha visto ele, pois não o vi levantar e ela disse que ele avisou que iria caminhar um pouco, fazer a trilha que dava no rio que passava pelo sítio. Não conversei muito mais para não levantar suspeita. Fui lá pra fora e interagi um pouco com meus tios, conversei um pouco com minha irmã que não via já há um tempo e com o marido dela, o Walter, um cara bastante simpático. Eles falaram algo sobre querer ter filhos e estarem tentando, mas não prestei muita atenção. Ficava pensando no meu primo e no que aconteceu noite passada. Ainda me lembrava da sensação do beijo dele, seus lábios nos meus, seu corpo quente sobre o meu e seu coração acelerado batendo contra meu peito. Tentei até brincar um pouco com as crianças, mas nada tirava isso da minha cabeça, estava agoniado por não poder contar aquilo para ninguém. Não sabia exatamente o que estava sentindo.
De uma coisa eu tinha certeza: não estava me apaixonando pelo meu primo, isso não tinha a menor possibilidade, mas estava começando a nutrir um carinho diferente por ele. Era legal quando estávamos juntos, não só na cama, mas era o que eu mais sentia falta. Queria ficar o dia todo na cama com ele, transando, especialmente depois da noite passada. Foi a primeira vez que transamos de forma mais controlada e ele se mostrou carinhoso de um jeito que nunca tinha sido até então. Isso somado com aquele beijo me deixou curioso e eu queria mais; queria saber até onde iria todo esse carinho dele. Porém, eu sabia que ele não era muito de falar dessas coisas e tinha medo da reação dele. Temia que ele pudesse achar que eu estava querendo iniciar um relacionamento ou qualquer coisa, o que certamente não era o fato.
Quando deu umas 10h minha tia me chamou e pediu para que eu fosse atrás do meu primo que estava demorando e o almoço ficaria pronto logo. Não entendi porque ela escolheu justo eu que não conseguiria fazer nada se tivesse acontecido algo, quando tinha um monte de macho atoa do lado de fora, mas fui e fui até feliz, porque me encontraria a sós com meu primo, se o achasse né. Pensando melhor depois, imaginei que minha tia me escolheu por eu ser o que tem a idade mais próxima do meu primo e o que ele tem mais contato, além de que se qualquer um dos meus tios fosse atrás e pegasse ele fumando, como já aconteceu antes, o pau ia torar. Minha família era terminantemente contra isso.
Segui pela trilha que começava uns duzentos metros depois da casa grande e logo se perdia no meio das árvores. Era uma mata um pouco fechada com bastante árvore bem espaçadas até que permitia circulação de ar, o que ajudava que não fosse tão abafado. Olhei pra trás antes de descer a pequena ladeira e vi que nenhum dos homens na frente da casa fazia qualquer menção de me acompanhar, então segui meu caminho.
Segui a trilha por alguns minutos, olhando os dois lados até que finalmente vi meu primo fora da trilha. Estava sentado numa pedra grande que havia do lado de um pé de jabuticaba. Ele estava de costas então só me viu quando se virou para ver o que era o barulho das folhas que pisava. Ele me olhou com uma cara de indiferença e que me intrigou. Estávamos sozinhos e ele não falou nada, nem um sorriso, parecia entristecido.
— A tia pediu pra te chamar pra almoçar... — falei sentando ao seu lado, tentando iniciar uma conversa.
Ele assentiu e continuou chupando as jabuticabas que tinha na mão, me ofereceu algumas, mas eu neguei. Ficamos algum tempo naquele silêncio constrangedor. Nem um ventinho tinha pra fazer um barulho, estava tudo a mais pura paz. Apesar de tímido, eu sempre fui direto quando um assunto me interessava ou quando alguma coisa me incomodava. A única exceção era em questão de relacionamento que nunca tive, nem tive vontade de ter ou de carinhas que eu achava bonito e não tinha coragem de chegar, como meu primo, por exemplo. Mas a convivência com ele estava mudando isso e especialmente por sermos tão... íntimos, pensei comigo mesmo que não teria problema ser direto igual ele era comigo.
— Tá! Chega dessa palhaçada! Fala comigo! — falei olhando diretamente pra ele que evitava me encarar — Aí! Tô falando contigo!
Puxei ele pelo queixo e vi seus olhos inchados, não de chorar, mas de ficar muito tempo fixo numa coisa, sabe? Pois bem, ele me olhou e sem falar nada me beijou, um toque longo e molhado e eu logo correspondi. Levei minhas mãos até seu pescoço e comecei a acariciá-lo e ele fez o mesmo. Conforme nos beijávamos, sem descolar nossas bocas, ele começava a descer suas mãos pelo meu corpo, apertando minhas costas, até chegar à minha bunda, onde ele logo enfiou a mão. Eu me afastei um pouco dele pra tomar fôlego.
— Você tá bem, primo? — perguntei preocupado e ele fez que sim com a cabeça.
— Fica sussa, primo! Coisa minha!
— Você não é de ficar abatido assim! O que aconteceu?
— Nada, não, pô! Fica de boa
— É por causa do que aconteceu ontem?
— Claro que não viado? Que insistência é essa?
— É que... a gente nunca se beijou antes...
— E daí?
— Daí que você ficou todo estranho, sumiu hoje de manhã e agora aqui acabou de me beijar de novo...
— E vou beijar de novo!
Antes que eu respondesse, ele veio pra cima de mim, me beijando com vontade e desejo, voltando a ser o putão que eu conhecia. Ficamos nos amassando mais um pouco até que ele tentou tirar minha camisa.
— Não, doido! E se vier alguém atrás da gente?
— Se foda! — ele falou inquieto puxando minha camisa — Quero ver essa bundinha gostosa. Fica peladinho pra mim, fica primo! SsS!
No meio do tesão, não sei a loucura que me fez ceder, tirei minha camisa e meu short, ficando totalmente pelado, só de chinelo. Apoiei uma das pernas na pedra me empinando um pouco para o meu primo e já veio se agachando atrás de mim linguando meu cuzinho.
— Sss! Vai com calma primo! Alguém pode vir aí... — gemi tentando controlar a situação, mas sem o menor desejo de fazê-lo.
— Quero se foda, menor! SsssS! Tô é pirado nesse rabinho! Empina mais, vai primo, vai! Isso, caralho! SSsSS!
Ele linguou mais um tempo meu cuzinho e eu entre gemidos e espasmos sentindo aquela língua quente e áspera raspando meu cuzinho sensível pela noite passada, ficava de olho para ver se aparecia alguém vindo da casa.
— Caralho, menor! SSsS! Tem como não, primo... preciso barulhar esse buraquinho teu! — ele falou se levantando e abaixando a bermuda até pouco acima dos joelhos besuntando o pau de saliva e entrando em mim de uma vez.
Eu gemi pela sensação de prazer. Estava sensível, mas como já estava acostumado e até um pouco largo, o pau entrou facinho. Meu primo fez questão de colocar até o talo em mim.
— SSsSS! Esse cuzinho tá sempre quentinho, porra! Que delícia! Sente meu pauzão lá no fundão, sente!
Meu primo parecia mais avoado que o normal. Ele não esperou muito tempo e já começou um vai e vem devagar que logo se acelerou. Ele me segurou pelos ombros enquanto eu me apoiava na árvore. Estava uma delícia sentir aquele pau deslizando dentro de mim. O pau do meu primo era muito babão e já tinha melhorado a lubrificação, eu só sentia o pau escorregar pra dentro; estava nas nuvens. Não tivemos muito tempo para curtir. A adrenalina de transar logo de manhã com toda a família acordada e não muito longe dali aumentava muito o tesão, mas tínhamos que ser rápido.
Depois de alguns minutos metendo senti meu primo respirar fundo e seu pau pulsando dentro de mim, me enchendo de leite. Me abraçou forte, ficando aquela tora no meu interior me arrancando um gemido. Eu estava já me tocando com o pau babando e gozei logo em seguida sentindo as últimas pulsadas do meu primo. Ele ficou mais um tempo engatado em mim e me abraçando com força; parecia que não queria que eu fosse embora.
Depois que nossas respirações se estabilizaram, me vesti e fomos de volta pra casa na árvore. Eu notei meu primo quieto de novo, mas não forcei naquele momento. Chegamos para e ninguém desconfiou de nada. O almoço ficou pronto e todos fomos. A refeição foi uma conversação, um falando por cima do outro, uns rindo, outros bebendo e eu só observando tudo. Reparei que meu primo comia em silêncio. Interagia vez ou outra, mas nunca era muito mais do que isso.
A tarde passou normal, dentro do possível, todo mundo foi lá para fora e ficaram sob as árvores. Em dado momento o pessoal se dividiu, uns foram para a trilha, outros ficaram e outros ainda foram pra dentro descansar. Meu primo é um dos que foi para dentro e eu achei melhor não seguir. Estava preocupado e curioso, mas queria esperar um pouco mais.
À noite teve um churrasco, risadas, até truco teve entre meus tios que mais parecia uma competição para ver quem gritava mais. Eu estava com um pouco de sono e dor de cabeça da gritaria e decidi ir deitar um pouco mais cedo. Era 10h da noite eu fui e o pessoal ainda estava animado. Ironicamente foi eu deitar, meu sono passou e eu fiquei só rolando na cama pensando em milhares de coisas. Mas sempre voltava pro meu primo. Me lembrava das transas intensas que tivemos, a vez que mamei ele no campinho ou no banheiro lá de casa enquanto meus pais estavam na sala e meu pau subia rapidinho de tesão. Quando deu mais ou menos uma da manhã vi meu primo aparecer. Vi que ele tinha bebido algumas cervejas com meus tios que era mais cachaceiros, mas estava bem lucido, já que tinha uma boa resistência. Ele arrancou a camisa e o short, ficando só de cueca box. A luz estava apagada, mas com a claridade que vinha da janela aberta dava pra ver perfeitamente seu corpo brilhando, aqueles músculos definitos naquele corpo magro. Fiquei só admirando sem falar nada, fingindo dormir. Ele deitou na cama com as pernas bem abertas e começou a brincar com o próprio pau que aparentava estar duro, mas sua expressão parecia mais preocupada. Ele olhava para o pau como se olhasse para uma lembrança até que começou a resmungar.
— Porra, Robson! Tu é um pau no cu mesmo! Tu inventa essas putaria e depois arrega! Vira homem porra! Que que teu priminho vai pensar?!
Nessa hora eu tremi. Claro que tínhamos mais primos, mas nenhum era tão próximo dele quanto eu, então achei lógico estar falando de mim. Qualquer outra pessoa provavelmente ficaria quieta e esperaria para ver se ele falaria mais alguma coisa, mas eu como um bom curioso não me aguentei e me levantei logo.
— Que que tem eu, primo? — perguntei já imaginando se tratar de mim.
Na mesma hora ele guardou o pau na cueca e me olhou assustado.
— Achei que tu tava dormindo, primo... — ele falou meio gago e eu percebi a tática.
— Não desconversa, não! Eu ouvi o que você disse! Se não sou eu, qual primo é? E o que você fez?
— Não fiz nada, pô...
— Robson! Sou seu primo! Você pode me contar qualquer coisa.
— Sei não primo! Tu é um putinho gostoso na cama que enlouquece qualquer macho com essa raba aí! Só que tu é um molecote ainda, pô. Tu não quer saber das minhas putarias... — ele riu.
— A gente já transou um monte, já até te mamei lá em casa com meus pais na sala. O que você poderia fazer que iria me chocar? — eu ri também.
— Pô... — ele se interrompeu, fazendo uma cara de frustração. Eu percebia que ele queria contar, mas não sabia como — Sabe o dia lá no campinho quando tu tava passando e tava eu e meus parça lá?
— O Júlio e o Anderson? — Robson fez que sim — O que tem?
— Então... — ele coçou a cabeça — Antes de tu chegar a gente tava se falando e o Júlio falou de um primo viadinho que ele tem que mora lá na puta que pariu que a gente nunca nem viu... — ali eu já comecei a perceber do que se tratava.
— E daí? — dei de ombros.
— Eerr... não sei como, o assunto chegou em ti.
Fiz uma cara de surpresa. Como assim, gente?
— O Anderson falou de ti e que achava que tu era viadinho. Aí o Júlio falou também que tu nunca aparecia pra jogar com nois. Que nunca brotava com nenhuma mina no bairro e tals... daí eu falei que não que aqueles arrombado só falava merda e aí eles apostaro comigo.
Nessa hora eu senti meu coração gelar.
— Apostaram...? — falei já ansioso.
— Eles falaro que tu era viadinho e apostaro que ia me dar uma grana se eu tirasse seu cabacinho.
Meu mundo caiu. Senti minha garganta fechar e uma vontade insuportável de chorar. Comecei a tremer e não demorou minhas lágrimas começaram a cair. Eu sempre fui meio chorão na real, chorava por coisa besta desde pequeno.
— Primo...
— Tira a mão de mim! — falei alto, tentando não gritar para não chamar atenção e empurrei meu primo que tentou se aproximar — Eu não acredito que você fez isso comigo...
— Não, pô! Eu não queria...
— Não queria?! Você praticamente me obrigou aquele dia na sua cara...
— É... — ele concordou, sem graça — Eu meio que sabia que tu curtia, primo. O pai aqui não se engana, hehehe. E tu queria também...
— Queria! Queria sim! — admiti sem vergonha nenhuma — Sempre achei você bonito e gostoso e foi muito bom perder minha virgindade com você... mas porra! Você literalmente apostou minha virgindade, Robson!
— Não primo... — ele tentou se aproximar de mim de novo.
— SAI DE PERTO DE MIM! — não sei como consegui conter o berro. Acho que meus soluços ajudavam.
— Deixa eu falar, pô...
— Falar o que, seu filho da puta?! Como você e seus amigos escrotos gostam de se distrair apostando o corpo dos outros? É isso seu merda?!
— Não fala isso, primo... eu gosto muito de ti...
— É, mas no fim eu sou só um cu pra você comer né?!
— Claro que não, pô!
— Já tem mais de um mês Robson... Aposto que eles...
— Eu nem contei ainda...
— Quê...? — olhei para ele com a cara inchada, tentando controlar o choro.
— É, pô... todo dia é uma enxeção daqueles pau no cu querendo saber e falando que eu tô enrolando eles e tals...
— Você não disse que eu e você...
— Não, primo! Tu acha mesmo que eu ia fazer uma sujeira dessas contigo? Já falei que gosto de ti, porra! Não quero te foder... não desse jeito... — ele riu, tentando descontrair, mas eu ainda estava em choque.
Agora estava mais confuso do que antes.
— Só que eles tão me pressionando, tá ligado? Já já vou ter que mandar a real pra eles.
— Como é que é?! Você não vai fazer isso!
— Qual foi primo?! Eles são meus parça e são suave!
— Uma aposta idiota é mais importante pra você, então...
— Não, primo! Porra! Já falei que não quero fazer essa sacanagem contigo! Só que os parça tão enchendo o saco mesmo e ontem...
— O que tem...?
— A gente teve um lance mó dahora! Pô, aquele beijo... Eu nunca beijei um homem na vida. Nunca me imaginei beijando homem... Eu sou macho, porra! Meu negócio é mulher, mamar gostoso num par de tetas bem grande e castigar uma bucetinha. Mas aí tu veio com esse cuzinho teu e eu não tenho vontade de pegar mina nenhuma! Pô tu já me viu recusando uma rachadinha? As mina pira no papai aqui e já brotou uma gostosinha lá em casa querendo dar pro pai. Mas esse cuzinho, primo... eu só quero saber dele. Eu acordo de pau duro pensando nesse rabinho quente. Tu mexeu comigo, seu arrombado! Eu tô mal de ter feito aquela aposta, porque os parça não esquece. Eu já falei praqueles arrombado esquecer e eles me enche todo dia com isso.
Eu respirei fundo, engoli o choro e enxuguei as lágrimas. Não falei nada. Voltei pra minha cama, me encolhi em baixo do lençol e lá fiquei. Ainda tinha alguns espasmos e soluçava um pouco, mas estava melhorando. Meu primo me chamou algumas vezes e até tentou deitar junto comigo, mas eu o rejeitei todas as vezes e mandei ficar longe de mim. Depois de algumas tentativas eu vi que ele se trocou de novo e saiu do quarto. Fiquei lá deitado olhando para a janela, pensando em tudo que ouvi. Não conseguia acreditar que o motivo dele ter ficado comigo naquele dia tinha sido uma aposta e que queria contar pros amigos dele. Fiquei remoendo isso por bastante tempo até que acabei dormindo.