Não precisa de muito para o desejo proibido nascer numa mulher casada

Um conto erótico de Angélica
Categoria: Heterossexual
Contém 3921 palavras
Data: 18/01/2025 19:32:07

Meu dia de trabalho começou como sempre: uma reunião rápida em pé, com nosso supervisor no centro, falando sobre as prioridades do dia. O ar-condicionado parecia não funcionar direito e o calor daquela sala sempre me incomodava.

- Angélica, hoje preciso que você finalize a troca de todos aqueles notebooks pendentes de atualização. - Ele apontou o dedo para mim, como se eu pudesse esquecer.

Assenti, tentando parecer motivada. Não era o trabalho mais difícil do mundo porque depois de uns anos trabalhando com suporte de informática muita coisa vira rotina e a gente faz no automático. O problema era a quantidade. E se eu não terminasse, as metas - ou, como ele adorava repetir, os "OKRs" - seriam afetadas.

- Por que ela não pode terminar a organização do rack de servidores? - Gabriel, um dos meus colegas, murmurou, lançando um olhar discreto na minha direção.

- Porque essa é sua tarefa agora, Gabriel. - O supervisor respondeu seco, sem levantar os olhos das anotações.

Os olhares dos meus colegas pareciam expressar o que pensavam. Olhavam meu corpo, minha barriga... Todos sabiam que da última vez que entrei no rack de servidores acabei ficando presa e precisando de ajuda. Aquele espaço não havia sido pensada para pessoas do meu tamanho.

- Amor, vou levar trabalho para casa. Não vamos demorar na igreja depois do culto, tá? - Escrevi a mensagem, sabendo que Saul, meu marido, não ficaria feliz.

- De novo? Não esqueça que se distanciar de Deus nunca é o caminho. - A resposta veio quase instantaneamente.

E eu não podia tirar a razão dele. A empresa exigia cada vez mais e isso era somado a minha sede de ser promovida. Eu lutava para isso não resultar em menos tempo dedicado a minha religião.

Comecei a percorrer os setores para trocar os notebooks. Apesar de todos os avisos e agendamentos prévios, as pessoas sempre pareciam ser pegas de surpresa. Era um jogo de negociação: prometer priorizar backups (mesmo quando sabia que não era possível), ouvir lamúrias, ou esperar que a pessoa corresse até sua supervisora para tentar escapar da troca. Não era culpa minha se elas ignoravam nossas orientações sobre armazenar tudo na nuvem. Nós fazíamos essa recomendação há anos e, quem seguia, fazia a troca de computadores sem problema.

Já estava quase na hora do almoço quando entrei no setor de vendas. Ali eu precisava pegar o computador de César. Era o supervisor novato que eu ainda não conhecia. A sala estava vazia, e notei que, diferente dos outros, ele usava um computador desktop, o que significava trabalho extra para mim.

Coloquei o notebook novo sobre a mesa e me ajoelhei no chão, pronta para lidar com o emaranhado de cabos. A configuração parecia improvisada e cheia cabos cruzados de forma caótica.

De quatro embaixo da mesa, comecei a avaliar a situação, tentando descobrir por onde começar. No silêncio, ouvi algo sutil - passos? Achei que era coisa da minha cabeça. Mas, um instante depois, senti como se um par de olhos estivesse me perfurando.

Congelei. Na penumbra debaixo da mesa, vi uma sombra se mover. Meu coração acelerou, e quando tentei levantar rápido demais, bati a cabeça com força na madeira da mesa.

Ao me levantar, ainda zonza e sem jeito, acabei trombando de costas com alguém. Antes que pudesse me equilibrar, senti mãos firmes segurando minha cintura.

- Cuidado! - A voz masculina soou perto demais, quase um sussurro.

Era César.

No momento que senti seu toque parecia que haviam subido a temperatura da sala. Me casei com dezoito anos com meu primeiro namorado que se tornou meu atual marido e nenhum outro homem além dele tinha me tocado daquele jeito. Era acidental e devia ser inocente, mas a fração de segundo que passei com minha bunda encostada na cintura de César enquanto ele me pegava na cintura parecia uma eternidade suficiente para encher minha mente de coisas que eu não estava gostando de ter.

Me virei rápido, nervosa, sentindo que meu rosto começava a ficar vermelho. Eu odiava quando aquilo acontecia. Meu rosto branco demais entregava todo o nível de vergonha que eu estava sentindo.

- Meu Deus! Você está bem? Não queria ter assustado! - César deu um passo para trás, levantando as mãos como se tentasse provar que era inocente enquanto segurava o riso.

Eu precisava me decidir se estava zonza pela pancada ou outra coisa.

- Deixa eu dar uma olhada nisso. - Antes que eu pudesse protestar, César se aproximou novamente, inclinando-se para examinar minha testa.

Outra vez César me tocava enquanto ele afastava alguns fios de cabelo para procurar algum machucado. A proximidade permitia que eu sentisse seu cheiro. Ele cheirava a algo fresco e amadeirado, talvez fosse sua loção de barba, seu perfume, não sei, mas o cheiro era inebriante. Era bom. Bom demais. Minha cabeça, sem permissão, quase encostou em seu peito - como se aquilo fosse o lugar certo para descansar. O encaixe seria perfeito: eu, com meu 1,60m, e ele, imponente, muito mais alto.

- Não estou vendo nenhum machucado. - Ele disse, recuando, embora seus olhos continuassem fixos nos meus

- Eu... Eu estou bem. - Gaguejei, minha voz saindo mais alta do que o necessário.

César me olhava como se quisesse tentar me traduzir e meus pensamentos proibidos pareciam soar tão alto que tive medo que ele ouvisse. Sem pensar duas vezes, me virei e praticamente corri para fora da sala. Não olhei para trás, mas o cheiro dele ainda estava em minhas narinas.

Me tranquei no banheiro e respirei um pouco. De onde havia saído aquele sentimento? Eu estava casada há mais de dez anos e nunca me peguei numa situação dessas. Não existia uma vontade intencional de nada, é óbvio, mas meu corpo agia por conta própria. Naquele momento, meu maior medo era o quão fácil tinha sido para minha mente se perder em pensamentos inadequados.

E falando em subir na carreira, lembrei que precisava voltar lá e pegar o computador de César. Respirei fundo, criei coragem e afastei os pensamentos indevidos. Era só uma interação profissional como tantas outras que tive nos anos trabalhando ali.

- Bom dia! Sentiu saudade? - César me surpreendeu assim que abri a porta, com aquele sorriso de quem sabia que havia algo acontecendo por baixo da superfície. Eu imediatamente fiquei vermelha. Meu corpo, traidor, reagiu antes mesmo da minha mente.

- Oi! Bom dia! Não, não, é que eu preciso pegar seu computador. - Tentei desviar, sentindo as palavras saírem apressadas demais.

Ele me olhou, com um ar de diversão.

- Não sentiu saudade? Que pena... - Comentou, fazendo uma expressão falsa de decepção.

- Não, desculpa, não é isso... - Eu tentava me controlar.

- Então foi saudade, não foi? Pode confessar.

Ele riu percebendo minha confusão sem saber como agir.

- Por que você vem pegar meu computador? - Ele se inclinou para me olhar com mais intensidade, como se eu fosse uma criança tentando escapar de algo. - Logo agora que estava me acostumando com ele.

- É que precisamos trocar pelos modelos mais novos. O seu é um dos mais antigos.

- Mas o que eu faço com todo o trabalho que ainda tenho? - Ele fez uma careta, mas estava claro que ele só queria fazer com que eu o ajudasse a postergar o processo.

- Eu faço os backups e deixo tudo disponível na nuvem.

César tamborilava os dedos na mesa num misto de preocupação e impaciência.

- O que eu poderia fazer por você para segurar essa troca até o final do dia?

- Tenho que fazer essas trocas o mais rápido possível.

- Nem se eu pedir com jeitinho? - Ele insistiu, com um sorriso travesso.

- Se eu deixar para o final do dia vou ter que levar para casa e esse computador é pesado, diferente dos notebooks.

Ele hesitou por um segundo e, em seguida, me fez uma proposta que eu não esperava.

- Onde você mora?

Respondi rápido, sem pensar.

- Posso te dar uma carona.

Não era uma má ideia, esse ajuda seria bem vinda.

- Combinado. - Falei.

Ao sair da sala comecei a pensar melhor e aquilo começou a parecer uma ideia horrível. Eu não conhecia César direito e ficaria sozinha com ele no seu carro? Me senti culpada e precisei falar para Saulo.

- Quem é esse homem? - Meu marido quis saber.

Expliquei que era o novato do setor de vendas mas não entrei em tantos detalhes.

- Você se sente a vontade e segura com ele?

Era como se Saul soubesse do meu desconforto mais cedo. Depois de tantos anos juntos nossa ligação era profunda e ele conseguia perceber coisas muito antes que eu falasse.

- É alguém que trabalha aqui, não vejo perigo nisso. - Tentei me convencer, embora uma voz na minha mente continuasse a me questionar.

Saul não parecia preocupado, e isso me deu um pouco de paz. Talvez fosse só a minha mente exagerando.

No fim do dia, fui a sala de César. Ele falava no telefone. Parecia um homem ocupado mas sempre no controle das situações. Olhei meu reflexo no vidro da janela e eu parecia acabada. Meu cabelo, bagunçado pelo esforço do dia, minha roupa, amassada pela rotina apressada, e o meu rosto, com a pele oleosa, com minhas bochechas grandes e avermelhadas.

- Pronta para ir? - Ele falou, desconectando a ligação e me tirando de meus pensamentos.

- Pronta. - Falei.

Ele fez um gesto com a mão, indicando que eu poderia pegar o computador. Lembrei do pequeno incidente da manhã e me bateu um nervosismo ao pensar em entrar novamente embaixo da mesa. César ficaria parado ali mesmo enquanto eu ficava de quatro puxando e procurando cabos? Me aproximei e realmente pareceu que ele não iria se mover.

Para tentar escapar da posição desconfortável, me deitei de barriga para cima no carpete e comecei a desconectar os cabos. Mas logo percebi que, naquela posição, não conseguiria puxar os cabos para fora por completo.

- Precisa de ajuda? - César perguntou.

Aceitei e passei o cabo do teclado para ele puxar. Mas, ao tentar puxar o cabo de força, percebi que, por estar naquela posição, eu não tinha força o suficiente para soltar o cabo.

- Deixa que faço isso. - César se ofereceu, se deitando também debaixo da mesa.

O problema disso era de que, além da mesa ser pequena demais, eu sou muito grande. Então, quando César veio entrar embaixo da mesa, ele precisou entrar no meio das minhas pernas. Não pareceu um movimento maldoso, parecia ser a única opção. Claro que ele podia me esperar sair mas antes que eu pudesse me mover ele já tinha vindo por cima.

Eu já estava suando pelo esforço mas agora, com César no meio das minhas pernas e por cima de mim, eu estava derretendo. Ele encontrou o cabo e começou a puxa-lo, mas nesse movimento, começou a roçar no meu corpo e, naquela posição que, só quando era muito tarde que me dei conta como era estranha, sua calça roçava na minha em partes que não deveriam. Era sugestivo demais. O perfume de César continuava exalando em cima de mim e eu perdia o controle dos meus pensamentos. Repetia para mim mesmo que não era nada demais, era trabalho, ele estava me ajudando, mas o resto do meu corpo esquentou de forma descontrolada. Respirava de forma irregular, tentando, em vão, me acalmar.

- Preciso colocar mais força. - Ele disse, de maneira casual, como se estivéssemos fazendo algo completamente normal. - Se você estiver desconfortável aí eu paro.

- Não. - Respirei fundo. - Não para.

O tom da minha frase pareceu absurdamente errado naquela situação. Ele riu discretamente e continuou forçando... O cabo a sair.

- Você pode tirar sua mão daí? - Ele falou pegando na minha mão e pondo nas suas costas. - Agora fica mais fácil para eu me apoiar.

Eu não fazia ideia se aquele movimento era necessário, mas eu coloquei as duas mãos nas costas de César e aquilo parecia muito com um abraço. Como eu havia ido parar ali? Eu sentia cada movimento sutil do corpo de César e cada um deles enviava um choque por todo meu corpo.

Deveria expulsa-lo, sair daquela posição, mas meu corpo parecia ter vontade própria. Minhas pernas se moveram involuntariamente, e, sem querer, eu as ergui um pouco, buscando mais proximidade.

- Pronto. - Ele disse ao tirar o cabo e me tirar do transe.

Eu não conseguia encontrar palavras, quando ele saiu de cima de mim, recuperei o fôlego e tentei fingir que nada havia acontecido. Tirei o último cabo que estava conectado e, com dificuldade, me levantei debaixo da mesa.

O suor escorria pelo meu rosto e pelo meu corpo. Sentia o líquido deslizando entre meus peitos e pela minha barriga. Minhas pernas estavam fracas, como se o esforço de antes tivesse drenado toda a energia de mim.

- As coisas esquentaram aí embaixo, não foi? - Ele falou, rindo de maneira descontraída, mas havia algo de provocativo em sua voz.

- Er... - Eu gaguejei, tentando acalmar minha respiração, minha mente ainda tentando processar o que havia acontecido.

César me ajudou a levar o computador para o carro. Durante o caminho ele fez mais perguntas tentando me conhecer melhor. Também pude conhecê-lo, saber onde trabalhava, onde morava e etc.

- Solteira? - Ele perguntou, sua voz suave, quase despretensiosa.

- Não. - Respondi rapidamente, levantando a mão e mostrando o anel no dedo.

- Que pena né, as melhores sempre está comprometidas.

Eu me engasguei com minha própria saliva, quase sufocando com o que ele tinha acabado de dizer. Minha garganta ficou apertada, e, ao tentar engolir, um acesso de tosse me tomou. Quando finalmente consegui respirar novamente, a crise de riso veio. Não podia ser sério. Não poderia! Não era possível que ele tivesse acabado de me cortejar de forma tão... clara? E pior ainda, por ele, que, no meu entendimento, jamais olharia para mim desse jeito. Ele devia estar brincando.

- Por que o susto? É a verdade! - Ele insistiu.

Desconversei sem jeito e ele percebeu e mudou de assunto. Por sorte estava perto de casa. Ele estacionou bem na frente e desligou o carro.

- Até amanhã! - Ele disse e se aproximou para me dar um abraço de despedida.

Além do abraço, vi seu rosto vindo se juntar ao meu e me perguntei o que estava prestes a acontecer. Ele realmente me daria um beijo na bochecha? Pelo visto sim. Eu queria mas não podia negar. Era só um beijo de despedida, não era um problema.

Ele inclinou o rosto em minha direção, e a sensação de proximidade aumentou até que pude sentir a leve pressão dos seus lábios contra a parte mais próxima da minha boca, quase tocando-a. Meu estômago revirou. Eu não sabia o que fazer com aquilo. Era um beijo de despedida, certo? Nada demais, certo? Mas ele evitou a bochecha e se aproximou mais do meu rosto, um movimento calculado. Por um instante, fiquei paralisada, sentindo meu coração acelerar.

- Foi um prazer te conhecer. - Ele falou suavemente, pegando o computador e me entregando, sem pressa, como se o momento fosse especialmente importante para ele.

Enquanto via César ir embora, parada na calçada, eu tentava acompanhar o que estava acontecendo na minha vida. Aquele tinha tudo para ser um dia comum, como todos. Ir ao trabalho, parecer invisível pelos corredores mesmo com meu tamanho e roupas mais folgadas chamando a atenção, não incomodar ninguém e fazer meu trabalho. Mas aquele dia havia tido algo a mais. Um desconhecido perigoso. Uma tentação que eu tentava ignorar, varrer para debaixo do tapete, enterrar e deixar esquecida.

Entrando em casa ouvi o chuveiro. Saul estava tomando banho e, pelo horário, se preparando para irmos a igreja.

- Cheguei. - Falei ao abrir a porta e pôr a cabeça dentro do banheiro.

Vi Saul sem roupa e percebi o quanto a proximidade cada vez maior dos trinta anos estava causando efeito. Sempre fomos gordinhos, mas com a idade avançando nossas barrigas iam crescendo cada vez mais. Apesar de estar pelado, eu não conseguia ver seu pênis por causa disso. Enquanto o observava, lembrei como havia mais de um ano que não ficávamos íntimos. Aquela podia ser uma hora para relembrar que não éramos apenas amigos vivendo juntos.

Entrei no banheiro e, ao me aproximar, Saul se assustou, surpreso com minha entrada inesperada. Dei um selinho em seus lábios, e meu corpo, movido por uma vontade que já não conseguia mais ignorar, procurou o dele. Com minha mão, busquei seu pênis.

- Faz tanto tempo... Estou com saudades. - Falei, minha voz quase um sussurro.

Ele hesitou, desconcertado.

- Não podemos, vamos nos atrasar para o culto. - Saul respondeu, tentando se afastar da situação.

- Se formos rápidos dá tempo. - Insisti, a urgência tomando conta de minha voz.

- Não quero que a gente se atrase.

- Só um pouco, por favor? - Implorei.

- Não, não dá tempo.

Respirei fundo.

- Você só põe dentro e tira, só quero sentir um pouco.

Ele parecia contrariado, mas saiu do chuveiro, se enxugando rapidamente. Fomos para o quarto, onde comecei a tirar a roupa, ansiosa. Saul tentou me colocar de quatro na cama, mas o gesto parecia mecânico. Ele se masturbava para tentar se excitar, me ter sem roupa ao seu lado não parecia o suficiente para o deixar duro como no passado.

- Assim não, quero deitar com você por cima. - Falei.

Meu marido então veio por cima. Nossas barrigas se tornaram obstáculos. Eu levantava minhas pernas o máximo que podia e Saul tentava encaixar dentro de mim com dificuldade, mas nossas barrigas realmente não deixavam nossos corpos lá embaixo se tocar.

- Não dá. Não vai dar certo. - Saul disse, frustrado.

Levantei e vi que sua ereção já havia ido embora.

- Vamos deixar para depois, vamos nos atrasar. - Saul apressou-se em falar, tentando encerrar rapidamente.

Eu não estava preparada para deixa-lo ir, então fiz algo que nunca fui tão fã mas sabia que ele nunca negava.

- Deixa eu pôr a boca. - Falei, minha voz tensa, tentando esconder o desconforto.

Ele deitou na cama sem pensar duas vezes. Comecei a chupar. Saul tinha muitos pelos no seu pênis e, para piorar, com ele mole era impossível que eu não abocanhasse vários pentelhos na tentativa de chupar. Era algo que não me agradava nem um pouco, mas eu me esforçava para dar prazer a meu marido.

Lentamente, seu pênis foi despertando e ficando duro. A sensação física de vê-lo se inflar em minha boca me desconcertava, mas eu sabia que ele estava gostando quando senti sua mão segurando minha cabeça, forçando-me a engolir o máximo que podia.

- Agora vem cá. - Ele disse e me puxou para ficar de quatro.

Comigo posicionada, senti o calor do meu marido lá atrás. Sua mão encostava na minha bunda e o toque inicial do seu pênis parecia um peso morno, que ia se transformando numa pressão crescente, algo que ia me invadindo aos poucos. Aquele começo era sempre igual e já não me impressionavam, eram movimentos que não me surpreendiam. Apesar dele estar começando a me penetrar, minha mente escapava para outros assuntos, como o trabalho que eu ainda precisava fazer ao voltar da igreja.

Os movimentos de Saul eram pesados, dificultados ainda mais pela forma que nossos corpos se pressionavam. Embora eu sentisse ele dentro de mim, parecia que havia um vazio extra que ele não chegava a tocar. Meu corpo pedia mais. Eu me movimentava, procurando o melhor encaixe e não tinha sucesso.

Fechei meus olhos tentando me concentrar. Senti o calor da cama no meu corpo e minha mente ecoou a lembrança de César por cima de mim. Nesse momento parecia que haviam incendiado meu corpo.

- Mais força. - Sussurrei para Saul.

Saul apertou minha bunda com mais força, e naquele momento me vi repetindo as palavras que César havia dito para mim: "Se você estiver desconfortável, eu paro." Mas, ao invés de pedir para parar, o que eu realmente queria era mais, mais de algo que Saul não podia me dar.

- Não para. - Falei, mais alto agora, sem pensar.

Saul tentou aumentar o ritmo mas minha mente já tinha viajado para outro lugar. Quanto mais sentia meu corpo roçando na cama, mas a memória de César roçando em mim ficava vivida. Eu podia até sentir seu cheiro. Sem perceber, eu estava gritando e suando de prazer. Só sai do transe quando ouvi Saul urrar na hora do seu orgasmo.

Aquele havia sido um dos sexos mais intensos da minha vida. Saul já havia saído do quarto e ido ao banheiro quando voltei a recuperar meus sentidos. O que eu tinha acabado de fazer parecia horrível mas não era minha intenção. Eu não queria sentir aquilo. Era mais forte que eu.

Decidi que iria esquecer, que não lembraria mais. O problema é que, lá embaixo, eu estava ainda mais excitada após o sexo com Saul. Era uma briga entre meu racional e meu físico.

Corri para o banho assim que meu marido saiu do banheiro. A agua morna escorria pelo corpo pesado, se misturando com o suor. Encostei minha testa no azulejo frio, sentindo o contraste entre o calor da minha pele e o frio da parede. Eu queria baixar aquela temperatura, esquecer o que estava sentindo.

Minha mão foi escorregando pela minha barriga, como se quisesse checar as coisas lá embaixo. Senti o peso que carregava, a gordura que se acumulava, não era o corpo que eu desejava, não era perfeito, não era algo que César desejaria.

Senti meu próprio toque e me arrepiei. Aquilo era algo que eu nunca tinha feito. Parecia tão proibido mas ao mesmo tempo tão inevitável.

Fechei os olhos tentando me concentrar apenas na água que caia, mas minha mente fugia, procurava, buscava outra coisa. A lembrança do beijo de César na minha bochecha causou outro arrepio. Sua voz rouca parecia sussurrar no meu ouvido. "Foi um prazer te conhecer", minha mente repetia. Quanto mais eu tentava afastar, com mais força a lembrança voltava.

Meus dedos lá embaixo se moviam e a cada movimento era acompanhado de uma onda de prazer misturada com uma corrente de culpa. Não deveria. Não deveria. Eu repetia para mim mesma. Mas meu corpo parecia não querer obedecer. Eu seguia me tocando, lembrando do perfume amadeirado, o olhar maldoso, era como se César soubesse de cada pensamento que passava na minha mente quando nos encontramos. Coisas que nem eu sabia ou não aceitava.

Minha respiração acelerou, o som do meu coração batia tão forte que eu não ouvia mais a água. "César", eu sussurrava, descontrolada, "Não para", e aí eu explodi de prazer como uma bomba atômica. Era como se o chão aos meus pés desaparecesse. Meu joelhos falharam e quase perdi o equilíbrio. Me segurei na parede para não cair. A sensação foi tão intensa que por um momento sumiu a culpa, o medo, a água, o mundo... E tudo que restava era prazer.

Mas quando tudo passou o peso voltou e a culpa me atingiu como um trem desgovernado. O que eu tinha acabado de fazer não tinha precedentes. Era horrível. Fechei os olhos com força, tentando apagar da minha mente tudo, tentando me perdoar, tentando esquecer o nome que minha mente seguia sussurrando: César.

Fui ao culto daquela noite na igreja e pedi, pedi como nunca havia pedido algo. Sempre tive muita fé e confiança, mas nunca fui de pedir muitas coisas porque já me sentia abençoada e que tinha o suficiente. Mas naquele momento eu precisava de ajuda. Era demais. Eu não consegui me controlar e aquilo era algo horrível de ter sido feito. Saul, do meu lado, de olhos fechados, não desconfiava que sua esposa havia pensado com tanta força em outro homem. As pessoas ao redor, se soubessem, com certeza me apedrejaria. O pastor nunca me perdoaria se eu fizesse uma confissão desse nível. Será que eu merecia o perdão por algo tão horrível?

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Foto de perfil de AngélicaAngélicaContos: 1Seguidores: 7Seguindo: 0Mensagem Escrevo para desabafar o que minha mente não consegue conter, buscando entender a mim mesma pelas minhas palavras.

Comentários

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Encontre uma garota gost­os­a par­a fazer­ sexo

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Parabéns!!! O tipo de conto que sinto falta aqui no site!!! Uma esposa que ama o marido mas que começa a ter sentimentos carnais por outro...

Vc mostrou muito bem todo esse contrate de sentimentos. Muito bom mesmo!!

Espero que tenha continuação.

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Conto elogiavel,pela condução das palavras,descrevendo fatos marcantes de uma mulher religiosa e casada que passou um dia diferente na companhia de um homem que despertou instintos adormecidos. Não ficou claro se haverá alguma continuação. Eapero que sim.

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Seu conto é muito bom, vc escreve muito bem mas senti falta de um pouco mais de sexo, seu conto é muito erótico é verdade mais podia ser umas apimentado 🌶️ .

Tive a sensação também que ficou sem um final mas vc escreve muito bem parabéns.

Beijinhos da titia Sueli Brodyaga 😘😘😘😘😘😘😘😘😘

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