Como é do conhecimento da maioria, eu nunca fui mole e após o divórcio, tive um período agitado na minha vida amorosa, nada amorosa.
Fiquei com muitas pessoas do interior e quando vim para cá com Júlia a primeira vez, aconteceram algumas coisinhas desagradáveis. Eu gritei aos quatro cantos daquele lugar que não queria relacionamento, que não ia me envolver emocionalmente com ninguém e pouco tempo depois, apareci namorando uma novinha gostosa... Mas, felizmente, não foi só isso, eu realmente me apaixonei. Não lutei contra o sentimento, na verdade, eu não conseguiria fazer isso. O jeito da minha gatinha me desarmou por inteiro e sem que eu percebesse. Ela veio e mudou tudo para melhor com aquele sorrisinho lindo, a maneira carinhosa de lidar com tudo e todos. Minha vida voltou a ter cor, ficou mais colorida que nunca, nós casamos e demos continuidade a nossa família.
Como algumas idas lá, o pessoal que achava que seria algo passageiro percebeu o que estava acontecendo entre nós, é impossível não notar. Nós exalamos o nosso amor por onde passamos e tudo que construimos nesses anos deixava claro que nenhum comentário ou investida nos traria qualquer efeito colateral.
De todas as pessoas que olharam feio, fizeram algum comentário ou só exageravam nos observando, teve uma que me tirou do sério e resultou em uma discussão, a mulher que eu tinha ficado no máximo umas três vezes enquanto me envolvia com outros indivíduos se achou no direito de chegar me abraçando bêbada, falando coisas para Juh... Resultou em duas discussões, uma entre a puta e eu e, infelizmente, entre minha mulher e eu.
Tudo terminou bem, mas lembro que fiquei bem mal, nós falamos coisas que não devia, estávamos no início do relacionamento, ainda se adaptando ao jeito uma da outra de lidar com as novas emoções e também, eu estava cheia de álcool, tive uma das piores ressacas de licor da minha vida naquela madrugada... Há males que vem para o bem, graças ao meu mal estar, Juh rompeu o silêncio para cuidar de mim e nós pudemos conversar direito sobre o ocorrido e nos resolvemos.
~ Voltando para 2019
Saímos para a festa e eu assim que chegamos lá, meus irmãos e eu encontramos alguns amigos de infância e nos aproximamos, apresentei minha gatinha e meu filho para eles e acabamos ficando por ali. Na terceira banda, o pessoal partiu e nós decidimos ficar pois a próxima era uma bem famosa e que gostamos muito e nesse momento, se aproxima a maldita ex ficante.
Ela passou encarando Juh, que olhou para mim e riu, eu sorri de volta e dei um selinho em sua boca... Foi o bastante para a mulher, novamente bêbada, retornar o seu percurso.
- Você fez isso para me provocar? - Ela perguntou para Júlia.
- Boa noite! - Juh falou, estranhamente animada e a mulher revirou os olhos - Você acha que eu beijar a minha mulher é provocação? Sinta-se provocada! - E me deu um beijão de língua.
Eu até falaria algo para ajudar, mas ela deu conta sozinha, e quando o beijo cessou, após muitos selinhos, ela virou e eu a abracei dando mais beijinhos, só que no pescoço dela.
- Ih, cadê a moça? - Ela perguntou em um tom sarcástico.
E para falar a verdade, eu nem lembrava mais do que tinha acontecido.
- Você espantou ela quando enfiou a língua na garganta de Lore - Disse a minha irmã rindo.
- Não dá palco pra maluca, amor, não liga para essas coisas... - Falei apertando mais ainda a cintura dela, colando cada vez mais nossos corpos.
- Que isso em, cunhadinha? Nunca tinha visto essa sua versão, rs! - Falou o meu irmão.
- Fica aí, minha muié é braba... - Brinquei e ela sorria toda contente.
Kaká estava brincando de chutar latinhas com outras crianças e quandopediu para vir para casa, nós assim fizemos. Mih e ele são acostumados a dormir cedo, sempre reclamam do horário, mas quando passam dele ficam morrendo de sono e com o humor péssimo. Meus irmãos ainda ficaram, e zoaram Juh dizendo para eu domar a minha fera pelo caminho afim de que ela não machucasse ninguém.
- Amor, acho que eu amadureci um pouquinho, né? Porque eu ia pistolar horrores se fosse no passado, ia sobrar para você... - Ela concluiu.
- Um pouquinho? Gatinha, pelo amor de Deus, você vem em uma boa crescente e não é de hoje. Nós duas aprendemos muito com tudo que já passamos e isso agrega positivamente na nossa relação. - Respondi.
A gente ia continuar o papo, porém um carinha muito triste vestido em um pijama totalmente cor de rosa, que não era dele, bateu na porta que já estava aberta e entrou.
- Posso dormir com aqui mamães? Eu tô com saudade de Mih - Admitiu Kaique sentando entre as pernas de Juh.
- Pode sim, amor... - Respondi e dei um beijinho no rosto dele.
- Você ficou lindo de rosa - Juh brincou rindo e apertando as bochechas dele.
- Vou tirar uma foto e amanhã nós vamos lá mostrar para ela, o que você acha? - Perguntei e um sorrisinho finalmente surgiu em seu rosto.
- Sim, sim, sim! - Ele vibrou, animado, fazendo uma pose com as mãos fechadas na cintura, como se fosse um super herói.
Tirei algumas fotos e nós deitamos para dormir.
No outro dia cumprimos o combinado, Milena também estava morrendo de saudade, não só dele, mas também de nós duas. Na saída, a avó dela perguntou se Kaique não poderia ficar para os dois brincarem juntos até a tarde. Ela é um ótima pessoa (em relação a família, aos negócios eu não posso dizer o mesmo), sempre me tratou muito bem e nunca deixou de ficar do meu lado quando presenciou ou soube das injustiças acontecidas, contudo, é mãe do pai de Milena, que estava trabalhando , todavia poderia aparecer por ali a qualquer momento. Confio nele plenamente no quesito cuidar da nossa filha, ele a ama com fervor, porém, Kaká é meu filho com Júlia. Sabe-se lá o que ele poderia fazer ao chegar e encontra-lo lá. Não confiei, não pelos avós, mas pelo meu ex.
- Nós temos um compromisso, infelizmente hoje não vai dar, mas fica para outro dia. A gente pode marcar naquele restaurante aqui da esquina e jantarmos todos juntos. - Sugeri para despistar e ela adorou a ideia.
Kaká queria muito ter ficado, ele não disse, mas eu senti nos olhinhos dele e achei melhor conversar sobre, para que ficasse entendido.
Antes de chegarmos no parque Juh introduziu o assunto perguntando como ele se sentia, e ele confirmou que só queria brincar um pouquinho com a irmãzinha e que como eles moram juntos, brincam juntos, estudam juntos então ele estava acostumado a passar a maior parte do tempo com ela. Que a gente pode até procurar alguma coisa divertida para fazer, porém sem Milena não é a mesma coisa.
Ele é o fã número um dela.
- Imagina o quanto de saudade que os vovós delas estão também... Eu só não te deixei lá mais um pouquinho porque é bem complicado, coisa de adulto, sabe? - Perguntei.
- Sei... Por causa do papai dela, não é? - Ele questionou.
Estacionei o carro e nos encostamos na parede que dava acesso a fila.
- É, eu tenho medo que façam alguma coisa com meu neneco... - Disse-lhe, beijando o pescoço dele e fazendo cócegas e enquanto ele ria o assunto foi encerrado.
O deixamos livre para brincar e fiquei namorando minha gatinha, planejado um vale night porque a gente estava precisando.
Eu não tenho o que reclamar em relação a rede de apoio, meus irmãos, cunhados, sogros e pais aliviam muito a nossa vida. Não possuem obrigação nenhuma, fazem por amor e isso é nítido, graças a eles a rotina das crianças, nós conseguimos ter nossos momentos a sós em horários mais acessíveis.
Quando nosso gatinho cansou voltou, na foi esgotado, pingando de suor. Nós demos uma voltinha ao redor da praia, mas quase que ele nem interagia, só queria a cama dele. Tomou banho e adormeceu ainda no sofá enquanto tentava tomar sua vitamina. Lorenzo o levou para cama e nós íamos jogar Uno, porém, de forma natural, Juh e eu retornamos a conversa da adoção.
- Será que tem algo muito diferente agora no processo? - Ela me perguntou.
- Não pensei nisso, pode ser que sim. Ainda tenho o número do pessoal, vamos mandar mensagem? - Sugeri, e ela aceitou.
Mandei mensagem para Carmem, a assistente social que nos acompanhou no processo do Kaká, detalhei nosso desejo em tentar a adoção novamente para o nosso terceiro filho e no outro dia ela me respondeu, achei o tom um pouco frio, e ela nos passou outro contato e resumidamente um rapaz chamado Eduardo educadamente nos explicou que nós passaríamos por uma revisão das condições da família e da situação atual do casal, mas o procedimento pode ser mais simples do que o processo inicial. Não é necessário refazer todo o processo de habilitação, mas uma nova análise da nossa família para saber se a gente continuava atendendo aos critérios necessários para a adoção a adequação ao perfil da criança pretendida seriam realizadas, isso poderia incluir visitas domiciliares, entrevistas e a atualização do Cadastro Nacional de Adoção e atualização de toda nossa documentação.
- Nada que a gente já não saiba. - Falei com Juh, ela estava com um sorriso de orelha a orelha.
Meu deu um beijo e disse no meu ouvido: - Nós vamos ter mais um, com fé em Deus!
Eu a abracei bem forte sorrindo também e confirmei beijando sua testa.
Finalizamos a noite com minha muié e meus irmãos brigando pelo Uno, eu até jogo, mas a diversão para mim, é vê-los guerreando, levam muito a sério o +4 e sempre tem uma regra nova.
O nosso vale night foi bem gostosinho, Mih já estava em casa, mas quando saímos os dois já estavam dormindo. Só pedi para Loren ficar de olho caso algum dos dois acordasse no meio da noite, mas é bem raro isso acontecer.
Nós fomos no único espaço de festa que estava aberto, e ficamos conversando e bebendo o tadala de mulher, vinho. Os assuntos foram ficando apimentados, os flertes explícitos, os beijos mais longos, as mãos mais atrevidas, a pegada mais firme e eu já não estava mais aguentando ficar ali, precisava urgentemente tirar cada peça de roupa daquela mulher.
- Bora para casa, gatinha, quero chupar mais do que sua língua... - Falei no ouvido dela, apertando cada vez mais forte sua cintura.
Ela sorriu, pediu a conta e partimos como um raio para casa, as duas sedentas uma pela outra.
Assim que entramos, já arranquei a minha blusa, desabotoei a dela ao mesmo tempo que a beijava e apertei seus seios.
- Amoooor, vamos para o quartooooo! - Ela sussurrou, com urgência.
Carreguei Juh e fui as pressas atender a sua sensata ordem.
Joguei minha mulher na cama e fui para cima dela lambendo cada milímetro do seu corpo, do abdômen até a deliciosa boca, que voltei a beijar com todo amor e vontade que existia em casa átomo do meu corpo.
Nos despimos por completo, e Juh não perdeu tempo, se posicionou para um 69 e foi delicioso, nossas línguas pareciam estar desesperadas, quanto mais eu sugava, mais fluídos saiam, ela se concentrou no meu clitóris, dando voltas e voltas, beijando, pressionando, chupando... Fui a loucura quando senti seus lábios os dedos dela me invadindo ao mesmo tempo, minhas pernas tremeram e involuntariamente, as fechei, um choque percorreu todo o meu corpo e eu gozei gemendo dentro da pepeca dela.
Penetrei dois dois dedos freneticamente nela, que em resposta gemeu como se necessitasse daquilo para viver, fiz movimentos circulares, alternando na rigidez e flacidez da minha língua até sentir seu melzinho. Abracei suas coxas e esfreguei melando todo meu rosto, saboreando-a, é claro.
Assim que Juh deitou sobre mim após um beijo, mandei para o caralho os quinze dias para a cicatrização, direcionei a boquinha dela para meus peitos e a body piercer tinha razão, a sensibilidade aumentou muito, foi um upgrade, aquela linguinha passando nos meus mamilos, o olhar de desejo, as pequenas sugadas... Aumentou 100% meu tesão.
Fui até a minha mala, peguei uma cinta, ela sorriu e disse: - Por que você é assim?
- Assim como? - Perguntei, enquanto vestia.
- Tão safada! - Exclamou, levantando-se.
- Huuuum, porque você gosta... - Respondi, com um sorriso sínico.
Sentei na cama e ela veio me beijando, enquanto aos poucos íamos encaixando, de vez em quando seu rosto caía sobre os meus ombros, os gemidos era inevitáveis, fui me movimentando, ela começou a cavalgar e arfar no meu pescoço, eu não conseguia tirar minhas mãos daquele belo corpo. Apertava a bunda, dava tapas, subia pelas costas, até que não consegui mais, eu precisava liberar toda aquela minha vontade. Deitei nossos corpos, o meu por cima e empurrei com força, exaltadamente, chupei de forma feroz o pescoço de Juh e ela me abraçou forte, com os braços e as pernas, soltando um sonoro grunido, despejando o seu gozo.
Olhei para ela e estávamos ofegante, com um sorriso espontâneo e satisfeito. Nós beijamos muito após recuperar o fôlego e pegamos no sono daquele jeito. No outro dia, acordei moída, tomei banho e fui preparar o café, meu irmão apareceu na cozinha com um sorriso sacana e eu fiquei me perguntando o por quê. Será que ele tinha ouvido algo?
- O que foi, peste? Desembucha! - Exclamei, para ele.
- Irmã, você também, viu?! Na sala? - E jogou nossas blusas para que eu pegasse.
Na agonia da noite passada, esquecemos. Não adiantou eu explicar que naaaada aconteceu naquele cômodo, assim que Loren acordou, ele fez questão de mostrar fotos da sala. Saí de lá rindo e fui levar café da manhã para meus filhos na cama e também para a mamãe deles.
Dei um beijinho nela e disse no seu ouvido sussurrando: Bom dia, meu amor!
A pele inteira dela se arrepiou e eu dei mais um beijinho no seu pescoço, minha gatinha me puxou e me deu um beijão.
Após o café, fomos tomar banho e ela disse com um rostinho dolorido: - Não vou dar um passo hoje sem lembrar de você...
- Mas se arrepende? - Perguntei, rindo.
- Aaaaah, isso nunca, meu amor! - Confessou.
O banho foi cheio de carinho, bem demorado e regado a beijinhos. Nós lavamos o cabelo e depois passamos o dia inteiro deitadas com os guris, a gente não tinha forças para nada, e com dois mininus elétricos para entreter, mas nós saímos bem.