Linguagens

Um conto erótico de Amanda
Categoria: Grupal
Contém 4179 palavras
Data: 20/01/2025 06:18:48

Eu ainda lembro como nos conhecemos. Fui apresentar meu trabalho em um congresso em Paris, sem falar uma palavra de francês. Havia traduzido e decorado minha apresentação em inglês, além de algumas frases para o dia a dia. Para a apresentação funcionou, principalmente porque minha orientadora serviu de intérprete para as perguntas da banca. Depois da banca, eu e a maioria dos brasileiros ali tínhamos dificuldade em nos comunicar. Isso me deixava tímida ao tentar interagir com os estrangeiros, mas se tornava um problema grande em coisas banais, como comprar comida. Foi numa lanchonete perto da Universidade que conheci a Rayane. Ela não se intimidava com as dificuldades linguísticas e tentava se comunicar o tempo todo. Falava em português, com aquele sotaque carioca forte, enquanto gesticulava o que queria. Não desistia, mas também tinha muita dificuldade em se fazer entender. Quando a vi tentando pedir comida, me juntei a ela falando uma ou duas palavras em inglês, que, com os gestos dela, conseguíamos criar algum sentido. Ficamos amigas assim. Rayane era extremamente divertida, de um jeito que parecia não se abater com nada, nem mesmo em estar em outro continente e não falar uma palavra de outro idioma. Era preta, tinha ranças longas e um sorriso fácil.

Mesmo com nossa técnica conjunta de comunicação, ainda tínhamos dificuldade e certa vez nós não conseguíamos achar a universidade onde o congresso acontecia. Assim que conhecemos nossa outra amiga, Eva. Foi um acaso abordá-la e descobrimos que também participava do congresso. Para a nossa sorte, ao contrário dos outros franceses, ela se esforçava em nos entender. Ela nos levou à universidade e não desgrudamos dela desde então. Ela tinha um cabelo preto, longo e a pele bem branca, mais do que a minha. Tinha olhos azuis muito lindos. Não tinha o sorriso farto e aberto de Rayane, mas os lábios finos dela desenhavam sorrisos mais discretos e extremamente charmosos. Na companhia delas, o tempo passou mais rápido do que gostaríamos e nos afastamos. Eva ficou em Paris, Rayane voltou para o Rio de Janeiro e eu para Campinas.

Ao longo dos anos, mantivemos contato. Com a internet, era mais fácil nos comunicarmos com os tradutores disponíveis. Ainda, sim, fiz curso de francês para poder conversar com ela melhor. Nesse tempo, terminamos nossos mestrados e começamos o doutorado. Cada uma dedicada à sua própria vida, mas ainda mantendo contato. Um dia, então, recebemos uma notícia inesperada: Eva viria ao Brasil.

Ela comprou uma passagem para o Rio de Janeiro. Rayane me chamou para ir lá e disse para não nos preocuparmos com a estadia. Ela nos receberia em sua casa. Comprei as passagens para chegar no mesmo dia que Eva, mas com algumas horas de antecedência. Eu finalmente iria conhecer o mar. Era engraçado pensar que eu já tinha ido à Europa, mas nunca à praia.

No dia, cheguei no terminal e fui recebida por Rayane. Os dreads deram lugar a um cabelão bem cacheado em torno da cabeça. Já não vestia mais as roupas elegantes para o frio de Paris e sim uma blusinha e um short jeans curto e bem apertado em seu quadril, deixando aquelas pernas bem grossas de fora. Fiquei me perguntando se iríamos direto ao aeroporto, pois não acreditava que ela iria lá vestida daquela forma. Engano meu. Ao contrário do que pensei, não havia constrangimento nenhum para ela ir de short no aeroporto para receber nossa amiga.

Quando vimos Eva aparecer, Rayane gritou, fazendo um escândalo. Eva abriu aquele sorriso charmoso pela primeira vez enquanto arrancava os casacos do corpo com desespero.

“Não acredito que finalmente estou reencontrando vocês”, disse Eva, em francês, demonstrando estar feliz enquanto nos abraçava. Foi a primeira de muitas frases que traduzi.

— Diz para ela que avisei do calor. — disse Rayane, para que eu traduzisse a bronca.

Pegamos o ônibus. Cruzamos boa parte da cidade até a zona sul. Percebi os olhos azuis de Eva brilhando com a paisagem. Eu também estava emocionada com todo aquele mar. Do ponto de ônibus em frente à praia, começamos a andar. Eu estava ansiosa para conhecer a casa de Rayane e, após andar tanto de ônibus, não esperava andar muito a pé. Me enganei. Caminhei demais, e pior, para cima.

A paisagem incrível da zona sul se transformava à medida que nos afastávamos da praia. As construções e as pessoas ficavam cada vez mais simples e então me lembrei das vezes em que Rayane falava da comunidade onde morava. Quanto mais subíamos, mais percebia como as pessoas ali eram parecidas. O sorriso aberto, a simpatia de todos com quem ela falava lembraram muito a própria Rayane. Uma senhora nos parou e, preocupada com as malas que carregávamos, chamou seus netos, dois adolescentes, para nos ajudar a carregar. Foi um alívio.

A casa de Rayane era estranha. Tinha dois andares, mas não havia telhado. Lá conhecemos a Dona Neide, mãe de Rayane. Uma senhora de cinquenta e dois anos, que como a filha, era professora.

“ Tudo bem com você? Seja muito bem-vinda”, disse Neide, em uma frase que decorou em francês para receber Eva. Ver aquela mulher se esforçar em falar seu idioma provocou na minha amiga um sorriso lindo, que mal lhe cabia no rosto.

Rayane nos chamou para o andar de cima, empolgada. Para a minha surpresa, o andar todo era uma suíte. Havia uma cama de solteiro junto à janela, poucos móveis e muito espaço. Três colchões de solteiro estavam alinhados no chão, já forrados. — A gente vai dormir aqui — disse Rayane, radiante.

Eu olhava para Eva, que observava curiosamente aquele espaço. Fiquei pensando se ela se decepcionaria por vir de Paris, cruzar a paisagem incrível da zona sul e parar num lugar tão simples. Então percebi o olhar dela brilhar de novo e caminhar em direção à janela como se estivesse hipnotizada. Eva engatinhou sobre a cama até chegar à janela. “ A vista daqui é linda”, disse ela, com aquele sorriso lindo nos lábios mais uma vez. Eu a segui até a janela comprida e contemplei a vista incrível para o mar que tinha.

— É isso, queridas. Estou dando para vocês a melhor vista do Rio de Janeiro — disse Rayane, orgulhosa.

No resto do dia, ficamos por ali. Dona Neide fez um jantar incrível para nós. Eu passava o tempo todo sendo uma tradutora entre elas. Eu gostava disso, pois me sentia mais próxima de Eva. Toda vez que traduzia uma fala de Neide ou Rayane, Eva me olhava com atenção, com aqueles olhos azuis, profundos. Adorava receber esse olhar atencioso, mas, ao mesmo tempo, tinha um distanciamento. Rayane era divertida, debochada e mesmo a mãe dela era bem informal quando falava. Eu não conseguia passar essa informalidade, pois ela não cabia no próprio idioma. Assim, notei que eu mesmo não conseguia dizer tudo que queria à Eva.

Depois do jantar, ficamos conversando no quarto. O calor nos obrigava a vestir quase nada, mesmo com a janela aberta e o ventilador de teto. Rayana contava querer colocar ar condicionado ali, mas como o espaço era grande, ia precisar juntar dinheiro por mais algum tempo. Dona Neide apareceu com um cesto cheio de laranjas. — Estão docinhas, vocês precisam chupar — disse ela. Eu sentava de pernas cruzadas e Eva se esticava toda, se apoiando em uma mão enquanto segurava a laranja com a outra. Rayana se sentava encostada na cama, com as pernas abertas. O assunto em algum momento foi parar em relacionamentos. Eva e eu nos aproximamos, pois começamos a falar de nossos namoros antigos e brincamos de procurar semelhanças entre os homens franceses e brasileiros. Foi divertido, mas Eva percebeu Rayane calada. Nossa amiga passou o tempo todo chupando laranjas com uma concentração fora do comum. Parecia que cada laranja era mais gostosa do que a outra e era notável o quanto ela se deleitava. Eva, curiosa, perguntou se ela não tinha nada a dizer sobre os homens. Eu, claro, traduzi a pergunta.

— Gosto de buceta — respondeu Rayane, antes de abocanhar a laranja.

Percebi uma entonação diferente quando ela falava a palavra “buceta”. Era mais do que só uma resposta, pois dizia como se estivesse prestes a ter uma na boca ao invés de uma laranja. Tal jeito de falar me atingiu de um jeito que fiquei constrangida e Eva percebeu.

— Eu não sei como dizer isso para ela — disse.

Rayane então pegou outra laranja e a dividiu ao meio. Com dois dedos, fez um gesto na parte interna igual ao que fazemos quando nos masturbamos. Eva abriu um sorriso na hora. Rayane, então, chupou a laranja com gosto, a ponto de gemer manhosa com aquela fruta na boca. Aquele gesto lascivo mexeu comigo, mas para Eva foi apenas engraçado.

“Nós fazemos isso melhor do que ninguém. Os melhores orgasmos que tive foram com mulheres”, disse Eva.

Eu traduzi a frase para Rayane com meu rosto queimando. Não fazia ideia de Eva ser bissexual, assim como não sabia sobre Rayana ser lésbica. De repente, eu era a estrangeira naquele meio. Eva entrou na brincadeira, lambendo sua metade de laranja antes de chupá-la em clara provocação a Rayane. Me senti desconfortável, mas não sabia se por constrangimento ou por inveja.

No dia seguinte, teríamos finalmente a praia. Lembro que eu estava empolgada, mas murchei quando abri a mala e percebi ter esquecido meu biquíni.

— Vacilona! — disse Rayane quando saiu para resolver o meu problema. Fiquei no quarto, com Eva, tentando explicar a ela o quanto esse termo significava.

Eva riu da minha tentativa. No fundo, acho que ela já sabia o que era ser uma “Vacilona” só pela entonação da Rayane. Eu desisti de explicar e voltei a atenção à minha mala, procurando certeza pela décima vez de ter esquecido o biquíni. Então, senti a mão de Eva me puxando até o espelho do guarda-roupa de Rayane. Ficamos de lado para ele, com ela atrás de mim.

“Acho incrível o quanto o corpo de vocês é bonito. São tantas curvas…” disse Eva, enquanto passeava as mãos pelo meu corpo.

Ela me tocava com curiosidade. Dava beliscões no meu bumbum como se quisesse testar a rigidez deles. Eu estava com a calcinha e a blusinha com as quais havia dormido e ela só vestia uma calcinha. Apesar dos elogios, ela também tinha um corpo lindo. Esguia, elegante. Tinha os seios bonitos, empinados, volumosos, mas não grandes demais. Podia sentir a rigidez deles colados nas minhas costas enquanto ela ajeitava a minha calcinha com os dedos.

“O seu cabelo também é lindo. Seu rosto é muito bonito também”, disse Eva, ao me virar de frente para ela e tocar o meu rosto.

Nesse momento, meus seios se misturaram ao dela, numa sensação deliciosa. O toque cheio de ternura e o olhar doce me faziam me perder no azul daqueles olhos. Assim, retribuí o carinho no rosto.

— Você me elogia tanto, mas também é muito bonita. Seus olhos são lindos, assim como seu sorriso.

Não sei o que deu em mim, mas do rosto dela as minhas mãos desceram para os seios. Senti aquelas mamas deliciosas entre meus dedos e as apalpei. Eva me devolveu um sorriso sapeca e tocou os meus da mesma forma. Ficamos ali, nos olhando, sentindo uma à outra até ouvir os gritos de Rayane.

— Amanda, achei um biquíni para você. Peguei com uma amiga e acho que é do seu tamanho.

Rayane gritava ainda do andar de baixo, dando tempo para nos afastarmos sem desfazer os sorrisos.

Quando recebi o biquíni, eu me assustei. Até então, nunca havia vestido uma peça tão pequena. Fiquei com vergonha de vestir aquilo na hora. Eva percebeu meu constrangimento e ficou rindo de mim enquanto vestia o dela. Minha relutância só parou quando Rayane começou a vestir o seu.

Quando ela tirou o short jeans, eu e Eva paramos imediatamente o que fazíamos para assistir. Uma coisa era vê-la de calcinha à noite num quarto mal iluminado. Outra bem diferente era ver aquela mulher se despir na nossa frente à luz do dia. Rayane tinha o bumbum maior do que o meu, acompanhado de um par de coxas grossas. Aquelas formas todas ficavam ainda mais sinuosas com a cinturinha que ela ostentava. Parecia uma Deusa grega, só que ao invés do mármore, foi esculpida em granito.

Rayane se despia e depois vestia um biquíni ainda menor que o meu bem lentamente. Ela gostava de exibir o corpão dela e o fazia nos olhando. Sorria sapeca, provavelmente achando graça das nossas expressões ao olhar o seu corpo. O biquíni de Rayane tinha quase nada cobrindo atrás. Olhei impressionada para aquela mulher e percebi os olhares admirados de Eva também. Aquilo mexeu comigo e decidi vestir aquele biquíni, não importando o tamanho. Realmente ficava bem no meu corpo, mas ainda me sentia indecente. Foi um elogio de Eva que me deu o resto da coragem que precisava.

Descemos do morro até a praia e pude sentir pela primeira vez o cheiro do mar e o barulho das ondas. Conheci a sensação gostosa da areia fofa sob meus pés. Fiquei com receio na hora de tirar o short, mas depois percebi ser bobagem. Naquele horário, a praia estava quase deserta. Me senti à vontade rápido e assim que montamos o guarda-sol, eu já quis ir para a água. Rayane, porém, lembrou uma coisa importante.

— As branquelas lembraram de passar filtro solar?

Eu traduzi a pergunta para Eva, que rapidamente tirou um frasco da bolsa e começou a passar em si. Rayane pediu um pouco para passar nas costas. Eva passava o protetor na barriga e nos braços enquanto sorria para mim. Às vezes suas expressões mudavam quando Rayane fazia alguma coisa com ela, mas logo o sorriso voltava com um ar um pouco mais sapeca.

Peguei o meu filtro e passei em mim. Rayane pediu um pouco para passar nas minhas costas e Eva também se ofereceu para me ajudar. Eva passava na minha barriga e, em um momento muito rápido, ela deslizou a mão por baixo do biquíni para alisar o meu peito. Rayane, enquanto isso, passava protetor nas minhas coxas e me arrepiava ao se aproximar da minha virilha. Entendi, então, o que deixou Eva daquele jeito.

— Você também não vai passar? — perguntei a Rayane, em português e francês, para Eva entender.

— Sou preta, não preciso. — disse Rayane.

“Você precisa sim”, disse Eva em francês, mas numa indignação que até mesmo Rayane entendeu.

Ela protestou, mas não muito. Assim que sentiu nossas quatro mãos percorrerem seu corpo, desistiu de reclamar. Ficamos uma de cada lado passando protetor nas pernas delas e eu não acreditava no quão grossas eram aquelas coxas. Subimos para o bumbum e pude sentir a rigidez daquelas carnes. Eva me olhava com um sorriso extremamente malicioso enquanto apertava aqueles músculos.

— Pode falar, eu sou gostosa, não é?

Rayane disse aquilo, me olhando nos olhos e fiquei vermelha. O sorriso de Eva mostrava que ela entendia tudo sem precisar traduzir. Constrangida, continuei a passar o protetor nas costas dela e senti a mão dela deslizar na minha bunda. Ela me alisava e me apertava e eu levava a mão para o bumbum dela de novo. Eva fez o mesmo, mas foi além, deslizando aquela mão delicada por baixo do biquíni. Seja lá o que Eva fez ali, arrepiou Rayane, que deu um pulo para frente. Só então me dei conta de estarmos fazendo aquilo tudo na praia, ao ar livre, e dei graças a Deus por ela estar quase vazia.

Passamos o dia na praia. Quando meu corpo se acostumou àquela água gelada, não quis mais sair de lá. Rayane ia e voltava à água, mas eu e Eva ficamos lá por quase todo o tempo. Brincávamos muito e nossos abraços eram constantes, com carícias mais íntimas sob a água. Até essa viagem, nunca toquei e fui tocada por mulheres daquela forma. Tudo, porém, fluiu de forma tão natural, que nenhum daqueles toques me constrangia.

A noite caiu e ainda estávamos na água. Rayane já parecia cansada, mas eu e Eva ainda não havíamos enjoado de estar ali. Lembro que, com a água mais calma, estávamos eu e Eva conversando. Rayana estava mais afastada e vinha em nossa direção.

“Você já beijou uma mulher?” perguntou Eva, fazendo meu rosto queimar.

Ela tinha um sorriso cheio de más intenções e, quando dei uma resposta negativa, ela me deu um selinho. Pega de surpresa, fiquei paralisada e, quando meus lábios se entreabriram, ela voltou, dessa vez me invadindo com a língua. Fechei os olhos na hora e gemi, toquei o rosto dela e ela tocou o meu. Nossas línguas se cruzavam, se esfregavam e nossos corpos se aproximavam até a gente sentir perfeitamente o calor uma da outra. Foi um beijo longo, delicioso e não acabou por ali.

Senti, então, o calor de Rayane nas minhas costas e suas mãos possessivas na minha cintura. Meu cabelo foi colocado de lado e os lábios dela tocaram meu pescoço, me arrepiando toda. Terminei o beijo com Eva e beijei Rayane. Se Eva tinha um beijo suave e delicado, Rayane parecia querer me engolir inteira. A pegada forte e a língua incisiva me transmitiam o desejo que ela sentia sobre mim. Eu me entreguei aquele beijo. Depois, Rayane segurou Eva pelo cabelo e a puxou para si, a beijando também. Nós três nos beijávamos. Eu estava deliciosamente espremida no meio das duas. Meus seios eram pressionados pelos de Eva e a minha bunda era amassada por Rayane. Meu biquíni deslizou até as minhas coxas e sentia dedos e mão me explorando por baixo da água. Quando comecei a gemer alto demais, Rayane nos chamou para casa.

Fiz aquele caminho todo de volta com a mente fervilhando e o corpo implorando descanso. Quando chegamos em casa, Dona Neide não estava, ao ir visitar uma irmã. Quando Rayane nos disse isso, eu nem traduzi para Eva. Meu sorriso dizia tudo o que ela precisava saber.

Precisávamos tirar a areia do corpo e fomos direto para o banheiro. Com um andar inteiro para si, Rayane havia construído um banheiro espaçoso, apesar de simples. Cabíamos as três no boxe e tomamos banho juntas. Ninguém se despiu sozinha. Rayane arrancou meu biquíni e me deu um tapa na bunda. — Gostosa do caralho! — disse ela. O biquíni de Eva tirei com delicadeza e fiz desenhos no corpo dela, mostrando as marquinhas que ela ganhou. Eva, despiu Rayane, deslizando as mãos pelas formas generosas dela o máximo que podia.

“Quero esse corpo para mim”, disse Eva e eu traduzi, sussurrando no ouvido de Rayane.

— Faz o que quiser, gata. Sou toda sua. — disse Rayane, que apesar de responder à Eva, dizia aquilo me olhando nos olhos. Eu a beijei e só depois traduzi a frase.

Rayane teve que sair e voltar com mais sabonetes. Nos ensaboamos uma à outra enquanto nos beijávamos. Rayane abraçou Eva por trás, massageando seus seios enquanto eu acariciava seu clitóris. A esprememos com nossos corpos e nossos rostos colados ao dela. Eva olhava para o teto, gemendo desesperada.

“Por favor, não parem! Me fodam como vocês quiserem. Eu amo vocês, como me tocam e me enchem de desejo. Quero gozar nas mãos de vocês, sentir seus corpos misturados no meu. Por favor, não parem!”, disse Eva. Eu traduzi simultaneamente para Rayane enquanto dedilhava Eva. Nossa amiga gritou pelo orgasmo intenso de um jeito que provavelmente os vizinhos ouviram.

Eva beijou a mim, apaixonada, e depois a Rayane. A carioca a colocou de costas para a parede e a abraçou, entrelaçando suas coxas às dela. Com as duas abraçadas, Rayane começou a rebolar, se esfregando na coxa de Eva, que lhe apertava a bunda com desejo. Eu olhava, impressionada, a sensualidade dos movimentos daquele quadril. Elas se olhavam nos olhos, gemendo e começaram um beijo. Rayane esticou a mão na minha direção, me chamando e a abracei por trás. Esfreguei meu corpo nas costas dela, mordendo seus ombros enquanto ela e Eva se beijavam. Quando o beijo cessou, ela pegou a minha mão e a levou à bunda.

— Bota um dedo aqui, no meu cuzinho!

Aquilo era novidade para mim, mas no meio daquele tesão todo eu não titubeei. Empurrei a ponta do dedo no meio daquelas pregas e, à medida que Rayane pedia por mais, deixava meu dedo se afundando até ele entrar.

— Isso, no cu e na boceta. Do jeito que eu gosto. — Gritou Rayane, sendo prontamente traduzida por mim para o francês. Eva sorriu com a minha tradução e apertou mais a bunda de Rayane, que logo gozou. Eu podia sentir o corpo dela tremer enquanto ela puxava nossos corpos para ficar ainda mais presos a ela.

Quando Rayane se recuperou, ela me olhou nos olhos e me beijou, cheia de vontade. Ela era uma mulher forte, com mãos firmes que apertavam minha cintura. Sempre gostei de homens com pegada e não fazia ideia de que uma mulher me faria sentir daquela forma. Ela parecia avoada na noite anterior, quando eu e Eva falávamos sobre os homens, mas ela escutou direitinho sobre o que eu gostava. Aquela gostosa me segurou pelo cabelo e me pôs contra a parede. Me deu um tapa na bunda que me tremeu toda. Empinei o bumbum e me ofereci a ela, recebendo outro tapa. Segurando pelo meu cabelo, ela forçava meu rosto contra o azulejo, voltado para Eva. A cada tapa na bunda, eu gritava, fingindo protestar, mas aquela dominação toda me excitava. A surpresa para mim foi o fato de ficar ainda mais excitada por apanhar na frente de Eva. Eu gritava a cada tapa e sorria, e cada sorriso meu encontrava eco nos sorrisos lascivos de Eva.

— Você gosta de apanhar, piranha? — perguntou Rayane. Foi engraçado ter que traduzir isso para Eva.

— Eu amo. Adoro me entregar e sentir uma devassa. — respondi, em português e francês, colhendo uma mordida de lábios de Eva.

Rayane me penetrou com um polegar e esticou os dedos da mão até meu grelo. A mão forte dela ainda me prendia junto ao azulejo frio, enquanto aqueles dois dedos envolviam meu clitóris com firmeza. Os movimentos delicados me faziam gemer manhosa. Olhando para Eva, eu comecei a rebolar naqueles dedos, me exibindo para ela. Gozei gritando também, sem tirar os olhos de Eva. Enquanto meu corpo tremia, ela se aproximava e alisava meu corpo. Ela me beijou na boca após o gozo e depois beijei Rayane.

A noite após o banho foi longa. Descemos para jantar a deliciosa comida que a Dona Neide deixou para nós e logo voltamos para o quarto. Independente do calor, não ficamos nem de calcinha. Nuas, conversamos sobre o que havia acabado de acontecer no banheiro. Ficou claro que, apesar de nos gostarmos muito, não havia desejo da parte de ninguém até nos reencontrarmos. Lentamente fomos querendo uma à outra e tudo aconteceu de forma tão natural que foi perfeito.

Eva ficou curiosa sobre o que achei da minha primeira experiência com mulheres e se dispôs a me ensinar mais coisas. Ela e Rayane me mostraram como chupar boceta, me usando de cobaia. Eva me arrepiava, pois a língua dela parecia procurar meus pontos mais sensíveis. Já Rayane me fez derreter em sua boca, que parecia me engolir inteira. Eva disse ter adorado me ver apanhando e quis me bater também. Eu, com a boceta para lá de molhada, me pus de quatro e me ofereci. Ela não tinha a mão pesada como Rayane, mas dizia coisas bem sujas em francês que me fizeram sentir uma verdadeira puta. Rayane se animou e quis dar uns tapas em Eva. Foi uma cena linda, ver aquela mulher tão delicada se entregar à força bruta da carioca. Eu traduzia tudo que ela falava enquanto apanhava e a própria Rayane ficou espantada com a disposição dela para falar putarias. Nessa brincadeira toda, Eva quis dar uns tapas em Rayane e nós duas nos unimos para dominá-la. Amarramo-la de bruços no colchão e nos divertimos com aquela bunda grande. Em meio a protestos fingidos, Rayane se entregou de vez e pediu um beijo no cu. Eu me espantei com aquele pedido, mas ao traduzir aquilo, Eva sorriu, lasciva, e enfiou o rosto no bumbum farto de Rayane. Foi a primeira vez que ouvi Rayane gemer de forma tão manhosa. Eva me deu a vez e sussurrou no meu ouvido como eu deveria mexer a minha língua. Nem acreditei que fiz Rayane gozar. Ela, claro, fez questão de retribuir o carinho para nós duas.

A noite seguiu assim, cheia de trocas e descobertas. Nossos corpos se tornaram um meio de comunicação constante. Até o final da viagem, eu traduzia cada vez menos. Muitas vezes o sentido da frase em si era dispensável, pois olhares, expressões e às vezes os toques já diziam tudo. Rayane aprendia francês naturalmente.

Foi bem difícil quando a viagem acabou, pois não queríamos nos separar. A viagem nos uniu muito. Mesmo ao longo dos anos, nos esforçamos para nos encontrar, seja no Rio, em Campinas ou em Paris. Depois que a linguagem deixou de ser uma barreira, nem mesmo a distância física iria nos separar.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 304Seguidores: 292Seguindo: 119Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Adorei rsrsrs

Em breve vou postar meu conto do desafio.

Já adianto que será um spin-off da série Amante Secreto 😏

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Obrigado Fabio.

Spin off?

Eu quero!

Me ocorreu agora que "Amante secreto" podia ser um baita reality show

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Perfeito. Mostrou que não precisa de muito para superar a barreira do idioma. Três estrelas com louvor.

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Que surpresa boa, meu caro Turin! Começar a semana com um texto tão singelo, mas que entrega muito mais do que a primeira camada deixa transparecer.

Um abraço.

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