Sextoooouuuuu
Mais um signo chegando ao fim. Um bom fim de semana a todos.
Personagens do Signo:
MARTINA (https://postimg.cc/9RSZS9Ns)
Outros Personagens:
BLANCA (https://postimg.cc/bZy4ZtgX)
Características Signo: Criativo, Briguento, Sincero, Rebelde, Capacidade analítica, Lógica e Objetiva, Original, Sociável
Elemento: Ar (Mental)
Continuando ...
[ADOLFO (POV)]
Eu estava aliviado, pois o médico disse que Suzy estava ótima e que já estávamos liberados, contudo ele pediu pra aguardarmos, só pra ela dormir e descansar um pouco mais.
Fiquei na sala de espera, junto com a Cida e pedi para o Gabriel e o Jonathan voltarem pro hotel. Fiz isso, porque eu disse ao Gabriel que ele iria dirigir, pelo menos uma parte do trajeto, na volta para casa, pois eu estava muito cansado. Cida fazia um carinho em mim e eu até consegui cochilar um pouco, mas logo o celular tocou e eu vi que era o Caíque.
Nós até planejamos passar na casa dele, já que estávamos relativamente perto, mas eu queria ir pra casa descansar, só que não foi o que aconteceu.
Caíque – Adolfo, meu amigo. A Giulia tá passando mal e eu acho que as contrações começaram. Eu vou levá-la ao hospital. Sei que a gente tinha combinado a visita, mas ela não está bem.
Adolfo – Caíque, me fala o hospital que vocês vão, que a gente se encontra lá.
Caíque – Não precisa ficar preocupado. Ainda não deve estar na hora, mas a Giulia se aborreceu ontem e hoje, ela está com muitas dores.
Eu estava me despedindo dele, quando ouvi a Giulia falando que achava que o Kauã ia nascer, porque a bolsa tinha rompido. Falei ao Caíque pra ficar calmo e pegar a malinha que ela e a Suzy fizeram e correr pro hospital.
Adolfo – Cida, eu vou ver se a Suzy acordou e nós vamos embora. Pega o meu celular e liga pro Gabriel, pra ele trazer o carro, que a gente vai pra São José dos Campos. A Giulia está entrando em trabalho de parto.
Minha filha estava dormindo e me deu pena de acordá-la, mas eu a conheço e sei que ela iria querer ir até a amiga. Dito e Feito. Ela rapidamente se arrumou e eu chamei a enfermeira, que chamou o médico e fomos liberados oficialmente.
Cida disse que os garotos já estavam se arrumando e resolvemos pegar um Uber, pra ir até o hotel fazer o checkout. E de lá do hotel, fomos para o Hospital Regional em São José dos Campos, seguindo a orientação que o Caíque me deu.
Foi uma viagem relativamente curta e assim que chegamos no hospital, liguei pro Caíque, avisando que já estávamos no local. Ele disse que a Giulia já estava tendo as contrações, mas que ainda ia demorar um pouco pra dar à luz.
Suzy queria vê-la, mas eu expliquei que, naquele momento, não seria possível e ficamos aguardando numa sala de espera. Eu e Cida num sofá, com ela me abraçando e fazendo um carinho nas minhas costas, enquanto Suzy estava conversando com o Biel e meu filho jogando seu videogame portátil.
O tempo passava lentamente e nada do Caíque aparecer e eu já estava ficando preocupado, olhando para o relógio toda hora e Cida percebeu meu desconforto, falando que era assim mesmo e que essas coisas demoravam.
Nem vi quando o garoto apareceu na minha frente, dizendo que iria na lanchonete comprar uma água pra Suzy e me perguntou se eu queria alguma coisa.
Eu dei uma nota de 100 reais a ele e disse que comprasse alguma coisa pra comer também, porque essa situação ainda poderia demorar horas. Ele concordou e foi andando, até sumir da minha vista. Suzy veio até mim, preocupada e ansiosa, querendo saber notícias.
Suzy – Papai, se passar mais 15 minutos sem notícias, eu vou invadir aquele corredor. Eu tô falando sério! – Disse a minha filha, nervosa.
Cida deu um sorrisinho e minha filha virou-se pra ela e repetiu que estava falando sério.
Adolfo – Filha, eu também estou ansioso, mas o Caíque está lá e sabe que a gente está aqui. Partos, às vezes, podem se arrastar por horas. A gente tem que se controlar! – Expliquei a ela e a trouxe pra se sentar em meu colo.
Ficamos juntos e, enquanto eu fazia um carinho na minha filha, Cida fazia um carinho em mim, até que um tempo depois, Cida começou a fazer carinho nos cabelos loiros da minha filha e ela, percebendo um contato diferente em seu corpo, olhou meio de lado pra Cida, que lhe deu um sorriso enorme.
Em seguida ela olhou pra mim e eu também sorri pra ela e pra Cida. Acho que tudo estava se encaminhando bem na nossa relação.
Foi quando eu ouvi um bate boca e reconheci a voz, que aumentava cada vez mais, até que eu a vi. Notei também que, junto com ela, vinha toda uma comitiva. Ariano de mãos dadas a ela, Jordana, Flávia e Diana um pouco mais atrás, mas a voz daquela ruiva lindíssima, imprimia urgência por saber notícias da filha.
Minha filha assim que viu a mãe, saiu do meu aconchego e tirou a mão da Cida, como se tivesse sido flagrada com um amante. Eu vi que Diana percebeu e não gostou nada do que viu. Se o momento fosse outro, eu estaria rindo da situação, mas ali não era o local.
Babi – Adolfo, cadê o Caíque? – Perguntou a ruiva, que estava muito nervosa.
Adolfo – Bom dia pra você também, Babi. Ele está com a Giulia. – Respondi de forma serena, tentando tranquilizá-la.
Babi – Eu quero vê-la! Com quem eu falo? – Perguntou a taurina novamente, de forma aflita, mas com certa empáfia.
Adolfo – Não acredito que você teve a audácia de trazer esse cara?
Ariano – Bom dia, Adolfo. Como vai? Não há razão pra gente se comportar como animais, afinal estamos num hospital e num momento de alegria, para receber mais um habitante neste planeta. – Falou o ser desprezível, desgraçado, canalha e filho da puta, num tom ameno e cordial.
Adolfo – Concordo ... e é por isso que te chamei de “cara”. Em outras circunstâncias, seria de filho da puta, pra mais ... – Respondi no mesmo tom ameno e cordial dele.
Diana – Adolfo, por favor ... Ariano ... Vamos nos acalmar ... – Interpelou Diana, se colocando entre nós dois, servindo de recheio do possível embate.
Vi que o Biel chegou e percebendo a situação, tirou Suzy dali e a levou para um canto. Meu filho ainda estava alheio a tudo e Jordana foi atrás de Suzy, enquanto Flávia sumiu da minha vista.
Era eu e Cida, contra Ariano e Babi. Diana era a “Suíça”, pelo menos era como eu enxergava.
Ele era mais alto do que eu, mas eu não iria afinar. Eu estava doido pra quebrar aqueles dentes brancos perfeitos, mas Cida segurava o meu braço, provavelmente temendo o pior.
Babi – Adolfo, se controla, ou eu chamo a segurança! – Vociferou a ruiva, se achando a mais nova rainha da corte.
Cida – Adolfo, melhor irmos na lanchonete comprar uma água. – Sussurrou Cida, tentando me tirar do embate.
Adolfo – Você tem razão, Cida.
Fiz um carinho em seu rosto e dei um beijo em sua bochecha, quase na boca e dei um grande sorriso. Simplesmente passei ao lado dele, de mãos dadas com a Cida, indo na direção do elevador. Não fiz nem questão de olhar pra trás, porque nada ali me interessava mais. A vida segue ...
Entramos no elevador e a Cida não parava de me olhar, parecendo que queria me perguntar algo. Cansei de esperar e resolvi saber o que ela queria falar.
Adolfo – O que foi, Cida? Você acha que eu peguei pesado?
Cida – Não sei ... Acho que você deveria virar a página ... Ignore-o.
Adolfo – Não tem como ignorar, Cida! Ele faz de propósito ... pra me afrontar.
Cida – Achei ele bem cordial ... A mãe da Giulia é que chegou toda histérica. – Falou minha namorada, com certo deboche.
Adolfo – Cida, eu te resumi e muito a história. Vai por mim ... Aquele filho da puta é um lixo de ser humano, que nunca deveria ter nascido. – Esbravejei, dando um soco no elevador.
Cida – Meu Deus, Adolfo!!! Eu nunca te vi assim! Você está bem? – Perguntou Cida, fazendo um carinho no meu rosto.
Adolfo – Desculpa, Cida ... Preciso beber uma água e lavar o meu rosto.
Saímos do elevador e eu fui ao banheiro lavar o rosto, enquanto Cida comprou uma garrafa d’água pra mim. Voltamos em seguida pra sala de espera, pois Caíque poderia aparecer a qualquer momento.
Eu estava chegando e não pude deixar de ouvir aquele filho da puta falando sobre gravidez.
Ariano – Nada disso! Diana merece engravidar do jeito antigo e vai ser logo após o nosso casamento.
Adolfo – O que?
Eu olhei pra Diana, que estava muito sem graça e o idiota continuou a falar, como se quisesse me explicar o que não tinha explicação.
Ariano – Hoje é um dia repleto de felicidade! Tivemos um casamento e, logo teremos outro e agora temos um nascimento. Adolfo, eu faço questão que você e a sua família compareçam ao nosso casamento.
Adolfo – Era só o que me faltava ... É sério isso, Diana? – Perguntei, quase aumentando o tom da minha voz, mas me controlei.
Ela continuou muda.
Ariano – Claro que é! Eu fiz o pedido ontem e ela aceitou. – Disse o canalha, abraçando Diana.
Diana – Adolfo, depois a gente conversa. O Caíque estava te procurando.
Adolfo – A cada dia que passa, eu te reconheço menos. – Falei baixo e totalmente desapontado com ela.
Suzy – Não acredito no que eu ouvi.
Agora minha filha também iria entrar no embate, porque escutou que a mãe iria se casar. A confusão estava armada e foi aí que o Caíque apareceu me procurando e me chamou para segui-lo.
Suzy – Pai, eu também quero ver a Giulia!
Caíque – Depois você vai, Suzy. É que onde ela está já tem muita gente. O pai do Kauã deve estar pra chegar com os pais. Me ajuda com isso, por favor, Suzy.
Falei com ela pra ficar por ali e ela acabou se conformando. Entramos no corredor e eu perguntei como a Giulia estava. Ele me disse que ela estava com muitas dores e xingando a tudo e a todos. Eu não me contive e ri, mas parei em seguida porque vi Caíque muito preocupado.
Estávamos chegando na sala, porque de longe eu ouvia os gritos da Giulia. Não só os gritos, como os xingamentos. Uma enfermeira saiu da sala resmungando que nunca ouviu tanto palavrão na vida e novamente me deu vontade de rir.
Giulia – AAAAAAH!!!! PAAAAAAIIII!!!! – Gritou a desbocada.
Babi – Filha, tem que respirar ...
Giulia – EU TÔ RESPIRANDO, CARALHO!!! – Vociferou Giulia.
Babi – Aguenta firme, filha! – Falou Babi, tentando tranquilizar a filha.
Giulia – VAI TOMAR NO CU! TÁ DOENDO MUITO! – Gritou Babi para a mãe.
Caíque – Filha, olha quem chegou!
Giulia – TIIIIIOOO!!! Faz alguma coisa! Faz aquele vudu pra parar de doer! – Pediu Giulia, suplicando.
Adolfo – Giulia, você tem que ser forte! Eu sei que deve tá doendo muito.
Babi – É melhor tomar a anestesia, filha.
Giulia – NÃÃÃOOOO, PORRAAAA!!! Eu tenho medo dessa anestesia! – Gritou Giulia, chorando de dor.
Médico – Olha, Giulia! Tá chegando a hora e você vai ter que fazer força. Entendeu?
Giulia – Nãããooooo. Eu não vou conseguir! Tudo isso é culpa sua! Culpa sua! – Disse Giulia, encarando a mãe.
Caíque – Babi, é melhor você sair ...
Babi – Eu não vou sair. Ela é minha filha! Daqui eu não saio! – Falou Babi, resoluta.
Giulia – SOME DAQUI SUA FILHA DA PUTAAAAA!!! SUA PROSTITUTA!!! VOCÊ É UMA PIRANHA VENDIDA!!! TRAIU O MEU PAI PELO DINHEIRO E PELO LUXO! POOORRRRAAAA, QUE DOR!!! TODA ESSA DOR É CULPA SUA!!! EU ENGRAVIDEI PRA GENTE FICAR JUNTO, SUA IDIOTA!!! – Gritou a desbocada, chorando um rio de lágrimas.
Babi – Filha!!! – Babi exclamou assustada, não acreditando no que ouviu.
Giulia – FILHA, É O CARALHO!!! SUA DESGRAÇADA! FICOU LONGE DURANTE TODA A GRAVIDEZ E AGORA QUER QUE EU RESPIRE? VAI TOMAR NO SEU CU! EU TENHO ÓDIO DE VOCÊ! ÓDIO POR VOCÊ TER ESCOLHIDO ELE E TER ABANDONADO A GENTE ... VAI EMBORA DAQUI! ENQUANTO ESSA MULHER ESTIVER AQUI, MEU FILHO NÃO VAI NASCER! – Gritou Giulia, com muita raiva, sendo acudida por mim e por Caíque.
Babi – Que horror!!!
Adolfo – Babi, é melhor você sair ... Ela só disse aquilo, porque está com muita dor ...
Babi – Eu conheço a minha filha. Eu sei que ela quis dizer tudo aquilo que disse.
Caíque – Babi, a escolha foi sua.
Babi – Eu só não pude ficar mais tempo com ela na gravidez, por causa daquela filha da puta que quer roubar o Ariano de mim. – Reclamou Babi, enxugando as lágrimas.
Adolfo – O que?
Babi – Isso é culpa da puta da sua mulher! Ou melhor, da puta da sua ex-mulher!
Caíque – Babi, sai daqui agora! Respeita a vontade da sua filha. – Falou Caíque, de forma mais ríspida.
Babi – Eu não vou sair. Eu quero ficar com a minha filha!
Adolfo – Sai um pouco, Babi! Depois você volta! – Disse a ela, praticamente empurrando-a pra fora da sala.
Babi – Tá bom. Eu vou sair!
Giulia – SAI LOGO!!! – Gritou a filha do Caíque.
Babi – Eu vou matar aquela filha da puta! É tudo culpa dela!
E ela finalmente saiu.
Caíque – Filha, segura a minha mão!
Adolfo – Pode segurar a minha também e pode xingar a gente o quanto você quiser.
Giulia – Acho que estou melhor! Essa dor me fez botar algumas coisas pra fora.
O médico foi auxiliando a Giulia e nós, incentivando-a pra fazer força, ela gritou muito, até que Kauã nasceu. Era um bebê forte e grande e ela fez tanto esforço, que acabou desmaiando, quando ele nasceu, sendo ajudada pelas enfermeiras.
Pulmões fortes! Garganta forte! O barulho do choro inundou a sala e tanto eu, quanto Caíque estávamos chorando de felicidade.
Adolfo – Parabéns, Caíque! Parabéns, vovô, hahahaha!
Caíque – Tadinha da minha filha! Olha só o tamanho desse bebê!
Médico – Sua filha é uma guerreira, Caíque! Eu quase tive que fazer uma cesárea nela, porque sua filha não tinha muita dilatação pra fazer parto normal, foi bem no limite.
Adolfo – Olha só esse piruzão dele! Parece até que puxou o padrinho! Hahahahaha.
Caíque – Hahahaha, você é muito engraçadinho!
Médico – É um bebezão bem grande mesmo. Parece que vai ser o terror das meninas.
Giulia – Pai ... Cadê o Cauã? Tá tudo bem? – Sussurrou Giulia, quase sem voz.
Caíque – Ôôô, filha! Ele está ótimo! Doutor, ela pode pegar ele no colo?
Médico – As enfermeiras o estão limpando e já vamos colocá-lo pra ficar com a mãe.
Caíque foi perguntar pra Giulia se ela estava bem e ela disse que estava muito cansada e que parecia que um carro tinha passado por cima dela.
Chegou então um dos momentos mais bonitos da vida, e eu não tive como não me emocionar, pois lembrei da Diana, segurando a Suzy pela primeira vez. Eu estava presente, filmando tudo e isso bateu muito forte em mim ... Tão forte que eu tive que sair de lá, dizendo que ia chamar a Babi e avisar a todos, que o Kauã tinha nascido. Encontrei Babi no meio do caminho e como ela me viu chorando, pensou o pior.
Babi – Adolfo, o que aconteceu? Por que você está chorando assim? Não me diga que ...
Adolfo – Calma, Babi! Calma! – Interrompi Babi, tranquilizando-a. – Sua filha e seu neto estão bem.
Babi – Graças a Deus!
Adolfo – Se controla ... É um momento especial e único pra ela.
Babi – Eu sei ... Eu sei ...
Adolfo – Eu vou dar a notícia aos outros.
Babi – Adolfo, aquela história que ela engravidou, pra me manter junto com o pai. Aquilo é verdade? – Perguntou Babi, já sabendo que era verdade, mas querendo ouvir da minha boca.
Adolfo – Eu não quero me meter nisso, mas eu sinto que agora sou da família e, é verdade. Sua filha fez isso, porque achou que seria a única coisa que poderia fazer você mudar de ideia.
Babi – Que garota maluca! Que Irresponsável!
Adolfo – Babi, você não acha que também foi irresponsável abandonando sua filha?
Babi – Eu não a abandonei. Eu a chamei pra vir morar comigo e ela não quis.
Adolfo – Você acha que seria prudente colocar uma filha e um bebê naquele antro de putaria?
Babi – O Ariano disse que iria construir uma casinha pra ela próximo à Mansão. Ela e o filho teriam tudo do bom e do melhor.
Adolfo – Pra você é só isso que importa, né? Pelo amor de Deus, pensa um pouco com o coração e não perca essa oportunidade.
Virei as costas a ela e voltei pra sala de espera. Mal sabia eu, que outro embate estava acontecendo naquele exato momento.
[DIANA (POV)]
Saímos de Sorocaba, onde fica a Mansão Flores e estávamos a caminho do Hospital Regional de São José dos Campos, onde Giulia, a filha da Babi, estava em trabalho de parto.
Pelo que entendi, a previsão era somente dali a uns 10 dias. Babi havia planejado as datas, pra após o casamento, curtir uma mini lua de mel no Caribe e voltar antes do parto da filha, mas a garota ficou nervosa, quando a mãe fez uma vídeo chamada, mostrando a ela o casamento altamente luxuoso.
A garota se emocionou e entrou em trabalho de parto e agora estávamos indo pra lá no carro do Ariano. Era uma viagem rápida, que levaria cerca de 3 horas e 15 minutos aproximadamente.
Estava programado pra irmos em dois carros, mas deu a louca na Babi, de uma hora pra outra e nós nos dividimos da seguinte forma. O motorista/segurança no volante e ao lado dele, a Jordana. No banco de trás, eu, numa ponta, Ariano no meio e Flávia na outra ponta. E a Babi ... Bem, a Babi se recusou a vir no mesmo carro que eu.
No entanto, ela estava ao meu lado, praticamente, só que do lado de fora, pilotando a sua possante moto. Babi era uma ruiva lindíssima e ver o seu cabelo vermelho, mesmo parcialmente coberto pelo capacete, esvoaçando, era um espetáculo. Seu corpo todo comprimido numa roupa de couro completava o visual.
Ela fazia questão de viajar do meu lado e ficava me encarando, de vez em quando, até que pegamos uma reta e ela desapareceu, deixando a gente comendo poeira.
Ariano – Essa mulher é um perigo!
Jordana – A Babi tá muito gata nessa moto ... Olha como ela pilota!
Flávia – Ela deveria ter uma postura mais madura.
Diana – Também acho, ainda mais agora que é uma avó. – Falei bem debochada, pra provocar.
Ariano e Flávia olharam pra mim surpresos e Jordana virou pra trás, e em seguida começaram a rir. Acho que até o motorista deu um pequeno sorriso.
Flávia – Você gosta de uma provocação, né Diana?
Ariano – Não fale isso na frente dela, Diana. Já estamos com problemas demais.
Flavia – Ariano, manda uma mensagem pra ela diminuir.
Jordana – Ela está bem, Flávia. Deixe-a correr.
Diana – Melhor falar a ela, que uma vovó não deve fazer essas coisas arriscadas. – Falei rindo, tirando mais risos de Jordana.
Ariano – Diana! Vou ter que calar a sua boca com um beijo, meu amor.
Nos beijamos e Flávia questionou se ela também não iria ganhar e Ariano deu um beijo nela também.
Jordana – Ei ... E eu?
Ariano – Depois, Jordana!
Jordana – Depois, nada!
Ela ficou de joelhos no banco, se virando pra trás, quase se jogando no colo do Ariano, que a segurou e deu-lhe um beijo.
Ariano – Sua maluquinha!
Chegamos no estacionamento do Hospital Regional e Babi já estava com o capacete na mão, entrando pela porta principal do hospital. Ariano deu instruções ao motorista que ficasse a postos, aguardando novas instruções.
Quando entramos, vimos Babi conversando com uma recepcionista e ela voltou pra nos informar que era pra irmos ao terceiro andar. Ela rapidamente pegou a mão do Ariano e os dois foram de mãos dadas até chegarmos ao local que nos foi indicado.
Na sala de espera, eu o vi novamente. Respirei fundo e continuei a andar e só então ele me viu. Suzy estava ao lado dele e a Cida também. Meu filho estava num outro sofá, jogando seu videogame. O único que não vi foi o Biel.
Somente pelo cumprimentos eu já pude ver que a situação seria complicada de administrar com Adolfo e Ariano se espetando.
Enquanto eu estava ali no meio daqueles dois, junto com a Babi, Flávia já estava conversando com alguma enfermeira, provavelmente dando alguma carteirada e Jordana estava conversando com a minha filha e com Biel, que apareceu de repente.
Acho que a Cida também percebeu que a situação estava saindo do controle e propôs que eles fossem até a lanchonete comprar água. Eu vi que ele fez um carinho na cabeça dela e lhe deu um beijo na bochecha. O olhar dele, o jeito dele falar com ela ... O negócio era sério. Fiquei acompanhando os dois indo de mãos dadas até o elevador e me lembrei de quando era eu e ele.
Ariano – Parece que a fila andou ... Quem será aquela mulher? – Perguntou Ariano, pra me cutucar e testar a minha reação.
Diana – O nome dela é Cida.
Ariano – É uma amiga sua?
Diana – Que pergunta idiota, Ariano! Você sabe que não ... Nem é mais da minha conta saber quem ela é. Eu agora tenho você.
Babi – Ariano, você quer fazer o favor de ficar comigo? Sou eu que precisa de apoio nesse momento.
Ariano – Claro, meu amor! E eu estou aqui pra você.
Flávia – Parece que a sua filha chegou aqui com a pressão alterada, mas já está melhor.
Babi – Tadinha da minha filha! – Lamentou Babi, se fazendo de coitadinha.
Nisso apareceu Caíque e ficou apreensivo e quando nos viu, nervoso, esfregando as mãos. Suzy prevendo que alguma coisa poderia acontecer foi correndo atrás do pai.
Ariano – Caíque, meu amigo! Sua filha está bem? Estou aqui em paz, e tudo que você precisar, é só falar comigo. Não fique acanhado, porque nessas horas, temos que tomar decisões rápidas. Você sabe que dinheiro não é problema e ...
Caíque – Não se preocupe! Eu não quero nada que venha de você. – Interrompeu Caíque, visivelmente nervoso.
Flávia – Gente, por favor, vamos manter o foco.
Caíque – Ele nem deveria estar aqui, mas já que apareceu, mantenha-o longe de mim. – Falou ele, se dirigindo a Babi.
Babi – Eu quero ver a minha pituquinha. Onde ela está?
Caíque – Ela está em trabalho de parto, mas está nervosa e com medo. Onde está o Adolfo?
Diana – Acho que ele saiu com a namorada.
Caíque – A Giulia o quer lá. Quer falar com ele.
Babi – E eu? Eu quero falar com ela também. – Reclamou Babi, contrariada e nervosa.
Caíque – Tudo bem. Diana, avise o Adolfo pra ele ir também. Vamos, Babi!
Os dois entraram num corredor e sumiram. Percebi que Jordana estava muito calada, olhando pro chão, andando de um lado pro outro e fui falar com ela.
Diana – A Suzy te contou?
Jordana – Sim, ela me falou do que aconteceu no evento. Eu não acredito que seja verdade e disse para ela que foi uma tática da adversária para desestabilizá-la.
Diana – Você acha?
Jordana – Acho, não. Eu tenho certeza. Conheço meu ex-técnico. Ele nunca faria parte de um esquema destes. Mesmo assim, eu vou falar com ele.
Diana – Ok. Depois me conte como foi a conversa.
Estava voltando par junto dos demais quando Ariano se empolgou.
Ariano – Diana, participando deste evento aqui, de repente me deu uma vontade de ser pai. – Falou Ariano, todo galanteador pro meu lado.
Flávia – Sério? Tem certeza disso?
Ariano – Tenho e eu quero isso o mais rápido possível. Ouviu, Diana? – Insistiu ele, me cutucando.
Diana – Opa! Pera lá ... Por que eu? A Jordana, por exemplo, é bem mais jovem do que eu. – Reclamei com ele, mostrando que não concordava com isso.
Ariano – Flávia, é possível reverter o processo de vasectomia, correto?
Flávia – É sim, mas você tem um monte de espermatozoides em vários bancos de esperma.
Ariano – Nada disso! Diana merece engravidar à moda antiga e vai ser logo após o nosso casamento.
Adolfo – O que?
Eu nem vi, quando Adolfo chegou e fiquei em choque. Não consegui falar nada. Foi outro show de horror! Ariano tentando justificar o que tinha dito, conseguindo, novamente tirar o Adolfo do sério e eu sem conseguir emitir uma resposta e a situação só piorou porque minha filha também escutou parte da conversa.
Estava tudo saindo fora do meu controle. Eu sabia que isso não ia prestar, até que Deus resolveu me ajudar, pelo menos em parte. Caíque reapareceu procurando Adolfo, dizendo que Giulia queria vê-lo. Suzy queria ir junto, mas Adolfo conseguiu convencê-la a esperar e eles foram, em seguida, pro mesmo corredor de onde Caíque veio.
Diana – Filha, logo você vai poder ver a sua amiga e seu afilhado.
Suzy – Mãe, vamos na lanchonete comprar um suco? – Perguntou minha filha toda sorridente, mas eu sabia exatamente o que isso significava.
Diana – Por que você não chama o Biel? – Respondi, tentando fugir dela, mas eu conheço a minha filha e sabia que não seria fácil escapar.
Suzy – Porque eu quero ir com VOCÊ, mãe.
Escapei da espada, mas agora a cruz iria me crucificar.
Diana – Tudo bem, filha! Vamos comprar um suco.
Flávia – Não se preocupe, Suzy. A Giulia está bem. Conversei rapidamente com o médico dela.
Ariano – Diana, se você precisar de alguma coisa, estou aqui.
Suzy revirou os olhos e saiu me puxando até o elevador.
Diana – Ei, calma aí! – Reclamei, mas sem efeito algum.
Suzy – Mãe, que história é essa de casamento e gravidez? Eu não estou acreditando ...
Diana – Filha, eu também fui pega de surpresa. As coisas estão acontecendo muito rápido. – Justifiquei-me a ela, mas sem efeito.
Suzy – Você querer se casar, eu não tenho como falar nada. Acho justo você e o papai buscarem uma nova pessoa, se relacionarem e até se casar, mas engravidar?
Diana – Ué, filha! É o curso natural das coisas.
Suzy – CURSO NATURAL DAS COISAS É O CARALHO !!! Sabe de uma coisa, eu vou é ter pena dessa criança ... Você não tem tempo pra cuidar de mim e do Jonathan e ainda vai criar mais um? – Gritou Suzy comigo, em seguida baixando o tom de voz, mas continuando o esporro.
Diana – O Ariano é um homem de muitos recursos. Poderá contratar mais de uma babá.
Suzy – Foi bom você falar isso, pois, só para você saber, não conte comigo pra nada com esse bebê. Eu não vou cuidar, nem que seja pra você ter tempo de quebrar um ovo na frigideira. – Falou minha filha com sangue nos olhos.
Eu nunca vi tanto ódio assim nas falas dela. Eu estava perdendo a minha filha. A mágoa era muito grande ... maior do que eu imaginava.
Diana – Filha, a decisão de ter filhos ou não, é minha e da pessoa com quem eu estiver. Sinto muito, que isso te chateie, mas tenho certeza de que você vai mudar de ideia, se um dia eu te der um irmãozinho ou irmãzinha.
Suzy – Espere sentada para não se cansar ... Você não vê que está fazendo tudo errado? Fizeram uma lavagem cerebral em você, mãe! Eu achava que isso era coisa de filme, mas você não é a mãe que eu convivi por toda a minha vida. – Falou minha filha, chateada comigo.
Diana – Você também não é mais a mesma, filha. As coisas mudam. As pessoas mudam. Tudo muda, menos o amor que eu sinto por você e pelo seu irmão. Isso não vai mudar nunca!
Suzy – MAS JÁ MUDOU! Quando foi a última vez que conversamos? Quando foi a última vez que saímos juntas? Quando foi a última vez que você fez o papel de mãe?
Eram palavras duras e eu me senti muito mal. Olhei pra baixo, mas ela continuou.
Suzy – Olha pra mim! ... OLHA PRA MIM! – Gritou minha filha, segurando em meus ombros. – Eu quero que você me olhe nos meus olhos e me diga o porquê de tudo isso. Por que você está agindo assim?
Eu estava com os olhos cheios d’água e minha filha não parava de me perguntar “porquê”. Eu estava acuada e não podia simplesmente dizer o que estava acontecendo para minha filha. A única coisa que eu podia fazer, era tentar mudar o foco.
Diana – Filha, quando você for mais adulta, você vai entender. Há coisas que a gente faz por amor e há coisas que a gente faz por obrigação, mas há coisas que a gente tem obrigação de fazer para as pessoas que amamos.
Suzy – Você falou, falou, falou e não me respondeu.
Diana – Eu vou te responder com uma pergunta. O que você faria, se algo muito vergonhoso caísse nas mãos de pessoas erradas?
Suzy – Como assim? – Perguntou Suzy, sem entender o que eu disse.
Diana – Como assim? Que tal nudes, por exemplo?
Suzy – Não estou entendendo ... – Respondeu Suzy, desviando o olhar.
Diana – Eu estou sabendo da história, Suzana! Eu posso estar um pouco afastada, mas eu sei de tudo o que se passa.
Suzy – Mãe, eu ... eu errei ...
Diana – Eu falei diversas vezes, minha filha. – Falei, interrompendo-a.
Suzy – Eu sei, mas eu cortei o meu rosto na hora de enviar ...
Diana – Não importa, Suzy! Hoje em dia, existe muita montagem por aí, IA, edição, Photoshop ...
Suzy – Mas o papai resolveu ... Ele deu o jeito dele e resolveu.
Diana – Eu tô sabendo, mas às vezes as coisas não se resolvem tão facilmente.
Suzy – Eu pedi pra ele não te falar isso! Eu pedi tanto ... – Lamentou minha filha, quase chorando e eu aproveitei o momento para tentar virar a situação.
Dei um abraço na minha filha, que começou a chorar me dizendo que estava com saudade do meu abraço e eu aproveitei para perguntá-la o que realmente tinha acontecido e, aos poucos, ela foi me contando tudo, inclusive a parte do Jonathan. Por hora, eu consegui mudar o foco da conversa e a situação se acalmou um pouco.
Suzy – Agora está tudo bem!
Não estava nada bem, mas eu deixei que ela pensasse que sim e agora cabia a mim terminar o que o Adolfo começou.
Suzy – Eu tenho mais uma coisa pra te falar ...
Diana – Sobre?
Suzy – Sobre a luta de ontem. Eu confirmei com a minha oponente, ela disse que todas as lutas que eu ganhei, foram combinadas.
Diana – Combinadas?
Suzy – É mãe ... compradas ...
Diana – Por isso que você estava falando com a Jordana e ela estava meio chateada.
Suzy – Sim. Ela duvidou de mim, disse que era uma tática para me desestabilizar e que o técnico dela seria incapaz de fazer esse tipo de coisa.
Conversamos mais um pouco sobre aquele assunto e minha filha quis retomar a narrativa, perguntando por que eu estava morando com um homem que tinha várias esposas.
Suzy – Mãe, isso é errado! Você não vai pro céu! – Disse minha filha séria, mas logo depois rindo.
Diana – Você e seu pai, como alguns outros, só veem a superficialidade do Ariano, mas não conseguem enxergar o outro lado dele. Ele ...
Suzy – Pode parar, mãe ... – Interrompeu minha filha, fazendo um gesto de pare com as mãos.
Diana – Tem muito mais coisas, filha. Ele é um homem ...
Suzy – Mãe, ele pode ser até o Papa, mas ele se relaciona com uma menor de idade. – Interrompeu novamente a minha filha.
Diana – O Ariano ...
Suzy – Ele está fodendo uma menor, mãe. Para de defender esse cara! – Reclamou Suzy, com muita raiva.
Diana – Ele nunca transou com ela.
Suzy – Você não consegue enxergar as coisas! Você é muito teimosa!
Tive que subir o tom.
Diana – Eu sou persistente e eu sei que estou certa no que estou fazendo. Sei muito bem o que eu faço, enquanto você é uma pirralha, que fica mandando nudes pra qualquer desclassificado.
Quem ela pensa que é, querendo me peitar? Não posso deixar que ela avance mais do que isso.
Suzy – Você é muito cabeça dura ... Que ódio!!! – Reclamou minha filha, se contendo pra não elevar a voz.
Nesse momento, Adolfo chegou, trazendo a notícia do nascimento de Kauã, fazendo com que minha filha esquecesse o embate e procurasse saber maiores informações. Ela saiu correndo, deixando, eu e o pai dela sozinhos lá.
Adolfo – Tudo bem, Diana?
Diana – A Suzy vai ser uma grande mulher, né?
Adolfo – Sim, nós a criamos bem. Às vezes, até me assusto com algumas coisas que ela fala.
Diana – Ela saiu uma boa misturinha da gente, né?
Percebi que ele ficou mudo, sem saber o que falar e eu me aproximei dele, ficando cara a cara. Foi então que eu o abracei, pegando-o de surpresa, mas, antes mesmo que ele tivesse tempo de retribuir o abraço, eu o soltei e recuei.
Adolfo – O que foi isso, Diana?
Diana – Eu não te vi no seu aniversário, então estou te dando um abraço de presente.
Adolfo – Aaah, ok ... Obrigado pela mensagem ...
Diana – Também quero te agradecer por ter cuidado de nossos filhos durante esse tempo e principalmente por dar conta da situação com o Luizão.
Adolfo – Aquele filho da puta, boca de sacola! Falei para ele não contar nada pra você. – Reclamou Adolfo, cerrando os dentes.
Diana – Não foi ele. A Suzy acabou de me contar.
Adolfo – A Suzy? – Perguntou ele admirado.
Diana – Eu sabia de uma pequena parte, agora fiquei sabendo o resto, e obrigado por protegê-los.
Adolfo – Protegerei quantas vezes for necessário e não precisa me agradecer por isso. Você também cuidou deles durante a vida toda. Só queria te pedir pra você não sumir das nossas vidas, igual a Babi fez.
Diana – É só um ajuste que eu estou fazendo, e tão logo eu resolva algumas coisas, irei me fazer mais presente. Eu prometo.
Adolfo – Melhor a gente voltar, ou seu noivo vai ficar com ciúmes. – Falou Adolfo, brincando comigo.
Diana – Mais fácil a sua namorada ficar com ciúmes. – Retruquei, devolvendo a brincadeira.
Adolfo – Nós ainda ... Eu não sei o que somos ainda ...
Chegamos ao elevador e continuamos a falar sobre a nossa filha e foi quando ele começou a rir.
Diana – O que foi? Quero rir também ... Qual a piada?
Adolfo – Me lembrei de uma coisa do meu aniversário.
Diana – O que?
Adolfo – Você acredita que a nossa filha me deu uma cesta masculina?
Diana – Masculina? Como assim? – Perguntei curiosa.
Adolfo – Uma cesta de aniversário com alguns itens, tipo aparelho de barbear, creme, desodorante, sabonete, camisinhas ... lubrificante ...
Diana – O que?
Adolfo – Estou te falando ... Fiquei surpreso na hora também.
Diana – Então não é só o César que está te levando pras sacanagens ... Nossa filha também está te incentivando! – Exclamei num tom de brincadeira.
Ele riu do meu comentário e eu me sentindo uma trouxa com ele rindo, mas ele continuou.
Adolfo – Desculpa, mas eu não consegui me controlar ... É que ainda não terminei ... Além disso tudo, ainda tinha uma caixinha com tadalafila.
Diana – Não acredito!!! – Exclamei, botando a mão na boca. – Meu Deus, essa garota tá impossível! Pelo visto, vocês dois estão bem próximos, né?
Adolfo – Ela me contou sobre a perda da virgindade.
Diana – Desculpa, Adolfo, eu queria te contar, mas ela disse que fazia questão de te falar e que era um assunto de pai pra filha. Achei graça na hora e eu até tentei te preparar, mas aí tudo desandou.
Adolfo – Tudo bem. Está tudo certo! Nós já nos entendemos. Ela inclusive pediu pro namorado dormir lá em casa, no quarto dela.
Diana – Você deixou? Acho que precisamos conversar nós três sobre isso.
Adolfo – Eu já autorizei, mas com muitas ressalvas e não vai ser todo dia, nem dia sim, dia não ... Fica tranquila. Se eu não fizesse isso, ela iria arrumar algum outro lugar.
Diana – Suzy está impossível! – Sussurrei revirando os olhos, preocupada com a vida sexual dela.
Adolfo – Deixa eu finalizar a história, que eu guardei a cereja do bolo.
Diana – Conta ...
Adolfo – Meus pais estiveram lá e viram a cesta. Mamãe ficou admirada e nem sabia o que era tadalafila. Meu pai explicou.
Diana – Deve ter sido engraçado.
Adolfo – O mais engraçado, é que no dia seguinte, quando eu fui pegar alguns itens da cesta pra colocar no banheiro, a caixa de tadalafila não estava lá.
Diana – Ué?
Adolfo – Isso mesmo que você tá pensando. Meu pai pegou a caixa, porque ele estava bem interessado, hahahahaha.
Diana – Meu Deus!!! – Falei alto e rindo, quase perdendo a noção de onde eu estava.
Adolfo – O César também estava lá, mas acho que ele não iria pegar.
Eu estava rindo alto, dentro do elevador e ele também e, quando saímos do elevador, ele me solta uma que me fez gargalhar.
Adolfo – Coitada da minha mãe. Deve ter sofrido a noite inteira ... A jurupoca deve ter piado até o nascer do sol.
Diana – Adolfo, você não presta ... Hahahaha ... Coitada da sua mãe ...
Saímos do elevador rindo, dando gargalhadas e chegamos na sala de espera. Eu estava com a minha mão no braço dele, mas rapidamente tirei, quando percebi os olhares.
Ariano, Flávia, Jordana e a tal de Cida, olharam pra gente sem entender nada. Ariano então, estava indignado, no mínimo, e as outras curiosas.
Foi só então que meu filho viu que eu estava ali, por causa da minha gargalhada. Ele olhou pra mim e eu acenei pra ele, que me acenou de volta. Nem veio falar comigo.
Diana – Gente, desculpem a demora, mas o Adolfo ... Conta pra eles, Adolfo. Se não contar, eu conto.
Assim que ele começou a contar, Cida começou a rir, provavelmente ela já sabia da história e as outras foram rindo também, menos Ariano, que esboçava um sorriso meio amarelo.
Cida – Eu ainda acho que foi o César que pegou ...
Adolfo – Talvez, mas quem estava interessado na caixinha era o meu pai.
Flavia – A safadeza vem de família, então... – Ponderou a médica, sorrindo pra mim.
Adolfo – É, mas eu nunca precisei usar isso ... Eu dou conta do recado. Nunca deixei minha “esposa” na mão, né Diana?
Fiquei sem chão de repente. Eu não esperava isso e não entendi essa cortada que o Adolfo me deu, mas ... Quem sabe?
Diana – O Adolfo nunca precisou de nada. Ele é um ótimo amante, né Cida? – perguntei para a “amiga”, tentando sair da fogueira e jogando-a no meu lugar.
Cida – O que? O Adolfo ... Ele é sim ... Ele é fantástico. – Respondeu Cida, toda acanhada.
Adolfo – Mas também, eu só tive uma esposa, né ... Só que fazer com 12, acho que não dá sem usar um azulzinho ou tadala ... É o que eu acho ...
Ariano sentiu o golpe e já ia retrucar, mas o Adolfo fez algo que ninguém esperava.
Adolfo – ... Me deixa ir “caçar” a minha filha e ver o meu afilhado de novo ... Só mais uma coisa ... Quem muito abraça, pouco aperta.
Ele deu a mão pra Cida e nos deram um tchau e foram na direção do Jonathan e Biel.
Ariano estava com os dentes cerrados, olhando pro Adolfo com um olhar que eu nunca tinha visto antes. As outras também perceberam e começaram a falar sobre procurar a Babi e eis que ela aparece.
Enquanto isso, eu falei que iria falar com meu filho e deixei-os falando entre eles. Ainda pude escutar Babi falando que a filha proibiu que o Ariano se aproximasse do Kauã.
Conversei com meu filho, mas foi daquele jeito ... Respostas monossilábicas e ele não tirava os olhos do Nintendo Switch.
Tomei o aparelho da mão dele e aí, mais problemas.
Jonathan – Me dá o meu Nintendo! – Reclamou Jonathan, bravo.
Diana – Olha como fala comigo!
Gabriel – Gente, estamos num hospital ...
Olhei pro Biel, que rapidamente entendeu que não era pra se meter.
Diana – Me dá um abraço e um beijo, que eu devolvo. – Falei brincando, pra ver se comovia o meu filho.
Jonathan – Pode ficar! Eu cansei de jogar. – Respondeu ele, me dando de ombros.
Murchei na mesma hora, me sentei ao lado dele e o abracei.
Diana – Filho, me desculpa! Eu sei que estou ausente, mas isso vai mudar ... Eu prometo!
Jonathan – Ultimamente, você só promete e não cumpre nada.
Diana – Meu aniversário está chegando e eu prometo que vou passar com vocês.
Jonathan – Você promete? – Perguntou meu filho, todo animado.
Diana – Eu juro!
Demos outro abraço, dessa vez mais gostoso e eu até acabei chorando.
Adolfo – O Caíque me mandou mensagem, dizendo que o Kauã já está no berçário e a Giulia no quarto.
Biel – A Suzy deve estar no quarto, eu vou pra lá. Qual o número mesmo?
Adolfo – 608
Diana – Enquanto vocês vão lá, eu posso ficar aqui com o Jonathan?
Adolfo – Claro. Tudo bem, filho?
Meu filho acenou que sim, enquanto eles foram andando numa direções opostas, e eu perguntei por quê.
Adolfo – Eu conheço a minha filha. Ela está no berçário, protegendo o afilhado e deixando que a Giulia tenha um momento com os pais, pra eles poderem, ao menos, conversar.
Diana – Será?
Adolfo – Aposto o meu fígado ... vem Cida!
Então eu fiquei com meu filho e vi o casal de mãos dadas sumindo por um dos corredores.
[ADOLFO (POV)]
Depois de um fim de semana repleto de emoções, onde todos se salvaram e saíram quase ilesos, eu finalmente estava na minha empresa. De volta ao batente ... Cheio de gás e disposição. Tanto que o dia passou voando e aos poucos, eu fui me inteirando de tudo que estava acontecendo.
Levei alguns dias para assimilar tudo o que mudou e, nessa correria pra absorver todas as mudanças, conhecer os novos funcionários, conhecer os novos clientes e projetos, acabei ficando um pouco afastado do César, e só depois de um tempo, pude notar algo estranho nele.
Não sei se era eu que estava muito empolgado ou se era o César estava muito parado. Nossa comunicação estava péssima e por diversas vezes eu o peguei olhando pro nada, viajando em sua mente pra algum lugar bem distante. Será que poderia ser um novo amor. Se fosse este o caso, ele não agiria assim, sei lá.
Minha filha ficou na casa do Caíque. Nada no mundo, conseguiria fazer com que eu a arrancasse de lá e negociei com ela 10 dias, mas conhecendo a danadinha, provavelmente, ela iria me pedir uma extensão de prazo. O ano letivo já tinha acabado e ela passou em tudo, então não havia problema algum. Eu fazia vídeo chamada com ela duas vezes por dia.
Por outro lado, eu convenci a Cida, a passar uma semana inteira comigo, na minha casa e ela topou, mas o pai não ficou nada satisfeito. Falei com ele ao telefone e aí veio aquele papo de que não é direito uma moça de família dormir na casa do namorado, antes de se casar e blá, blá, blá.
Eu concordei com ele e disse que a Cida iria dormir no quarto da minha filha, até porque meu filho estava em casa e eu disse que iria respeitá-la. Respeitei tanto, que a primeira coisa que eu fiz, foi levá-la pro meu quarto, após a ida do Jonathan pra escola e dei um banho de língua nela todinha, inclusive no cuzinho, mesmo a contragosto e com muita risada .
A julgar pelo que eu senti, eu iria conquistar aquele prêmio e fincar a minha bandeira onde nenhum homem jamais esteve. No dia seguinte fui pro trabalho me sentindo muito bem, após uma noite tórrida com a Cida, mas o meu amigo César estava no mundo da lua.
Adolfo – César, o que está acontecendo? Você tá muito disperso.
César – Eu sei ... Eu sei ...
Adolfo – O que é que tá pegando? Eu conheço esse olhar ... Você tomou uma chave de buceta bem dada, não foi? ... É isso, não é?
Meu amigo abriu um sorrisão e confirmou com a cabeça.
Adolfo – Me conta então ... Quem é? – Perguntei todo animado e curioso.
César – Não sei se você vai gostar de saber.
Adolfo – Eu conheço? Foi a Tati, né? Enfim, você domou a fera. Conta logo! – Falei impaciente.
César – Não fique chateado.
Adolfo – Desembucha ...
César – Eu tava numa reunião com a Diana ...
Adolfo – Diana? – Perguntei assustado.
César – É, com a Diana.
Adolfo – Quando isso? César, eu estive com a Diana nesse último fim de semana.
César – Ela comentou comigo. Fui conversar com a Diana sobre o projeto, mas ela estava com uma amiga. A Martina.
Adolfo – Não! Sério isso?
César – Sim.
Adolfo – Martina, aluna de natação da Diana? – Perguntei incrédulo.
César – Sim.
Adolfo – Martina Soares Lima, medalhista e campeã Panamericana de natação?
César – Caralho! Pode crer! Por isso eu sabia que conhecia ela de algum lugar. – Falou meu amigo, batendo a mão na testa.
Adolfo – Hahahahahaha. Pooooorrraaaa! Me dá um abraço aqui, safado!
Dei um abraço nele e gritei de alegria.
César – O que foi, cara? – Perguntou meu amigo, sem entender a minha alegria.
Adolfo – Você furou o olho daquele filho da puta! Hahahahaha ... – Quase gritei, comemorando.
César – Furei e foi bem furado.
Adolfo – Diana sabe?
César – Isso não importa ... Eu só sei que conheci a gata, a gente se pegou, e depois marcamos no motel. Foi bom demais! – Falou meu amigo, se vangloriando da mais nova conquista.
Adolfo – Me conta aí, viado!
César – Fala mais baixo, porra!
Adolfo – Caralho, não tô acreditando. MELHOR NOTÍCIA DO DIA. – Gritei entusiasmado.
César – Não gosto de ficar me gabando e nem contando essas coisas. Acho isso um desrespeito com as mulheres.
Adolfo – Aaah, vai tomar no teu cu! Que você sempre me contou tudo. Tu sempre foi um boca de sacola.
César – Ok, ok ... Eu conheci a garota e ... Vou pular pra parte que você quer saber.
Ele começou a me contar que ela tinha um jeito de princesinha, toda delicada, mas era só a aparência.
César – Ela era forte, cara! Os braços e as pernas fortes e, agora que você me falou que ela era nadadora profissional, fez total sentido.
Adolfo – Continua ...
César – Ela que tirou a minha roupa, quase arrancando ... A mulher tava muito tarada!
Adolfo – Antes de você continuar, você vai contar qual versão? A normal ou a exagerada?
César – Engraçadinho ... continuando ... Depois que ela me despiu, já veio logo beijando todo o meu corpo, se atendo mais nos meus mamilos e depois começou um boquete fantástico.
Eu fiquei imaginando a cena, me lembrando de um detalhe. César não era tão dotado como eu, ou seja, pra uma mulher acostumada com o Ariano, dificilmente ele iria fazer sucesso, mas fiquei calado ouvindo o relato dele.
César – Eu não consegui resistir e acabei gozando na boquinha dela, mas ela não parou. Nunca vi uma mulher tão esfomeada por pica, e a minha amoleceu após o gozo e cresceu novamente com o insistente boquete dela.
Meu amigo me disse, que ela falou que estava encantada com a pica dele, que era muito bonita, retinha, com uma leve curvatura e o mais importante ... Há muito tempo que ela não conseguia fazer uma garganta profunda. Ela disse que sempre tentava com o marido, mas nunca conseguia e ela sempre acabava machucando o maxilar, pois sempre foi competitiva, e não gostava de perder ou deixar de cumprir as metas.
César – Sabe o que ela falou pra mim? “O tamanho e o formato da sua pica, é perfeita pra mim.”
Adolfo – Muito bom, pica de mel... Hahahahahaha.
César – Depois coloquei ela deitada de costas e chupei aquela buceta, que estava encharcada. Minha boca chegou a ficar brilhando, de tantos fluidos que ela soltava em mim.
Eu já estava começando a ficar de pau duro e rapidamente me lembrei quando eu fui à Mansão Flores pela primeira vez e vi todas as esposas nuas na piscina. Martina era bem gostosa e meu amigo César se deu bem. Eu estava duplamente feliz. Finalmente aquele filho da puta estava sendo passado pra trás.
César – Os gemidos do gozo dela, eram um show à parte. Agudos e longos, variando com alguns gritinhos ... Fiz ela gozar duas vezes na minha boca, num intervalo de menos de cinco minutos, e acho que conseguiria mais uma vez, mas ela me interrompeu e me pediu pra enfiar a pica.
César falava com tanta empolgação e os olhos dele brilhavam a cada momento que ele me contava os seus momentos de prazer.
César – Ela ficava me pedindo pra socar mais forte toda hora. Depois ela me disse que era porque queria sentir nossos corpos se batendo e que, finalmente, estava conseguido sentir tudo dentro dela.
Adolfo – Parece que ela gamou ...
César – Tá vendo? Pau grande às vezes atrapalha. Só machuca e não dá prazer. – Falou meu amigo, debochando de mim, por causa do meu tamanho.
Adolfo – Tem que saber fazer.
César – Eu fiz e fiz muito bem-feito. Até o cuzinho eu consegui. Foi muito bom, e a única coisa que ela não abriu mão foi a camisinha, mas eu nem liguei ... Eu só sei que eu mandei muito bem, porque ela disse que nunca sentiu nada igual.
Adolfo – Aí você já está inventando, hahahahaha.
César – Juro que não estou ... Se você estivesse lá, você iria ver. Eu fiz tudo direito, justamente porque eu sabia que o marido dela era bom no negócio.
Aí ele me contou mais detalhes, falando em como ela era safada, porque a todo momento, queria se sentar na pica e sentir ela toda dentro, aliás em todas as posições que fizeram, ela queria sentir tudo até o talo. Ele disse que fez ela gozar umas 8 vezes e ele gozou três e que ela quer se encontrar de novo, mas é complicado.
César – Outra coisa que ela falou, é que todas as gozadas que ela deu comigo, foram as mais intensas da vida dela.
Adolfo – Provavelmente. Dizem que essa situação de fazer algo “errado” ou “escondido”, aumenta o tesão e dá uma adrenalina.
César – Eu só sei que eu a quero de novo. Estou quase indo lá.
Adolfo – Vai com calma, meu amigo. Não vai me dizer que ficou apaixonado? – Perguntei a ele, que desconversou em seguida.
César – Só sei que eu a quero de novo. Aquela bundinha subindo e descendo no meu pau. Ela me cavalgou com o cu ... Adoro. Primeira vez que eu pego uma mulher que faz isso, sem ter que pagar. Ela faz de tudo. Não tem frescura pra nada.
Adolfo – Essa Martina te deu um chá bem dado. Tô vendo isso.
César – Ainda fizemos dentro da piscina, em pé, na sauna. Foi uma maratona e nós nos acabamos. Agora estou aqui, aguardando notícia. Só consigo falar com ela, através da Alba.
Adolfo – Eu tô muito feliz por você, meu amigo e ainda mais feliz por você ter colocado um chifre naquele miserável.
César – Se depender de mim, ainda vai ter vários chifres.
Adolfo – Só toma cuidado, porque o cara é barra pesada. Você viu o que eu passei na mão desse cara.
César – Ah ... Martina ... Só de ter me lembrado de tudo isso, fiquei de pau duro. Que vontade de pegar ela de novo!
Ele ainda continuou a contar mais coisas. Foram vários detalhes e eu fiquei feliz por ele, porque era a primeira vez que ele me contava algo de alguma mulher e eu podia sentir a sua empolgação.
Esse relato me deixou muito excitado também e quando eu cheguei em casa, a Cida teve que dar conta.
E assim passou mais um dia ...
Continua ...