- Ei, vocês não podem decidir isso por mim. - Painho falou.
- Pode deixar, meu genro, seu pai vai acabar aceitando. - Seu José falou.
- Mas se ele quiser que seja Pedro, eu não me importo, também vou ficar excitado assistindo. - Falei.
- Você tem muito mais experiência do que meu filho, sem falar que seu pai iria se sentir constrangido se for Pedro, afinal eles não tem toda essa intimidade. - Meu sogro falou.
- Pois está decidido, você vai tirar a virgindade do seu pai e todo mundo vai assistir. - Minha sogra disse.
- Eu continuo aqui, vocês poderiam perguntar o que eu quero. - Painho falou.
Nós rimos dele e falamos que era apenas uma brincadeira pra irritar ele, mas que a proposta fica de pé, quando ele quiser.
Uns dois dias depois foi a audiência de Ruan pela guarda do filho. Ele conseguiu a guarda compartilhada, mesmo a mãe do filho dele usando o relacionamento de Ruan com Júlio para tentar dizer que a casa de Ruan não era um ambiente saudável para uma criança. Ruan deu a "sorte" de pegar um juiz gay. Desconfio que Pedro deu um jeitinho, mas não posso afirmar.
Pedro também aconselhou Ruan a processar a ex por danos psicológicos, por causa de toda tentativa de conversão sexual, a tal cura gay vergonhosa que Ruan foi submetido, mas Ruan não quis. No dia da audiência, eu, meu marido, Ruan e Júlio saímos para comemorar o resultado. Nada de importante aconteceu, apenas algumas cervejas e muitos agradecimentos por parte de Ruan, além do pedido de desculpas de Júlio:
- Gabriel, eu preciso te pedir desculpas. Sei que na condição de psicólogo você já imagina o que acontecia comigo naquela época. Eu não me aceitava e implicava com todo mundo que era abertamente gay. Demorei para me aceitar e ser realmente feliz sendo quem eu sou.
- E eu destruí sua vida, fiz você perder o emprego, a faculdade e te obriguei a sair da cidade. Também não fui um anjo contigo e me arrependo muito de ter feito o que fiz. Você mereceu a surra, isso eu não me arrependo kkkkkk mas hoje eu não te daria a surra, nem te ameaçaria da forma que fiz. - Falei e todos rimos da minha sinceridade.
- Pois eu te daria a surra hoje em dia, ou coisa pior, não evolui nesse sentido, nem quero. - Pedro falou.
- Te entendo, eu deixei Ruan pra morrer em um beco qualquer, merecia umas boas porradas mesmo, hoje em dia eu me daria uma surra por isso. É meu maior arrependimento. - Júlio falou.
- O bom é que hoje você mudou e não faria mais o que fez no passado. Todos cometemos erros na vida, o importante é saber reconhecer onde errou e tentar não cometer o mesmo erro. E no final ficou tudo bem, meu marido salvou a vida de Ruan e vocês dois estão juntos. O universo trabalha de formas estranhas. Se você não tivesse abandonado Ruan naquele dia, eu não teria conhecido o grande amor da minha vida e não estaríamos todos aqui comemorando Ruan ter conseguido a guarda do filho. - Falei.
- Por isso você é psicólogo, sempre sabe o que dizer pra pessoa não ficar se sentindo mal. Eu já perdoei Júlio faz tempo e ele ainda fala desse incidente com dor na voz. - Ruan falou.
- Reconhecer os erros é importante, só não podemos deixar isso ser a nossa única narrativa, muito menos deixar os erros nos definirem. Precisamos ser definidos pelos nossos acertos e pela nossa evolução. - Falei.
Enfim, só festa naquele dia. Ruan seguia sendo funcionário de Pedro no emprego da vida boa de cuidar das redes sociais, o que ajudou muito durante todo o processo e depois, porque dava tempo para ele oferecer ao filho todos os cuidados necessários e tempo de qualidade.
Alguns dias depois, meu pai veio falar comigo, ele finalmente aceitou que eu fosse o primeiro a invadir o cu dele. As restrições iniciais foram muitas, painho não queria beijo, não queria muitos toques, não queria fazer na frente de ninguém, não queria conversar durante o ato, ele repetiu algumas vezes que seria apenas o momento dele alargar o cu, mas ele sabia que não era isso, pois abrir o cu ele poderia abrir com consolos de borracha.
No final das contas, nós convencemos painho de que seria um momento entre pais e filhos, minha sogra apenas observaria. Planejamos uma suruba completa, que rolaria muitas coisas, entre essas coisas eu meteria no cu dele. O dia finalmente chegou, mas painho estava muito travado, mal olhava pra mim. Então resolvi descontrair o ambiente primeiro. Coloquei uma música, peguei duas garrafas de vinho tinto e comecei a dançar pelo quarto. Fui dançando, servindo o vinho, trocando beijos com meu marido e meu sogro, puxando todo mundo pra dançar comigo, sempre de forma descontraída, sem forçar a barra.
Aos poucos painho começou a beber e dançar comigo, mas só beijava meu sogro. Todos já estávamos muito excitados e querendo foder, inclusive painho, mas ele travava diante dos meus toques. Até que eu instruí meu sogro a ficar beijando e dançando coladinho com painho até deixar meu genitor mole. Quando vi meu pai finalmente entregue aos beijos e toques do senhor José, resolvi atacar. Fui por trás do meu pai e comecei a beijar o pescoço dele e roçar meu pau nele. Painho finalmente se entregou aos meus toques e pegou no meu pau, ainda por cima da roupa. Pedro fez a mesma coisa com o pai dele. Ficamos naqueles amasso e sarrando por umas duas músicas inteiras. Depois eu comecei a tirar a roupa de painho e Pedro começou a tirar a roupa do pai dele. Esse jogo de imitar, que Pedro estava fazendo comigo, me deixou ainda mais excitado, se isso era possível diante do tesão maior de estar prestes a comer meu próprio pai.
Tiramos a roupa de nossos pais e as nossas próprias roupas. Depois disso eu voltei a ficar por trás de painho e continuar sarrando, mas dessa vez pelados. Painho estava extremamente excitado, com o pau muito duro, mas ainda estava nervoso. Quando meu pau encostou na bunda dele, ele parou o beijo que estava dando no senhor José e virou a taça de vinho de uma vez só. Minha sogra encheu a taça dele e ele virou a taça novamente.
Continuei ali, sarrando meu pau na bunda dele e beijando o pescoço de painho. Pedro fazia o mesmo com meu sogro. Depois de alguns poucos minutos naquele ritmo de dança sensual com sarrada, abri as bandas da bunda de painho e comecei a brincar com meu pau na entrada do cu dele. Senti painho se arrepiar todo e piscar muito o buraco da felicidade dele.
- Vai com calma, meu filho, passa um lubrificante antes, não me tortura. - Painho falou, interrompendo o beijo.
- Só estou brincando no caminho da felicidade, ainda não é a hora de meter. - Falei.
- Relaxa e aproveita, Carlos. Teu filho sabe o que faz. - Meu sogro falou.
Depois disso, painho começou a relaxar e me deixar bem a vontade para brincar com o corpo dele. Percebi, por meio dos gemidos abafados do meu sogro, que Pedro já estava invadindo o cu do pai, mas de forma bem lenta, imagino como essa lentidão estava sendo torturante para o senhor José.
Dei um chupão mais intenso no pescoço de painho, que fez ele gemer de tesão. Depois ajoelhei e caí de boca no cu de meu pai pela primeira vez na vida. Nessa hora eu tive que segurar para não gozar, pois só de imaginar que eu estava ali com a boca no cu do cara que me fez já me deixava louco de tesão, não era qualquer cu, era o cu do meu pai que eu estava saboreando.
Quando eu estava linguando o rabo de painho, percebi que Pedro parou de meter no pai e também ajoelhou para chupar o cu do meu sogro. Painho tremeu de tesão, comecei a achar que meu fogo do rabo era genético, pois bastou eu começar a enfiar a língua e os dedos no cu de painho, que ele começou a ficar ofegante, a rebolar na minha língua e nos meus dedos e a empinar a bunda, sempre buscando o meu toque.
Peguei o KY e comecei a passar no cu de painho, sempre enfiando os dedos, um de cada vez até enfiar três dedos nele, e sempre girando, tirando e colocando mais lubrificante. Percebi que o cu de painho não estava tão fechado como imaginei, comentei sobre isso e acabei descobrindo que painho nunca tinha levado um pau no cu, mas sempre introduzia objetos, então ele era virgem de pau, mas o cu dele já tinha sido alargado por objetos antes. Fiquei surpreso quando ouvi painho falar:
- Vai logo, meu filho. Mete logo em mim, estou louco de tesão. Não aguento mais essa tortura de esperar pelas metidas.
- Em qual posição o senhor quer perder a virgindade? - Perguntei.
- Que bom que você perguntou! Quero dar de pé, na posição que estou, beijando o Zé. Meu cu está piscando e minha rola está babando como eu nunca vi na vida. Eu tô num nível louco de tesão. Vai logo, ou melhor, vem logo. Isso é uma ordem. Me obedeça, meu filho, venha tirar a virgindade do seu pai. - Painho falou e me puxou pela mão.
- Sim senhor, painho. Vou tirar sua virgindade e o senhor vai viciar em ter um pau no rabo. - falei.
Passei mais lubrificante no meu pau, no cu de painho, abri as bandas da bunda dele e comecei a meter a cabeça do meu pau. Quando a cabeça entrou, ele estava com tanta vontade de dar, que empinou a bunda, forçou pra trás e engoliu metade do meu pau de uma vez só, gemendo alto de dor e me fazendo gemer de prazer. Meu pau não chegou a entrar por completo, mas a parte que entrou, entrou rasgando no cu de painho.
- Puta que pariu! Isso doeu pra caralho. - Painho falou.
- O senhor tinha que esperar eu meter, mas eu adorei. Me encheu de tesão aqui. Por mim o senhor pode controlar os movimentos, mas vai sentir mais prazer se deixar eu controlar. - Falei, ainda com meu pau dentro dele.
- Eu vou deixar você meter - Painho falou
- Depois que tiver mais acostumado, tu pode sentar e cavalgar como quiser. - Meu sogro falou, já recebendo o pau de Pedro no cu novamente.
- Deixa de ser afobado, homem. - Minha sogra falou.
Tirei meu pau de dentro de painho, mandei ele mesmo abrir as bandas da bunda com as mãos e voltei a por só a cabeça, painho gemeu novamente e eu mandei ele beijar o senhor José enquanto eu me concentrava em tirar o cabaço dele. Fui metendo aos poucos e com muito cuidado, porque a intenção era fazer painho viciar em receber vara. Se bem que com o fogo no cu que painho estava, eu tinha certeza que ele iria querer levar pau no cu sempre.
Quando finalmente enfiei todos os meus 21 centímetros dentro do meu pai, aproveitei pra dar uma mordida no ombro do meu coroa. Painho gemeu alto e começou a rebolar no meu pau, também controlando a cintura pra frente e pra trás, vi que seria difícil ir devagar com aquele homem sedento por pau.
Então comecei a controlar as metidas, indo pra frente, metendo tudo e indo pra trás, tirando quase tudo. Puta que pariu! Não tem palavras nesse mundo que descreva o prazer que era tirar a virgindade de meu pai. Painho gemia de prazer encostado no peito do senhor José, enquanto meu sogro também estava dando o cu para o filho e também gemendo. Eu estava segurando muito pra não gozar com aquelas metidas que eu estava dando em painho, mas quando eu vi ele gemer alto, urrando de prazer e gozando sem se masturbar, não resisti e gozei dentro do meu pai. A primeira gozada que ele recebia no cu.
Tive que segurar painho pelos braços, com meu pau ainda duro dentro dele, porque as pernas dele tremeram e falharam. Pedro ainda estava metendo no pai, mas eu vi que meu sogro já tinha gozado, inclusive antes de painho.
- Caralho, meu filho! Que gozada gostosa! Eu nunca senti tanto prazer na minha vida! Perdi muitos anos com vergonha de experimentar algo tão gostoso. Se preparem porque eu vou querer sempre, isso é bom demais. - Painho falou.
- Já vi que perdi meu ativo, só espero também poder comer seu cu, Carlos. - Meu sogro falou, ainda sendo comido pelo filho.
- Claro que sim, tudo o que eu mais quero é ter você dentro de mim. Esse momento todo que estou tendo aqui, apesar de ter sido a melhor gozada minha vida, é só pra poder te ter inteiro dentro de mim. - Painho falou.
Puxei painho pelo braço, ainda com o pau duro dentro dele, sentei na cama e fiz ele ficar sentado no meu pau. A sensação era tão boa que eu não queria sair de dentro dele. Painho já estava com o pau meia bomba e todo gozado. Pedro ainda metia no meu sogro, mas agora ele metia freneticamente enquanto meu sogro se apoiava na parede.
- O senhor está achando que acabou por hoje? Eu ainda estou aqui duro e com muito tesão. - Falei.
- Safado! Eu também quero continuar, mas estou sem força nas pernas e quase sem fôlego. - Painho falou.
- Então deita na cama que eu te como. - Falei.
Painho deitou na posição frango assado. Voltei a meter nele, olhando em seus olhos, dessa vez meti de uma vez só.
- Puta que pariu! Que delícia! Faz isso novamente, meu filho. Mete até o final, quando toca no fundo eu sinto um prazer filho da puta! - Painho falou.
Eu nunca tinha visto painho xingar tanto na vida, mas eu também nunca tinha visto ou imaginado ele sentindo prazer pelo cu.
Fiz o que ele falou, tirei meu pau por completo de dentro dele e meti novamente, rápido. Novamente ele gemeu de prazer. Continuei fazendo esse movimento de tirar inteiro e meter rápido. Aumentando gradativamente a velocidade também na hora de tirar até passar a meter freneticamente no cu de meu pai, sempre olhando nos olhos dele e vendo cada expressão de prazer que painho dava.
Em determinado momento me enchi de coragem e beijei a boca de painho, sem parar de meter. Fiquei com medo dele travar e mandar eu sair de dentro dele, mas pelo contrário, ele me abraçou e correspondeu ao meu beijo. Beijar meu pai tinha um gostinho especial, uma conexão que só é possível entre pai e filho. Eu estava nas nuvens.
Estava tão gostoso que eu não percebi o momento em que Pedro gozou e ele e meu sogro deitaram na cama ao nosso lado, geralmente eu ficava ligado em tudo o que acontecia ao meu redor, principalmente em surubas, pois tudo me excitava e nada me desconcentrava do meu trabalho, seja de ativo ou passivo, mas naquela foda eu me desconectei completamente do que estava acontecendo ao meu redor e só conseguia meter em painho e beijar sua boca.
Demorei muito pra gozar uma segunda vez e só nesse momento eu percebi a mão de Pedro nos meus cabelos. Dei um último beijo em painho e tirei meu pau de dentro dele, pingando muita porra.
Assim que me virei e fiquei deitado de frente naquela cama gigante dos meus sogros, Pedro deitou por cima de mim e começou a me beijar. Eu estava quase sem fôlego, não sabia exatamente quanto tempo levei metendo em painho. Dona Cláudia também veio pra cama e sentou no pau de painho por poucos minutos até ela gozar. Eles nem conversam e ela não falou nada, simplesmente usou o corpo de painho do jeito que quis e gozou. Meu sogro estava de pé, só nos observando e nos chamou para o banho, minha sogra foi a única que não quis tomar banho com todo mundo. Painho também queria ficar na cama, mas meu sogro disse que queria fazer umas brincadeiras no banho e ele aceitou.
No banheiro fizemos de tudo, começamos trocando beijos, painho não quis beijar Pedro, pois não se sentiu a vontade, mas me beijou sem problema, enquanto Pedro beijava o pai. Meu sogro quis chupar nós três, então ajoelhou e chupou nossos paus, em fração de segundos meu pau ficou completamente duro novamente na boca de meu sogro, aquela boca era sem igual, prazerosa demais. Depois do boquete que o senhor José fez, ele sugeriu da gente fazer um trenzinho na cama, metendo de lado. Achei que painho não iria querer levar mais rola, mas me surpreendi quando painho aceitou na hora. Eu era o único que estava cansado, pois Pedro e meu sogro descansaram enquanto eu comia painho na posição frango assado, e painho estava com um fogo de uma vida inteira sem sentir aquilo, então ele poderia levar rola por horas sem cansar.
Portanto eu também aceitei participar, mesmo sem muitas forçar. Painho lavou o rabo por dentro, tirando o resto da minha porra, nos enxugamos e voltamos para cama.
Meu sogro deitou de lado e painho logo meteu nele, de uma vez só e rápido, do jeito que meu sogro gostava de ser comido. Deixei painho meter por uns dois minutos, mas ele logo me chamou pra meter nele, painho estava muito diferente do que eu conhecia e eu estava adorando a versão tarada dele. Meti em painho e Pedro veio meter em mim.
Definitivamente eu sou passivo, até sinto prazer metendo, mas é mais sobre quem eu estou comendo, é um prazer mais psicológico do que físico, mas levar um pau no cu é delicioso demais, sensação indescritível de prazer. Um prazer que se misturava ao prazer psicológico de saber que era meu marido que estava me comendo e comendo igual um mestre do prazer. Meu cu piscava muito e eu só sabia gemer de prazer. Pedro descontava em mim todo o tesão que estava sentindo ao meter freneticamente, me proporcionando muito mais prazer.
Ficamos naquele trenzinho por um bom tempo. Minha sogra ainda voltou para o quarto e ficou se masturbando e olhando para aquela cena. Painho foi o primeiro a gozar e dessa vez decidiu sair do trenzinho, ele entrou no banheiro com a minha sogra e eu imagino o que eles fizeram lá.
Engatei no rabo do meu sogro e continuei metendo freneticamente, Pedro ficou parado, só deixando meu cu engolir o pau dele e gozou poucos minutos depois, também saindo do trenzinho e observando eu meter no pai dele até que gozei também.
Mas meu sogro ainda estava cheio de tesão e pediu para me comer na posição frango assado. Receber aquela rola enorme do meu sogro era sempre um prazer, mesmo depois de gozar e mesmo o tesão tendo passado. Ele meteu em mim por mais alguns minutos, me beijando, até gozar.
Aquela tinha sido umas das melhores fodas da minha vida. E não ficou só daquela vez, tivemos muitos outros momentos ao longo de 2024, painho realmente viciou em ser passivo, mas demorou para conseguir receber a rola do meu sogro sem sentir muita dor. Quando ele finalmente conseguia sentir mais prazer do que dor, meu sogro realizou o desejo de comer pai e filho, lado a lado, essa foi outra foda incrível que tivemos. Painho realmente nunca quis beijar ou transar com Pedro e a gente respeitava e compensava meu marido dando prioridade pra ele sempre. Primeiro eu agradava meu marido da forma que ele queria ser agradado e depois eu agradava meu pai ou meu sogro. Cheguei a comer minha sogra uma vez, por insistência de painho e do senhor José, mas o clima entre a gente ficou meio estranho depois, por parte dela, e a gente decidiu nunca mais ter esse tipo de intimidade.
Mainha realmente não consegue ficar no mesmo ambiente que painho e eu entendia a raiva dela. Até hoje minha mãe acha que dona Cláudia é uma vítima do marido e de painho, eu já tentei falar a verdade, mas tanto painho quanto meu sogro não permitiram.
No mês de julho finalmente consegui reunir toda a galera da casa dos estudantes no restaurante de João, antes disso nunca dava tempo. Foi divertido ver como todos estavam e as mudanças na vida de cada um. Ruan, como eu já contei, não concluiu a faculdade e agora estava trabalhando com as redes sociais das lojas de Pedro. Vitor, além de motorista de Uber, estava casado com um pastor de uma igreja evangélica para gays e assumindo as funções de marido de pastor, achei engraçado as mudanças da vida dele, mas bem coerente com a fé que ele sempre teve. João, era chefe de cozinha, então pouco ficava com a gente, porque ele fez questão de cozinhar pra todo mundo. A gente já tinha tido uma conversa sobre ele continuar se envolvendo com pessoas tóxicas e ele concordou que precisa de terapia, até porque ele estava se relacionando e apaixonado por cara casado e pai de três filhos, na esperança do cara largar a mulher e ficar com ele. Minha amizade com João nunca mais foi a mesma, a gente voltou a se falar depois que eu voltei para Salvador, mas não era a mesma coisa.
Aquela noite teve um assunto central, sexo, é óbvio. Leo, Magno, Osvaldinho e Antônio passaram boa parte da noite tentando me convencer a ser ator porno e gravar com eles. Nada contra ser ator porno, mas isso iria descredibilizar a profissão que eu amava: ser psicólogo. Thiago, como sempre, era o chato, sempre tentando ser o certinho da galera e me dizendo pra não cair no papo daqueles quatro.
Naquela noite Thiago revelou para todos que seria pai, pois ele e Raia estavam adotando uma criança, fiquei super feliz por eles, mas triste por ele não ter me contado antes, pois eu não era qualquer amigo, eu era padrinho de casamento dele e ele meu padrinho. Só não fiquei mais chateado porque Thiago disse que não contaram para ninguém e que nós éramos os primeiros a saber.
Sobre Samuka eu não tinha novidades, pois a gente sempre conversava após as aulas, mas eu não escrevi que Samuka estava em um trisal com mais duas pessoas da atual casa dos estudantes, ele estava namorando um homem e uma mulher, eu nunca imaginei isso dele. Sobre as drogas, Samuka estava realmente livre fazia anos.
O que me surpreendeu mesmo naquela noite, foi uma conversa que eu tive com os gêmeos Marcos e Matheus no banheiro do restaurante:
- Biel, a gente quer te contar um segredo, mas isso não pode sair daqui, é quase como algo contado no seu consultório. - Marcos falou.
- A gente confia em você pra dividir esse segredo, pois você meio que já sabia disso lá em 2013. Além de você ser mente aberta. - Matheus falou.
- Falem logo, fiquei curioso. E não se preocupem, eu nunca vou contar o segredo de vocês pra ninguém. - Falei.
- Então... - Matheus falou.
- A gente é um casal. - Marcos falou empolgado e cortando o irmão/namorado.
- Que maravilha! Fico feliz que vocês finalmente se acertaram. Lembro do dia que vocês se beijaram na minha frente pela primeira vez. Depois eu quero saber dos detalhes da história de vocês. Quero saber de tudo, como começou, o que vocês sentiram, como foram aceitando... - Falei.
A gente marcou de se encontrar outras vezes para conversar, mas eles eram médicos, então a rotina deles era um pouco complicada, mas conseguimos nos reunir outras vezes e até transamos junto com Pedro.
Aliás, da antiga casa dos estudantes, eu voltei a transar, muito raramente e sempre incluindo Pedro, com os gêmeos e com Thiago apenas. Leo, Osvaldinho, Samuel e Toinho chegaram a propôr transar comigo, mas eu nunca aceitei. Ruan e João eu evitava qualquer conversa de duplo sentido e me fazia de desentendido, pois não queria deixar eles entenderem que poderia rolar algo sentimental entre a gente novamente. Eu sentia muita vontade de comer Júlio, o ex-homofóbico que namorava Ruan, mas nunca levei isso pra frente, pois isso seria me reaproximar de Ruan e eu não queria isso.
Enfim, a antiga casa dos estudantes tinha ficado para trás e a nova casa dos estudantes era muito diferente. Com tempo e com paciência eu consegui sugerir para alguns dos moradores que era saudável fazer surubas para aliviar a tensão das aulas. Chegou a rolar algumas surubas em 2024, mas não entre todos os moradores e não deu muito certo depois, pois um dos meninos ficou apaixonado por um outro que só queria sexo, então tive que sugerir deles não fazerem mais isso, para não provocar brigas. Mas eu ainda estava estudando uma forma deles fazerem um bom sexo coletivo sem essa complexidade de sentimentos. Eu nunca participei dessas surubas, pois ainda não confiava neles e poderia perder meu cargo, caso alguém soubesse.
Em 2024 aconteceu outra coisa muito importante na minha vida, que encerrou mais um ciclo. Era 28 de setembro de 2024, um sábado pela manhã, e eu recebi a visita de Dona Adelaide. Eu tomei um susto quando Dona Cláudia me falou que a mãe de Renatinho estava lá embaixo me esperando. Meu susto foi maior quando encontrei uma senhora na cadeira de rodas e respirando por oxigênio. Dona Adelaide nunca foi uma senhora de se arrumar muito, nem de usar maquiagem, coisas da religião dela, mas naquele dia ela estava muito acabada, com a fisionomia de uma pessoa infinitamente triste e doente, que era exatamente o que ela era. Ficamos nos encarando por alguns segundos, eu de pé e ela na cadeira de rodas, até que tomei a iniciativa e comecei a falar:
- Bom dia, Dona Adelaide. Posso fazer alguma coisa pela senhora? - Falei extremamente na defensiva e formalmente, como se não a conhecesse.
- Parece que você leu meus pensamentos e fez a pergunta certa. Você pode me perdoar? - Ela falou com a voz fraca.
- Como assim? Perdoar a senhora? - Tomei um choque e não acreditei naquelas palavras dela. Minha pernas tremeram e eu precisei sentar no sofá.
- Eu fiz muito mal pra você, te agredi tão covardemente e te mandei para o hospital, falei mal de você pra cidade toda, não achei suficiente e fui naquela república falar mal de você, não achei suficiente e fui para sua faculdade. Fiz você perder muitas coisas na sua vida... - Ela precisou fazer uma pausa, porque estava sem forças para falar e eu aproveitei para falar.
- Eu entendo o que a senhora sente. Afinal, a senhora acredita que seu filho poderia estar vivo se eu não tivesse aparecido na vida dele. Eu também penso assim, também me culpei por anos por ter acabado com a vida do seu filho. E só parei de sentir culpar quando entendi que eu era novo demais e imaturo demais para entender a gravidade de me relacionar e confiar em um traficante ciumento. Hoje eu nunca faria daquela forma, eu daria a minha vida para Renatinho estar vivo, mesmo que longe de mim. Hoje eu entendo que fui egoísta querendo ficar com ele mesmo sabendo que ele poderia ser morto, da forma que foi. - Falei já deixando algumas lágrimas caírem.
- Gabriel, você não teve culpa de nada. Você realmente era jovem demais pra saber o que estava fazendo, mas não é só isso. Meu filho sabia dos riscos que corriaEla fez uma pausa e depois continuou - Eu alertei ele várias vezes e ele disse que preferia morrer do que se afastar de você. - Outra pausa longa. - Além disso, meu Renatinho já estava envolvido com roubos, já estava andando com pessoas perigosas. Eu te culpei porque era mais fácil te culpar, mas a verdade é que meu filho foi feliz ao seu lado e pelo menos viveu um amor antes de morrer. - Outra pausa e ela continuou. - Eu nunca soube o que era viver um amor, pois me afastei do pai de Renatinho quando soube que era um ladrão. Meu filho seguiu o caminho do pai, mesmo sem saber e também teria o mesmo destino do pai que morreu na cadeia. - Ela falou e dessa vez eu interrompi
- A gente não tem como saber qual seria o destino de Renatinho se eu não tivesse aparecido naquele campinho de futebol. - Falei.
- Você amou o meu filho e assim como eu, você nunca quis falar mal dele, mas nós sabemos que meu Renatinho era viciado em bebida desde os XIV e já roubava nesse tempo também. Ele nunca ficou preso porque o delegado era meu amigo. - Ela falou.
- Tudo bem, Dona Adelaide, não precisamos falar disso. Se a senhora quer meu perdão, a senhora tem. Eu sempre entendi seu sentimento, por isso nunca contestei suas falas e sempre respeitei a senhora. - Falei.
- Gabriel, eu não quero seu perdão da boca pra fora. Estou morrendo e quero ir em paz. Sei que palavras não bastam, eu te fiz sofrer demais pra chegar aqui e te pedir perdão por tudo e você simplesmente me perdoar...
- Dona Adelaide, eu nunca senti raiva da senhora, nunca te culpei por nada. Como eu disse, eu sempre entendi seus sentimentos. Mainha sempre me fez entender que a senhora sofria muito por ter perdido um filho e que descontava isso em mim. Eu é que preciso te pedir perdão por não ter me afastado de Renatinho mesmo sabendo que Cristofer tinha jurado ele de morte se eu continuasse encontrando com ele. Eu nunca imaginei que Cristofer seria capaz de me causar aquela dor toda. - Falei.
- Eu já te perdoei. E entendo que você amava muito meu filho para conseguir se afastar dele. - Uma pequena pausa recheada de lágrimas. - Lembro de uma época que vocês se afastaram, por uns poucos dias, eu acho, antes dele morrer. Renatinho só faltou morrer por não ter você por perto. Ele não queria comer, nem tomar banho, passava o tempo todo bebendo e sempre muito triste. Eu morria de raiva de ter que buscar ele completamente bêbado na porta de sua casa. Imagino que pra você era cruel não deixar ele entrar na sua casa.
- Sim, foi horrível me afastar dele. Eu te agradeço muito por ter vindo até aqui. Meu coração está em paz - Falei
- Tenho certeza que isso deixaria meu filho feliz. - Dona Adelaide falou.
Aquela conversa foi tranquilizadora. Finalmente eu sentia o peso do passado indo embora. Dona Adelaide faleceu algumas semanas depois e deixou uma carta mandando me entregar todos os pertences de Renatinho. Nossa! Descobri tantas cartas dele pra mim e fotos nossas, tantas memórias lindas que eu não tinha ideia que ainda existiam. Renatinho guardava tudo o que a gente trocava, até a embalagem da primeira camisinha que usamos. Me surpreendeu Dona Adelaide nunca ter jogado essas coisas fora. Foi muito emocionante ter acesso a tudo aquilo.
Tantas coisas acontecem em nossas vidas, boas e ruins, e muitas vezes a gente não entende o motivo delas estarem acontecendo. Eu precisava passar por tudo aquilo para conhecer meu marido. Era justo Renatinho ter morrido? Não. Mas quem sabe ele está melhor no plano espiritual que ele está nesse momento! Quem sabe eu precisava passar pela vida dele pra ele conhecer o amor antes de morrer. Quem sabe ele realmente não teria morrido em uma troca de tiros com a polícia ou na cadeia, igual o pai dele. Quem sabe eu também não seria infeliz hoje em dia, sendo um drogado e um viciado em sexo, ou talvez já até tivesse morrido com alguma doença sexual se não tivesse acontecido tudo o que aconteceu comigo.
Por isso resolvi ouvi e obedecer o que meu terapeuta me recomendou: escrever toda minha história e refleti sobre tudo.
Meu amor por Pedro só cresce a cada dia. Todo os dias que vou sair e deixar ele dormindo, eu continuo escrevendo frases de amor e desejo para meu marido, semana passada escrevi uma confissão:
- Amor, agora eu sinto que finalmente, aos meus 31 anos, encerrei o ciclo de horrores gerado na minha infância e adolescência. Finalmente meu passado não me afeta mais, finalmente não estou cercado de ódio e tragédias e devo boa parte disso a você, a segurança e ao amor que você me dá. Claro que terei marcas para o resto da minha vida, mas até as marcas já não me causam dor. Vou tentar ser cada vez melhor, cada vez uma versão melhor de mim mesmo. E daqui pra frente quero passar todos os dias ao seu lado. TE AMO!!!
...
FIM
...
Desculpem a demora. Tentei encerrar todos os ciclos de forma convincente. Mas se faltou algumas coisa, podem deixar aí nos comentários que eu exponho o que está na minha cabeça. Espero que tenham gostado dessa história.