- É a milésima vez que eu falo – Esse moleque tem problemas! E a culpa é sua por mimá-lo demais! – acusou o marido quando terminaram a transa insossa.
- Eu não o mimo! Você sabe muito bem que a saúde dele sempre foi frágil, ou já se esqueceu que quase o perdemos para aquela pneumonia? – retrucou a esposa, esfregando lenços umedecidos com afinco a vagina empapada de porra para se livrar daquela gosma leitosa e mal cheirosa que o marido havia despejado nela.
- Isso foi há mais de dez anos, mulher! O garoto cresceu convencido de que é doente e frágil porque foi isso que você enfiou na cabeça dele! – incriminou ele.
- Não vou discutir com você! Essa cabeça dura não aceita nada! Se você fosse um pai um pouco mais compreensivo e sensível, talvez ele seria como o irmão. Mas, você só o crítica e questiona a masculinidade dele. – revidou ela, cansada daquelas discussões inúteis.
- Faço isso para ver se ele reage, se assume que é macho e que esse comportamento tímido e retraído não combina com a postura de um homem. É o meu papel de pai. Se fizesse o mesmo no papel de mãe, ele seria como o irmão. – devolveu o esposo, também ciente de que aquelas discussões não levariam a nada. Mas, ele estava puto, como era habitual depois de foder a mulher que havia permanecido os cinco minutos do coito deitada debaixo dele imóvel feito uma barra de gelo, calada e não vendo a hora de ele chegar ao orgasmo para tirar aquela coisa nojenta de suas entranhas.
Não tinha sido sempre assim. No primeiro ano de casados ela o aceitava com mais frequência, sonhando com a tão desejada gravidez que lhe desse um sentido para viver ao lado daquele homem. Apesar de acalentar esse sonho, não permitia mais do que a clássica posição papai-mamãe; pois, como uma verdadeira ratazana de sacristia, qualquer sugestão do marido era encarada e refutada como uma perversão do capeta. O marido quando excitado queria entrar em todos os orifícios dela, mas ela se negava terminantemente a colocar a estrovenga grossa dele na boca ou deixar que ele a enfiasse em seu cu, acusando-o de ser um pervertido.
Por um tempo ele se sujeitou às restrições da esposa, depois foi procurar fora o que não tinha em casa. Ele sempre fora louco por uma bunda roliça e um cuzinho estreito, mas ela o rechaçou com veemência nas vezes em que tentou socar a pica no rabo dela. E olha que, quando a conheceu, ela tinha um rabão de fazer qualquer macho babar, e achou que, com o casamento, as portas daquele cuzinho se abririam para ele se saciar na maciez dele. Só não contou que a cabeça dela havia sido feita por uma tia solteirona, carola e frígida que incutiu nela a certeza de que nenhum homem presta, que eles só usam as mulheres para seu prazer, e que toda vez que um deles fica de pau duro é porque o diabo entrou nele. Tanto que, quando o esposo a levou a sentir o primeiro orgasmo, ela acreditou piamente que o diabo havia entrado nela através daquele troço enorme do marido, e no dia seguinte correu para se confessar e pedir ao padre que lhe absolvesse do pecado e lhe desse a penitência que merecia. Essa época ela ainda era uma católica de carteirinha, fervorosa, rezadora e proclamadora de versículos bíblicos.
O sonho da Mariana Teixeira, é esse o nome da progenitora do nosso protagonista, se realizou quando nasceu o primogênito, a quem deu o nome de David Lukas, grafado bem assim, David com o “d” mudo final e Lukas com o “k” que era, segundo ela, a letra mais bonita do alfabeto. Isso também serviria para destacar o filho da mesmice, uma vez que o sobrenome dela, Teixeira e o do marido, da Silva, não acrescentavam nenhum glamour. Sob forte influência do pai, o garoto já na mais tenra idade parecia uma cópia fiel do esposo, o que a levou a ser uma mãe menos carinhosa, tal qual fazia com o marido. Por falta desse carinho, o menino se agarrou ao pai imitando todos os seus trejeitos e atitudes.
Mariana estava decidida a não ter mais filhos. Parir aquele garoto de 4,3kg que demorou horas infindáveis de dor e sofrimento para sair por sua vagina tinha sido a pior experiência de sua vida, e ela jurou que não passaria por aquilo novamente. No entanto, por ser o primeiro e único filho do casal, os médicos se recusaram a lhe amarrar as trompas, tornando cada coito dali para a frente um verdadeiro suplício que a obrigava a correr para o banheiro assim que o marido tirava aquela coisa de dentro dela para se livrar da gosma que ele ejaculava nela, apesar de ela jamais se esquecer de tomar os anticoncepcionais.
Por alguma razão desconhecida, que em seu íntimo ela acreditava ser obra do capeta, cinco anos depois ela começou a apresentar uns sintomas estranhos, até uma vizinha atribuir o volume aumentado dos seios, os enjoos matinais, o atraso na menstruação que nunca fora regular, a sensação de fadiga e aquelas cólicas leves antecedidas de uma secreção vaginal aumentada a uma segunda gravidez.
- Vira essa boca para lá! – exclamou, fazendo o sinal da cruz. – Deve ser outra coisa, eu tomo a pílula certinho e lavo imediatamente tudo que o João despeja em mim.
- Mulher, não seja boba amiga! Você tá prenha! Botei cinco no mundo, acha que não sei reconhecer os sintomas? – pronto, lá estava plantada a dúvida, e Mariana correu para o ginecologista.
- Meus parabéns, a senhora está grávida! – exclamou ele, findo o exame. Ela não sabia se dava cabo dele por lhe trazer a má notícia ou se corria para casa e capava o marido pervertido.
Enzo Gabriel nasceu de cesárea, fora exigência dela, pois jurara a si mesma que nunca mais ia deixar que uma criança lhe rasgasse a boceta ao escorregar para fora dela. O garotinho mirrado que tiraram de seu ventre nasceu com 3,1kg, embora ela tivesse engordado quase dez quilos durante a gravidez, acabando com sua silhueta, com aquelas ancas que agora estavam mais largas e com pelancas de gordura penduradas. O tesão do marido se foi, aquela bela bunda de solteira tinha ficado no passado e nunca mais voltou a fazer parte do corpo da esposa.
O nome pomposo do garoto também foi uma escolha e exigência dela, uma vez que tinha sido ela a passar por todas aquelas torturas típicas da gravidez. Àquelas alturas, João Genuíno da Silva já sabia que não valia à pena discutir com a mulher e, no fundo, até que gostou do nome, embora todos tenham achado que Enzo Gabriel Teixeira da Silva era mais um esnobismo de pobre.
O garotinho demorou a ganhar peso, berrava a plenos pulmões madrugada afora. No primeiro ano de vida teve otite, rinite alérgica e febres que obrigavam os pais a correrem com ele para o Pronto Socorro. Aos cinco anos assim que foi encaminhado para a creche teve uma pneumonia e precisou lutar pela vida durante 20 dias, o que lhe consumiu praticamente todas as energias e um bocado de quilos. Depois disso, foi crescendo e se transformando num belo rapaz que entrou tarde na puberdade e que às vésperas de chegar à maioridade ainda guardava traços de uma feição pueril. Sua beleza estava no rosto de linhas suaves e harmônicas, no corpo esguio e escultural e numa bunda carnuda que fazia os colegas da escola, com os hormônios fervilhando nas veias, sonharem em meter suas picas naquele rabão sedutor. Contudo, sua personalidade não se desenvolveu com a mesma magnificência do corpo. Enzo era um garoto tímido e retraído, de poucos amigos que relutava em deixar a segurança do quarto e a leitura de seus livros para enfrentar um mundo assustadoramente hostil. Foi isso que levou os pais a terem discussões cada vez mais frequentes à medida que ele crescia. João queria fazer dele um homem como o irmão mais velho, Mariana queria poupar o filho de saúde frágil dos dissabores da vida. Nunca chegaram a um acordo.
Há muito o casal vivia a comodidade do conformismo. Se um dia estiveram apaixonados essa paixão se perdeu ao longo dos anos. Quanto ao sexo, nem se fale, acontecia quando muito uma vez a cada dois meses. João precisava drenar os colhões gigantescos, era homem fogoso, o corpão queimava e ele sabia que só encontraria paz se metesse o pauzão carente numa grutinha quente e úmida. Mariana, com as trompas amarradas assim que o Enzo Gabriel nasceu, tinha aposentado a boceta para qualquer outra finalidade que não a fisiológica. Receber o marido dentro dela era um sacrifício que jurou cumprir no dia em que subiu ao altar e jurou – Ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da minha vida – mesmo que agora isso não tivesse mais nenhum significado para ela. Quando ele se achegava com a pele em brasa, o cacetão duro exigindo seus préstimos, ela fazia o sinal da cruz para afastar o diabo, deitava no leito conjugal, fechava os olhos e rezava, rezava com fé para aquilo terminar rápido e ela poder se livrar da baba leitosa que o capeta deixou nela. Era essa a razão pela qual o João, findo o coito, ficava puto da vida, pois tinha a impressão de ter feito sexo com um bloco de gelo.
João era um bom homem, fazia amizade facilmente, era cônscio de suas responsabilidades de marido e pai, tinha um bom emprego como torneiro mecânico o que supria a família com as necessidades básicas sem nenhum luxo. Mariana ainda o ajudava com um pequeno ateliê de costura que montou numa garagem alugada na mesma rua em que residiam. Suas paixões, futebol, que praticava com os amigos num campinho do bairro ou em frente à televisão; sexo sem limites que encontrava com certa facilidade devido ao seu porte atlético e viril com mulheres de qualquer idade contanto que saciassem suas taras libertinas. Algumas eram cativas, a mulher do representante comercial do final da rua, a ninfeta insaciável, filha de uma amiga da esposa, uma prima distante que vinha a cidade quinzenalmente comprar roupas para sua loja numa cidade do interior, e a secretária balzaquiana de quarenta anos que trabalhava na mesma empresa dele. Tudo além disso era visto e recebido com grata satisfação e elevava sua autoestima como macho.
Depois de umas desavenças com o pároco local, um sexagenário que já havia perdido a paciência de aturar tantas beatas em sua igreja, Mariana trocou o catolicismo por uma dessas igrejas neopentecostais, induzida por aquela vizinha que lhe diagnosticara a gravidez do Enzo Gabriel. Depois do diagnóstico tornaram-se amicíssimas, confidentes e resignadas com o infortúnio de casamentos frustrados, acreditando que só a religião lhes traria o conforto do qual careciam. Frequentavam juntas duas vezes por semana a Igreja do Maná da Purificação* que ficava no bairro, instalada num galpão reformado que outrora serviu de sede para uma lavanderia industrial. O antigo piso de granilite, as paredes e o teto alto coberto por calhetões de fibrocimento faziam a voz do pastor saída dos autofalantes reverberar entre a multidão de fiéis acalorados, sentados em cadeiras plásticas, pelos discursos inflamados e pela música alta. Do altar despojado coberto por um lençol branco, um vaso com hastes de palmeira e um crucifixo, que ficava sob um patamar mais alto, o pastor Raulino de Jesus Oliveira pregava a cura de todos os males, a prosperidade financeira, o afastamento do diabo e a redenção eterna no reino das luzes para todos aqueles fiéis que contribuíssem fielmente com o dízimo, se abstivessem dos prazeres mundanos e acatassem a palavra do evangelho que ele interpretava segundo seus próprios interesses. Raulino de Jesus era um dos 9 filhos de uma emprega doméstica e um pedreiro meia-boca que tinham como diversão trepar a não mais poder e ter filhos um atrás do outro. Ele desde cedo aprendeu a se virar e descobriu no poder de sedução de sua lábia ser capaz de vender até areia para um nômade do deserto. De camelô virou importador de bugigangas chinesas, ganhou algum dinheiro até sua empresa sonegadora de impostos ser desmantelada pela Receita Federal e seu nome incluído da lista de devedores públicos. Foi aí que surgiu a ideia de fundar uma igreja, uma vez que elas gozavam de diversas isenções fiscais, raramente eram fiscalizadas e davam um tremendo lucro aos seus fundadores. Espelhando-se no sucesso estrondoso de outros autodenominados bispos que levavam multidões aos estádios de futebol e corriam pelo campo com sacos cheios de dinheiro colhido dos fiéis, ele se tornou pastor da igreja recém fundada, sem jamais ter feito qualquer curso de teologia. Toda baboseira que vomitava sobre o público vinha da leitura persistente da bíblia, da qual extraía trechos que depois se transformariam em sermões demorados e que convenciam os fiéis a acreditarem piamente na interpretação que ele lhes dava, e de livros de autoajuda e gestão de pessoas. No palco, sob efeito de luzes e músicas tocadas por uma banda, ele encenava curas invocando o nome de Jesus e cometendo o segundo pecado mortal – Não invocar o Santo nome de Deus em vão – que, no entanto, faziam a multidão delirar e sair dali crente de que ele era um santo enviado dos céus para lhes redimir os pecados.
- Leva o Enzo Gabriel para o culto especial da redenção das almas, amiga! Fale com o pastor Raulino, ele há de encontrar uma maneira de recuperar o menino! – sugeriu a amiga carola.
- Não sei não, amiga! Você conhece o João, ele vai implicar comigo se levar o garoto para a igreja. Aquele é um ateu convicto, só de falar em igreja, padre, pastor, Espirito Santo ou bíblia ele vira o bicho. Até já me ameaçou de expulsar de casa caso eu não parasse de falar em religião. Segundo ele, é culpa divina eu não satisfazer suas necessidades de macho na cama. Valha-me Deus, que sacrilégio! – argumentou Mariana.
- Leva sem ele saber! Fala para o Enzo Gabriel que é para o bem dele e para que não conte nada ao pai! – incitou a vizinha beata. – Nesse ponto, em parte, eu tenho que concordar com o João, o Enzo Gabriel é um pouco esquisito, um garotão lindo como ele sempre sozinho, sem namorada, que vive trancado no quarto só pode ter algum problema psicológico.
- O Enzo Gabriel não tem problemas psicológicos! – revidou de pronto a Mariana, que não admitia que outros falassem da personalidade introvertida do filho. – Ele é tímido e retraído, só isso!
- É, talvez! – retrucou a vizinha que tinha como certo que o rapaz não era chegado em garotas e que devia ficar enfurnado naquele quarto diante do computador procurando homens nus em sites pornográficos que, diga-se de passagem ela própria conhecia às dezenas e com os quais atiçava o fogo da siririca quando o marido sem-graça não estava em casa.
Decidida a resolver o problema do filho, Mariana criou coragem e foi pedir conselhos ao pastor Raulino. Ele prontamente se disponibilizou a curar o garoto, lembrando-se da formosura dele numa ocasião em que acompanhou a mãe num dos cultos.
- É claro, Dona Mariana, é para isso que estamos aqui, para salvar almas e levar os verdadeiramente crentes para o reino dos céus! Traga-o aqui, vou fazer uma sessão particular com ele para começar, depois veremos como a coisa evolui. Também seria importante ele frequentar o grupo de jovens, no momento estou com cinco rapazes com idades semelhantes ao do Enzo Gabriel doutrinando-os para serem futuros pastores da nossa igreja. Estou pensando em expandir e precisaremos de novos pastores engajados com a causa. – Mariana ficou deslumbrada com tanta atenção e, da devoção que já nutria pelo pastor, passou a idolatrá-lo.
- Vou trazer, pastor, vou trazer! Muito obrigada, o senhor é um santo!
- Dentro de duas semanas farei um retiro espiritual com o grupo de jovens na Chácara da Providência Cristã, como ele denominou o sítio próximo à cidade que havia anexado a seu patrimônio pessoal com a ajuda do dizimo dos fiéis. Seria interessante se o Enzo Gabriel participasse, é um lugar descontraído onde ele poderá fazer novas amizades. – sugeriu o propalador de mentiras.
- Claro! Vou falar com ele, e garanto que ele irá a esse encontro! – disse ela, já articulando uma maneira de convencer o filho e outra para burlar a resistência do esposo.
O Enzo Gabriel só aceitou participar depois de ter sido chantageado pela mãe, num assunto do qual o pai jamais deveria saber. Ela o flagrara certo dia na lavanderia cheirando as cuecas usadas do irmão mais velho e do pai, esfregando-as pelo rosto enquanto aspirava o cheiro másculo impregnado nelas. O garoto quase infartou quando ela soltou um grito estarrecido às suas costas, atirou-se de joelhos aos pés dela e implorou pelo segredo aos prantos.
- É por isso que eu digo que você precisa frequentar a igreja, isso é o diabo que entra no seu corpo e te leva a cometer esses desatinos. Onde já se viu, cheirar esse fedor nauseabundo que seu pai deixa nas cuecas!
- Promete mãezinha, promete que não vai contar nada para o papai! Ele me mata se souber! Promete por tudo que há de mais sagrado, mãe! Eu faço tudo o que me pedir, juro, se não contar nada para o David Lukas e para o papai! – Mariana não era uma mulher muito instruída, mas tinha esperteza suficiente para usar essa informação quando lhe fosse conveniente, e o dia havia chegado.
João estranhou que o filho repentinamente decidiu participar de algo que ele abominava, ficou intrigado, mas não o impediu de seguir com o pastor por quem nutria um desprezo profundo. Talvez, convivendo com outros rapazes mais amiúde, o filho se identificasse com o papel de um macho abandonando a reclusão e a aversão às garotas. Seu sonho era de ele se transformar num garanhão como o irmão mais velho, que perseguia xoxotas e cuzinhos com a mesma maestria que ele nos tempos de juventude.
Os retiros espirituais para jovens da Igreja Maná da Purificação* não passavam de uma fachada para a doutrinação e formação de novos pastores visando a expansão da igreja. A esposa do pastor não participava dessa atividade, continuava à frente do “sopão solidário” que era servido todas as noites num galpão anexo ao da igreja para os necessitados do bairro e da distribuição de roupas usadas doadas pelos fiéis. Essas ações serviam tão somente para que a igreja pudesse usufruir das isenções fiscais e era tudo o que fazia com a fortuna que arrecadava. O pastor Raulino contava então com cinco fortes candidatos nesses retiros, que futuramente pregariam as mesmas sandices que ele vinha pregando nos cultos circenses. Eram eles, Otávio, 23 anos, ex-maconheiro recuperado graças aos poderes de cura do pastor, e que agora só fumava um baseado em ocasiões especiais como as dos retiros, 21 cm de rola e galanteador inveterado; Paulo, 21 anos, expulso de casa aos dezessete anos pelo padrasto e com uma passagem de seis meses por uma casa de custódia para menores infratores por participação em assalto a mão armada, 20 cm de pica grossa e um dos preferidos pelo pastor Raulino para assumir a primeira filial da igreja; Luiz Carlos, 20 anos, que não chegou a concluir o ensino médio por ter sido expulso das últimas cinco escolas que frequentou, 22 cm de um cacetão com vasta experiência em deflorar bocetas de piriguetes atraídas por seu charme másculo; Francisco, “Chicão” para os comparsas, 21 anos, participante de uma banda fuleira de rap nas horas vagas na periferia onde residia e olheiro de uma boca de fumo como emprego formal, o caralhão cabeçudo de 23 cm já foi uma de suas fontes de renda quando fazia programas com mulheres casadas, ninfetas e gays com mais de cinquenta anos e que eram seus clientes prediletos por recompensarem seu desempenho na cama com presentes caros; Jonas, 22 anos, filho de uma cunhada do pastor Raulino que havia lhe sido entregue para domar o gênio explosivo com o qual se metia constantemente em brigas precisando ser resgatado das delegacias depois de ter arrebentado a cara dos oponentes, um majestoso caralhão cavalar de 24 cm com o qual já havia engravidado uma esposa infiel e uma vizinha que o vinha perseguindo há tempos atraída pelo falo esporrador, até se ver prenha, levar uma surra do pai e fazer um aborto clandestino que a levou a perder o útero. Como fica fácil para o leitor perceber, o pastor Raulino tinha um olho clínico bem apurado para escolher seus futuros asseclas, e se dedicava a burilar ainda mais suas personalidades, dotando-os de uma prosopopeia convincente.
Durante os retiros que costumavam durar uma semana ou eram programados para as emendas de feriados prolongados, o pastor contratava os serviços de duas ou três garotas de programa que ficavam na Chácara da Providência Cristã à disposição do rapazes e, logicamente dele também, afinal não era apenas um discípulo dos desígnios divinos, mas um homem saudável com todas as necessidades de um macho. No entanto, depois de uma conversa preliminar com o Enzo Gabriel em seu escritório na sede da igreja, ele resolveu dispensar os serviços dessas garotas e oferecer aos rapazes um mancebo acanhado e introvertido de corpo escultural e um rostinho que fazia jus ao seu segundo nome angelical, provavelmente ainda tão virgem quanto no dia em que veio ao mundo. Se, depois de o filho da sua discípula Mariana, passar pelas mãos dos cinco rapazes e não perder sua personalidade tímida é porque se tratava de um caso incurável.
Enzo Gabriel seguiu para o retiro sem nem suspeitar o que o esperava, e era justamente isso que tornava tudo ainda mais excitante para o pastor Raulino e sua gangue de machos. As primeiras horas após a chegada à chácara foram dedicadas a conhecer a propriedade que contava com diversos luxos dos quais os fiéis nem desconfiavam e de um entrosamento descontraído entre os participantes. Para dar um ar mais religioso ao evento, o pastor fez questão que cada um fizesse uma oração em voz alta, enquanto formavam um círculo de mãos dadas. Sim, Raulino não conhecia os limites mínimos entre a decência e a perversão total. Os rapazes, já conhecedores da finalidade pela qual o Enzo Gabriel estava ali, mal conseguiam controlar seus pauzões ao estarem tão próximos daquele corpo esguio cheirando a carne fresca e intocada. Ao passo que ele, sentia uma inquietude inexplicável diante daqueles corpões viris cujo cheiro, mesmo de longe, tinha o mesmo poder de provocar espasmos em seu cuzinho que o cheirar das cuecas de seu irmão e pai. Embora nenhum daqueles rapagões tivesse um caráter ilibado, eram, sem dúvida alguma, machos de boa aparência e atraentes, pois convenhamos, para se tornar pastor a beleza física ajudava em muito a arrebatar fiéis juntamente com a lábia convincente, visto que a comunidade aumentava às custas das mulheres que iam trazendo e engajando novos membros.
A distribuição das suítes onde pernoitariam não seguiu um propósito lógico, exceto a do pastor Raulino que tinha a dele cativa e era a mais ampla e ricamente decorada. Na primeira noite, Enzo Gabriel foi alocado na mesma suíte do Paulo e do Jonas. Embora fossem camas de solteiro, elas estavam estrategicamente agrupadas no centro do quarto amplo formando uma unidade contínua. O motivo desse arranjo Enzo Gabriel descobriu pouco após todos se recolherem e seus parceiros de quarto deixarem o banheiro onde tomaram uma ducha peladões com todo esplendor de sua virilidade balançando ostensivamente entre suas coxas musculosas e peludas. Enzo Gabriel demorou a sair da ducha intimidado pelo que tinha visto e acabou sendo resgatado de dentro do box pelos dois quando estava relutando em sair debaixo da água tépida que escorria pelo corpo, tornando-o aos olhos cobiçosos dos parceiros ainda mais sedutor e desejável.
- Por favor não façam isso! – balbuciou quando lhe tomaram a toalha das mãos e começaram a enxugá-lo lascivamente.
- Relaxa! Qual é, nunca viu um homem pelado? Não há o que temer, estamos aqui para te ajudar a curar essa timidez. – disse o Jonas, cuja mão quente e áspera estava tão próxima à beira de seu rego que o Enzo Gabriel já suspirava receoso de que ela escorregasse para dentro do racho apertado. – Você é muito gostoso! – emendou com uma voz rouca em falsete, fazendo aquele cuzinho virgem convulsionar de tanto tesão.
- Eu não sou gay! – exclamou Enzo Gabriel num tom de voz inconvincente, uma vez que ele próprio ignorava sua sexualidade.
- Não se preocupe com rótulos! Apenas deixe que o prazer lhe mostre o caminho a seguir! – devolveu o Paulo, cuja mão tateava sobre um dos peitinhos acastanhados do Enzo Gabriel.
Enxugado e nu, bastaram alguns abraços que o fizeram sentir o calor dos corpos atléticos do Paulo e Jonas, prensando o dele entre eles, para que o suspiro desenfreado se transformasse num gemidinho que a boca do Paulo sufocou, enquanto uma forte encoxada do Jonas o fez sentir a ereção e a pentelhada dele roçar seu reguinho. A partir dali ele se deixou conduzir pela sanha dos dois machos, sem se opor. Enzo Gabriel tem um pinto bonito e bem formado de 14 cm que passou a dar sinal de vida assim que as mãos daqueles machos começaram a deslizar por seu corpo.
- Viu como é prazeroso compartilhar experiências? – questionou o Paulo, com um sorriso tão encantador e libidinoso que Enzo Gabriel teve vontade de beijá-lo.
Ao juntarem as bocas, em seu primeiro beijo, Enzo Gabriel sentiu o sabor másculo da saliva do Paulo se misturando a dele, o que aquela língua roçando sua úvula só tornava mais embriagador. Ele voltou a gemer, não só pelo beijo, mas também pelo cheiro almiscarado dos dois pauzões babando que começava a impregnar o ar do quarto. Começou a sentir calor, um calor abrasador que crescia em seu peito e o levava a se estremecer todo. Paulo lhe beijava voluptuosamente a boca, Jonas lhe beijava a nuca e os ombros, o ar começava a lhe faltar e aqueles braços que o envolviam seria o lugar ideal para desfalecer. Paulo desceu seus beijos úmidos pelo pescoço, concentrou-os por um tempo sobre os mamilos que projetavam seus biquinhos rosados e rijos com luxúria, guiou-os até o ventre onde se transformaram em lambidas ao redor de seu umbigo. Enzo Gabriel jamais sonhou com um prazer tão grande e acariciava a cabeleira do Paulo para que ele não parasse. Quase ao mesmo tempo, Jonas foi descendo seus beijos e lambidas pelos ombros e coluna dele, provocando arrepios e espasmos incontroláveis. Ao sentir que suas nádegas carnudas foram afastadas para abrir o rego, não ousou inspirar, ficou travado. Uma leve mordiscada na pele arrepiada e lisinha lhe indicou onde estava o macho que o assediava, e ele levou uma das mãos para o rosto hirsuto dele, acariciando o que lhe pareceu uma lixa. O gritinho escapou quando a mordiscada seguinte pode ser sentida os arredores do cuzinho, e se intensificou quando a língua molhada do Jonas lambeu as preguinhas. O Paulo não aproximou seus beijos e lambidas de sua virilha com pelos pubianos ralos e do pinto duro com o prepúcio retraído exibindo a glande rosada, era o limite instransponível para um macho, e ele apenas fechou a mão ao redor do pinto do Enzo Gabriel e o punhetou por breves instantes. A cada minuto transcorrido, Enzo Gabriel se convencia de que havia chegado ao paraíso.
Depois de brincar brevemente com o pau do Enzo Gabriel, Paulo se postou diante dele, enquanto Jonas o fazia ajoelhar até o cacetão do amigo ficar na altura de seu rosto e ele o pincelar ao redor da boca cheia de saliva do Enzo Gabriel.
- Chupa! – a ordem partiu do Paulo e foi repetida pelo Jonas
Ele engoliu o que pode daqueles 20 centímetros de rola grossa e passou a chupá-los enternecido pela quentura e pelo sabor do visgo translúcido que escorria da chapeleta.
- Isso garoto, mama minha piroca, mama! – gemia entre dentes um Paulo que já não controlava mais suas ações.
Enzo Gabriel nunca imaginou que algo tão saboroso pudesse escorrer de uma rola e sugou freneticamente aquele sumo ligeiramente salgado, incutindo ondas de prazer em seu dono.
- Caralho, moleque! Vai me fazer gozar! Quer experimentar um pouquinho de leite de macho, quer? – perguntou ensandecido. Como não recebeu nenhuma resposta, pois a boca do Enzo Gabriel não soltava sua caceta, ele entendeu aquilo como um sim e, minutos depois, esporrou uma infinidade de jatos esbranquiçados e densos de esperma naquela boquinha aveludada e macia, obrigando-a a engolir até a derradeira gota. – Que mamada! Tem certeza que nunca chupou uma pica? – indagou, enquanto Enzo Gabriel lambia a porra que escorreu pelo pauzão e se infiltrou nos pelos do sacão para não desperdiçar aquela preciosidade.
Nem bem engoliu a porra do Paulo, Jonas o tomou nos braços e o reclinou sobre a cama, deitando-se ao seu lado com as pernas bem abertas.
- Agora mama essa caceta! – exclamou, sacudindo seu dote pesado e cavalar de 24 centímetros como se fosse um mastro, o que lançou um pouco de pré-gozo sobre suas coxas peludas.
Estimulado pelo sabor do esperma do Paulo, Enzo Gabriel caiu de boca naquela cabeçorra em formato de um cogumelo que preencheu toda sua boca. Era difícil chupar aquela monstruosidade por mais que ele distendesse a boca, por isso resolveu que começaria por lamber o pré-gozo que escorria sobre o caralhão reto de veias salientes. Mas, Jonas estava excitado demais para se contentar com lambidas e beijinhos e resolveu agarrar a cabeça do Enzo Gabriel e a afundar em sua virilha pentelhuda. O cacetão foi parar na garganta sufocando-o e obrigando-o a socar aquelas coxas se quisesse voltar a respirar. Estava com o rosto afogueado, o ar que lhe entrava pelas narinas não era suficiente para encher seus pulmões e Enzo Gabriel gritou com a boca completamente preenchida pela verga taurina. Dessa forma, quando o primeiro jato de sêmen eclodiu, escorregou diretamente pela faringe mal lhe dando tempo de sentir seu sabor alcalino; os demais foram ejaculados na boca com uma leve retração da jeba e os grunhidos de satisfação que Enzo Gabriel emitia eram a prova daquele néctar ser saboroso.
- Puta veadinho mamador do caralho! Ninguém me mamou tão gostoso quanto você! Gostou da minha porra? – perguntou extasiado o Jonas quando teve sua caceta limpa com as lambidinhas carinhosas do Enzo Gabriel.
- Não sou veadinho! Seu sêmen é delicioso! – respondeu Enzo
- É claro que não é veadinho, mas vamos te transformar num, porque tu mama uma pica como ninguém! – ouviu em resposta.
O cheiro dos dois machos bolinando seu corpo deixou o Enzo Gabriel fora de si, ele queria aqueles pintões dentro dele numa conjunção carnal sem reservas. Paulo colocou uma de suas pernas sobre o ombro, abrindo-o e se encaixando no reguinho liso dele. Guiando o caralhão, pincelou-o demorada e provocantemente sobre a rosquinha plissada que piscava ansiosa extraindo gemidinhos manhosos e quase desesperados dos lábios do Enzo Gabriel. Ao começar a forçar a cabeçorra para dentro do buraquinho, viu a expressão do rosto dele adquirir um contorno apavorado, uma sensação que o fez sentir-se poderoso e dono da situação. Com uma estocada bruta fez a chapeleta estufada varar as preguinhas sentindo-as se rasgando.
- Aaaaaiiiiii meu cuzinho! – o grito do Enzo Gabriel ecoou pela casa toda no silêncio da noite, anunciando que sua virgindade se foi.
Os rapazes no quarto ao lado vibraram e foram acometidos pelo tesão ao se imaginarem na posição privilegiada do Paulo que a havia conquistado através do sorteio dos palitos de fósforo. O dele foi o menor garantindo-lhe a supremacia de deflorar aquele cuzinho imaculadamente virgem. Em sua suíte, o pastor Raulino também se excitou com o grito pungente do Enzo Gabriel, pegou na jeba e se masturbou até a cueca ficar melada de porra. Seu plano corria às mil maravilhas, e estava apenas começando.
- Está tudo bem? – perguntou o Paulo, esperando que os esfíncteres distendidos do Enzo Gabriel se adaptassem ao seu falo, antes de o enfiar mais para dentro.
- Ai devagar! – suplicou com a voz trêmula e insegura o Enzo Gabriel, procurando conter uma nova estocada empurrando as grossas coxas do Paulo. – Devagar, por favor! Ai Paulo, mais devagar! – implorava ele sentindo sua carne se rasgando como um trapo. Não lhe fora concedido nem o benefício de um gel lubrificante para amenizar a dor do primeiro coito. Precisou suportá-lo com a crueza de pica e cu se unindo despojadamente.
- Tudo bem? – voltou a perguntar o Paulo, sentindo-se repentina e inesperadamente afeiçoado àquele rapaz inocente cujos esfíncteres anais estavam a lhe encapar ternamente o cacetão intrépido. Enzo Gabriel apenas balançou a cabeça e relaxou o ânus, permitindo que ele empurrasse o pauzão até suas bolas peludas tocarem na rosquinha. – Porra de moleque apertado! – exclamou extasiado, revelando ao Jonas o que o esperava.
Paulo meteu forte, bombou com vigor tomado de um tesão crescente. O caralhão afundava naquele casulo macio e quente dando-lhe um prazer que poucas vezes sentiu. Os gemidinhos contidos que Enzo Gabriel soltava agarrando-se a ele tornavam o coito ainda mais prazeroso, ao mesmo tempo em que o Jonas, sem desgrudar o olhar cobiçoso dos dois, começava a exibir uma ereção impudica.
- Ai meu cuzinho! – gania mais forte o Enzo Gabriel quando de alguma estocada mais vigorosa, dando ritmo ao vaivém que estava a lhe arregaçar o cu. – Ai, ai, ai! – gemeu ao sentir que estava gozando tomado de um prazer impensado, enquanto o pinto esporrava profusamente sua coxa.
O Paulo e o Jonas se entreolharam deixando que a luxúria expressasse o que estavam sentindo.
- Fode o moleque! Fode! O putinho chegou ao orgasmo com uma pica no cu! – instigou o Jonas, que já sentia dor no cacetão duro como se ele estivesse amarrado com uma trinca.
Paulo já estava a mais de um quarto de hora dentro do cuzinho úmido do Enzo Gabriel e protelava o gozo para poder desfrutar do acolhimento generoso que ele lhe dava. Quanto mais se concentrava naquele rosto que o fitava num misto de medo e prazer, com mais tesão ficava. No entanto, começou a perceber que já não controlava mais suas emoções, o prazer arrebatador aumentava e lhe retesava os músculos por todo o corpo, em especial os que contraíam seu sacão. Deu duas últimas socadas bem no fundo do cuzinho do Enzo Gabriel e deixou que o clímax fizesse o resto. A porra espessa e leitosa começou a jorrar incontrolada enquanto ele urrava sensualmente tomado pela volúpia, enchendo aquele casulo quente com sua virilidade.
- Ai, ai meu cuzinho, macho! – ganiu o Enzo Gabriel, pronunciando pela primeira vez a palavra – Macho – para designar o parceiro que estava dentro dele.
O Enzo Gabriel ainda estava meio atordoado com aquilo tudo, mas já distinguia nitidamente, à medida que seu cuzinho se inundava com o sêmen do Paulo, qual era seu papel nesse mundo. Em meio aqueles gemidos de dor e prazer ele se descobriu, reconheceu seu talento, e todas as incertezas que sempre o haviam cercado desapareçam como num passe de mágica. Ao proferir a palavra – Macho – ele compreendeu o que o distinguia dos outros homens. Olhando para aqueles dois machos que estavam ao seu lado, um com o pauzão ejaculando fartamente em suas entranhas e quase explodindo de tanto prazer e, o outro com o olhar deslumbrado manipulando o caralhão que não via a hora de se afundar em seu ânus para gozar do mesmo privilégio, ele percebeu no que residia a sua felicidade.
Paulo saiu de dentro dele com a rola pingando esperma e cedeu a posição para o amigo. Jonas o encarou como se estivesse a lhe pedir permissão para entrar em seu ânus arregaçado, que ia se fechando em contrações lentas juntando as preguinhas rotas que sangravam, e expulsando um pouco do sêmen mais superficial do Paulo.
- Quer fazer noutra posição? – perguntou o Jonas
- Não sei! – respondeu perdido o Enzo Gabriel. Tudo era novo e inusitado para ele, como escolher uma posição se nunca esteve com um macho antes?
- Então deita de costas e coloca as pernas sobre os meus ombros, vai ficar mais confortável enquanto meto minha pica do seu cu. – Enzo obedeceu e olhou mais uma vez apreensivo para aquela estrovenga gigantesca que estava ansiosa para entrar nele.
Não foi possível segurar o grito. Apesar de estar com o cu cheio de porra do Paulo, levar aqueles 24 cm de pica grossa no cuzinho recém desvirginado não era para qualquer um, quanto mais em seu segundo coito. Nos quartos vizinhos a euforia tomou conta de quem estava de pau duro sentindo o desejo libertino percorrer seus corpos com a constatação de que a suruba corria solta naquele quarto de onde vinham os gritos agoniados, os gemidinhos de prazer e os urros roucos de satisfação.
- Relaxa Enzo, ou vou te machucar! – Jonas também foi acometido da mesma sensação de ternura que acometera o Paulo quando sentiu como aqueles esfíncteres agasalhavam sua jeba, e não quis machucar aquele garoto mais do que o necessário. – Olha para mim Enzo, prometo que vou ser cuidadoso! – acrescentou, quando notou que dos cantos dos olhos dele escorriam lágrimas.
- Meu cuzinho, macho! – balbuciou choroso o Enzo Gabriel quando aquela tora grossa de carne latejava em suas entranhas.
- É por isso que estou pedindo para você relaxar! Precisa abrir esse cuzinho apertado e me deixar colocar devagar! – disse o Jonas, tomando o rosto do Enzo Gabriel em suas mãos e beijando seus lábios carnudos e vermelhos com sofreguidão e carinho.
Desde jovem quando seu corpão ainda estava tomando forma, Jonas sabia que seu pau estava se desenvolvendo bem acima da média dos outros seus colegas, atingindo os colossais 24 cm aos dezenove anos e, a partir daí só engrossando até chegar ao caralhão pesado que carregava atualmente entre as pernas. Foram raras as fodas que teve nas quais a parceira ou parceiro não penaram em sua rola taurina, e ele soube que precisava maneirar no entusiasmo e sofreguidão que o tesão ditava para não estraçalhar uma boceta e principalmente um cu. Naquele no qual estava entrando agora, recém descabaçado e apertado como nenhum outro buraco onde já penetrou, ele precisava redobrar os cuidados ou, aquele moleque que estava debaixo dele, se agarrando aos seus bíceps em total desamparo, ia acabar parando num Pronto Socorro. Apesar de todo o pavor que percebeu dominar o Enzo Gabriel, ele lhe retribuía os beijos lascivos com uma meiguice extraordinária.
Sem desgrudar seus lábios dos dele, foi empurrando o caralhão até as profundezas úmidas e quentes daquele cuzinho estreito, precisando se conter para não explodir de prazer. Os espasmos incontroláveis dos esfíncteres do Enzo Gabriel mastigavam seu pauzão e o sugavam para o fundo do cuzinho, bastando a ele apenas deslizar a verga lentamente para dentro.
- Tudo bem? Está gostando? – perguntou o Jonas quando o pauzão estava atolado até talo naquele rabão acolhedor.
- Ai macho! – gemeu o Enzo Gabriel, devolvendo mais um beijo úmido.
- Sim, sou seu macho agora, veadinho tesudo do caralho! Era disso que você estava precisando, não é? De um macho fodendo seu cu! – devolveu o Jonas, embevecido com toda aquela ternura.
Enzo Gabriel nunca imaginou que poderia gozar novamente em tão pouco tempo, mas quando começou a esporrar sobre o próprio ventre descobriu mais um talento oculto, redobrando as carícias no Jonas que o fez descobrir todo aquele prazer. Jonas que vinha subindo pelas paredes, acelerou as estocadas, extraindo ganidos entre os beijos que pousava sobre a boca do Enzo Gabriel; socava vigorosamente o pauzão até o fundo e se deixava levar pelo tesão. A dor que as unhas do Enzo Gabriel lhe causavam arranhando suas costas aumentavam esse prazer e o gozo veio rápido e forte. O esperma lhe jorrava da pica como um chafariz e ele grunhia alto e rouco de tanta satisfação, encharcando com seu néctar o cuzinho pródigo que o acolhia.
- Ah, moleque do caralho! Assim é você quem me mata! – ronronou com sua voz grave e exausta.
- Não falei que o veadinho é mais do que um presente, é o que de melhor já me aconteceu! – afirmou o Paulo, que não havia perdido sequer um lance daquele coito abusivo.
- Estourei o cu do moleque! Ele está sangrando! – disse o Jonas quando sacou o caralhão do rabinho arregaçado do Enzo Gabriel.
- Isso era inevitável! – afirmou o Paulo. – Está doendo, moleque? – indagou, enquanto o Enzo Gabriel juntava as pernas pudicamente.
- O que vocês fizeram comigo? – perguntou.
- Vai ficar tudo bem, não fique aflito! – afirmou o Jonas, que havia ido ao banheiro, pego uma toalha que molhou na pia e veio limpar o reguinho ensanguentado e as coxas do Enzo Gabriel, que as abriu novamente escancarando o estrago que haviam feito em suas preguinhas anais.
- Está doendo e ardendo! – revelou com uma voz insegura.
- Vai passar! Você foi muito corajoso, veadinho da porra! Muito corajoso e muito dadivoso, nunca me senti tão recompensado numa foda! – devolveu o Jonas.
- Posso pedir uma coisa? – indagou o Enzo Gabriel.
- Tudo o que você quiser! Estamos aqui para te servir! – asseverou o Paulo.
- Podem me beijar? – sussurrou o Enzo Gabriel, sendo imediatamente tomado nos braços dos dois, trazido para junto dos corpos abrasados deles e tendo a boca coberta ora pela do Paulo, ora pelos lábios do Jonas. E foi entre os dois que adormeceu sentindo aquele tanto de porra formigar no rabo.
Na manhã seguinte o pastor Raulino o chamou para uma conversa particular, fez como se nem desconfiasse do que aconteceu entre o Enzo Gabriel, o Jonas e o Paulo, porém não tirava os olhos cheios de cobiça dele corpo como se soubesse exatamente o que estava faltando nele e que tinha ficado naquele quarto do sacrifício. Enzo Gabriel podia até ser ingênuo nos assuntos sexuais, mas estava longe de ser o néscio que o pastor Raulino achava. Ele sabia exatamente o porquê de ele estar ali, e o que esperavam e fariam com ele. Sabia que era o cordeirinho dado em sacrifício para as divindades ávidas por sexo, no caso o próprio Raulino e seus discípulos que, de divinos nada tinham, estavam mais para demônios pervertidos. Contudo, Enzo Gabriel por ter descoberto seu talento em meio àquela orgia, resolveu tirar o máximo proveito daquela experiência que talvez nunca mais fosse se repetir. Raulino o submeteu a uma espécie de confissão, exigindo que ele lhe contasse os detalhes do que havia ocorrido no quarto do sacrifício e Enzo Gabriel brindou-o com cada um dos pormenores dos coitos numa narrativa em voz quase sussurrada, enquanto observava como o pastor ia se excitando e vendo sua verga crescer sob a calça.
- Você os atentou, seduziu meus discípulos para os prazeres da carne, vejo que ainda vou ter muito trabalho para curá-lo dessa maldição! Mas, seja lá o quê ou quem tiver se apossado de seu corpo, pode ter certeza que a vencerei com minhas orações e exorcismos! – sentenciou o embusteiro acreditando que o Enzo Gabriel era tolo o bastante para acolher tal desfaçatez. Ele já desconfiava do que consistiriam esses tais exorcismos, e não conseguiu evitar de seu olhar dar uma conferida no volume que havia entre as pernas do pastor. – Esta noite você dorme no quarto do Otávio, Luiz Carlos e Chicão uma vez que o Jonas e o Paulo já foram corrompidos. – emendou, criando sem saber uma expectativa instigante no Enzo Gabriel a ponto de ele sentir um espasmo anal.
- Sim, senhor! Farei tudo o que mandar pastor! – o canalha quase voa para cima do molecão tesudo que estava diante dele, pois a pica estava tão dura que o torturava.
Com os rapazes deu-se o mesmo, passaram o dia imaginando possuindo aquele corpo escultural em suas mãos para saciarem seus desejos mais inconfessáveis. Pouco depois do jantar a segunda suruba começou.
Em pouco tempo o ar do quarto estava impregnado dos odores exalados pelo tanto de testosterona que corria pelos corpos do Otávio, Luiz Carlos e Chicão, intensificado pelo cheiro dos caralhões que já estavam à meia-bomba. Foi assim que o Enzo Gabriel os encontrou quando saiu do banho e, ao ver aqueles olhares predadores sobre seu corpo, deixou cair propositalmente a toalha exibindo todo esplendor de sua nudez. Atacaram-no como se fossem leões caindo sobre a presa e, ao primeiro toque feito pelo Luiz Carlos sobre sua nádega ele gemeu lascivamente dando início ao banquete erótico. Também foi do Luiz Carlos o primeiro beijo que cobriu sua boca, enquanto tinha a nádega amassada pela mãozona gulosa dele. O Otávio e o Chicão se aproximaram encarcerando-o entre seus corpões viris. Cada um se apossou de uma parte de seu corpo fazendo as mãos deslizarem sobre a pele aveludada e sobre as curvas sensuais. Enzo Gabriel quase não conseguia retribuir os beijos sequenciais que aquelas bocas famintas lhe davam, uma vez que precisava respirar, gemer a cada toque em suas intimidades e devolver o prazer daquelas línguas que vasculhavam afoitamente sua boca. Ainda em pé e sustentado pelos braços do Luiz Carlos, Enzo Gabriel teve as bandas da bunda devassamente abertas pelas mãos potentes do Otávio que, ao se deparar com a rosquinha lanhada saliente e arroxeada dentro do reguinho, avançou sobre ela lambendo as vilosidades ainda sensíveis dos coitos da noite anterior. Enzo Gabriel gemeu alto excitando-os com aquela entrega irrestrita. Enquanto o Otávio lambia seu cuzinho e mordiscava a parte interna das nádegas, o Chicão devorava seus peitinhos com chupões e mordidas que ficavam marcadas na pele branquinha. Os estímulos faziam Enzo Gabriel se contorcer, o corpo todo já tremia perpassado por espasmos involuntários e, quando o Otávio enfiou um dedo no cuzinho dele ouviu-se um longo gemido de luxúria ecoando entre as paredes do covil. Fizeram-no ajoelhar-se diante do cacetão de 22 cm do Luiz Carlos e chupar o pré-gozo viscoso que gotejava dele. Enzo Gabriel cercou a chapeleta descomunal com os lábios, sugou o fluido translúcido e o engoliu. A histeria tomou conta dos três machos deixando-os com os pauzões escandalosamente distendidos e duros querendo entrar naquele cuzinho onde cada um deles ia enfiando um dedo e esmiuçando sua textura, elasticidade e quentura. Enzo Gabriel estava tão entretido com a verga suculenta e saborosa do Luiz Carlos que mal distinguia o que estavam fazendo com seu cuzinho. Apenas, de vez em quando, ao sentir algo mais forte se movendo sobre as pregas feridas ele parava de chupar e gania, mas logo em seguida voltava a punhetar o caralhão que tinha nas mãos e a sugar seu sumo. Otávio e Chicão tinham ambos um dedo esquadrinhando ao mesmo tempo o cu do Enzo Gabriel, enquanto ele se deliciava lambendo e chupando os testículos globosos do Luiz Carlos que grunhia a não mais poder pressentindo o gozo chegando.
- Ai minha caceta, ai minha pica, vou gozar, vou gozar! – urrou quando agarrou Enzo Gabriel pelos cabelos e socou o cacetão em sua boca ejaculando o leitinho espesso que o Enzo Gabriel ia engolindo jato após jato feito um bezerrinho faminto.
Levaram-no para a cama, o Chicão se recostou na cabeceira abriu bem as pernas e afundou a cabeça do Enzo Gabriel em sua virilha peluda. O sabor do sêmen do Luiz Carlos ainda se fazia sentir em sua boca quando colocou a cabeçorra em forma de torpedo dentro dela e começou a chupar. O pré-sêmen do Chicão era mais denso e tinha um sabor levemente amendoado, também vazava do largo orifício uretral com mais abundância, o que exigia mais empenho para engolir aquilo tudo, enquanto explorava com as pontas dos dedos aquele cacetão grosso contornado por veias saltadas e o sacão no qual os colhões pendiam em alturas diferentes. Como estava ajoelhado de quatro entre as pernas musculosas do Chicão, o ânus protuso do Enzo Gabriel ficou vulneravelmente exposto e o Otávio não perdeu tempo, posicionou-se atrás dele, apontou a cabeçorra da pica de 21 cm na entrada do cuzinho, puxou-o pelo quadril para dentro de sua virilha e a enfiou para dentro. A dor da distensão das pregas rasgadas na noite anterior fez o Enzo Gabriel gritar e, mais uma vez, o silêncio da noite foi interrompido com o sinal de que a suruba devassa estava acontecendo. Em seu quarto, Jonas e Paulo se masturbavam recordando-se do prazer que seus caralhos usufruíram naquele cuzinho que agora estava sendo fodido pelos amigos. Pastor Raulino também não conteve mais a excitação e, nu diante do espelho da pia do banheiro, soltava os jatos de porra esbranquiçada grunhindo rouco a cada esguichada.
Enrabado até o talo pelo Otávio, Enzo Gabriel continuava mamando o caralhão do Chicão, seus gemidos ditavam o ritmo da foda, e o pau sacolejando solto a cada estocada que levava no cuzinho o fez gozar esporrando sobre a coxa do peluda do Chicão. Com um puxão forte nas ancas, Otávio cravou fundo o caralhão no rabo úmido e quente do Enzo Gabriel e o inseminou com sua virilidade leitosa. A cada ejaculada liberada ele soltava um rugido grave arfando entre dentes como se precisasse soltar o ar que se havia acumulado nos pulmões.
- Ai meu cu! Meu cu está ardendo! – gemeu o Enzo Gabriel sentindo como se ânus estivesse pegando fogo, pois sua mucosa anal estava toda esfolada.
O Otávio ainda estava esporrando no rabo dele quando o Chicão começou a gozar em sua boca. Perturbado com o ardor no cuzinho ele mal conseguia engolir o esperma cremoso que o Chicão ejaculava e parte dele escorreu pelas comissuras labiais ficando pendurado ao redor do queixo. Depois do último jato, Chicão ergueu seu rosto para poder olhar fundo nos olhos meigos do Enzo Gabriel e foi recolhendo com o polegar a porra espalhada pelo queixo e a enfiando nos lábios dele que a engolia como se estivesse sedento.
- Tesão da porra! Depois do que o Jonas e o Paulo contaram, eu não via a hora de ver você mamando minha rola. Foi muito melhor do que imaginei! Quero seu cu, moleque! – ronronou o Chicão extasiado ao ver sua porra sendo devorada com tanto prazer.
- Todos queremos! – exclamou o Otávio que continuava com o caralhão entalado no fundo do cuzinho do Enzo Gabriel, esperando-o amolecer um pouco para puxá-lo para fora, e ele próprio se restabelecer do coito, pois seu corpão ainda estava todo retesado.
- Acho que não vou aguentar! Vocês são enormes! Meu cuzinho não vai aguentar! – balbuciou o Enzo Gabriel, estremecido pelo tesão espalhado pelo corpo e que não dava trégua.
- Vai aguentar sim! Você nasceu para isso! Seu corpão tesudo foi esculpido para saciar os machos e você ainda não desconhece todo potencial que tem. – sentenciou o Luiz Carlos que se preparava com o cacetão em riste para entrar naquele buraquinho de um vermelho bem vivo e brilhante que o Otávio acabara de desocupar.
A putaria rolou por mais de quatro horas com o Otávio, o Luiz Carlos e o Chicão se revezando ora na boca ora do cuzinho do Enzo Gabriel. Mesmo exaurido, ele continuava tão dadivoso e carinhoso quanto no início da suruba desfrutando de todo prazer que aqueles três machos fogosos lhe proporcionavam. Estava quase amanhecendo quando os quatro foram vencidos pelo sonho e pelo cansaço. Como não cabiam todos na mesma cama, disputaram no par ou ímpar o privilégio de ter o corpo do Enzo Gabriel em seus braços. Venceu o Chicão e, depois de se acomodar em conchinha, empurrou lentamente o cacetão de 23cm na fendinha anal arregaçada do Enzo Gabriel, que apenas soltou um gemidinho e rebolou para que a verga à meia-bomba se acomodasse confortavelmente em suas entranhas. Minutos depois só se ouvia o ressoar sereno das respirações dos quatro adormecidos.
Acordaram no dia seguinte pouco antes do horário do almoço. Pastor Raulino estava diante da churrasqueira perto da piscina, metido num short que valorizava seu porte másculo e atlético. Enzo Gabriel nunca o havia visto tão despido, e os pelos sensualmente distribuídos pelo tronco largo, braços e coxas incutiram um bulício em seu ânus estraçalhado. O que vivenciou nas mãos dos rapazes havia sido maravilhoso, e ele começou a imaginar como seria o sexo com um homem maduro, quarentão vigoroso e safado com o pastor Raulino. O que um macho desses teria a lhe ensinar, uma vez que seus sermões e discursos religiosos não lhe interessavam nem um pouco. Ele estava mais interessado naquele volumão comprido alojado junto à coxa direita do pastor, cujo contorno formava uma saliência sob o short.
- Vamos ter outra sessão de cura hoje, pastor Raulino? – perguntou o Enzo Gabriel num tom quase sussurrado quando se aproximou dele, com a bunda enfiada numa sunga que em boa parte havia sido engolida pelo rego.
- Evidente que sim! Ainda tenho muito trabalho com você, meu jovem! Estamos apenas no começo! – respondeu babando quando viu a sunga entalada no meio daquelas duas nádegas musculosas.
- Estou à sua disposição! – retrucou o Enzo Gabriel, numa afirmação que jamais imaginou proferir.
Enzo Gabriel estava se desvencilhando de todas as amarras que um dia o aprisionaram em seu quarto por temer o contato com as pessoas, por desconhecer o que se passava em seu íntimo, por se ver julgado e criticado pelos outros. Ele se sentia bem no meio daqueles rapagões másculos com quem tinha copulado até não mais poder, se orgulhava de tê-los levado ao orgasmo e gostava daquela sensação de prazer quando estava atado aos corpos deles recebendo o que tinham de mais precioso, sua virilidade leitosa e saborosa.
O entardecer do dia quente começava a cair, um sol dourado espalhava tons alaranjados e amarelos pelo céu quando ainda estavam brincando na água fresca da piscina, exceto o pastor Raulino que desaparecera pouco depois do almoço. O alvo dos rapazes era o Enzo Gabriel, não paravam de bolinar sua bunda, não tiravam as mãos de seu torso, lançavam-no na água a partir de seus ombros, mergulhavam atrás dele para agarrá-lo debaixo da superfície aproveitando para encoxar aquela bunda carnuda. Ele retribuía tocando carinhosamente seus rostos, divertia-se cofiando os pelos de suas barbas, uma vez que era totalmente imberbe, deixava-os roçarem os cacetões em suas coxas fingindo não notar, ria das piadas que contavam. Todos eles já haviam passado uns dias na Chácara da Providência Cristã em companhia das garotas de programa que o pastor Raulino contratava, mas em nenhuma dessas ocasiões se divertiram tanto e sentiram tanto prazer quanto o que o Enzo Gabriel estava a lhes oferecer. Ele não era um profissional do sexo, era mais ingênuo, tinha uma pureza que lhe fora recentemente usurpada, mas que ainda brilhava naqueles olhos verdes, tinha uma generosidade que penetrava fundo na alma e os fazia refletir sobre o que o pastor Raulino estava fazendo com eles, como os estava desviando para um caminho insalubre.
O calor, a excitação, a constante vontade de trepar típica da idade os levava a querer copular com o Enzo Gabriel a todo instante. Homens machos não diferem muito dos animais que lutam para assumir a liderança de um bando, para terem o direito de foder as fêmeas e serem os pais de sua prole. Otávio, Paulo, Luiz Carlos, Chicão e Jonas estavam se comportando exatamente assim com o Enzo Gabriel. Havia algo no ar daquela tarde que os incitava como se estivessem no cio e, de repente, um desejo insano foi se apossando deles assim que o Jonas arrancou a sunga do Enzo Gabriel e fez surgir aquela bunda tão cobiçada. Começaram a fodê-lo dentro da água, quando o Jonas meteu sua caceta grossa no cuzinho dele, fazendo-o gritar. Ele tentou nadar até a beirada, mas não conseguiu escalar a parede e foi arregaçado ali mesmo. A algazarra dos demais esperando sua vez e incentivando quem estava com a cacetão enfiado no rabo do Enzo Gabriel se transformou num berreiro que podia ser ouvido de longe. Não tardou para o pastor Raulino vir checar o que estava acontecendo e flagrou a putaria em curso.
- Que porra de putaria está acontecendo aqui? – berrou para se sobrepor às vozes dos rapazes e aos ganidos do Enzo Gabriel. Ninguém lhe deu ouvidos. – Parem já com essa putaria seus depravados! Anda, Enzo Gabriel, sai já daí, moleque! – ordenou furioso.
- Ah, pastor, só estamos brincando um pouquinho! O senhor mesmo nos liberou para brincar à vontade no rabão dele! – retrucou o Luiz Carlos que era quem estava naquele momento socando o pauzão no cuzinho macio do Enzo Gabriel.
- Mandei parar, caralho! Solta o moleque, filho da puta! Já o arregaçaram o suficiente! – berrava colérico o pastor, disposto a se lançar na água para arrancar o Luiz Carlos de cima do Enzo Gabriel.
- Filho da puta do caralho! Primeiro pede para a gente foder o moleque, depois, no melhor do bem-bom manda a gente parar antes mesmo de gozar! – resmungou o Luiz Carlos.
- O que foi que você disse, seu filho da puta? Já se esqueceu de onde eu te resgatei depois de ser expulso de tudo que é escola que frequentou? Quer que eu te expulse da igreja também, seu porra desgraçado? – ameaçou a pastor.
Por pouco o Luiz Carlos não saiu da piscina e partiu para cima do pastor que, àquelas alturas, todos sabiam ser um canalha sem escrúpulos que só lhes estava dando guarida por que tinha interesses pessoais nisso. Luiz Carlos apesar de seus apenas 20 anos era um rapaz grande e forte que não precisaria de muito para dar uma boa surra no pastor e, por ter sido obrigado a sair do casulo receptivo do Enzo Gabriel numa atitude humilhante quis partir para cima do Raulino com tudo. Um espírito solidário até chegou a se formar entre os outros rapazes que interviriam a seu favor se fosse preciso. Nenhum deles era verdadeiramente amigo ou simpatizante do pastor, toleravam-no por necessidade e privilégios, porém não hesitariam em lhe cortar a cabeça oferecendo-a de bandeja a quem lhes desse mais em troca.
- Não faça isso, Luiz Carlos, por favor! – aquela voz meiga e o olhar suplicante do Enzo Gabriel o demoveram do ataque. – Não quero que se prejudique! Deixa para lá, esqueça! Não vale à pena bater de frente com o pastor, ele sempre vai ter a razão, mesmo quando não a tiver. – emendou, afagando aquele rosto contraído e revoltado.
- Você não existe, sabia, moleque! Tá, não esquenta, não vou fazer nada! – devolveu o Luiz Carlos, agradecido pelo Enzo Gabriel se preocupar com ele.
- Todos aqui te subestimaram, você é muito mais legal do que imaginamos! – afirmou o Jonas, ajudando-o a sair da piscina para que pudesse ir ao encontro do pastor que queria outra conversa particular com ele.
A bem da verdade não houve nenhuma conversa; assim que chegaram à suíte do pastor, ele arrancou o short que estava usando e partiu para cima do Enzo Gabriel, lançando-o sobre a cama e afundando o caralhão grosso no cuzinho dele. Por estar cheiro da porra que o Jonas havia acabado de ejacular dentro dele, a penetração foi menos dolorida, mas não tanto que não levasse o Enzo Gabriel a soltar um ganido alto, uma vez que o ânus estava todo arreganhado e sensível.
- É assim que eu curo vocês, seus veados desgraçados, exorcizando à minha maneira! Mando detonar o cu de vocês e depois termino o serviço. Tua mãe não queria que eu o curasse, pois é o que estou fazendo, sua bichinha escrota! – grunhia o pastor junto à orelha do Enzo Gabriel enquanto bombava brutalmente o cuzinho dele.
- Aaaaaiiii meu cu, pastor! Socorro, meu cu! Para pastor, tira pastor! – gania o Enzo Gabriel, nem tanto pela dor, mas pelo asco que sentia por aquele homem dentro de seu ânus.
Ele continuou ali deitado com o cuzinho cheio de esperma quando o pastor Raulino o soltou. Não lhe escapou sequer uma lágrima apesar da tristeza na qual estava mergulhado. Em poucos dias havia conhecido também o lado sombrio do sexo, e pareceu-lhe que tudo o que havia para ser aprendido já o foi. Os rapazes o cercaram e o tomaram em seus braços quando saiu cambaleando do quarto do pastor.
- Como você está? – perguntou preocupado o Paulo
- Tudo bem como você? – questionou o Otávio
- Está tudo bem, eu acho! Não se preocupem! – respondeu o Enzo Gabriel sem querer se fazer de vítima.
- Tem certeza, moleque? – perguntou o Jonas.
- Tenho, tenho sim! – devolveu levando a mão ao rosto hirsuto do Jonas. – Será que tem um jeito de sair daqui? Eu quero voltar para casa!
- Tem sim, seu veado do caralho! – respondeu a voz autoritária do pastor que surgiu de repente. – Vou te levar para casa! Todos vocês, andem, vão arrumar suas coisas, vamos sair daqui a pouco, não me façam esperar e perder a paciência! – ordenou, pondo fim ao fictício retiro espiritual.
Na estrada, enquanto dirigia, o pastor o ameaçou novamente.
- Sabe que é pouco inteligente contar o que se passou nesses últimos dias, não sabe? Em quem você acha que vão acreditar, num moleque que até ontem vivia enfurnado no quarto fazendo sabe-se lá o que, ou em mim que sou admirado por centenas de fiéis? Portanto, mantenha essa boca bem fechada se não quiser que eu mande alguém estourar as pregas que ainda sobraram inteiras nesse cu do caralho!
- Não vou contar nada, fique tranquilo! – respondeu o Enzo Gabriel.
- Eu estou tranquilo, meu rapaz! Não pense que algo tão sem importância assim me abala! – quase ninguém ousou abrir mais a boca durante todo o trajeto, o clima não estava propício para conversas.
Enzo Gabriel voltou do retiro renovado, não foi possível notar as mudanças logo de início, mas após algumas semanas aquela antiga timidez e retraimento foram caindo por terra. Ele já não passava mais tantas horas trancafiado no quarto, circulava pela casa mais descontraído, interagia com a mãe, conversava mais com o irmão, sentava-se até ao lado do pai em frente à televisão para assistir a uma partida de futebol. Mariana tinha apenas uma certeza, a cura do pastor Raulino era a responsável por aquele milagre e, mais do que depressa, correu para a igreja para agradecer ao santo homem por haver recuperado seu filho.
- O Enzo Gabriel é um rapaz muito promissor, mas ainda bastante confuso, Dona Mariana. – avisou o pastor. – É preciso não dar tanta importância ao que ele venha a dizer quanto ao nosso processo de cura. Sua mente pode ter confundido certas práticas e seria temeroso de nossa parte se nos atentássemos apenas às palavras dele. – continuou, deixando Mariana um tanto quanto confusa com essa explicação.
- O senhor acha que ele pode ter algum outro distúrbio psicológico? – questionou aflita.
- De forma alguma, Dona Mariana! Seu filho é um jovem saudável, muito saudável! E a senhora deve saber que nessa idade os jovens interpretam os fatos de uma maneira muito peculiar. Portanto, se ele vier a comentar coisas estranhas sobre o que aconteceu durante o retiro, procure não levar tudo ao pé da letra! – aconselhou o hipócrita, como uma forma de se livrar de uma eventual acusação de ter permitido que desvirginassem o garoto e que ele mesmo tenha participado ativamente dos coitos que lhe foram impostos. Sabedor que o pai do garoto nunca foi com sua cara, era preciso se garantir caso o moleque desse com a língua nos dentes revelando que passou cinco dias levando picas no rabo, pois isso poderia lhe custar alguns ossos quebrados ou mesmo uma sentença de morte.
- Sim! Sim, senhor! – retrucou a Mariana, ainda sem entender o que o pastor queria dizer com aquelas afirmações. O importante, concluiu, é que o Enzo Gabriel está se curando.
João também notou a mudança no temperamento do filho. Ele já não se cobria mais, todo envergonhado ao verem seu corpo exposto e exigindo zangado que o deixassem em paz, quando ele resolvia adentrar ao quarto do garoto sem bater. Deixou de usar as roupas folgadas que escondiam as curvas de seu corpo e passou a usar roupas de numeração mais adequada e justas que, agora, salientavam o corpo esguio, as coxas grossas e, em especial, aquela bunda musculosa e roliça. Anteriormente, o Enzo Gabriel chegava a trancar a porta do quarto quando saía do banho ou estava se trocando. Agora, fazia-o com a porta aberta, quando não escancarada, permitindo que qualquer um de passagem pudesse ver o esplendor de sua nudez. Bastaram umas duas ou três vezes para que João se questionasse onde o garoto comprava aquelas cuecas cavadas que deixavam as nádegas sedutoras praticamente todas de fora. Da última vez que o viu desfilar rumo a cozinha para pegar umas frutas, chegou a sentir um forte impulso na caceta, vendo-se forçado a domar o bichão impulsivo. Teve uma crise de consciência. O que se passa comigo? É meu filho, não posso sentir tesão na bunda dele, que tipo de pai eu seria se me deixasse levar por essa luxúria desenfreada. Precisou sacudir a cabeça para tirar aqueles pensamentos libertinos de sua mente. No entanto, eles voltavam cada vez mais fortes e instigantes toda vez que seus olhos reparavam na perfeição daquelas nádegas, na pele alva e lisinha, nas curvas generosas, na musculatura rija e abundante, torturando-o com um desejo que jamais poderia ser satisfeito. Chegou a ter pesadelos quando se viu com o pauzão todo enfiado na bunda do caçula inseminando o cuzinho do filho, enquanto este lhe sorria inocente perguntando se gostava dele e se estava feliz por estarem com os corpos unidos. Nesses momentos, ele pulava da cama, corria e se trancava no banheiro, masturbando-se até exaurir as forças e a porra acumulada nos colhões.
Um fato ainda ajudou a tornar aquilo tudo mais inquietante e pecaminoso. Fazia um início de noite abafado, uma trovada com uma chuva forte caída durante a tarde estagnara o ar. A esposa tinha ido com a vizinha para a igreja, desde que os primeiros sinais da mudança no caçula começaram ela não saía mais de lá. Ele havia se encontrado com os costumeiros amigos para jogar futsal numa quadra do bairro e estendeu o encontro tomando umas cervejas na companhia deles. Encontrou a casa às escuras e concluiu que os filhos também haviam saído, mas ao passar pela porta do quarto do David Lukas, notou que o abajur da cabeceira distribuía uma luminosidade enevoada pelas paredes e que gemidos tênues ecoavam pelo quarto. Não havia mais que uma fresta de 10 cm na porta entreaberta e, cuidadosamente, enfiou a cara através dela para ver o que se passava lá dentro. Seu primeiro instinto ao ver o David Lukas montado no Enzo Gabriel, socando freneticamente o caralhão no cuzinho dele, foi de entrar, acabar com aquela sem-vergonhice e sentar o braço nos dois filhos pervertidos. Contudo, enquanto algo o paralisava, começou a observar atentamente a cena, cujo desenrolar havia começado pouco antes sem João o saber.
David Lukas estava entediado diante da televisão procurando na plataforma de streaming algo que prendesse sua atenção. O irmão apareceu como quem não quer nada, havia se banhado e vestido uma cueca antes de se dirigir ao quarto para vestir algo mais decente. Perguntou o que o irmão estava fazendo e recebeu como resposta um grunhido – Nada! Não tem nada que preste nessa porra! – ia continuar seguindo seu caminho, mas resolveu atazanar o irmão. Adentrou ao quarto e sentou-se na beira da cama sobre a qual o David Lukas estava estirado dentro de uma bermuda de malha sem nada por baixo dela. Enzo teve essa certeza quando olhou para o meio das pernonas musculosas do irmão, para onde vinha dirigindo seu olhar ultimamente com frequência, pois conhecia bem o tamanho do que havia ali. Como o David Lukas não lhe entregou o controle remoto, quis arrancá-lo das mãos dele e começaram a rolar na cama um tentando tirar o controle das mãos do outro. Enzo estava de posse dele e David Lukas fazia um esforço tremendo para arrancá-lo dele, sem sucesso. Em dado momento, estando por cima do irmão caçula, sentiu a pele lisinha e quente dele resvalando por todo seu corpo e começou a ter uma ereção. A bundinha tesuda do irmão, apesar de ser um território proibido para suas taras, o deixava sempre desconcertado. Como não conseguia arrancar o controle da mão dele, arrancou-lhe a cueca na intenção de forçá-lo a entregar o que queria, mas não conseguiu. Determinado a vencer o irmão na disputa, baixou a bermuda fazendo o caralhão grosso saltar para fora e o pincelou no reguinho estreito do Enzo Gabriel. Nem mesmo isso o fez soltar o controle e, quando se virou ficando cara a cara do David Lukas, um olhar guloso e penetrante o encarava. Permaneceram ambos momentaneamente estáticos, o desejo a lhes percorrer os corpos, a consciência os avisando do incesto proibido; porém o beijo sensual e carinhoso levou-os a unirem seus corpos como se fossem um único ser. João havia perdido esse preambulo e só começou a presenciar o coito fraternal e sublime quando o Enzo Gabriel se entregava ao irmão mais velho que o fodia com carinho sussurrando em seu ouvido o quanto estava se deliciando em seu cuzinho. Os corpos nus deles estavam tão sensualmente entrelaçados comungando de um prazer tão notório que ele resolveu não interferir, muito menos por um fim naquilo. A cada gemidinho do Enzo Gabriel, o David Lukas cobria sua boca com um beijo demorado carregado de ternura e, recebia em troca, as carícias das mãos excitadas do irmão que deslizavam sobre suas costas largas e afagavam suavemente sua nuca.
- Você é tão gostoso, maninho! Eu podia passar o resto da minha vida dentro de você! – ronronava a voz grave do primogênito.
- Me sinto tão seguro nos teus braços, queria poder ficar aqui com você para todo o sempre! – devolvia o Enzo Gabriel, encarando carinhosamente o irmão mais velho.
- Vou sempre estar aqui para você, maninho, nunca se esqueça disso! – asseverou o David Lukas apertando o corpo do irmão contra o seu enquanto o beijava e dava mais uma estocada firme no cuzinho dele.
João havia enfiado a mão no short suado com o qual chegou do futsal e já nem se lembrava mais de quanto tempo estava manipulando o pauzão que estava duro feito uma barra de ferro. Sentiu uma pontada de inveja do primogênito por estar sendo agraciado com a receptividade e o carinho do Enzo Gabriel. Queria ele estar com seu cacetão dentro do caçula recebendo todos aqueles afagos, por mais incestuosa que fosse essa conjunção carnal. Quem pensava assim era o homem, o macho cheio de necessidades, não o pai que deveria salvaguardar a integridade do filho. Seus olhos não conseguiam se desviar daquela bunda musculosa engolindo o cacetão gigantesco do David Lukas, apenas gemendo manhosamente como uma gazelinha inocente. João gozou ali mesmo, só notou a melequeira que despejou no short e que lambuzava sua mão quando o esperma já escorria pela abertura das pernas. Quis correr para o banheiro e tomar uma ducha, mas os filhos ainda não haviam chegado ao orgasmo, e isso ele não podia perder por nada.
Os ganidos sequenciados do Enzo Gabriel sendo vigorosamente estocado pela jeba do irmão o fizeram saber que o caçula atingiu o clímax e logo viu o pau do filho soltando porra para todo lado. O David Lukas ainda se agarrou mais forte ao irmão, amassava os mamilos do garoto com as pontas dos dedos e chupava sofregamente a pele de seu cangote. Então emergiu o som gutural de seu peito arfando, e aquele estremecimento que viu percorrer o corpão do primogênito era sinal de que estava se despejando no ânus do irmão. Os dois ainda ficaram um bom tempo abraçados, conversando à meia voz e se acariciando; mas ele, João, não podia continuar ali correndo o risco de ser flagrado e foi se enfiar debaixo da ducha com o corpo queimando de tanto tesão.
Depois daquele dia, João não teve mais nenhum instante de sossego em sua rola a cada vez que o Enzo Gabriel se aproximava dele com sua voz carinhosa, aquele olhar meigo e aquela bunda que o levava a ter sonhos eróticos tão intensos que acordava suado e todo esporrado. Ele só se lembrava de ter passado por algo semelhante nos primeiros meses de casado quando a Mariana ainda não havia engravidado e tinha uma silhueta esguia e suas ancas não eram tão largas e flácidas como agora, cobertas por uma gordura pelancuda. Quando o filho o abraçava e o beijava, ele sentia como se o demônio se instalasse nele criando aqueles desejos libidinosos que jamais poderia saciar.
Enzo Gabriel saía mais, fez novas amizades, passou repentinamente a gostar de ir para os encontros da juventude na igreja, aceitava com prazer os convites do pastor Raulino para participar de alguma atividade, fazia diversos programas com o Otávio, o Paulo, o Luiz Carlos o Chicão e o Jonas que também se tornaram assíduos na casa dos Teixeira da Silva. Era o milagre do pastor, aquele santo homem que parecia saber exatamente o que cada membro de sua comunidade precisava. Era nisso que Mariana acreditava piamente, distribuindo elogios sobre o pastor aos quatro ventos.
O escândalo estourou durante um culto comemorativo com o galpão da Igreja Maná da Purificação* lotado de fiéis quando a esposa do pastor assumiu o microfone e soltou a bomba. Fazia mais de uma hora que ela lutava consigo mesma depois da cena que presenciou, o marido enrabando o Enzo Gabriel debruçado sobre sua mesa de trabalho, gemendo e pedindo que o pastor não o fodesse com tanta força.
- Ai pastor, meu cuzinho está doendo muito! Mete mais devagar, pastor! Mete mais devagar!
Ela viu tudo girar a sua volta e precisou se segurar no batente da porta para não cair. O ar lhe faltava enquanto se questionava se devia ou não exigir explicações do esposo, se devia ou não fazer com que todos soubessem que tipo de homem era aquele, se devia ou não arruinar seu casamento e, consequentemente sua posição privilegiada adquirida com aquela união. Cerrou os punhos e desejou a morte do marido, ela mesma o faria, tão logo fosse possível, talvez lhe enfiando uma faca na garganta enquanto dormia, talvez envenenando sua refeição, talvez cortando aquele pauzão enorme e deixando-o sangrar até a última gota. Enquanto uma solução não lhe surgia, cambaleou sem rumo pelos bastidores do galpão. Quando ouviu a banda tocar os primeiros hinos e a multidão em coro repetindo os refrões aproximou-se do palco de onde o marido começava um sermão empolgado.
- Vou matar o filho da puta! – repetia ela em sua mente, não enxergando mais nada que o vulto do marido correndo de um lado para o outro do palco em mais um dos seus shows exibicionistas. – Você não podia me trair dessa maneira, seu filho da puta, com um garotão de rosto angelical e carnes rijas! Vou garantir que nunca mais enfie essa pica noutro buraco, seu desgraçado! Precisa morrer, filho da puta, precisa morrer! – instigava aquela voz estridente retumbando em sua cabeça. Olhou em volta e não viu nada com que pudesse dar cabo da vida do miserável.
Findo o sermão, a banda voltou a tocar hinos gospel de louvor. O microfone estava sozinho instalado no pedestal e, a solução se materializou em sua mente como um raio. Apossou-se dele e gritou a plenos pulmões superando o barulho dos instrumentos da banda e o cântico ensurdecedor dos fiéis.
- Raulino, filho da puta miserável! – até ela se assustou com sua voz saída dos altofalantes reverberando no galpão. – Desgraçado, filho da puta, veado do caralho! Eu vi, Raulino, eu vi! Nem adianta desmentir, eu vi! – continuou, conseguindo a atenção de toda a plateia onde subitamente reinou um silêncio expectante. – A prova está aqui para quem quiser ver! – gritava histérica exibindo o celular. – O filho da puta do meu marido fodendo o cu de um dos seus discípulos! Está aqui a prova! O pau dele ainda está todo esporrado! Fala Raulino, fala aqui na frente de todos o que você estava fazendo com o garoto lá no escritório, fala miserável, sodomita filho da puta! – berrava ela partindo para cima do marido que correu para um canto do palco para se esconder atrás da banda.
A muito custo conseguiram conter a mulher, ela esperneou, gritava e dava socos no ar de tão histérica que ficou. Foi preciso um dos fiéis se aproximar dela e sentar uma forte bofetada em seu rosto, deixando-a zonza, para ela parar com o escândalo e cair num choro convulsivo. Algumas ratazanas de sacristia se comoveram com seu infortúnio e a acudiram. Raulino desapareceu como um coelho dentro da cartola.
No tumulto que se formou, com pessoas correndo por todos os lados, Mariana foi atrás do filho. Estava tão ou mais desesperada que a esposa traída, e precisava tirar tudo aquilo a limpo. Antes mesmo do culto começar, o Enzo Gabriel acompanhado pelo Luiz Carlos e pelo Chicão, havia ido para a casa desse último onde acontecia um churrasco familiar. Mariana correu para casa e foi ter com o marido.
- O filho da puta do pastor Raulino fodeu o cu do nosso menino! Não teve cura, teve é foi putaria, João! – desembestou a falar.
- Como é? Do que você está falando, mulher?
- Isso que você ouviu! Aquele miserável transou com o Enzo Gabriel! Quem sabe há quanto tempo ele não está fodendo o nosso menino! Ai minha santa das causas perdidas, acho que vou desmaiar! Faz alguma coisa, João! Não fica olhando para mim com essa cara abestalhada! Vai quebrar a cara daquele filho da puta! – exigia ela num transe alucinado.
- Não foi você quem jogou o moleque nas mãos daquele desgraçado? Eu cansei de te avisar que aquele sujeito não valia nada! Está aí o resultado! – devolveu o João. – Primeiro tratou o garoto como se ele fosse a mais frágil das criaturas, deixou-o complexado, tímido e retraído. Depois lançou o inocente nas garras daquele criminoso, elogiando a cura que ele estava promovendo no garoto, quando na verdade devia estar arregaçando o cuzinho dele. – despejava irado sobre a mulher, ao mesmo tempo em que a gana de trucidar o tal pastor se apossava dele. Ele, como pai, foi alijado do prazer de se satisfazer naquele cuzinho, enquanto um canalha miserável como aquele usufruiu do cu dadivoso do filho. O mesmo imperativo que moveu a esposa traída estava a lhe exigir uma atitude.
Foram ambos procurar pelo Enzo Gabriel, que só desceu do andar superior da casa do amigo após uma breve espera, ainda se recompondo. As feições do Chicão logo o denunciaram, tinha acabado de gozar no cuzinho pródigo do amigo.
- Vamos para casa, Enzo Gabriel, preciso ter uma conversa séria com você! – disse a Mariana, não dando tempo para o marido se manifestar.
- Eu queria ficar mais um pouco! – protestou o Enzo Gabriel.
- Agora, moleque! Não me faça repetir a ordem! – exaltou-se a Mariana
- O que deu em você mãe? Por acaso eu fiz alguma coisa errada?
- É isso que vamos descobrir quando chegarmos em casa! – revidou ela
O Chicão tremia nas bases, temendo que as informações de que ele e mais aquele bando de amigos estavam se esbaldando no cuzinho do filho deles houvesse chegado aos ouvidos dos pais.
Enzo Gabriel foi sincero com os pais, não negou nada e asseverou que havia descoberto seu talento para saciar machos. Mariana não se conformou, enquanto João, por alguma razão que até ele desconhecia, compreendeu o filho e o tomou em seus braços. Era tarde, ele sabia, para protegê-lo da cobiça dos machos, mas o filhote crescido parecia feliz e era isso que importava.
Hoje, aos 27 anos, nem de longe, Enzo Gabriel lembra aquele jovem que se escondia do mundo em seu quarto. Formado em direito numa das melhores universidades do país, trabalhava em sociedade com o irmão no escritório Teixeira da Silva Advogados*. Entre as reuniões para definir estratégias de defesa dos clientes do escritório, ele e o David Lukas faziam uma pausa para uma boa e demorada trepada que servia para drenar os colhões sempre cheios de esperma do David, que não encontrava em casa com a esposa e os três filhos ainda pequenos a mesma atenção dedicada e carinhosa que o cuzinho apertado e sempre dadivoso do irmão Enzo Gabriel lhe proporcionava.
Enzo Gabriel já havia perdido a conta de quantos machos saciou com seu talento inato e seu derrière carnudo ao longo desses anos, continuando a ser um homem bonito e atraente que não passava despercebido onde quer que adentrasse. Sua procura por um macho exclusivo virou quase uma obsessão, mas até o momento não encontrou aquele com todas as qualidades que procura. Podia-se dizer que se tornou um expert dos desejos e anseios masculinos, bem como um profundo conhecedor das nuances de sabor, textura e aroma de espermas e, que suas pesquisas nessa área consistiam em uma de suas atividades prediletas.
Mariana deixou o fanatismo pela religião e parou de se preocupar com o filho caçula quando se deu conta de que ele era feliz ao seu modo e, como todos sabem, a felicidade de um filho para uma mãe é sinônimo da própria felicidade. Descrente de qualquer padre ou pastor, ela fazia suas orações na reclusão de um canto sossegado da casa e pedia que as bençãos divinas protegessem sua família sem que para isso fosse necessária a intervenção de qualquer pessoa ou religião. Seu casamento não se desfez depois de tudo que aconteceu, continuava aquela união insossa. A única mudança que se deu foi ela se mudar para um dos quartos vagos depois que os filhos deixaram o ninho, e assim não precisar ver o marido sem roupa ou em trajes íntimos nem sentir seu cheiro exalando testosterona.
João sentia falta dos filhos, das conversas picantes que tinha com o primogênito tarado e da bunda rechonchuda do caçula que ainda o atiçava de vez em quando, obrigando-o a se masturbar pensando em como teria sido prazeroso galar com sua porra sempre abundante e cremosa, aquele cuzinho pelo qual tantos machos suspiravam. Foi a moral rígida que incutiram nele que o impediu de cometer incesto e, até hoje ele se pergunta se valeu à pena um sacrifício tão grande, pois seu cacetão impetuoso, que ficava duro feito uma rocha quando pensava no corpo sensual do filho, nunca o deixou esquecer dos prazeres dos quais foi privado.
Depois do escândalo durante o culto diante da congregação e que foi parar nas mídias, o pastor Raulino precisou fugir para não ser linchado por alguns fiéis inconformados com seus crimes e para que nem a polícia e nem o fisco pusessem as mãos nele. Muitos pais que haviam entregue seus filhos homossexuais para serem curados por ele vieram a descobrir através dos relatos dos filhos no que consistia a tal cura gay, e só queriam vingança. Aqueles que, à semelhança do Enzo Gabriel, se descobriram durante os retiros espirituais e se submeteram prazerosamente aos coitos coletivos foram poupados das surras e torturas que o pastor impingiu aos que se negaram a colaborar. Alguns apanharam tanto que se mijaram todos e tiveram os corpos marcados por cicatrizes que não os deixavam esquecer sua homossexualidade. O pastor Raulino evaporou da noite para o dia sem deixar rastro, carregando consigo apenas as malas que conseguiu encher de dinheiro numa fuga estabanada. A devassa promovida pelas autoridades na Igreja Maná da Purificação* levou ao seu fechamento definitivo. A esposa do pastor Raulino foi se dando conta da estupidez que fez ao denunciar abertamente o marido adúltero, sem antes tirar vantagens pessoais. Ela até tentou evitar o fechamento da igreja e se tornar a nova proprietária do negócio lucrativo, mas não conseguiu. Vendo-se mais uma vez na penúria, foi à caça do marido infiel com as pistas de que dispunha, tentando uma possível reconciliação e acesso a fortuna surrupiada dos fiéis. No entanto, Raulino se escondera muito bem, uma vez que a integridade de sua pele dependia disso.
Uns poucos anos após o escândalo, uma das famílias mais assíduas nos cultos da Igreja Maná da Purificação*, e também grande colaboradora do dízimo, se mudou para Goiás. No novo endereço, saíram à procura de outra igreja onde pudessem acalentar o espírito e receber mensagens para o progresso financeiro. Isso prova que as pessoas não aprendem com seus erros, que sentem uma necessidade quase mórbida de serem enganados por charlatães. Bem, acabaram encontrando a Igreja Pentagonal da Graça* instalada havia cerca de três anos num bairro vizinho e cuja fama vinha aumentando às custas de um pastor que arrebanhava fiéis com uma velocidade espantosa. Os cultos estavam sempre lotados, o entusiasmo contagiava a todos, as pregações e os hinos gospel berrados nos microfones chegavam à rua atraindo a atenção de quem passava. Era do que precisavam, concluiu a família, e foram conferir. E lá estava ele, saudável, charmoso, com a mesma verborragia convincente, pastor Raulino, agora se autoproclamando bispo, assessorado por dois novos pastores, um tal de Jonas pelo qual a mulherada suspirava e sentia as vaginas umedecerem, e um tal de Luiz Carlos que, apesar da cara de cafajeste, dizia coisas tão profundas que não havia quem não se deixasse conduzir por suas palavras. Juntos, os três faziam o negócio prosperar como um fermento a desenvolver a massa de um bolo. Entre a congregação, havia até um senador da república e alguns deputados federais que não só contribuíam generosamente com as verbas públicas que eram concedidas através dos projetos que aprovavam, como também repartiam parte dos lucros auferidos pela Igreja Pentagonal da Graça*, num esquema de corrupção onde só havia vantagens e pouquíssimo risco. Foi assim que os antigos fiéis ficaram sabendo do paradeiro de seu guia espiritual, os mais lesados ainda queriam a cabeça do pastor Raulino numa bandeja, entre eles a ex-esposa que foi a primeira a correr até ele, mas que o encontrou nos braços e na vagina de outra incauta bem mais jovem.
Há poucos dias a primeira página de um jornal de grande circulação no Estado de Goiás anunciava um crime. Ao lado de uma fotografia de um veículo incendiado encontrado às margens de uma estrada rural do município de Nerópolis, o texto informava – Corpo carbonizado encontrado dentro de carro estacionado em estrada vicinal há uma semana, foi identificado como sendo do bispo da Igreja Pentagonal da Graça*. As investigações prosseguem para desvendar a autoria do crime – houve inicialmente uma comoção entre os fiéis da nova igreja. No entanto, à medida que as investigações prosseguiam e o histórico do bispo Raulino vinha à tona, as opiniões mudaram. Nem mesmo a polícia se empenhou para desvendar o crime, pois mesmo que a justiça não tenha sido feita da forma correta, acabou sendo implacável.
Depois disso tudo, fica a pergunta – Será que se pode negar o poder de cura do pastor Raulino? – Afinal de contas, Enzo Gabriel é hoje um homem feliz e realizado por intervenção dele, apesar da metodologia usada.
* Nome fictício
Esta é uma obra de ficção, embora alguns fatos sejam verdadeiros, nomes de personagens ou instituições foram criados pelo autor e, qualquer semelhança com pessoas e entidades civis e religiosas na vida real são mera coincidência.