Casamento Arranjado! Cap. 5

Um conto erótico de Alex Lima Silva
Categoria: Gay
Contém 1116 palavras
Data: 28/02/2025 20:24:23

Finalmente, depois de resolver algumas formalidades, retorno do hospital com o pulso enfaixado; felizmente não fraturou, apenas sofreu uma contusão. Não que isso alivie minha raiva, pois ainda estou absurdamente irritado com aquele idiota. Não quero nem cruzar com ele, queria simplesmente não precisar voltar para cá. Estou exausto e ainda mais furioso só de olhar para a entrada da casa. Se puder, vou evitá-lo ao máximo, não vou nem dirigir a palavra para ele. Que se vire para fazer sua própria comida e cuidar de tudo sozinho, porque, a partir de agora, ele deixou de existir para mim.

Enquanto me perco em meus pensamentos, Feh estaciona o carro na garagem e caminha até mim com um sorriso no rosto. Ainda bem que ele está aqui, isso me deixa mais tranquilo.

— Aquela moto que tá na garagem é um espetáculo, sem falar nos carros... Só os automóveis ali devem valer uma fortuna.

— Eu preciso aprender logo a dirigir, não quero depender de táxi ou aplicativo toda vez que for sair.

— E o Eduardo, bateu as botas?

— Não vou depender dele para nada, muito menos pedir favor. — adentramos a mansão lado a lado, conversando. — Vou tomar um banho, você espera?

— Acho que vou tomar um também, depois almoçamos. Considerando o tempo que gastamos no hospital, já deve ser mais de meio-dia, mas fazer o quê, né?! — Ele me encara com preocupação e observa meu pulso enfaixado. — Você teve sorte de ter sido o esquerdo e apenas uma contusão. — Concordo, e seguimos para nossos respectivos quartos.

***

Depois do almoço, eu e Feh decidimos caminhar um pouco pelo jardim. Ainda não vi Eduardo desde que voltei, mas provavelmente deve estar treinando, afinal, ele é um babaca que só pensa nisso.

— Eu adorei esse lugar, é magnífico! — Feh comenta, me trazendo de volta à realidade. Preciso parar de me preocupar com aquele imbecil.

— Esse é o meu canto preferido. O segundo é a biblioteca... Ela também é fantástica.

— Hum... — Feh murmura, me olhando de soslaio. — Então, você vai mesmo seguir com seu plano?

— Vou! — afirmo, decidido. — Eduardo precisa aprender. Vou transformar a vida dele num inferno!

— Haha, boa sorte então... A propósito, onde ele está?

— Provavelmente treinando. É só isso que ele faz o dia todo.

— Você também deveria malhar, André. — Ele analisa meu corpo. — Se eu tivesse um traseiro desses, faria de tudo para mantê-lo firme. — Caio na gargalhada. Feh não tem filtro mesmo. — Por que não vamos treinar também?!

— O quê?! Você esqueceu que estou com o pulso machucado?!

— Mas dá para usar a esteira e a bicicleta ergométrica sem problema.

— Mas... ele está lá!

— E daí?! André, tudo aqui também é seu, não é?!

— Ai, meu Deus... — Reviro os olhos quando Feh me puxa para levantar.

— E sem reclamar! — Ele sorri e pisca de maneira travessa enquanto seguimos para a academia.

— Nem estou com roupa para treinar.

— Espera aí que eu pego um short pra você. — Ele sai correndo.

Enquanto Feh vai buscar a roupa, fico perdido em pensamentos e percebo um pequeno problema que não tinha considerado antes: minha faculdade fica do outro lado da cidade, eu não sei dirigir e não tenho condições de pagar transporte todos os dias.

— Voltei! — Feh se aproxima e eu o encaro. Ele estende um short para mim. — Toma, agora vamos.

— Isso aqui parece um fio dental, de tão pequeno e justo.

— Para de frescura e veste logo.

— Tá, tanto faz... — resmungo, trocando de roupa. — Tô parecendo uma drag queen.

— Deixa de besteira, André, ficou ótimo!

Feh ri e dá um tapa na minha bunda. Faço um estalo com a língua para ele, que se diverte ainda mais. Caminhamos até a academia. Ao chegarmos, vejo Eduardo levantando tanto peso que as veias do pescoço parecem prestes a explodir.

— Ele vai acabar se matando desse jeito. — Sussurro para Feh, que olha para Eduardo e ri, levantando as sobrancelhas com segundas intenções.

— Quem vai morrer sou eu! Meu Deus, olha esses braços...

— Tsk, sossega!

— Chato! — Ele revira os olhos e me segue até a esteira. Começo devagar, mas ele me encara.

— O que foi?! — pergunto.

— Fala sério, até um velhinho iria mais rápido. — Ele aumenta a velocidade, me assustando.

— Droga, Felipe!

— Acho que vou me matricular numa academia!

— Pra quê?

— Pra agradar meu macho, ué! — Ele diz como se fosse óbvio, me fazendo revirar os olhos. — Ultimamente ele tem sido tão bonzinho, acho que merece. Ontem mesmo estava incrível, tão selvagem que, nossa... — Ele se abana dramaticamente. — De manhã, minhas pernas ainda estavam bambas!

— Tarado!

— Só de pensar nos vinte e dois centímetros dele, me dá arrepios. Acho que posso gozar só de imaginar o que aquela coisa faz!

— Felipe... — o encaro, e ele dá de ombros.

— Por sinal, o gosto dele é tão docinho! Ontem, quando dei um boquete, percebi isso.

— Meu Deus, você não tem jeito! — Rio, balançando a cabeça.

***

Agora que comecei, estou me sentindo bem melhor. Apesar da preguiça inicial, já estou na bicicleta ergométrica. Ela fica praticamente de frente para Eduardo, que faz abdominais. Tento ao máximo não olhá-lo, mas estou com a cabeça abaixada quando a voz de Feh me assusta.

— Então... — Ele fala enquanto observa Eduardo. — Quando foi a última vez que você transou?

Eduardo olha rapidamente para nós, mas desvia o olhar quando percebe que Feh ainda o encara.

— Oxe!

— Foi mal, você sabe que não tenho filtro. Falo o que me vem à cabeça. — Ele sorri, cínico. — Então?! Conta logo.

— Já faz um bom tempo! A última vez foi com o Luigi.

— Não acredito! Tanto tempo assim?!

— Não é como se eu fosse sair transando com qualquer um, né?!

— E agora, com esse casamento maluco, menos ainda! Vai ter que esperar um ano... Eu não aguentaria tanto tempo sem sexo!

— Ultimamente, estou subindo pelas paredes, mas consigo me controlar... Ao contrário de você. — Rimos juntos. — Estou exausto!

— Não sei por quê, só estamos aqui há uma hora. — O celular de Eduardo toca, e nós nos calamos.

— Alô? Sim... Vou colocar no viva-voz!

— Aqui é da equipe de monitoramento... André, você está bem?!

— Sim, só machuquei o pulso.

— Certo! Deseja prestar queixa?

— Posso?

— Claro! Eduardo infringiu a lei, já que não é permitido agredir o parceiro.

— Foi um acidente, eu não o agredi! — Ele interrompe.

— Você o empurrou com força suficiente para ele ir ao hospital. Já pensou se ele tivesse batido a cabeça?

— Ainda bem que não aconteceu! — Digo, nervoso. — Então, não vou prestar queixa... por enquanto.

— Lembre-se, se isso acontecer novamente, pode entrar na justiça e receber toda a herança imediatamente, André.

— Obrigado! Bom saber.

— Só mais uma coisa: traição também quebra o contrato. E o beijo obrigatório ainda não foi dado hoje...

Continua...

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