Ônus de quem mora só: lavei roupa de manhã, e, antes de correr para o trabalho, subi o lance de escada que me separa da laje do telhado do prédio, que serve de lavanderia e local para secar, e estendi as peças. Deixei aos cuidados e calores do sol.
Cheguei à noite em casa, para atualizar demandas, inclusive tomar banho e me alimentar. Depois, um episódio da série, que viraram dois e três. Apenas ao abrir o guarda-roupa para sei lá o quê, me dei conta que a tarefa da manhã ficara inconclusa.
Caralho!
Mais de dez da noite, quase onze, na verdade. Até pensei em adiar a tarefa para a manhã seguinte. Mas, quem sabe o que acontece à noite! Vai que chove!
E eu que já estava quentinho, agasalhado na minha nudez... Inferno! Ter que me vestir para recolher os trapos. Pensei, entretanto: porra, quase onze da noite, apenas um lance de escada, telhado-lavanderia – obviamente não haveria ninguém por lá.
Destinei-me a ir nu mesmo, mas, à porta, a apreensão me fez voltar e jogar nos ombros um velho hobby sem cinto. Prevenção morreu de velho! Subi, com o leve tecido esvoaçando atrás de mim.
Antes de apontar na porta, ouvi ruídos. Diabos! Que será? Parei e apurei o ouvido, evidentemente havia alguém no telhado. Mas o barulho não era comum: era cadenciado e como se alguém estivesse tocando em algo encharcado.
Não havia dúvida: barulho de buceta. Siririca na certa.
Instintivamente fechei o hobby com as mãos, sentindo minha rola endurecer. Esgueirei-me e confirmei. Sob a proteção das sombras translúcidas da noite, uma mulher, agachada, masturbava-se intensamente, de costas para a entrada, virada para o muro que circunda a área.
Adentrando ao ambiente, impossível não me fazer percebido. Ela girou o rosto, em desespero, a mão ainda entre as pernas, agora juntas, e murmurou umas desculpas, num fiapo de voz. Eu a conhecia de corredor. Era funcionária de um dos apartamentos. Uma negra de seus trinta e alguns anos, robusta, pouco cuidada de rosto.
Enquanto me dirigia ao varal, procurei imprimir à voz a maior naturalidade e cumplicidade que podia: “Eu que peço desculpas. Não se preocupe, pode continuar... Não vi nada. Fique tranquila. Só vou recolher minhas roupas aqui e vou embora.” Ainda brinquei: “Não interrompa, que pode fazer mal, hein?”
Ela sorriu, foi abrindo as coxas devagar e, a princípio meio ressabiada, mas logo novamente em si, voltou a se tocar. Enquanto esvaziava a corda, não podia deixar de ouvir o barulho molhado que vinha do entrecoxas daquela mulher. E, como precisava ocupar as duas mãos na tarefa, tive que soltar o hobby, que se abriu, apresentando uma vara tesa e pulsante.
Ela captou a imagem lúbrica e, mais inspirada, intensificou a massagem. Recolhidas as peças mais distantes, tive que me aproximar dela, para catar as últimas, e enquanto fazia isso, minha rola rígida vibrava no ar, a centímetros da mulher. Eu procurava ser o mais natural e alheio possível, concentrado na recolha da roupa.
Foi quando senti um leve toque, na cabeça da minha pica. Não precisava baixar os olhos para entender que ela a tocava de leve, como a estudar minha reação. Fingindo concentração no serviço (que há muito já poderia ter acabado), posicionei-me mais perto, e a mão foi substituída por algo molhado e macio.
A negra me chupava suavemente, enquanto acelerava sua própria siririca. Ela gemia discretamente e eu também. Com os ombros carregados, esfregava-me acintosamente no rosto da mulher. Ela circulou minha pélvis com a mão que começara a me punhetar, alisou minhas nádegas e encontrou meu cu, passando a penetrar o dedo, bem devagar.
Acendeu-me o clitóris anal e fiz-lhe ver, através de involuntários movimentos, que gozaria em breve. Ela intensificou as chupadas e os raios de prazer não tardaram a se formar na minha genitália. Gemi mais forte, ela retirou a boca, voltando a me punhetar, com mais vigor, enquanto a outra mão também vibrava febilmente em sua xoxota.
Minha explosão se deu em meio a sua massagem, meu sêmen jactando-se sobre a parede em que ela estava encostava, de pernas abertas e fortemente trêmulas, em plenitude de gozo, num orgasmo selvagem. Impressionante como ela conseguia concatenar os movimentos masturbatórios em si própria e em mim, com a cadência ideal a cada um, cada mão parecendo ter vida e comando próprios.
Aos últimos jatos de minha gala, ela soltou minha rola, lambeu com avidez a porção que ficara em sua mão, logo trazendo a outra, que estava atolada em sua caverna, e que agora chegava brilhando de um líquido que ligava os dedos, e que ela juntou à que já estava na boca, deliciando-se com o misto nectar que dali emanava.
Enquanto minha pica voltava ao normal, recolhi com malabarismo algumas peças do chão, cuidando para não derrubar o resto. Ela, sem nada falar, levantou-se, e ainda lambendo seus dedos, dirigiu-se à saída. Eu fiquei atônito, no meio da noite, no meio do terraço, com os ombros carregados de roupas, a rola recebendo a fria brisa da noite, satisfeita com o inesperado gozo.