Texto: Max & J. Melié.
Juliana girou lentamente, oferecendo a Ethan a visão de suas costas nuas, enquanto deslizava os dedos pelo pescoço, até chegar aos ombros. A fenda lateral do vestido se abriu sutilmente enquanto ela movia as pernas com precisão calculada, revelando mais pele do que antes. Ela então se virou novamente para ele, aproximando-se ainda mais, até que seus joelhos roçaram os dele. Com uma ousadia natural, ela se inclinou para perto de seu ouvido e sussurrou algo que eu não consegui ouvir, mas vi o efeito imediato que teve em Ethan. Seu olhar ficou mais tenso por um instante, e um meio sorriso surgiu nos lábios dele.
Eu apreciava a cena, sentindo orgulho e excitação. Juliana é uma expert na arte de usar a dança como arma de sedução. Minha cabeça naturalmente me levou a lembrar como tudo aquilo havia começado.
Eu caminhava descalço, sereno e com olhar atento, à beira mar, nas areias quentes de Copacabana, sob um sol vibrante e quente, tendo ao meu lado aquela mulher de olhar cintilante. Seus cabelos dançavam com a brisa que vinha do mar, e ela se exibia com naturalidade em um biquíni ousado que moldava sua figura com perfeição.
Nossos passos demarcavam um caminho de cumplicidade e descoberta. Entre mergulhos e risadas que se alternavam ao som das ondas, nós caminhávamos confiantes, cientes de que o mundo era um playground, e pessoas interessantes estavam a um passo de serem descobertas.
O ambiente pulsava com a energia da cidade e a irreverência dos veranistas, mas nós nos destacávamos pela aura de autenticidade que nos envolvia. Sem pressa, desfrutávamos da liberdade de ser quem nós éramos.
Naquele dia, a praia era um convite à aventura: dois corações livres, em sintonia com a brisa do mar e a cadência dos dias de verão.
Eu, Marlon, 1,85m de altura, corpo atlético, esculpido por anos de esportes e academia, mas sem exageros. Minha pele tem um tom dourado de sol, bem carioca, típico de quem passa bastante tempo ao ar livre. Meus cabelos castanho-escuros, tem um corte moderno, ligeiramente mais comprido no topo. Meus olhos são de um castanho quente, intensos e expressivos, refletindo minha autoconfiança e curiosidade pelo mundo. Minha barba, sempre bem aparada, e o sorriso fácil, compõem um visual naturalmente sedutor. No geral, como Juliana, minha esposa, diz, eu exalo um charme despretensioso, de alguém que se sente confortável consigo mesmo e com o que tem a oferecer.
Juliana, a minha Ju, tem um corpo escultural e naturalmente curvilíneo, com cerca de 1,70m de altura, cintura fina e quadris bem desenhados. Seus seios são médios, firmes e perfeitamente proporcionais, e suas pernas, torneadas, retratam o equilíbrio perfeito entre delicadeza e força. Sua pele tem um bronzeado dourado impecável, macia e iluminada. Os cabelos longos e ondulados, de um castanho cor de mel, caem sobre os ombros, sempre parecendo arrumados, mesmo quando desalinhados pelo vento. Seus olhos verdes e amendoados são magnéticos, carregando uma intensidade sedutora. Os lábios carnudos e rosados, combinados com o sorriso levemente malicioso, são sua assinatura. O jeito como se move, com graça e segurança, faz com que todos ao redor a notem, mesmo sem que ela se esforce.
Eu sempre acreditei que a liberdade se revela nos pequenos momentos. E, naquele dia em Copacabana, o sol parecia conspirar a nosso favor. Juliana, cúmplice de tantas aventuras, irradiava uma energia única enquanto caminhávamos pela orla. Seus cabelos ao vento e o sorriso espontâneo me faziam sentir que estávamos exatamente onde deveríamos estar. Enquanto avançávamos pela areia, entre mergulhos no mar e risadas compartilhadas, percebia o quanto nossa conexão ia além do convencional. Com seu biquíni bem cavado, e olhar que convidava à ousadia, Juliana parecia traduzir toda a nossa filosofia de vida – uma celebração da autenticidade e do amor em suas diversas formas. Eu me sentia orgulhoso de fazermos parte de um universo onde as amarras se desfaziam e o poliamor nos permitia explorar os horizontes do afeto com liberdade e honestidade.
Naquele instante, absorvido pela beleza de Copacabana e pelo calor humano que inundava o ambiente, não podia prever que a tarde nos reservava surpresas.
Enquanto eu e Juliana desfrutávamos da brisa refrescante do mar, um homem de bermuda cáqui e camisa com estampa de flores, se aproximou com um sorriso amigável. Ele não se apresentou logo, mas seus olhos curiosos e a postura aberta deixavam claro que buscava uma conversa. Chegou com cautela, sem saber que além do olhar encantado que lançava para Juliana, residia em nós a complexidade de uma história compartilhada, construída com respeito, paixão e liberdade.
— Boa tarde, posso me juntar a vocês? — Perguntou ele, com uma voz que misturava cordialidade e um toque de interesse.
Seu inglês era perfeito, um cartão de visitas que indicava que ele não era brasileiro.
Respondi com um sorriso tranquilo:
— Claro, aqui sempre há espaço para novas amizades.
Ele tinha um ar naturalmente charmoso e confiante, com cerca de 1,83m de altura e exibia um corpo bem definido, musculoso sem excessos. Provavelmente, construído por uma rotina disciplinada. Sua pele clara com um leve bronzeado, lhe dava um aspecto de viajante que aproveitava cada destino ao máximo. Os cabelos eram loiros escuros, levemente ondulados, caindo de forma despreocupada sobre a testa. Com olhos azul-acinzentados intensos, pareciam analisar tudo ao seu redor com interesse e malícia. O rosto marcado por traços angulosos e um maxilar forte, era adornado por uma barba rala bem cuidada. Seu estilo despojado, mas elegante, com um toque de sofisticação discreta, combinava com sua postura de homem que está acostumado a conseguir o que quer.
Enquanto eu me afastei um pouco, e me acomodava na areia, observando a interação, percebi como Juliana brilhava ainda mais. Ela sabia muito bem como despertar o desejo em outros homens, algo que, admito, sempre me fascinou.
Num movimento sutil, ela se inclinou um pouco para o homem, permitindo que o sol delineasse sua silhueta com maestria. Os seios querendo pular do biquíni de cortininha, lutando para manter sua volúpia contida.
— E tu, o que te traz a Copacabana? — Indagou Juliana, com uma voz envolvente, enquanto seus olhos faiscavam de malícia.
O homem hesitou por um instante, como se tentasse escolher suas palavras.
— Estou aqui em busca de novos projetos… e, quem sabe, novas inspirações — Ele respondeu, enquanto seu olhar vagava pelas curvas de Juliana.
Senti uma pontada de excitação e orgulho ao vê-la jogar aquela partida. O jeito dela de se aproximar, o sutil deslizar dos dedos no ar, como se desenhasse convites invisíveis para o desconhecido, sempre me deixava maravilhado. Eu sabia que, para mim, aquele cenário não era motivo de ciúmes, mas sim de admiração pela liberdade que ambos compartilhávamos.
“Juliana, minha querida, você sempre sabe como transformar uma tarde comum em algo extraordinário.” Comentei em pensamento enquanto observava cada gesto dela com um sentimento misto de amor e desejo.
Ela riu levemente, um som que parecia harmonioso acima do ruído das ondas, e disse ao homem:
— Talvez tu possa descobrir um pouco dessa inspiração… se estiver disposto a deixar a maré te levar.
O homem sorriu, claramente encantado, e a conversa fluiu em uma dança de insinuações e sorrisos cúmplices.
Eu adorava ver minha esposa mexendo com a libido e o interesse de outros homens. Ela era mestre em despertar a chama do desejo em qualquer um.
Enquanto isso, eu absorvia cada detalhe: a forma como Juliana dominava a cena, a confiança que transbordava dela, e a segurança que eu sentia por pertencer àquela história tão nossa, onde o desejo se multiplicava sem reservas.
Naquele instante, sob o calor do sol e o som constante do mar, percebi que a tarde estava apenas começando a revelar suas surpresas. Eu estava ansioso para ver até onde aquela repentina amizade, e as possibilidades que ela trazia, nos levaria.
O clima entre nós estava carregado de insinuações quando avistei um casal de amigos que já esperávamos, se aproximando. Daniel e Camila eram parte do nosso círculo mais íntimo, pessoas que compartilhavam dos mesmos prazeres e entendiam, sem precisar de muitas palavras, os códigos silenciosos que trocávamos entre olhares e gestos.
— Olha só quem, enfim, resolveu aparecer! — Brinquei, abrindo os braços para cumprimentá-los.
— O carro deu ruim, amigo. Desculpe o atraso. — Respondeu Camila, seus olhos dançando entre mim e Juliana, como se já percebessem um clima de sedução no ar.
Enquanto começávamos a conversar, Juliana permaneceu ao lado do nosso novo conhecido, voltando sua atenção completamente para ele. Eu sabia que ela adorava aquele jogo, e eu adorava vê-la jogar.
— Tu tem um nome ou devo chamar de “inspiração ambulante”? — Juliana provocou, um sorriso malicioso nos lábios.
O homem riu, claramente encantado.
— Eu sou o Ethan. — Respondeu, finalmente se apresentando. — E você, Juliana, definitivamente sabe como despertar a atenção de um homem.
— Só daqueles que sabem apreciar. — Ela retrucou, cruzando as pernas de maneira sugestiva.
De onde eu estava, via os olhares dele percorrendo o corpo da minha esposa, e a forma como ela sorria em resposta. Ethan não disfarçava o desejo, e Juliana também não fazia questão de conter a provocação.
— Você me parece alguém muito… livre. — Ele comentou, como quem testava os limites da conversa.
Juliana inclinou a cabeça, os dedos deslizando distraidamente pela perna.
— Digamos que eu gosto de explorar possibilidades. — Sua voz estava carregada de intenção.
Do outro lado, Daniel me cutucou com um sorriso de canto.
— Parece que alguém foi fisgado.
Camila riu baixinho:
— E Juliana parece interessada.
Eu apenas sorri, curtindo cada instante. Então, num tom mais casual, Camila comentou:
— Bom, não queremos atrapalhar, mas só lembrando que temos aquela "reunião" mais tarde.
Juliana se virou para nós, seus olhos brilhando com uma ideia repentina. Ela olhou para Ethan, medindo suas reações, e então sorriu de um jeito que eu conhecia bem. Ela me lançou um olhar cúmplice:
— Na verdade… acho que poderíamos levar um convidado. O que acha, querido?
Eu arqueei a sobrancelha, surpreso, mas ao mesmo tempo intrigado.
— Você quer que ele vá com a gente?
— Ele disse que busca novas inspirações, não disse? — Juliana provocou, virando-se para Ethan. — E eu adoraria continuar nossa conversa num lugar mais… interessante.
Ethan pareceu pego de surpresa, mas rapidamente se recuperou, sorrindo de forma quase maliciosa.
— Agora fiquei realmente curioso.
Daniel e Camila se entreolharam, trocando um sorriso discreto, já entendendo o que estava acontecendo. Eu, por minha vez, só conseguia pensar que aquela noite prometia.
O tempo passou sem que percebêssemos. Entre risadas, cervejas geladas e conversas que oscilavam entre o casual e o sugestivo, a amizade entre nós crescia de forma natural.
Ethan se revelou um cara inteligente, cheio de histórias sobre suas viagens e também sobre sua experiência no meio cinematográfico, finalmente revelando o que fazia para viver.
Mas eu não era ingênuo, ele sabia jogar. Ele flertava com Juliana com habilidade, sem exageros, sempre medindo até onde podia ir. Tocava levemente seu braço ao rir de algo que ela dizia, mantinha o olhar fixo quando falava com ela, e, por vezes, permitia que o silêncio carregasse mais significado do que as palavras. E Juliana também sabia exatamente o que estava fazendo. Os olhares, os sorrisos, o jeito que mordia o lábio inferior enquanto o ouvia falar. Era um balé de sedução, e eu, como espectador privilegiado, apenas observava, ciente de que aquilo fazia parte da nossa dinâmica.
Daniel e Camila logo entraram na brincadeira, soltando comentários discretos, mas cheios de duplo sentido.
— Então, Ethan… tu já participou de algum evento mais… exclusivo aqui no Brasil? — Perguntou Daniel, casualmente.
Ethan sorriu, entendendo o que fora perguntado.
— Ainda não. Mas estou aberto a novas experiências.
Camila riu, dando um gole em sua caipirinha.
— Parece que o universo está te dando uma ótima oportunidade.
Ethan lançou um olhar para Juliana, que apenas sorriu de maneira provocante.
A tarde já ia terminando quando finalmente nos levantamos para ir embora. A despedida foi leve, mas Juliana a preencheu com expectativas. Sempre espontânea, ela se aproximou de Ethan e, sem hesitar, tocou seu rosto de leve antes de lhe dar um selinho carinhoso. Simples, rápido, mas o suficiente para deixá-lo sem palavras por um instante.
— Até mais tarde. — Ela sussurrou, apenas para ele, lhe dando uma piscadela marota.
Vi a respiração de Ethan pesar, como se estivesse processando o que acabara de acontecer. Ele piscou algumas vezes, um sorriso involuntário surgindo nos lábios.
Enquanto trocavam contatos, Juliana, com a naturalidade de quem faz aquilo há anos, enviou uma mensagem. Ethan olhou para a tela do celular e franziu as sobrancelhas levemente, como se tentasse absorver o significado daquilo.
Ele ergueu os olhos para mim, hesitante.
— Então… é isso mesmo?
Eu ri, balançando a cabeça positivamente, colocando os óculos escuros.
— Fica tranquilo. — Eu dei um tapinha em seu ombro. — Nos veremos novamente, e a Juliana vai estar ainda mais linda.
Ethan me encarou por um momento, como se tentasse decifrar se aquilo era um teste, uma pegadinha ou se eu realmente tinha dito aquilo com naturalidade.
— Cara… — Ele riu, balançando a cabeça. — Você é diferente.
Apenas dei de ombros, entendendo que era um elogio.
— Nos vemos logo, Ethan.
E então partimos, deixando para trás um homem que, por mais experiente que fosse, ainda estava tentando entender as regras do nosso jogo.
A noite estava quente e úmida. Havia chovido por instantes. As luzes de Copacabana se refletiam no asfalto molhado, e o clima da noite carioca fazia o ambiente pulsar com energia. Cheguei ao local combinado com Juliana ao meu lado, e assim que descemos do carro, todos ao nosso redor perceberam o que eu já sabia: como ela estava deslumbrante.
Juliana havia escolhido um vestido preto justo, que abraçava suas curvas na medida certa, sensual sem ser vulgar. O tecido fino e levemente brilhante deslizava sobre sua pele dourada, com um decote generoso nas costas, revelando sua feminilidade com um toque de elegância. A fenda lateral deixava entrever suas pernas longas e torneadas, enquanto um salto alto delicado alongava ainda mais sua silhueta. Os cabelos estavam soltos, caindo em ondas suaves, e os lábios, pintados de um tom vinho, traziam um contraste perfeito com seus olhos verdes faiscantes.
Ethan já estava esperando por nós. Ele vestia uma camisa social preta, levemente aberta no colarinho, deixando à mostra um pouco da pele bronzeada e dos músculos bem definidos. A calça escura ajustada e os sapatos elegantes mostravam que ele sabia se apresentar. Mas, mais do que isso, percebi que ele ainda carregava um certo nervosismo disfarçado.
— E aí, Ethan, pronto para uma noite… inesquecível? — Brinquei, dando mais outro tapinha em seu ombro.
Ele sorriu, tentando parecer confiante.
— Totalmente pronto.
Juliana se aproximou, tocando levemente o braço dele, seu perfume doce envolvendo o ar.
— Relaxa. Você está entre amigos.
Daniel e Camila chegaram logo depois, trocando cumprimentos animados.
Ao lado de Juliana, Camila também estava estonteante. Seu vestido vermelho profundo, de tecido acetinado, moldava seu corpo com graça, destacando a pele bronzeada. Os ombros à mostra e o corte justo faziam dela uma visão irresistível. Ela usava brincos longos que brilhavam sob a luz da entrada do clube, e o sorriso travesso já denunciava o espírito da noite.
— Olha só, Ethan, já está até combinando no estilo. — Comentou Daniel, analisando o visual dele. — Fica tranquilo, essa casa tem um ambiente incrível, você vai se divertir.
Camila lançou um olhar cheio de malícia para Juliana e, sem resistir, elogiou:
— Amiga, você está um escândalo hoje.
Juliana sorriu, girando levemente para exibir o vestido.
— Eu tento.
A troca de olhares entre todos marcava a expectativa criada para a noite. O ar estava denso de insinuações, de possibilidades, vibrando no espaço entre nós. Ethan observava cada detalhe, absorvendo o clima com fascínio e excitação.
Antes de entrarmos, Daniel estendeu uma mão para ele, como quem inicia um pacto silencioso.
— Primeiro brinde lá dentro é por sua conta, novato.
Ethan riu, concordando.
— Fechado.
E então, com passos decididos, cruzamos juntos as portas daquele mundo alternativo, onde a noite prometia ser tão intensa quanto as expectativas que nos acompanhavam.
O interior da casa exalava uma atmosfera sofisticada e envolvente. A iluminação era muito suave, com tons dourados refletindo nos espelhos estrategicamente posicionados. O ar era preenchido por uma música sensual, uma mistura de house e lounge, cujas batidas pareciam sincronizar com os olhares trocados entre os frequentadores.
No centro do salão principal, um bar elegante servia drinks elaborados, e em volta dele, casais e grupos conversavam, trocando sorrisos carregados de insinuações. Algumas pessoas já se arriscavam na pista em danças provocantes, enquanto outras apenas observavam, analisando quem poderiam ser seus próximos companheiros naquela noite.
Daniel pegou uma rodada de bebidas para todos enquanto nós nos acomodávamos em um dos sofás de couro macio, estrategicamente posicionados para permitir tanto a interação social quanto a observação do ambiente.
— Então, Ethan, primeira vez? — Perguntei, segurando meu whisky com um sorriso divertido.
Ele ergueu a sobrancelha, como se ponderasse a resposta por um instante, antes de dar um gole lento em seu drink.
— Digamos que… não exatamente. — O tom de voz era casual, mas continha um subtexto interessante.
Juliana inclinou a cabeça, curiosa.
— Ah, é? E onde mais você já teve experiências assim?
Ethan deu um meio sorriso, aquele tipo de expressão que sugeria histórias não contadas.
— Viajo bastante. Algumas cidades pelo mundo têm lugares bem interessantes… mas cada lugar tem seu charme.
Camila riu, balançando a taça de vinho em mãos.
— Ou seja, a gente achando que ia te apresentar a um mundo novo, mas na verdade, você já sabe muito bem as regras do jogo.
Ele ergueu o copo em um brinde silencioso.
— Sempre há algo novo para aprender.
O clima entre todos foi ficando mais descontraído. As conversas passaram a fluir com mais provocações sutis, brincadeiras de duplo sentido e insinuações que deslizavam naturalmente no meio das palavras.
Juliana, por sua vez, dedicava uma atenção especial a Ethan. Ela se inclinava levemente quando falava com ele, tocava seu braço de vez em quando, e seus olhares eram mais demorados. Eu via aquilo e sentia aquele conhecido e velho sentimento de excitação e orgulho.
Ethan, longe de ser um iniciante tímido, respondia com a mesma intensidade. Mantinha contato visual firme, sorria no momento certo, sabia exatamente como manter o jogo interessante. Mas também me observava, atento.
Daniel e Camila trocavam olhares cúmplices, claramente se divertindo ao perceber que as coisas estavam esquentando.
— Acho que nosso amigo aqui já pegou o jeito do lugar. — Comentou Daniel, rindo.
Juliana virou-se para Ethan, deslizando um dedo na borda do seu copo antes de perguntar, num tom provocante:
— Será que ele já pegou mesmo?
Ethan segurou seu olhar, relaxado, mas com um brilho intenso nos olhos.
— Acho que estou apenas começando.
A noite prometia. E eu sabia que todos ali estavam ansiosos para ver até onde ela nos levaria.
A música mudou para um ritmo mais envolvente, algo entre o Deep House e R&B, com batidas lentas e sensuais, que pareciam ressoar no peito. O ambiente ao nosso redor pulsava em sintonia com os corpos que se moviam pela pista de dança, mas, para mim, tudo se resumia na cena que se desenrolava diante dos meus olhos.
Juliana, sempre dona da situação, se levantou do sofá com um sorriso malicioso e caminhou até a borda da pista, próximo à nossa mesa. Seus saltos ecoaram suavemente no piso de madeira, e seu vestido preto, justo e provocante, nos deixava vidrados, hipnotizados pela sua beleza. Ela não precisava me dizer nada, eu sabia muito bem o que ela estava prestes a fazer.
Ela parou bem à frente de Ethan, que ainda estava sentado, e inclinou levemente a cabeça, seus olhos verdes prendendo os dele como se o desafiasse.
A música guiou seu corpo. Ela começou devagar, em um balanço sutil, como se estivesse apenas sentindo o ritmo. Suas mãos deslizaram suavemente pela própria cintura, descendo pelos quadris, explorando cada curva de forma provocante, mas sem pressa.
Ethan não desviou o olhar. Ao contrário, ele manteve-se firme, acompanhando cada movimento dela com uma expressão de quem sabia exatamente o jogo que estava sendo jogado.
Camila riu, chamando minha atenção.
— Essa safada sabe mesmo como provocar. Minha boceta está comichando.
— Sempre soube… — Respondi, levando a mão entre as pernas de Camila e fazendo um agrado na altura de seu grelo. A fazendo gemer manhosa.
— Hummm… gostoso…
Juliana girou com sensualidade diante de Ethan, deixando visível as suas costas nuas, enquanto deslizava os dedos pelo pescoço, até chegar aos ombros. Enquanto ela movia as pernas com precisão calculada, a fenda lateral do vestido se abriu sutilmente, revelando mais pele do que antes. Ela então se virou novamente para ele, aproximando-se ainda mais, fazendo seus joelhos roçarem os dele. Com jeito natural mas ousado, ela se inclinou e sussurrou perto do ouvido dele, algo que eu não consegui ouvir, mas vi o efeito imediato que teve em Ethan. Seu olhar brilhou por um instante, e um meio sorriso surgiu em seus lábios.
— Ele está resistindo bem. — Comentou Daniel, ajeitando a pica dura dentro da calça.
Juliana movia o corpo de forma mais sexy, a barriga e os seios próximos ao rosto de Ethan. Ela girava, rebolando aquela bunda carnuda, hipnotizando sua presa e levando todos nós ao delírio no processo. Ela apoiou as duas mãos nas coxas de Ethan e esfregou o rosto por seu pescoço, lambendo delicadamente, e finalizando com um beijo em sua boca de puro tesão e intensidade.
Ethan recostou-se no sofá e passou a língua pelos lábios antes de falar.
— Eu tinha razão. Você é mesmo especial.
Juliana, curiosa, o questionou.
— O que quer dizer?
Ethan sorriu misterioso.
— Nada! Você é mesmo uma pessoa incrível.
Ele se virou para nós, o copo seguido no ar:
— Todos vocês são.
Ansiosos, Camila e Daniel saíram de mãos dadas, subindo para o nível superior da casa. Ethan e Juliana estavam em seu mundo próprio, alheios a tudo o que acontecia ao redor.
Paciência nunca foi uma virtude de Juliana e, entendendo que Ethan talvez estivesse preocupado com a minha presença, ela tomou a iniciativa, sentando-se no colo dele e o beijando com muita intensidade.
Assim que se descolaram, ele me olhou, preocupado com a minha reação, mas eu apenas sorri, e dei uma piscadela, indicando que o caminho estava aberto. Que eles poderiam se divertir sem culpa.
Juliana se levantou do colo dele e veio para o meu. Ela me beijou e depois perguntou:
— Você trouxe nossa câmera? Se o Ethan concordar, quero deixar essa noite registrada, para a nossa coleção.
Nem precisamos perguntar ao Ethan, pois além de responder rápido, ele ainda sugeriu:
— Eu adoraria ser seu parceiro nesse filme. Inclusive, acho que deveríamos usar a minha câmera. Eu disse que trabalho com cinema, não foi? Ela é profissional, de altíssima resolução. Os vídeos ficam espetaculares.
Nós concordamos, e enquanto Ethan voltou ao carro para pegar seu equipamento, Juliana e eu fomos até à administração da casa para alugar a sala temática que eles mantinham para grupos fechados. Aquela sala, uma atração diferente, era o motivo de frequentarmos aquela casa de swing especificamente, pois Juliana adorava eternizar nossos encontros liberais com parceiros e parceiras que tinham o mesmo fetiche que nós e aceitavam ser gravados.
A sala temática era exatamente como eu me lembrava: iluminação suave, mas com outras lâmpadas que podiam ser acesas para favorecer filmagens. As paredes pintadas de verde, para o caso de edição de vídeos, além de um grande sofá de couro preto, e uma cama king size ocupando o centro.
A câmera profissional de Ethan já estava montada em um tripé, pronta para capturar cada detalhe daquela noite. Juliana estava radiante, vestida com um robe de seda que mal escondia suas curvas, enquanto Ethan testava e ajustava as luzes com um olhar de concentração que contrastava com o desejo ardente em seus olhos.
Eu me aproximei de Juliana, colocando uma mão em sua cintura enquanto ela encostava a cabeça no meu ombro. Ethan parou o que estava fazendo e nos olhou, sua expressão mudando para algo muito mais íntimo.
— Prontos? — Sua voz tremia pela excitação.
— Sempre. — Juliana respondeu, afastando-se de mim e caminhando até ele com passos lentos e deliberados.
Eu fiquei para trás, observando, sabendo que aquela noite não era sobre mim, mas sim sobre eles.
Juliana chegou perto de Ethan e, sem dizer uma palavra, puxou o robe, deixando-o cair no chão. Fiquei sem fôlego, como sempre acontecia quando a via assim, completamente exposta e confiante. Ethan olhou para ela, seus olhos escaneando cada centímetro de sua pele, e então ele avançou, agarrando-a pela cintura e puxando-a para um beijo profundo.
O som de seus lábios se encontrando ecoou pela sala, e eu senti uma onda de calor percorrer meu corpo. Juliana começou a desabotoar a camisa de Ethan, suas mãos ágeis trabalhando rápido enquanto ele continuava a beijá-la como se fosse a última vez.
Quando a camisa caiu no chão, Juliana se afastou por um momento, olhando para mim com um sorriso malicioso.
— Venha cá, amor. — Sua voz era suave, mas cheia de malícia.
Eu não titubeei. Fui até eles, e Juliana imediatamente colocou minhas mãos sobre os seus seios, me encorajando a explorar. Sua pele era quente e macia, e eu senti os músculos tensos sob meus dedos.
Ethan sorriu para mim, agradecido, antes de voltar a beijar minha esposa.
Juliana, no entanto, não tinha tempo para hesitações. Ela se ajoelhou diante de Ethan, suas mãos descendo para sua calça e começando a desabotoá-la. O olhar de Ethan se fixou nela, sua respiração acelerando enquanto ela puxava sua calça e cueca para baixo, revelando sua ereção. O pau era grande, uns vinte centímetros, de veias saltadas e uma cabeça roxa brilhante.
Ela olhou para cima e nossos olhares se encontraram. Ela sorriu, satisfeita com o tamanho daquele membro, e se virou novamente, colocando a boca em volta dele.
O gemido de Ethan encheu a sala, e eu senti meu próprio corpo reagir ao som. Juliana começou a se mover, sua cabeça subindo e descendo com um ritmo que era ao mesmo tempo lento e determinado.
Eu me aproximei, colocando uma mão em suas costas, sentindo o movimento de seus músculos enquanto ela continuava. Ethan fechou os olhos, seus dedos se entrelaçando no cabelo dela, guiando-a suavemente.
— Ela é incrível, não é? — Eu o provoquei, e seus olhos se abriram brevemente para encontrar os meus
Ele só conseguiu concordar com um aceno. Juliana era incrível mesmo. Sempre foi. Sua confiança, sua beleza, e uma enorme habilidade de transformar qualquer situação em algo completamente mágico.
Juliana parou por um momento, levantando-se e se virando para mim, pediu:
— Agora é a sua vez — Seus olhos faiscaram com um brilho ardente.
Eu sabia bem o que ela queria dizer. Ela sempre me incluía, não importando o parceiro ou o momento.
Ela me empurrou gentilmente para o sofá, e então se ajoelhou novamente, desta vez diante de mim. Enquanto ela começava a desabotoar minha calça, Ethan se aproximou, sentando-se ao meu lado, observando a habilidade da minha esposa safada e generosa.
Eu conheço bem Juliana, sei a sensação que ela tem ao ter os dois tão perto, tão presentes. Juliana pegou no meu pau, começando a me masturbar lentamente enquanto Ethan se inclinava para lhe beijar. O toque de seus lábios foi suave, mas intenso, e eu senti uma onda de calor percorrer meu corpo. Minha putinha mama como ninguém.
Ela se virou para o Ethan.
— Desculpe! Mas meu marido é sempre o primeiro.
Ethan apenas sorriu, acariciando seu rosto e lhe dando outro beijo carinhoso, concordando com os termos.
Juliana montou em mim, de costas, apontando meu pau para sua xoxota e se sentando devagar. Apesar de ser um pouco menor, meu pau era mais grosso do que o do Ethan. Eu sentia a bocetinha laceando, aceitando aos poucos ser preenchida completamente. Cada centímetro do corpo dela se ajustando ao meu. Ethan se virou para ela, entrando na brincadeira, beijando sua boca e apalpando os seios.
Juliana estava gemendo alto, seu corpo tremendo com o prazer, quicando sobre mim.
— Ai, amor… tá me rasgando… não para…
Eu comecei a aumentar o ritmo, segurando forte pela cintura, forçando Juliana para baixo. Ethan pegou a mão dela e a guiou até seu pau. Juliana dobrou o corpo, alternando entre uma punheta e chupadas no pau dele.
O som dos gemidos e das sucções encheu o quarto.
— Seus putos …. Eu vou gozar … não para … assim, amor … Ahhhhh.
Eu estava perto do limite, e sabia que Juliana também estava. Ethan respirava com dificuldade, cheio de tesão.
— Vamos todos juntos. — Eu dei a ideia.
Mas apenas Juliana e eu estávamos prontos.
— Mete, amor… mais forte… vou gozar… não para…
Juliana gritou quando nós gozamos, seu corpo tremendo de prazer, e então ela se apoiou nos joelhos, ofegante e tentando normalizar a respiração..
Ethan e eu trocamos olhares, ambos sorrindo, e então ele disse:
— Isso foi… incrível.
Juliana parou, levantando-se e se virando para Ethan.
— Agora você vai me foder também. — Sua voz estava entrecortada pelo tesão.
Ethan não hesitou. Ele se levantou, agarrando Juliana pela cintura e virando-a para que ela ficasse de costas para ele. Eu me afastei um pouco, dando espaço para os dois, mas não o suficiente para perder um único detalhe.
Ethan agarrou as nádegas de Juliana, espremendo-as com força antes de dar-lhe um tapa caprichado que fez com que ela gemesse alto.
— Hummm… seu danadinho… adoro!
Ele então a posicionou de quatro, alinhando-se e, com um movimento firme e deliberado, entrou nela.
Juliana arqueou as costas, um gemido profundo escapando de seus lábios enquanto Ethan começava a se mover.
— Ahhh… assim… que gostoso… tá me atolando inteira.
Sua pele batendo contra a dela emitia um som quase obsceno.
Eu estava ali, sentado no sofá, incapaz de tirar os olhos deles. Juliana era uma visão de tirar o fôlego, com seu corpo arqueado, totalmente entregue ao prazer. Ethan, por sua vez, movia-se com uma intensidade selvagem, com estocadas fundas e poderosas. Eu podia ouvir o som dos corpos se chocando, ecoando alto na sala, e eu sentia meu próprio corpo reagir, cada músculo tensionado, cada respiração mais difícil.
Juliana virou a cabeça para mim, seus olhos se encontrando com os meus. Aqueles olhos… carregados de desejo, de poder, de uma confiança que me deixou sem ar. Ela estendeu a mão para mim, e eu não hesitei. Seu toque foi quase instintivo, e meu corpo sabia exatamente o que ela queria. Eu me aproximei, sentindo o calor dela, o suor na sua pele, o cheiro de seu perfume e os feromônios do desejo.
Ethan continuou a meter, com mais força, suas mãos agarradas aos quadris de Juliana. Ela gemia alto a cada estocada.
— Mete, gringo safado… Ahhhh… fode essa boceta.
Juliana gemia alto. Ela sempre foi assim, escandalosa, deixando todos os homens ao seu redor completamente dominados, entregues ao seu prazer.
Eu me ajoelhei ao lado dela, minha mão descendo pelo seu corpo até encontrar o clitóris. A bocetinha vibrava a cada estocada, escorrendo, e eu comecei a massagear o ponto exato que eu sabia que a levaria ao limite.
— Não para, amor. — Ela gemeu, sua voz falhando. — Eu quero mais. Mete mais forte, gringo roludo…
Ethan olhou para mim, e eu vi nos olhos dele a mesma coisa que eu estava sentindo: a necessidade de satisfazer Juliana, de fazê-la gritar, de vê-la se perder completamente no prazer. Ele empurrou Juliana para cima de mim, posicionando-a mais perto, e eu sabia o que viria a seguir. Ela me olhou com aquela cara de safada que ainda não estava satisfeita.
— Está na hora, amor. Vem. — Ela sussurrou, sua voz carregada de promessas.
Juliana fez Ethan deitar-se e montou sobre ele, o pau deslizou para dentro de sua boceta. Eu me posicionei atrás dela, minha mão guiando meu pau até a entrada do cuzinho. Ela era apertada, tão quente, que eu quase gozei ali mesmo novamente.
Ethan, por baixo, já começava a estocar, mas com calma, alinhando nossos movimentos. Eu sabia que aquele seria o momento em que Juliana finalmente perderia o controle. Eu entrei devagar, deixando o cuzinho se acostumar com o volume da pica. Quando finalmente estava todo dentro, eu parei, deixando-a sentir a sensação que ela mais adorava, dois machos dentro dela.
Ethan foi o primeiro a voltar a se mover, empurrando o pau na boceta com cuidado, sincronizando com minhas estocadas naquele cuzinho macio e apertado. Juliana pegou o ritmo rapidamente, controlando a movimentação com as mãos. Ela apertava minha coxa quando queria que eu fosse mais devagar e cravava as unhas no peito do Ethan quando queria que ele aumentasse o ritmo.
Juliana estava entre nós, completamente preenchida, e eu podia ver nos olhos dela que ela estava no céu.
— Mais. — Ela gemeu, sua voz embargada pelo tesão. — Por favor, mais!
Eu comecei a foder com mais força. Ethan estava se movendo mais rápido também, mas deixando que Juliana rebolasse sobre ele, sentindo as socadas no cu, e aquele pau grande preenchendo sua boceta.
Juliana estava gemendo, cada som mais gostoso que o anterior, e eu sabia que ela estava perto.
— Vocês estão acabando comigo … Ahhhh … não para … mais … Ahhhh … mete … mais forte …
Eu podia sentir o cuzinho piscando, ordenhando meu pau. Ela se contorcia, e eu sabia que não ia demorar muito para que ela finalmente explodisse.
— Eu vou gozar — Ela gemia, sua voz falhando. — Por favor, não parem!
Eu olhei para Ethan e vi a magia da cumplicidade. Nós dois estávamos ali, completamente entregues a Juliana, e eu sabia que essa era a única coisa que importava.
Comecei a me mover mais rápido, mais forte, sendo seguido por Ethan. Juliana se sentava com mais força nele, calculando cada movimento para extrair o máximo de prazer daquela dupla penetração.
— Goza, minha putinha. — Eu gritei, quase um rugido. — Goza para os seus machos!
Juliana explodiu, seu corpo todo se contraindo, seus gemidos tão altos que eu achei que poderiam quebrar os vidros.
— Que loucura … não para … tô gozando … mete … mete, seus putos… me fodam completamente…
Eu não aguentei mais, inundado aquele cu apertado com minha gala, gozando dentro dela, sentindo cada onda de prazer percorrer meu corpo, e eu sabia que tinha feito minha esposa feliz. Ethan encheu a camisinha, e eu pude ver nos olhos dela que ainda não estava totalmente satisfeita.
Ela olhou para mim, os olhos brilhando, alucinada, e eu sabia que aquilo não era o fim: ela queria mais.
Deixei que ela e Ethan curtissem um pouco mais a sós, e fui me encontrar com Camila e Daniel na parte inferior do lounge.
— Queremos ver esse vídeo. Deve ter ficado incrível. — Daniel me recebeu com um sorriso maroto.
A música seguia pulsando no ambiente, mas algo estava diferente. Eu estava na mesa com Daniel e Camila, trocando comentários descontraídos sobre a noite, até que vi Juliana e Ethan retornando do andar superior.
Ela caminhava à frente dele, com um sorriso forçado no rosto, mas eu a conhecia bem demais para me deixar enganar. Seu olhar não tinha o mesmo brilho de antes, e havia uma tensão sutil em seus gestos. Algo não estava certo.
Ethan voltou a se sentar com a gente, integrando-se à conversa como se nada tivesse acontecido. Juliana parou ao meu lado e segurou minha mão com um aperto leve.
— Amor, vem aqui comigo um instante? — Sua voz era doce, mas carregava um peso diferente.
Levantei-me sem hesitar e seguimos para um canto mais reservado do lounge, onde a iluminação era mais baixa e as conversas ao redor se dissiparam em murmúrios distantes.
— O que houve? — Perguntei, preocupado.
Juliana respirou fundo, como se estivesse organizando os pensamentos. Então, me olhou nos olhos e soltou a bomba.
— Ethan não é só um turista se divertindo no Rio… Ele é um produtor de filmes adultos nos Estados Unidos.
Pisquei algumas vezes, absorvendo a informação.
— Produtor de quê?
Ela suspirou, hesitante.
— Ele trabalha com filmes adultos, amor. Vem para cá procurando novas estrelas… e me fez uma proposta.
Cruzei os braços, um gesto de proteção, tentando manter a calma.
— Que tipo de proposta?
Juliana se aproximou um pouco mais, como se quisesse garantir que ninguém ouviria.
— Ele ofereceu cem mil dólares pelo vídeo de hoje à noite.
Soltei um riso baixo, descrente.
— Cem mil dólares? Dólares mesmo? Isso tá parecendo uma pegadinha.
— Eu também achei loucura no começo. — Ela admitiu. — Mas ele falou sério. Até me mostrou o dinheiro no aplicativo do banco. Disse que tem olhos afiados para novos talentos, que sabe quando algo vai viralizar… e que esse vídeo pode mudar nossa vida.
Eu ainda tentava processar a informação.
— É muito dinheiro, amor. Muito mesmo.
Olhei para ela, estudando cada detalhe de sua expressão. Juliana era ousada, sempre foi, mas naquele momento parecia nervosa, como se estivesse tentando medir minha reação.
— E você? O que acha disso?
Ela hesitou por um segundo, mas então ergueu o queixo, aquele brilho de desafio voltando aos seus olhos.
— Acho que é uma proposta tentadora.
Dei um suspiro, coçando a parte de trás da cabeça. Meu gesto característico quando estou tenso.
— E se ele estiver só jogando conversa fora?
— Ele não está, amor. Ele me mostrou algumas coisas. Acho que é real. Se ele acredita que isso pode dar certo… quem sabe?
Fiquei em silêncio por um momento, sentindo o peso da situação. Então, perguntei.
— Você já deu uma resposta para ele?
Ela balançou a cabeça.
— Claro que não. Você é meu marido, somos uma equipe. Eu jamais responderia sem falar com você primeiro.
Eu a encarei por mais alguns instantes, antes de soltar um sorriso contido.
— Bom… essa definitivamente não era a direção que eu imaginava para essa noite.
Juliana riu, relaxando um pouco.
— Nem eu.
Olhei para a mesa, onde Ethan conversava tranquilamente com Daniel e Camila, como se não tivesse acabado de jogar uma proposta de seis dígitos no meio do nosso casamento.
— E agora? — Perguntei, voltando a encará-la.
Ela mordeu o lábio, pensativa, e respondeu:
— Agora, a decisão é nossa.
Minha cabeça estava viajando em flashbacks sucessivos. Três anos atrás, eu jamais imaginaria que uma tarde e uma noite em Copacabana mudariam tanto nossas vidas.
Agora, estou aqui, sentado em um jatinho particular, vendo Juliana relaxar ao meu lado, enquanto cruzamos o oceano para mais uma temporada nos Estados Unidos. Essa já é nossa terceira viagem, e, como das outras vezes, passaremos três meses dedicados exclusivamente às gravações.
Fim!!!
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