Uma vida de Bullying e Abusos e como fui transformada por ela – Parte 09 – Enfim descobri o prazer

Um conto erótico de Carla.M.
Categoria: Heterossexual
Contém 7566 palavras
Data: 08/02/2025 09:07:59

Chego aqui ao momento de todas as consultas medicas, tratamentos, terapias, dificuldades que seriam chatas e longas para descrever, principalmente detalhes médicos da cirurgia e pós cirurgia que não foi feita no Brasil e nada que contasse descreveria com exatidão as dificuldades de todos os tipos que tive, então só vou contar alguns fatos necessários que deixariam quem lê curioso se não os contasse.

*****

Ao mesmo tempo que fui ao primeiro médico também comecei a terapia onde fui contando minha história corporal e de abusos. Não bastou uma psicóloga, mas também tive que frequentar um psiquiatra por indicação de outro médico.

O que mais ouvi de todos eles foi – Você tem certeza? – e confirmava com convicção, mas todos me disseram que uma cirurgia como aquela não poderia ser feita antes de 1,5 a 2 anos de tratamento psiquiátrico, psicológico e hormonal, então após todos aos exames comecei o tratamento hormonal também.

O doutor explicou a nós que os exames revelaram que todos homens produzem muita testosterona e uma pequena quantidade de estrógeno, mas que por alguma disfunção a produção em meu corpo era invertida com muito estrógeno e pouca testosterona como acontece nas mulheres.

Eu não sentir prazer não ficou bem estabelecido pois poderia ser devido a minha mente tentar ser masculina enquanto meu corpo tentava ser feminino, mas poderia também ser pelo trauma de meus primeiros abusos que me bloquearam essa sensação de prazer antes que meu corpo tivesse idade de sentir prazer e quando chegou o momento essas sensações já estavam bloqueadas.

Fui informada que havia uma chance do tratamento com hormônios e inibidores de testosterona me fazerem começar sentir prazer se não fosse apenas psicológico meu problema, mas nenhum dos médicos quis dar certeza.

Após uns 5 meses comecei a sentir algumas mudanças no corpo, mas como meu corpo já era feminino me deixaram claro que não haveriam grandes mudanças porque já produzia muito estrógeno antes. Daí minha falta de pelos e minha voz macia.

Houve um pequeno aumento de peso pois eu tinha tido sempre o peso certo para meu tamanho. Também percebi meus seios se arredondando um pouco, mas com um aumento muito pequeno. Era só na forma mesmo.

Tinha mal estares como fui avisada e as vezes dava um desanimo querendo desistir da cirurgia e ficar com meu pequenos pênis, mesmo não o querendo mais já que nunca funcionou.

Nessas horas minha mãe aturava minha irritação e com jeito me convencia a continuar sabendo que era o que eu precisava. Lá para outubro com 8 meses de tratamento, percebi por minhas roupas meu quadril mais larguinho e meu bumbum ainda mais arredondado achando que isso não seria possível pois sempre foi muito redondo.

Meu pequeno pênis parecia ainda mais atrofiado e não tinha como ser sexualmente ativo. Ao contrário, os seios tinham se arredondado e até se avolumado um pouco mais chegando a um tamanho médio e estavam bonitos, bem bonitos. Minha voz ainda mais feminina, mas daquelas vozes femininas que não são agudas. Se já não tinha pelos antes, os raros em lugares masculinos desapareceram e minha pele estava macia como nunca esteve. Foi nesse período que em um banho algo aconteceu.

Além de me ensaboar tinha a mania de passar minhas mãos por todo meu corpo para sentir novas mudanças e para ver se não estava engordando muito. Quando a passei por meu seio esfregando a palma em meu mamilo senti algo diferente. Voltei só com a ponta do dedos girando em minha aréola e tocando o mamilo e além de um sensação boa e um arrepio no corpo meu mamilo endureceu pela primeira vez na vida sem ter sido de frio.

Para confirmar, fui para o outro seio fazendo o mesmo e de novo senti aquela sensação boa deixando também o outro mamilo durinho. Repeti outras vezes o girar dos dedos nos mamilos e a cada toque uma nova sensação boa.

Não sabia o que era prazer sexual, mas sabia a sensação que davam outros prazeres como comer uma comida gostosa, receber abraços de meus pais e avós e até de vencer jogos quando jogava com minhas primas e aquele toque certamente me dava uma sensação de prazer como sentia com essas coisas. Diferente, mas parecido.

Apalpei meus seios como muitas vezes os garotos apalparam sem que eu tivesse sentido nada. Eu mesmo já tinha feito tantas vezes em banhos sem nenhuma sensação diferente, mas naquele momento cada apalpada e cada toque em sua pele sensível ou na aréola e especialmente no mamilo me arrepiava e me fazia sentir bem imaginando que era aquilo que era sentir prazer sexual.

Eu já estava sensível e chorava fácil por causa dos hormônios, mas aquele foi um choro muito mais profundo pensando que minha vida pudesse ter uma reviravolta maior do que a esperada. Não só de ter um corpo de mulher, mas como sentir prazeres como mulher pois aquele hormônio feminino parecia estar fazendo seu serviço.

Corri para terminar o banho, coloquei uma de minhas camisolinhas de cetim só com uma calcinha por baixo e fui para a sala onde meus pais assistiam qualquer coisa na TV e não me importei com a presença de papai que acompanhava minha transformação estando presente em todos momentos importantes.

Após uma longa fase de abatimento, minha mãe estranhou minha empolgação e meu sorriso.

– O que foi filha?

– Mãe, eu senti. Senti algo nos seios que nunca senti antes. Algo gostoso. Deve ser por causa dos hormônios.

– Que ótima notícia filha. Como foi isso?

Expliquei a ela e ao meu pai quieto nos observando o que tinha acontecido e minhas repetições para confirmar o que sentia e uma mãe sem pudores para deixar sua filha feliz, fez uma comentário inesperado.

– É exatamente assim que sinto prazer em meus seios filha. Com certeza seu corpo está assimilando os hormônios e te fazendo sentir isso. Talvez você já consiga sentir prazer como mulher.

Eu e papai sabíamos o que ela dizia, mas não tinha como ter certeza. Terminamos o assunto e fiquei com eles pensando na conversa que teria com a psicóloga no dia seguinte.

Na sessão do dia seguinte revelei a ela o que aconteceu e após trocas de ideia ela chegou a mesma conclusão que eu tendo pensado sobre isso quase não conseguindo dormir aquela noite e era a de que só poderia ter certeza quando fizesse sexo com um homem. Então veio a terrível conclusão que ela já sabia.

– O problema doutora é que fora meu pai, meus avos e meu tio, não confio em nenhum outro homem do mundo como você já sabe. Não só não confio como tenho pavor de ficar a sós com eles.

Fazendo seu papel ela veio com a conversa que nem todos os homens eram como aqueles que abusaram de mim e que uma hora conseguiria vencer meu trauma e encontraria um homem bom, amoroso e respeitoso.

Como não escondia nada dela mostrei que não acreditava nisso e aquilo que se mostrou alegria no dia anterior tinha se transformado em tristeza naquele momento. Se o que senti foi mesmo prazer sexual não tinha nenhum homem em quem confiava para desfruta-lo.

Achei tudo aquilo muito injusto e se antes reclamava de deus por ter nascido como nasci agora estava furioso com ele por me pregar essa peça. Antes não tivesse sentido nada, pois já tinha me preparado para ser uma mulher frigida pela vida toda.

O dias seguintes foram piores e contei aos meus pais o motivo e eles não tinham como me ajudar. A única coisa que me distraia era estudar para o novo vestibular que se se aproximava.

Um mês depois na metade de novembro me dei conta que as aulas estavam terminando e então me lembrei de Lucas e tive uma curiosidade imensa de saber como ele havia se saído naquele último ano sem minha ajuda.

Tinha decidido o deixar no passado que eu queria esquecer e por 3 dias resisti a curiosidade, mas no fim decidi ligar para ele e liguei na hora que ele estaria no quarto que era a hora que tínhamos nossos momentos de sexo.

Ele demorou a atender e sabia que iria demorar a reconhecer minha voz com um tom mais feminino. Então atendeu.

– Alo.

– Oi Lucas. Sou eu.

– Eu quem?

– O Carlinhos, falei não querendo que ele soubesse de minha transformação.

Fiquei esperando sua resposta que não veio achando que ele podia ter desligado não querendo nada comigo.

– Lucas.

Mais alguns segundos sem resposta. Decidi o chamar de novo, mas se não respondesse saberia que não queria falar comigo e desligaria.

– Lucas. Você está aí?

Então ouvi sua voz estranha.

– Me desculpe Carlinhos. É que fiquei emocionado e não conseguia responder. Achei que você nunca mais iria querer falar comigo depois de ir embora. Sem precisar de minha proteção você não iria querer contato com quem abusou de você e que o odeia por isso. O que você quer?

– Antes de tudo, não te odeio como você imagina. Te disse que gostava de você como amigo, mas você respondeu que não conseguia me ver só como amigo. É que me lembrei que as aulas estão terminando e fiquei muito curioso para saber como você se virou sem mim, se vai se formar e que faculdade escolheu.

Sua resposta me pegou totalmente de surpresa, pois imaginei que ele me daria aquelas informações por telefone.

– Eu te conto tudo se pudermos nos encontrar. Vou até você pois já tenho carro e não estamos tão distantes. A não ser que você ainda não tenha terminado as aulas da Faculdade em São Paulo.

Não tinha a certeza se devia me encontrar com ele, principalmente revelar que agora era a Carla, pois ele poderia imaginar que eu quisesse algo com ele. No entanto tive uma curiosidade de ver como ele reagiria a minha nova identidade. Incerta ainda tentei evitar o encontro.

– Estou em casa, mas você está no meio das provas finais. Não é hora de se distrair.

– Que tal sábado? Não me atrapalharia em nada. Vamos jantar.

Tentei evitar mais uma vez.

– Vocês tem que respeitar o sábado e ficar orando.

– Respeito a religião de meus pais e até a sigo, mas não sou inflexível como eles e o que não é permitido é trabalho não um encontro entre amigos, além do que você sabe que após o pôr do sol, estamos liberados.

Frequentando o colégio por vários anos e estando com ele quase o mesmo tempo, sabia bem de tudo o que falou. Demorei a dar a resposta e ele me provocou.

– Se você está curioso mesmo, essa é a única forma de matar a curiosidade.

Estava curiosa de verdade sabendo que mudou sua vida por minha causa e queria saber como se virou sem mim, se cumpriu suas promessas ou voltou a ser um encrenqueiro.

– Está bem então. Podemos nos encontrar em algum restaurante de Campinas que é a mesma distância para nós dois. Não tenho carro ainda, mas peço para meu pai e minha mãe me levarem e enquanto me esperam eles jantam em outro restaurante. Eles sempre vão jantar lá aos sábados.

– Tudo bem, mas fale a eles que posso te levar para casa.

– Não vai precisar Lucas, eles já estarão lá.

– Está bem. Vou escolher um restaurante e te aviso. Você já tem celular?

Eu tinha, mas menti não querendo contato fácil. E naquele tempo nem imaginávamos que os celulares um dia identificariam quem estava ligando, então se ligasse para ele, nem saberia que era de meu celular.

– Eu te ligo sábado à tarde para saber. Meus pais conhecem quase todos e saberão o endereço.

– Tudo bem. Sabe que até descobri o telefone de sua casa em sua ficha escolar, mas não tive coragem de ligar com medo de você desligar em minha cara. De verdade achei que nunca mais nos veríamos.

– Eu também Lucas. Sábado nós conversamos mais.

– Até sábado Carlinhos, falou desligando.

Provavelmente era a última vez na vida que ele me chamaria de Carlinhos pois teria uma surpresa enorme e a ansiedade pelo encontro já brotou dentro de mim. Eu não sabia o que sentiria. Se o rancor venceria ou venceria a amizade. Lucas poderia já estar namorando e nesse caso até poderíamos manter uma amizade a distância.

Por ter escondido muitas coisas de meus pais dando no que deu prometi, não a eles, mas a mim mesma que jamais esconderia algo novamente se não fosse de minha intimidade. Então durante nosso jantar contei sobre o compromisso com Lucas.

A primeira reação foi natural como esperava, mas eles também tinham seu sentimento de culpa e não me negavam mais nada e nunca, nunca ficavam bravos comigo. Só que nunca houve antes nenhum evento que poderia me colocar em risco novamente.

– Você tem certeza disso Carla? Ele abusou de você por anos, mais do que qualquer outro, minha mãe falou.

– É verdade, mas como contei ele me deu a escolha e por querer proteção aceitei. Fora isso, ele sempre foi respeitoso e gentil me tratando muito bem. Como menina, mas como menino também. E nunca me apertou mais forte, me intimidou com palavras ou me encostou a mão com violência.

– Você contou que ele era problemático.

– Era mesmo, mas mudou por minha causa. Ele se tornou um bom filho e estudou muito. Até o pai dele me agradeceu reconhecendo que ele mudou pela amizade comigo.

– Não só pela amizade, né?

– Não mãe. Ele teve seus interesses. Só que eu também pois ele me livrou de muitos abusos que teriam acontecido. Eram mais de 200 garotos vivendo sob o mesmo teto.

– Nem me fale nisso. Então você confia nele?

– Fora os 4 homens mais próximos, não confio em nenhum outro mamãe. E será só um jantar. O que ele poderia fazer em um jantar?

– Te chantagear para que se encontre com ele depois.

– Chantagear com o que? Contar que eu me vestia de menina? Ele vai me ver de mulher. Contar o que fazíamos? Ele não tem prova nenhuma. E também depois que deixei todos saberem o que meu primo e aqueles outros dois fizeram comigo, o que ele fez comigo era brincadeira de criança.

– O que você acha querido, mamãe perguntou a papai.

– Ainda que estejamos preocupados e eu estou, a Carla é maior de idade e tem muita experiencia para não ser enganada de novo. E esse rapaz foi de longe o menos ruim de todos, mesmo que ele tenha abusado dela.

– Está bem. Não posso a prender em uma jaula para a proteger. Seria tão abusiva como os outros foram.

– Podem ficar tranquilos. Tenho o celular e se vir que está ficando perigoso ligo para vocês me buscarem

A conversa terminou e por 3 dias passei ansiosa e até em dúvida se devia mesmo ir ao encontro. No sábado à tarde decidi ligar para ele que me deu o restaurante que segundo meus pais era ótimo.

Me preparei toda e coloquei um vestido daqueles tipo romântico que gostava de tecido molinho, todo com pequenas flores de estampas e longo até a canela. Como aquele primeiro que vesti para meus pais desde a cintura para cima era em elástico franzido delineando a parte superior de meu corpo. Como tinha ganho um pouquinho de peso minhas curvas estavam levemente mais generosas, mas para ele seria muito mais impactante pois além do peso os hormônios também tinham me dado mais curvas.

Após meses meu cabelo havia crescido mais e tinha um corte feminino com franjinha lateral e o comprimento até abaixo dos ombros. No rosto uma maquiagem leve, um batom vermelho suave e nos pés uma sandália de salto médio. A lingerie pouco importava e gostava de todas que tinha, mas escolhi um conjunto rosa de lycra sem nenhum detalhe.

Me sentindo bonita fomos para Campinas e meus pais me deixaram na porta do restaurante dizendo que tinham escolhido o que jantariam nas proximidades e que se precisasse estariam lá em 5 minutos.

Quando entrei já tinha um certo movimento e quando perguntei ao Maitre ele me apontou a mesa com Lucas dizendo que ele parecia ansioso e já estava lá há quase 1 hora e ainda faltavam 5 minutos para o horário marcado por nós. Caminhei em sua direção segurando minha pequena bolsa na mão e o vi dar uma leve levantada nos olhos sem me reconhecer. Como me esperava como Carlinhos não se interessou por uma imagem feminina caminhando em sua direção. Quando cheguei a seu lado, parei me virando para ele.

– Oi Lucas.

Quando olhou para cima ficou em choque. Fechou os olhos e abriu de novo para ver se estava enxergando direito. Levantando todo estabanado até derrubou o copo vazio na mesa, chamando um pouco de atenção.

– É você Carlinh....Carlinha? Como devo te chamar?

– Carla. Sim sou eu. Tudo bem?

Sem responder ele me abraçou segurando meus braços presos para baixo e mesmo se quisesse retribuir não teria conseguido.

– Senti muita falta sua e achei que nunca mais te veria. Ainda mais assim como você está, falou só deixando subentendido para que ninguém próximo ouvisse.

– É uma longa história.

– Vamos sentar e você me conta. Fui pego tão de surpresa que não consegui dizer que você está mais linda do que nunca.

Nos sentamos e antes que ele matasse minha curiosidade que era o motivo daquele encontro, contei tudo o que tinha acontecido em São Paulo pois não tinha motivos para esconder.

Depois de tanto inconformismo dele e tanta revolta, sua última frase sobre o incidente foi ameaçador.

– Se eu encontrar esse seu primo e esses caras eu os mato. É sério. Achei que você não teria mais esses problemas após se livrar de mim, mas esses caras foram longe demais.

– Pois é. Assim que perdi sua proteção já tive esse problema. Por aí vejo como você me ajudou.

– Não gosto de lembrar disso pois odeio o modo como te manipulei.

– Então não vamos falar disso.

– Então me diz como você tomou a decisão de fazer essa mudança em definitivo.

Antes de explicar fizemos os pedidos e ele sugeriu um vinho branco para acompanhar o peixe e aceitei. Eu sempre tomava uma taça ou duas com meus pais quando eles tomavam.

Dei todos os detalhes para ele, inclusive da redesignação que faria e como estava todo o tratamento até aquele momento, sem detalhes técnicos.

– Acho que você fez o certo. Sempre te disse que você podia não aceitar, mas não tinha como negar. Você já está exuberante e vai ser sem dúvida a mulher mais linda de todas, falou a parte final baixinho.

– Você também está bem lindo, saiu de minha boca como reação natural.

Lucas sorriu.

– Ah é? Agora você já pode me achar bonito?

– Bonito sempre te achei. Mas agora que fiz essa escolha me permito achar homens bonitos. Acho que o hormônio também está fazendo algum efeito sobre isso.

– E o que mais ele faz?

Senti uma leve malicia em sua pergunta. Me aproximei por cima da mesa falando bem baixo.

– Me deu mais seios, mais bumbum, mais curvas, mas também me faz engordar, chorar sem parar e dá mal estar, falei sorrindo sem dar a resposta que ele queria.

– Tem muitas coisas boas. Sua pele do rosto parece também mais lisinha. Gorda é que você não está. Os quilinhos só te deixaram mais linda. Ruim é só chorar e mal estar, mas com certeza não vai durar para sempre.

– Acho que não e parece que já está melhorando. Agora chega de falar de mim porque viemos aqui para falar de você.

– Se você não tivesse me causado o choque de ser a mulher mais linda que já vi, já teria contado, falou tirando um papel dobrado do bolso e me entregando.

Enquanto eu abria, me deu uma explicação.

– Como é o último ano, as provas foram adiantadas para deixar todos estudarem para o vestibular então já tem as notas dos 4 bimestres e as finais.

Quando desdobrei toda a folha, com a primeira batida de olho já vi que só haviam notas boas, mas olhando detalhadamente vi que sua menor nota era um único 7,5 e as outras todas entre 8,0 e 9, 0 com duas ou três acima inclusive 10.

– Usei tudo o que você me ensinou de como estudar e me esforcei me lembrando de você. Sabia que você não queria me ver, mas se me visse queria que ficasse orgulhosa de mim.

Eu sorria de verdade olhando para aquela folha sentindo o orgulho que ele queria que eu sentisse. Me senti com a missão cumprida de o ter levado até sua formatura com notas excelentes mesmo sem estar lá no último ano.

– Pois você conseguiu. Estou muito orgulhosa. De verdade. Se nesse último ano tive dúvidas se você teria um bom futuro, não tenho mais. Que faculdade você pretende fazer?

– Engenharia Civil na Unicamp, mas como é difícil, pode ser na PUC.

– Minha arquitetura vai na PUC se passar. Não quero deixar de morar com meus pais. Eles estão me apoiando muito na mudança.

– Não deve mesmo. Ele te protegem. Então se eu conseguir entrar estaremos perto?

– Na PUC não sei se são no mesmo campus.

– Podemos nos encontrar de novo?

– Sua namorada vai deixar agora que sou assim? Como você disse que ia jantar com seu amigo, ela aceitou, mas se souber....

– Não tenho namorada. Nem tive desde que você deixou o colégio. Não consigo me interessar por ninguém.

Era nítido que ele queria dizer que era por minha causa, mas não disse.

– E você está namorando?

– Você conhece minha vida como ninguém, até mais do que meus pais a quem não contei os piores detalhes. Como poderei confiar em um homem para namorar?

– Eu te entendo. Até eu ficaria preocupado se você estivesse namorando. Acho que ficaria esperando o novo abuso que você sofreria.

– Talvez ele tentasse, mas não conseguiria mais, pois me defenderia e o denunciaria na primeira vez. E agora durante a transição, quem enfrentaria essa barra comigo, fiz uma pergunta de conformismo sem necessidade de resposta.

– Eu enfrentaria.

No exato momento que Lucas falou me pegando de surpresa o garçom chegou colocando nossos pratos em minha frente. Com toda a movimentação falando sobre como parecia apetitoso e iniciando a comer perdemos o fio daquela conversa conversando sobre assuntos triviais.

Só que lá em minha mente não conseguia deixar de pensar no que falou. Pensando bem confiava totalmente em Lucas após anos de convivência. Ele fez tudo para melhorar minha vida naqueles anos e se portou como um verdadeiro protetor, não só para conseguir o que queria, mas era nítido que ele tinha ciúme e não queria que acontecesse nada de mal comigo no colégio.

Fora isso ele me disse que me amava e tinha acabado de dizer que não conseguia se interessar por outra mulher e também era lindo e cobiçado por tantas garotas lindas, mas me queria.

No sexo ele sempre estava preocupado em não me machucar e não fazer o que eu não queria e mesmo em seus momentos mais intensos era visível que se segurava para não me machucar. Se existia um homem no mundo com quem poderia descobrir se já sentia prazer sexual era ele, ou levaria anos para ter coragem de tentar.

Então voltei aquela conversa interrompida.

– Tem certeza que enfrentaria? Estou muito irritadiça e temperamental. Minha mãe diz que é como uma TPM em tempo integral.

Lucas se assustou porque achou que desviei o assunto antes para fingir não ter escutado.

– Se morasse com você todos os dias como morávamos, eu já aguentaria, mas acho que até a cirurgia vamos morar separados, então seria bem fácil de aguentar. Lembre-se que nunca briguei ou discuti como você. É porque te amo e te quero bem.

Lucas tinha razão, pois nunca brigamos, mas eu não estava em TPM em tempo integral, só as vezes nervoso de sermos pegos. Ele ainda deixou no ar de morarmos juntos após a cirurgia e estaríamos na mesma cidade fazendo faculdade.

– E se eu não puder fazer sexo até lá, ainda acha que conseguiria aguentar? Irritada, temperamental e sem nenhum benefício?

– Teria milhões de benefícios, não imediatos, mas a longo prazo.

– E seus pais? Seu pai quer que você namore e se case com uma garota da igreja dele. Não sou nem uma coisa e nem outra.

Lucas estava ficando muito empolgado com a conversa vendo que eu abria possibilidades, mesmo colocando alguns obstáculos em sua frente.

– Eu me viro com ele. Você se lembra que consegui muitas coisas com ele e posso conseguir que aceite e se não aceitar que eu namore você, não vai mudar nada. Você vai namorar comigo? Estou entendendo certo?

– Estou pensando nisso. Você aceitaria?

Seu sorriso imenso era a resposta, mas ele brincou descontraído pela conversa e pelo vinho.

– Só se você me obrigar. Acho que seria o justo depois que te obriguei na primeira vez.

Naquele momento não amava Lucas, mas gostava muito dele e na verdade precisava dele para descobrir se estava a caminho de ser mulher e poder gozar como mulher. Ficamos anos fazendo sexo, e não seria nada estranho transar com ele de novo sendo que não tinha namorada.

– Sem mais obrigações Lucas.

– Tudo bem, aceito assim mesmo.

– Não falei que quero. Disse que estou pensando.

Ele esticou sua mão grande pegando a minha pequena, agora com alguns anéis de bijuteria que minha mãe insistia que eu usasse e olhou em meu olhos.

– Minha linda Carla. Você aceitaria ser minha namorada?

– Aceito, mas se não der certo vamos nos separar sem estresse.

– Eu concordo. Já deixei você ir uma vez sem estresse. Quase que corri e me joguei na frente do carro, mas aceitei, brincou provavelmente sendo sincero.

Lá estava eu aceitando ser namorada de um de meus abusadores, mesmo que em nível muito baixo em relação a todos os outros. O difícil seria convencer meus pais, mas como papai me disse quando concordaram com aquele jantar eu era maior de idade e mamãe disse que não poderia me manter em uma jaula. A escolha era minha e eu a tinha feito.

Pelo menos dessa vez a escolha era totalmente minha pela primeira vez na vida. Era bom ter a escolha, mas se desse errado não poderia culpar ninguém. Quando o jantar terminou após uma sobremesa gostosa, Lucas não me deixou ligar para meus pais dizendo que queria mais tempo comigo.

Não tendo para onde ir ao sairmos ele pediu seu carro e ficamos dando algumas voltas nas proximidades combinando como nos encontraríamos. Ao passar por uma pequena praça escura, do nada ele estacionou e se virando para mim me deu um beijo apaixonado.

Eram incontáveis os beijos que demos sem que eu sentisse nada, mas naquele momento senti estar gostando de sua língua dentro de minha boca e suas mãos quentes em meus braços. Retribui o beijo como não tinha feito antes e ele foi ficando mais quente e eu mais animada por estar sentindo um prazer que nunca senti. Quando nos separamos para tomar folego, contei a ele.

– Estou sentido algo Lucas. Estou sentindo que é gostoso.

Seu olhar era de felicidade pois passou anos tentando que eu sentisse algo sem conseguir e agora retribuía de forma ardente gostando também.

Ele voltou a me beijar ainda mais fogoso e além de estar gostando do beijo senti um comichão em meu corpo não entendendo aquele sentimento inédito, mas gostando do que sentia, então pensei que não poderia perder aquela oportunidade de descobrir se sentiria prazer sexual com um homem e me desvencilhei do beijo tomando a atitude ao invés de ser forçada a fazer o que fiz.

– Lucas, eu quero passar a noite com você.

Ele me olhou surpreso e incrédulo, mas reagiu rápido.

– E seus pais, perguntou preocupado.

– Eu ligo para eles. Só não tenho ideia de onde podemos ir. Você tem?

Os celulares ainda não eram smartphones e não havia como pesquisar e além disso estávamos em uma cidade que pouco conhecíamos, mas todos já sabiam o que era um Motel.

– Eu acho um Motel. Passei por um quando cheguei em Campinas. Ligue para seus pais, para ver se você vai poder.

– Vou lá fora. Talvez eles falem algo que é melhor você não ouvir.

– Você tem celular?

– Tenho.

Eu tinha mentido que não tinha e tive que explicar.

– Não sabia o que iria acontecer no encontro e não quis te dar falsas esperanças dando meu telefone. Já volto, falei saindo do carro.

Na calçada meu corpo tremia de ansiedade e também de medo que meus pais não deixassem. Quando mamãe atendeu, não consegui ser sutil.

– Mãe, vocês não precisam me pegar. Vou passar a noite com o Lucas.

Ela demorou a responder mostrando que estava em choque.

– Você está louca Carla? Não vou permitir. Já estamos indo te pegar.

– Não estamos mais no restaurante e me escuta mãe. Nós nos beijamos e senti coisas que nunca senti em minha vida. Essa é a chance de descobrir se posso sentir prazer como mulher e não ter dúvidas do que estou fazendo. Por favor, não me impeça. É o meu futuro que está em jogo.

De novo ela demorou a responder, pensando no que falei.

– Vou ficar muito preocupada.

– Eu sei mãe, mas pode confiar que ele não vai fazer nada de mal para mim. Qualquer coisa te ligo. Por favor.

Mamãe devia estar falando com papai e entenderam minha situação, mas queriam garantias.

– Onde vocês vão? Quero saber, se tiver que ir te salvar.

– Ainda não sabemos. O Lucas disse que viu um Motel.

– Motel não. É perigoso. Faça ele te levar a um hotel. Tem uns novos que não custam caro e são aqui no centro.

– Não conhecemos nenhum.

Mamãe conversou com papai e nos indicaram um de uma rede famosa explicando mais ou menos onde era pois não ficava longe do restaurante que jantamos.

– E quando chegar lá me avisa. Não vamos embora de Campinas até ter a certeza que você está lá.

Concordei e encerrando a conversa entrei no carro e contei a sugestão de meus pais e ele aceitou na hora.

– Você tem dinheiro, perguntei.

– Tenho cartão. Não se preocupe.

Em seguida ele me deu outro beijo fogoso e retribui continuando a gostar de ser beijada e ficando empolgada.

Deu um pouco de trabalho encontrar o hotel, mas ao entrarmos foi tudo muito rápido no check-in e depois descobrimos que no final de semana ele ficava mais vazio pois quem o usava era basicamente a trabalho. Enquanto Lucas finalizou o check-in telefonei a minha mãe a tranquilizando.

Subimos de mãos dadas sorrindo um para o outro e quando entramos ele já me agarrou após fechar a porta.

– Senti tanto sua falta Carla. Esse é o dia mais feliz de minha vida.

– Pode ser o meu também.

– Como?

Contei a ele sobre aquelas novas sensações que sentia nos seios e o comichão que tive ao beija-lo.

– Se eu tiver prazer sexual, além de achar que vai ser muito bom saberei que o que estou fazendo é o caminho certo sem mais dúvidas.

– Vou fazer tudo ao meu alcance para que você goze.

Pensando sobre o que ele falou, pensei que o modo mais seguro de me fazer gozar se eu conseguisse, era estar sem seu colo e ele chupando meus seios e só de pensar me arrepiou.

– Acho que não precisa de coisas complicadas. Na verdade, como meus seios estão sensíveis, acho que sentada em seu colo com você brincando com eles, seria o modo mais fácil de acontecer.

– Vou adorar. Você sabe que amo seus seios e eles parecem estar maiores, falou olhando para eles.

– Me beija Lucas. Me come. Me faça ter prazer como mulher como você sempre tentou.

– Estou tão emocionado. Você nunca me pediu essas coisas. Fui sempre eu.

Não tive tempo de responder e sua língua já estava dentro de minha boca com uma volúpia que nunca senti. Suas mãos corriam por meu corpo me fazendo sentir algo que nunca tinha sentido.

Uma delas foi para minhas costas e descobrindo o zíper o puxou para baixo abrindo o vestido e só nos afastando, mas sem parar o beijo o tirou de mim com a habilidade que adquiriu em anos me desnudando.

Sabendo que eu estava só de calcinha e sutiã ele se afastou me olhando faminto.

– Não acredito Carla. Achei que não tinha como, mas seu corpo está mais feminino e mais lindo.

– Mais gostoso, o provoquei.

– Muito mais. Suas curvas estão mais generosas e esses peitos. Que lindos e grandes falou os agarrando e os apalpando.

Em uma reação totalmente natural gemi sentindo algo.

– Hammmm.

Ele me olhou surpreso e eu estava mais ansiosa do que jamais estive e fiz uma proposta irrecusável.

– Vamos direto ao ponto Lucas? Depois você conhece meu novo corpo e faz o que quiser.

Seu olhar deu a resposta e ele começou a tirar as roupas até que ficou nu mostrando seu pau parecendo levemente maior e foi a primeira vez após o ver centenas de vezes sem nada sentir que o olhei com interesse.

Não comentei nada porque nem deu tempo com Lucas pulando na cama naquele quarto pequeno.

– Vem meu amor. Vamos fazer você se tornar mulher de verdade, falou sentado com as costas na cabeceira e seu pau duro como aço deitado em seu púbis.

Sua forma de me chamar de meu amor me pegou desprevenida e naquele estado sensível que os hormônios me deixavam me emocionei enquanto subia na cama e me sentava sobre suas pernas grandes e firmes. Como sempre ele estava preocupado comigo.

– Não tenho nada para lubrificar. Você tem nojo se eu usar saliva?

– Você estava com a língua em minha garganta, você acha que teria nojo, perguntei sorrindo

Ele salivou sua mão lubrificando seu pau e mesmo se não fizesse isso não iria me machucar muito. Somando as vezes que tive seu pau em meu rabinho daria de 5 a 10 vezes a soma de todos os outro juntos e de certa forma, já estava moldado para ele.

Enquanto me puxava para cima de seu pau, afastava minha calcinha tendo o cuidado de não revelar meu pequeno pênis, eu desabotoava os botões nas costas de meus sutiã de lycra simples e exibi meus seios livres assim que ele encostou a glande em meu anel.

Lucas até parou a penetração que iniciaria olhando para meus seios.

– O que você fez com seus seios Carla? Já eram lindos, mas estão maravilhosos. Mais cheios. Mais redondos. Parece que antes era de uma adolescente linda e do nada virou de uma mulher mais linda.

– Acho que um pouco é isso mesmo. Os hormônios tornaram meu corpo de mulher mais adulta.

– Eu já, já vou brincar com eles. Muito. Espero que você goste.

– Eu também.

Pegando em minha cintura, Lucas me puxou devagar para baixo. Só de estar encostado já tinha uma sensação que nuca tive e quando toda glande se encaixou foi totalmente diferente de todas as outras vezes.

Não era um prazer anal que me faria gozar, mas dessa vez estava gostando de o ter dentro de mim, de sentir suas mãos me segurando, de minhas mãos estarem apoiadas em seu bíceps liso e forte. Eu estava o achando lindo e lisonjeada por um homem daquele me amar como confessou.

Conforme sentia a penetração, desta vez não fiquei naquele estado anestesiado que ficava todas as vezes que fazia sexo a contragosto. Eu via em seu rosto lindo a excitação e o prazer que sentia satisfeita de dar aquele prazer a ele. Era um sexo completamente diferente do que aquele que era obrigada a fazer antes. Por intimidação, por pavor ou por proteção.

Quando ele estava inteirinho dentro de mim, foi que a grande mudança de minha vida começou. Ao sentir suas mãos grandes envolvendo meus seios os apalpando senti prazer. Prazer de verdade.

– Ahhhhmmm. É bom.

Ele sorriu feliz e continuou os acariciando e quando sua palma tocava meu mamilo já eriçado eu tinha pequenos tremores de prazer. Lucas não aguentou muito e logo levou a boca primeiro lambendo a aréola e o mamilo.

– Ahhh Lucas, acho que estou me transformando de verdade em mulher. Brinca com meus seios, brinca.

Sua boca safada começou a também sugar meu mamilo e dar leves mordidas enquanto seus dedos da outra mão espremiam o outro mamilo. Eu já o cavalgava por vontade própria, mas era mais para ele do que para mim, pois era incomparável o prazer que sentia nos seios com aquele em meu anus.

Talvez porque fosse o símbolo de minha opressão o sexo anal, eu ainda tinha uma trava em sentir prazer nele, ou era porque mesmo quando fosse mulher não sentiria prazer anal como a maioria das mulheres não sentem. Essa foi uma dedução posterior, porque não tinha esse conhecimento e estava concentrada no prazer de meus seios.

Sentia algo crescendo dentro de mim como se fossem pequenos choquinhos por todo o corpo e o ponto gerador eram meus mamilos, mas o todo também ajudava pois estava feliz de estar sentindo tudo isso pela primeira vez.

Curtindo todas essas sensações até cheguei a pensar que teria que manter Lucas comigo até que fizesse a cirurgia e pudesse ter minha primeira vez vaginal, pois ele era o único que eu aceitaria. Seu único problema era seu pau de um tamanho considerável.

Depois de minutos sem que Lucas falasse nada mamando meus seios e sempre dando suas mordidinhas aqueles choquinhos ficaram mais intensos e senti que talvez aquilo fosse o início de um gozo.

– Continua Lucas. Continua. Morde meu biquinho seu safado. Ahhnnnnnn.....acho que estougozaaaaaaandooooooooooooo.

Foi assim mesmo bem longo pois ainda duvidava que estava tendo o primeiro gozo de minha vida. Lucas me atendeu mordendo meu mamilo de leve e excitado por me ver gozando senti minhas entranhas se enchendo com seu fluido escaldante.

Não tinha ideia de quanto durava um orgasmo feminino, mas o meu demorou mais do que o de Lucas, não muito mais, mas bons segundos além do seu. Quando acabou senti uma sensação deliciosa pós gozo e estava emocionada, mas quando olhei para Lucas que já tinha largado meu mamilo ele estava chorando.

Era eu quem deveria chorar de alegria e até algumas lágrimas vazavam, mas seu choro era incontido. Foi tão fofo, tão cativante por seu choro por mim que foi naquele instante que meu sentimento de amizade por ele mudou. Diante de todo abuso o único amor que eu conhecia era por meus pais e parentes, mas naquele momento senti algo parecido, mas diferente. E era amor. Amor por um homem, o que considerava impossível acontecer.

– O que foi meu amor, perguntei pegando em seu queixo o fazendo olhar para mim.

– O que você disse, perguntou em meio ao choro.

– Meu amor. Não conheço esse sentimento, mas acho que é isso que estou sentindo.

Seu choro ficou ainda mais forte o que me fez chorar junto com ele.

– Esse é o dia mais feliz de minha vida. Eu sempre orei que você encontrasse o que deseja e tivesse prazer mesmo que não fosse comigo, então estou muito feliz por você ter descoberto o prazer. Bom que foi comigo, falou com um sorriso em meio ao choro.

– Foi bom mesmo que foi com você. Sempre fomos bons amigos e gostamos de muitas coisas parecidas, fora o sexo. Também sempre nos demos bem. E você é lindo, vamos falar a verdade.

– É tão bom você me chamar de lindo. Não porque me deixe me achando, mas porque você está livre de todas as amarras que tinha tentando ser o que não era.

– Parece que estou mesmo, pois não adorei só o gozo, mas te fazer gozar, sentir seu corpo e suas mãos no meu corpo. Antes eu me desligava de tudo isso.

– Se gostou mesmo, podemos fazer de novo e ver se você goza de novo? Está sentindo que ele já está duro outra vez.

– Podemos, mas não se empolgue porque talvez eu não goze de novo, principalmente se você não estiver brincando com meus seios. Com certeza eles são a parte mais sensível de meu corpo agora e também não espero gozar demais. Só de saber que consigo já deixa que esse também seja o melhor dia de minha vida. Fui um homem sem sentir prazer, mas não vou ser uma mulher que não sente nada.

Daquele orgasmo que tive, o prazer anal foi quase nulo e tinha a certeza que teria gozado mesmo sem a penetração. Gostei bastante da penetração por me sentir conectada a Lucas, aliás essa conexão foi importante para meu primeiro orgasmo, mas analmente não senti nada muito diferente do nada que sentia antes.

Decidi não falar isso a Lucas pois talvez ele tentasse me fazer gozar sem a penetração e parte de meu prazer foi dar prazer a ele e então queria continuar dando a ele essa recompensa. Eu tinha um bumbum bem lindo que ele adorava e como eu tinha começado a ama-lo porque não deixar que satisfizesse seu desejo por ele. Pensei que muitas mulheres também só aceitavam sexo anal por amor ao marido e fui o que senti.

– Tudo bem. Se quiser podemos continuar assim.

– Não, precisamos experimentar de todas as formas para ver de que forma eu consigo.

– Eu pensei em algo. Você deita de bruços.

Enquanto nos desconectávamos para mudar de posição ele fez um comentário que eu também tinha pensado.

– Bem melhor nessa cama larga e confortável do que naquele beliche ruim do colégio.

Rimos juntos pois também era incomparável. Deitei de bruços e quele homem enorme veio sobre mim como se estivesse dominando uma presa. Eu não era mais sua presa pois estava fazendo tudo aquilo porque queria fazer e só o deixava estar por cima porque eu queria.

Quando ele me penetrou e se afundou de novo em meu rabinho a sensação de nossa conexão foi de novo muito maior do que qualquer prazer da penetração. Ao se deitar sobre mim e começar seu vai e vem normal, achei que aquela não era uma posição que me levaria a um orgasmo.

Então Lucas se apoiou nos cotovelos e com delicadeza foi entrando com suas mãos por baixo de meu corpo até que teve os dois seios em suas palmas e começou a apalpa-lo enquanto seus dedos começaram apertar meus mamilos ao mesmo tempo.

– Ahhhh Lucas. Eles realmente são sensíveis e gostam de seus carinhos.

Sem dizer nada ele se deitou sobre minhas costas e começou a lamber como um gato meu pescoço e minha orelha e aquilo foi a descoberta de outros pontos sensíveis me meu corpo.

Eu me arrepiei toda e senti tesão, não como em meus seios, mas se se aqueles pontos fossem tocados como Lucas tocava as chances de eu ter um orgasmo seriam bem maiores. Percebendo que eu me tremia toda com suas lambidas eles se concentrou nelas e em apertar meus biquinhos.

Ele colocava e tirava seu pau em meu bumbum e se eu pudesse escolher iria preferir que ele deixasse enterrado para termos uma conexão mais intensa, mas sabia que ele precisava daquele movimento para ter seu gozo e não falaria nada.

Lucas me comia fogoso e não demorou muito comecei a sentir de novo aqueles pequenos choques em meu corpo não acreditando que poderia gozar outra vez, mas era o que parecia, então o incentivei para que continuasse.

– Continua assim Lucas. Parece que vou gozar de novo. Ohhh.

Não foi tão rápido, mas depois de uns 3 minutos me sentindo devorada por meu namorado lindo tive um novo orgasmo não acreditando que pudesse estar acontecendo.

– Estou gozando Lucas. Ahhhh.

Lucas tinha se segurado muito pois no mesmo instante gozou enchendo meu bumbum com mais de seu esperma quente como lava.

Demorou mais ou menos o mesmo tempo que o primeiro e assim que terminou senti de novo aquela sensação de estar toda molinha após uma onda de prazer. Lucas saiu de cima de mim e me virando me puxou para me deitar parcialmente sobre seu corpo com minha cabeça entre seu ombro e seu braços.

– Como foi, me perguntou curioso.

– Maravilhoso. Tinha medo de não gozar nenhuma vez, mas gozei duas.

– É porque sou eu, seu amor, me provocou para que eu falasse de novo.

– Isso mesmo. Tive esse gozos porque foi com quem eu amo e com quem sempre me tratou muito bem.

De novo seus olhos ficaram vermelhos.

– Fora o deslize inicial te tratei bem. Não vou me perdoar nunca de ter te feito escolher entre a desgraça ou a mim.

– Te odiei por ter feito aquilo, mas você não deixava de ter razão que eu sofreria muitos abusos. Alguns meses longe e já sofri um abuso terrível.

– Vou matar aqueles caras.

– Aí eu não te terei e você não me terá. Não quero ficar sem você.

– Nem eu sem você. Só vou deixar passar por isso.

– Voltando ao não se perdoar, você pelo menos me deu a opção de escolher. Cumpriu suas promessas. Aceitou todas minhas condições e nunca as desrespeitou em 4 anos e meio. Por isso confio em você. O único homem em quem eu confio, fora meu pai, meus avôs e meu tio.

– Quero me casar com você.

– Calma lá. Primeiro não posso casar e depois tem muita coisa para acontecer. Teremos a faculdade e no ano que vem minha cirurgia. Por enquanto só namoro, mas vou ter que convencer meus pais.

– Amanhã de manhã vou te levar e converso com eles.

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Comentários

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Como diz o ditado popular " Depois da tempestade vem a Bonanza, ou depois da tempestade vem o sol " .

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🍓­­A­­­q­­­­­u­i­­­­ v­­­­­o­­­­­c­­­ê­ p­o­d­e­­­­ t­­­­i­r­­­­­a­­­r­­­ a­­­ r­o­­­u­­­­­p­­­­a­­­­ d­­­­­a­­ g­­­­­a­­­­r­­o­­­­t­­­­­a­ e­ v­­­­ê­­­­­l­­­­­a­­­ n­­­­u­­a­­­)­­ C­­o­­n­­­f­i­­r­­­­a­­­­­ ➤ https://da.gd/nudivu

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Maravilhosa essa parte da história!!!

Fico muito feliz que tenha finalmente encontrado alguém em que confiar e finalmente se entregar por vontade própria!!!

3 estrelas!!!

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