Capítulo - 02
Oi. Vamos continuar nossa conversa.
Ainda não sei se vou publicar esse conto. Por enquanto, minha intenção é enviar para algumas pessoas que, durante o tempo que publiquei contos no site, tiveram a gentileza de comentar e a confiança de me enviarem e-mail, o que significa que vocês podem continuar usando essa forma de comunicação e me enviar mensagens sobre o que estão achando ou alguma crítica que achar pertinente.
Vamos então à história. Onde é que eu estava mesmo?
É verdade. Diante do silêncio de Eudora se aceitava ou não ir para o meu apartamento, tomei a decisão por ela seguimos em direção a ele sem que ela protestasse. A chuva tinha apertado, o para-brisa do carro todo embaçado e eu com excesso de álcool. Todos os ingredientes para que acontecesse uma grande merda estavam presentes. A única vantagem é que nunca fui ousado e dirigia como um japonês com mais de setenta anos dirigindo uma Toyota Bandeirantes em uma rodovia. Fica no centro da pista e a velocidade máxima nunca ultrapassa os cinquenta quilômetros por ora. Quero dizer com isso que chegamos sãos e salvos ao nosso destino.
Quer dizer. São e salvo no que se refere aos aspectos físicos, pois minha autoestima estava mais baixa que cu de cobra que anda rastejando. Afinal de contas, eu estava prestes a passar a noite com a mulher que durante muito tempo tinha sido o alvo preferido dos meus ataques. Estava mais preocupado em encontrar desculpas para me defender caso aquilo viesse a público do que em como seria a noite em companhia de Eudora.
Como meu prédio é antigo e não possui estacionamento, eu pagava por mês por uma vaga no que ficava mais próximo, mas não tão próximo assim. Acredito que ficava a cento e cinquenta metros um do outro, o que nos fez percorrer essa distância debaixo da chuva que continuava forte, chegando ao nosso destino ensopados. Todos os dois.
Durante o tempo que o elevador gastou para ir do térreo ao décimo quarto andar fiquei com a impressão que ele era muito pequeno, pois enquanto Eudora ficava encostada no fundo, eu forçava a parede lateral como se achasse que, com esse ato, ele se afastaria e assim permitiria que eu ficasse mais distante dela que, com a cabeça baixa, não demonstrava nenhum sentimento. Não dava para saber se ela estava com raiva, preocupada, triste ou até mesmo com tesão antecipando acontecimentos que eu estava disposto a evitar.
Chegamos ao apartamento e a primeira coisa que fiz foi pegar uma toalha e oferecer à Eudora perguntando se queria tomar um banho, ao que ela respondeu:
– Seria bom. Mas eu não tenho roupas limpas.
Pensei sobre o problema e pensei ter encontrado a solução dizendo:
– Eu tenho umas camisetas aqui. Com esse seu tamanho, acho que elas vão cobrir até sua canela. Se você quiser eu te empresto uma.
Se Eudora entendeu a indireta quanto ao seu tamanho, não deu a entender. Apenas aceitou e lá fui eu escolher uma camisola me perguntando qual seria a mais comprida, pois assim ela não ficaria com suas pernas expostas e as coxas dela era o que estava atraindo minha atenção depois que resolveu melhorar seu modo de vestir e passou a usar saias. Isso me levou a escolher uma camiseta de um time de basquete, acho que era o Sírio Libanês, que era comprida até para mim.
Ela foi para o banheiro e quinze minutos depois apareceu na minha frente usando a camiseta. Eu estava certo em um aspecto, a camiseta cobria suas pernas até abaixo dos joelhos, porém, minha preocupação em fazer com que as pernas de Eudora ficassem ocultas fez com que eu me esquecesse da parte de cima. A porra da camiseta era regata. Uma regata de tamanho apropriado para jogadores de basquete que normalmente medem mais de dois metros de altura e isso, em uma garota de um metro e meio foi um desastre. Seus seios ficaram quase que totalmente expostos e, não bastando isso, as alças não paravam em seu ombro e a todo o momento deslizavam pelos seus braços e ela não era rápida o suficiente para impedir que seus mamilos ficassem expostos.
Aqueles mamilos ouriçados, destacando seus seios cheios e firmes apontavam para mim como se me acusassem pelo fato de que, ao olhar para eles, meu pau deu sinal de vida e ficou duro. Eu tinha acabado de entrar naquela velha balela de que a cabeça de baixo estava indo na direção contrária a de cima. Balela porque, nesses momentos, a cabeça de cima não funciona. Só a de baixo. Para piorar, os olhos de Eudora se dirigiram à minha calça e não foi possível esconder o meu estado. Vi seu rosto ficar vermelho e, mesmo estando o mais longe dela que a pequena sala de meu apartamento permitia, ouvi sua respiração ruidosa. Não havia dúvida de que aquela garota estava com más intenções ao meu respeito.
Eu acho que já disse aqui. Se não disse, então digo agora. A minha timidez impedia que eu tomasse iniciativa com as mulheres. Todas as que eu já tinha transado até aquele dia foi porque elas tomaram a iniciativa. Nunca fui de ficar cantando mulheres e sempre deixei para elas a obrigação de demonstrar o que queriam para depois dar isso a elas.
E se a postura de Eudora naquele momento não era uma clara manifestação de desejo, não tem como uma mulher fazer isso. Mas a única coisa que consegui pensar foi que, se eu já estava preocupado com o que os outros iam pensar pelo simples fato dela passar a noite em meu apartamento, imaginem vocês o tamanho de minha preocupação em ter que explicar o porquê tinha transando com ela. Isso fez com que eu usasse a saída estratégica e apenas informei a ela que ia tomar um banho e me escondi dentro do banheiro.
Tomei banho ao mesmo tempo em que brigava com meu pênis. Estava magoado com ele por ter me deixado naquela situação, mas por mais que eu exigisse que ele voltasse ao seu estado de repouso, o teimoso insistia em apontar para as paredes. Pensei até em recorrer à velha masturbação e foi o que fiz. Gozei enquanto tapava a boca para que meus gemidos não fossem ouvidos, só para descobrir que o bilau tinha acabado de marcar seu primeiro ponto e continuava duro.
Ao terminar o banho, me enxuguei e em seguida descobri que, na minha pressa para me esconder no banheiro, não tinha pegado roupas limpas e as alternativas agora era vestir as roupas sujas que tinha usado durante todo o dia. Morrendo de vergonha, me enrolei na toalha programando passar voando pela sala em direção ao meu quarto.
Será porque será que tudo o que a gente planeja não acontece do jeito esperado? Sempre tem um detalhe não previsto para atrapalhar.
Saí do banheiro e passei pela cozinha na mesma velocidade usada por um vampiro fugindo de alho, mas quando cheguei à sala o acidente aconteceu. Eudora estava em pé olhando para algumas fotos da fazenda de parentes que visitei em minhas últimas férias e tinham sido reveladas há pouco tempo e estavam sobre uma estante da sala. Além da estante, na sala tinha uma mesa rodeada por quatro cadeiras e um sofá grande que podia ser transformado em cama, o que quer dizer que o espaço restante era muito pouco.
Sem ter como passar entre a mesa e a estante sem que nossos corpos se tocassem, parei de repente e ela olhou para mim. Se ela tivesse apenas olhado para o meu rosto, talvez eu tivesse tempo em passar entre a mesa e o sofá me livrando de ter que chegar muito perto dela, mas não foi o que aconteceu. Em vez disso, seus olhos escorregaram pelo meu peito, abdômen e foi aterrissar no meu pau, o traidor.
Não teve como evitar e a ereção foi instantânea. Lá estava eu, plantado no chão, usando apenas uma toalha em volta da cintura para cobrir minha nudez, mas uma toalha que na frente ficou parecendo um circo armado. Juro por Deus que, se não precisasse tanto dele, teria pensando seriamente na possibilidade de me livrar do meu pau, cortando-o fora. Não bastasse isso, Eudora se espremeu contra o sofá me deixando um espaço entre ela e a mesa que seria insuficiente para eu passar sem ter que esfregar nela.
Eu devia mesmo ter ido pelo outro lado da mesma, mas aí vem o pensamento: “O que ela vai pensar de mim"?
Vocês devem estar pensando que eu me preocupava muito para o que os outros iriam pensar de mim e tenho que confessar que estão certos. Mas, em minha defesa, declaro o que já afirmei no primeiro capítulo: “Eu era o babaca que achava que era machão quando na verdade era tímido o suficiente para ficar sem ação em uma situação assim”.
Preocupado em esconder minha covardia, fui em frente. Virei de lado, de frente para ela que estava virada para o armário, o que quer dizer que meu corpo teve que forçar o seu que estava de costas para mim. Meu pau vibrou a pressionar o corpo dela e até hoje eu não entendo uma coisa: Se eu era cerca de trinta centímetros mais alto que Eudora, como é que meu pau ficou exatamente na altura de sua bunda naquela hora? Será que eu dobrei minhas pernas para ficar mais baixo? Ou será que ela ficou na ponta dos pés para ficar mais alta? Até hoje não sei a resposta.
O que eu sei é que desgraça pouca é bobagem. O contato de nosso corpo se esfregando para passar por um espaço que não cabíamos nós dois fez com que o nó da toalha se desfizesse e, quando finalmente cheguei ao outro lado, a toalha tinha ficado.
Minha cabeça foi a mil. Porra, eu estava nu, com o pau duro, ao lado de uma mulher que eu tentava evitar todas as formas e ela olhando para mim. Dessa vez, apesar do rubor de seu rosto ficar ainda mais escuro e os olhos arregalados, a filha da puta deu aquela clássica mordida em um canto de seu lábio inferior e meu pau respondeu ao gesto dela com um solavanco.
Eu tinha que ter uma conversa muito séria com meu pau. Se ele estava disposto a ter vida própria, então era melhor que procurasse outra pessoa. Não era justo ele fazer aquilo comigo. Justo eu que sempre o tratei com todo o cuidado, mantendo-o limpo, saudável, sendo que a única coisa não muito saudável que eu o obrigava a fazer era enfiá-lo em alguns buracos que ele não se sentiu muito confortável em visitar. Talvez ele estivesse se vingando de mim me deixando naquela sinuca de bico.
A vaca foi definitivamente para o brejo quando a alça direita da camiseta que ela usava deslizou por seu braço e o bico duro de seu mamilo ficou apontando para mim. Em outra situação, eu diria que aquele mamilo estava em uma disputa aberta contra o meu pau para decidir quem é que mandava mais ali.
Como reza a Lei de Murphy, tudo o que já está ruim pode ficar ainda pior. A filha da puta da Eudora resolveu pegar minha toalha do chão e se inclinou. Até hoje não entendo como é que uma camiseta tão comprida, de repente não foi suficiente para cobrir a bunda dela. Com metade da bunda exposta, o que permitia ver sua xoxota extremamente peluda, fiquei com a boca aberta até que ela voltasse a se levantar e me entregasse a toalha.
Completamente derrotado, me rendi ao tesão que sentia e segurei em sua mão puxando até que nossos corpos ficassem encostados. Ela na ponta dos pés e eu com o corpo dobrado, nossas bocas se encontraram. Aqueles lábios carnudos se entreabriram e abriram a passagem para minha língua que, só não invadiu sua boca, porque a língua dela começou a agir e se entrelaçou à minha. Sem interromper o beijo, fui andando para trás levando Eudora junto comigo até sentir que minhas pernas se encostaram-se à cama. Virei então o corpo e a empurrei para que ela se deitasse de costas sobre minha cama e, sem que trocássemos nenhuma palavra, puxei sua camiseta para cima e fui me deitando sobre ela, voltando ao beijo que fora interrompido enquanto tentava ajeitar meu pau na entrada da bucetinha dela, o que não consegui em três tentativas seguida.
Restava então abandonar o beijo e tentar de outro jeito e foi o que fiz. Fiquei em pé ao lado da cama e puxei o corpo de Eudora para que sua bunda ficasse na beira da cama, abri suas pernas e segurei meu cacete para encontrar a abertura da buceta em meio àquela mata amazônica de pentelhos que existia ali. Com muito custo, consegui e forcei a entrada e a cabeça entrou provocando um gemido por parte dela. Muito afoito, forcei mais e o gemido se transformou em um grito agoniado e senti algo morno escorrendo pelo meu pau.
Não acreditei naquilo, apesar da prova incontestável desenhada em meu cacete pelo sangue. Caralho, a porra da garota ainda era virgem e não me avisou! O que faz uma mulher agir desse jeito? Esse pensamento ocupava a minha mente quando olhei para ela que, deitada na cama e com as pernas escancaradas, falou pela primeira vez:
– Por que você tirou? Você não gostou?
Gostar como? Eu nem tinha começado!
Entretanto, a expressão de desejo em seu rosto e aquele corpinho de pele morena e macia deitado e se oferecendo a mim exigia uma ação de minha parte. Eu soube naquela hora que tinha que ir em frente, nem que fosse para me vingar do meu pau que me contrariou o tempo todo. Ele não tinha resolvido agir por conta própria? Então agora ele que se encarregasse de cumprir sua obrigação, independente do quanto eu desprezasse Eudora.
Levei mais algum tempo para ultrapassar a mata fechada. Eudora era tão peluda que a única coisa que eu enxergava ao olhar para ela era pentelho. Nada de grelo, nada de pequenos ou grandes lábios e nada de buraquinho. Só pelos espessos que cobriam toda a sua intimidade. Quando consegui, forcei a entrada e ele foi sendo acolhido pela buceta molhada, sem saber se aquela umidade era provocada pelo tesão ou pelo sangramento.
Soquei com força e fodi enquanto ela emitia uma espécie de miado, o que aconteceu até que eu gozasse no fundo de sua buceta.
E foi só isso. Não foi a maior trepada da minha vida e com certeza não foi a dela que sequer atingiu o orgasmo. Gozei, fui ao banheiro lavar meu pau e, dessa vez sem me preocupar com o fato de estar nu, deitei na cama, virei para o lado e dormi.
Se Eudora dormiu logo ou se ficou rolando na cama pensando no que aconteceu não sei dizer. Só sei que ela dormiu na mesma cama que eu porque acordei antes dela e seu corpo estava lá ainda coberto pela camiseta do Sírio Libanês. Se em vez dela estivesse ali o Marcel ou o Oscar Smith para mim não ia fazer a menor diferença, pois minha única preocupação era o que fazer para me livrar daquela mulher e não deixá-la pensar que teríamos algum tipo de relacionamento.