A troca de mensagens entre nós era intensa, afinal, ambos gostávamos das mesmas coisas. Nós nos dávamos super bem, e voltar para o ex-namorado havia sido a sua escolha. Na sala de aula da faculdade, eu não conseguia resistir e sempre a procurava com o olhar.
O relacionamento entre mim e Nayara sempre envolveu muita excitação; éramos guiados pelos nossos sentidos sexuais. O tesão era maior que a nossa consciência, e isso nos levava ao limite.
Eu comecei a ficar mais sério com Lilian, e todos os dias saíamos de mãos dadas da sala de aula. Ninguém entendia nada, afinal, no ano passado, Lilian se identificava como lésbica. Ela era apaixonada por mim e sempre tínhamos assunto. Depois do barraco no barzinho, Nayara nunca mais havia se dirigido a Lilian.
— A Nayara virou a cara pra mim. Não entendo, ela não está namorando? — Lilian me perguntou.
— Está sim, é o jeito dela. Nós não temos mais nada.
Essa conversa aconteceu enquanto Lilian se arrumava na frente do espelho do meu quarto. Eu podia enxergar seu corpo apenas de calcinha e sutiã. Ela estava de costas para mim, suas costas bem torneadas e suas nádegas volumosas se destacavam. Seu cabelo estava maior, tampando o pescoço, e seus pés descalços tocavam o chão.
Eu a queria mais uma vez. Já havíamos nos relacionado duas vezes durante a noite, mas, sempre que olhava para Lilian e seu corpo exuberante, a vontade voltava. Estávamos cada vez mais envolvidos.
No outro dia, na sala de aula, recebi uma mensagem de Nayara. Ela havia me mandado um vídeo inapropriado, no qual uma mulher praticava sexo oral em um rapaz sem usar as mãos, seguido da mensagem:
"Sinto sua falta."
Eu visualizei, e logo depois ela apagou a mensagem. Olhei para Nayara. Ela estava sentada em sua cadeira, fingindo prestar atenção na aula de Direito Penal que assistíamos.
Minha respiração ficou pesada. Nayara sempre soube exatamente como mexer comigo, e essa mensagem era a prova de que, apesar de ter escolhido outro caminho, ela ainda queria me manter dentro do seu jogo.
Fiquei encarando a tela do celular por alguns segundos, como se pudesse encontrar uma resposta para tudo aquilo. Mas, antes que pudesse reagir, Lilian tocou meu braço.
— Ei, tá tudo bem?
Olhei para ela rapidamente, fechando o celular e forçando um sorriso.
— Sim, só distraído.
Ela estreitou os olhos, desconfiada, mas não insistiu. Voltou sua atenção para a professora, enquanto eu tentava ignorar o olhar de Nayara queimando na minha direção.
O resto da aula passou arrastado. Quando finalmente o sinal tocou, Lilian segurou minha mão.
— Vamos almoçar? Hoje eu escolho o lugar.
Assenti, tentando manter o foco nela. Eu gostava de Lilian. Ela era divertida, intensa e me tratava bem. Mas, enquanto caminhávamos para fora da sala, não resisti e olhei para trás.
Nayara estava encostada na parede, os braços cruzados e um sorriso discreto nos lábios. Ela sabia que eu tinha visto a mensagem. Sabia que eu estava pensando nela.
Tentei ignorá-la e seguir meu caminho, mas quando passamos pela porta, meu celular vibrou novamente.
Nayara: Você pode fingir o quanto quiser, mas eu sei a verdade. E você também sabe.
Engoli em seco. Meu corpo inteiro ficou tenso.
Lilian percebeu.
— Quem é?
Hesitei por um segundo antes de bloquear a tela.
— Ninguém importante.
Mas eu sabia que era uma mentira. Porque, gostasse ou não, Nayara ainda tinha poder sobre mim. E eu não tinha certeza se conseguiria resistir por muito tempo.
Chegando em casa, após levar Lilian, fiquei pensando se deveria responder Nayara ou não. Aquele vídeo inapropriado que ela havia mandado tornava impossível fingir que ela não existia. Eu sentia sua falta.
Sentia falta daquela baixinha de corpo volumoso e cabelo sempre curto. Sentia falta de suas coxas grossas, do seu beijo molhado, do seu cheiro impregnado na minha cama.
Em um momento de excitação, acabei mandando uma mensagem para ela, dizendo que, se quisesse, poderia dormir na minha casa. Ela não demorou cinco minutos para responder e, à noite, já estava na porta do meu apartamento, deslumbrante e cheirosa como sempre.
Abri a porta e, por um instante, tudo ao redor pareceu silenciar. Nayara estava ali, me olhando com aquele sorriso de canto, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre mim. O perfume dela invadiu meus sentidos antes mesmo de qualquer palavra ser dita.
— Vai me deixar entrar ou quer me admirar mais um pouco? — ela provocou, inclinando levemente a cabeça.
Dei um passo para o lado, permitindo que ela passasse. Nayara entrou sem hesitar, os olhos varrendo o ambiente com familiaridade. Fechei a porta atrás de nós, sentindo meu coração bater mais rápido.
Ela largou a bolsa no sofá e se virou para mim, mordendo o lábio inferior.
— Senti sua falta.
Eu não respondi. Apenas me aproximei, segurando sua cintura e puxando-a para perto. O calor do seu corpo contra o meu reacendeu memórias que eu tentei enterrar.
— Não parecia, já que você voltou para ele — retruquei, minha voz mais rouca do que eu esperava.
Ela riu baixinho, deslizando as mãos pelo meu peito.
— Você sabe que isso nunca foi sobre ele.
Nayara se ergueu na ponta dos pés e me beijou. O gosto dela era familiar e viciante. Um beijo molhado, intenso, carregado de desejo.
Minha consciência tentou lutar contra o momento, contra a traição silenciosa que se desenhava ali. Mas meu corpo já tinha tomado a decisão antes da minha mente.
A noite estava apenas começando.
Fodemos a noite inteira de todos os modos que podíamos imaginar, ela sentava com uma intensidade como se tivesse muito tempo sem fazer nada, ela me dizia que eu era muito melhor que o frouxo do namorado dela, a cada estocada a safada gritava e pedia por mais pica, nas primeiras duas vezes eu espalhei todo meu esperma pelo seu corpo, por seus seios e ela sorria enquanto eu gritava alto.
Eu não conseguia me livrar daquela garota e eu sabia que isso seria um grande problema no futuro.