Como perdi a final do mundial no Japão para comer a inglesa safada - parte 4 de 4

Um conto erótico de Manfi
Categoria: Heterossexual
Contém 3879 palavras
Data: 09/02/2025 14:41:58

Pessoal, segue a última parte!

Obrigado a todos que acompanharam a história até aqui.

Espero que se divirtam tanto quanto eu me diverti escrevendo

……

Eu e os dois corinthianos que conheci em Toyota partimos para Nagoya, onde aconteceria a final do Mundial da FIFA daquele anoFizemos o mesmo esquema: nos hospedamos num hotel afastado, praticamente em outra cidade, com eles bancando a diária e eu cuidando da locomoção.

Chegamos a Nagoya no fim da tarde do diaO jogo seria no dia 16/12, então ainda tínhamos um tempo pra curtir a cidade.

No dia seguinte, marquei de encontrar a Sara. Dessa vez, ela e a família estavam hospedados mais pro centro da cidade. Combinamos de nos encontrar num bar conhecido, um daqueles lugares onde os locais costumam fazer happy hour.

Quando ela chegou, me pegou de jeito. Estava simplesmente magnífica: calça jeans justa, camiseta branca e uma jaqueta de couro preta. O cabelo loiro solto, a maquiagem discreta, mas o suficiente pra destacar aqueles olhos lindos.

Eu sempre tinha me envolvido com garotas mais “cavalas”, e agora estava ali, frente a frente com uma mulher que parecia uma atriz de Hollywood. Fiquei embasbacado.

Sentamos, pedimos algo pra beber e engatamos uma conversa boa. O papo fluía fácil, entre risadas e olhares cheios de segundas intenções. A noite foi avançando, os copos esvaziando, e quando vi, já eram quase 23h. Foi quando ela soltou, com aquele voz de veludo, em inglês:

— E se a gente fosse pro meu hotel?

Eu nem pensei. Só sorri e concordei com a cabeça. Pegamos um táxi, e a cada minuto que passava, a ansiedade só aumentava. Eu estava empolgado, e ela também.

Chegamos ao hotel e, logo de cara, algo me preocupou: parecia que o lugar estava tomado pelos ingleses torcedores do Chelsea. E, bom, a fama dos hooligans ingleses dispensa apresentações.

Dei uma olhada ao redor, meio desconfiado. Sara percebeu e, com um sorriso meigo, encostou os lábios no meu ouvido:

— Relaxa... Podemos ficar aqui até amanhã de manhã, bem escondidos. Eu prometo que vou te deixar num lugar seguro amanhã.

Antes que eu pudesse responder, ela pegou o celular, colocou uma música sensual de fundo e começou a fazer um striptease.

Eu só conseguia pensar: meu Deus do céu, o que foi que eu fiz pra merecer isso?

A música começou a tocar baixinho, o som abafado pelo celular apoiado no criado-mudo. Um ritmo lento, cadenciado, que combinava perfeitamente com a forma como Sara começou a se mover.

Ela ficou de frente pra mim, mordendo de leve o canto dos lábios, os olhos brincando entre o mistério e a provocação. Seus dedos deslizaram lentamente pela barra da jaqueta de couro, puxando-a pelos ombros até deixá-la cair no chão sem pressa.

Meu coração acelerou.

Ela deu um passo à frente, subiu no colchão de joelhos e se aproximou o suficiente para que eu sentisse o cheiro doce e envolvente do perfume dela.

— Ainda nervoso? — perguntou baixinho, inclinando a cabeça de lado.

Engoli em seco e tentei disfarçar com um riso abafado.

— Um pouco. Não é todo dia que a gente se mete no meio de hooligans ingleses.

Ela riu, um som suave e divertido, e levou as mãos até a barra da camiseta branca.

— Acho que você tem preocupações melhores agora… — murmurou, puxando a camiseta para cima, revelando a pele alva e os contornos delicados do corpo.

Cada movimento dela parecia cronometrado, como se soubesse exatamente como me deixar vidrado. Ela jogou a camiseta para o lado e depois passou os dedos pelo próprio abdômen, subindo devagar até os ombros, como se se deliciasse com a própria pele.

Minha respiração já estava mais pesada, o calor do quarto parecendo aumentar a cada segundo.

Sara se inclinou para perto de mim, suas mãos deslizando pelos meus ombros, descendo pelos meus braços antes de se afastar de novo, os olhos cheios de promessas silenciosas.

Ela desabotoou a calça jeans, virou de costas e foi descendo o tecido centímetro por centímetro, revelando pernas longas e bem desenhadas. Meu olhar acompanhava cada detalhe, minha mente já imaginando tudo que poderia acontecer nos próximos minutos.

Ela se virou, apoiando uma perna na cama, e então subiu de vez, se colocando sobre mim, os olhos nos meus, os rostos próximos o suficiente para que eu sentisse o calor da respiração dela.

— Eu esperei por essa noite desde que te vi naquele bar… — sussurrou, deslizando os dedos pelo meu peito.

Não deu tempo de responder com palavras, pois Sara imediatamente me calou com um beijo intenso. Ela me beijava com uma paixão que me deixou sem fôlego, ao mesmo tempo em que seu corpo se aproximava de mim, roçando sua buceta em meu pau que já estava duro, mas preso dentro da calça.

Ela parecia não querer perder tempo, estava envolta numa urgência, mas de uma forma que só aumentava a tensão. Me fez deitar de costas na cama e me olhou com os olhos brilhando, com aquele olhar que dizia mais do que qualquer palavra poderia expressar.

— Eu nunca estive com um brasileiro... — ela começou, a voz suave, mas cheia de um desejo silencioso. — Mas minha amiga conheceu um durante suas férias e só me falou coisas boas. Você não vai me decepcionar, né?

Ela disse isso com um sorriso de provocação, e a leveza do momento foi quebrada quando, sem pressa, ela começou a abrir a minha calça. Ela não disse mais nada, mas o gesto foi suficiente para deixar claro o que ambos queríamos. Calmamente, Sara abriu minha calça finalmente liberando meu pau.

- Nossa, que pausao. Meu namorado em Londres é tão…”pequeno”.

Nesta hora um sentimento de culpa muito rápido passou pela minha cabeça, principalmente por causa daquela conversa que tive com Manfi, sobre traição. Porém, eu acho que até ele seria mais “flexível” na situação em que me encontrava.

Ela me olhou com uma mistura de diversão e desejo, e em um movimento lento, foi se aproximando. Eu podia sentir a tensão no ar, enquanto ela se movia com uma confiança que só ela tinha.

Ela estava já por cima de mim, pincelando meu pau em sua própria bucetinha. “Que garota safada”. Foi meu pensamento momentos antes dela finalmente sentar sobre mim e engolir completamente meu pau.

Nesta hora ela pegou o celular que estava jogado sobre a cama e colocou uma música de balada, algo eletrônico do início da década de 90.

Com o ritmo das músicas, aquela inglesa safada ficou por uns 20 minutos cavalgando em meu pau. Ela começou lentamente, mas o ritmo ela ia ajustando conforme o próprio prazer. Ela estava literalmente usando meu pau como um console. Aumentava a intensidade e a velocidade conforme encontrava o “ponto certo”

Tudo isso sem ter a mínima vergonha de gritar e gemer de forma alucinante. Sua bucetinha era muito apertada, provavelmente ela era quase Virgem, e quis aproveitar essa viagem igual era moda, ou ainda é, a molecadinha recém saida da adolescência aproveitava a viagem de formatura do ensino fundamental, ou colegial (nome da época). Elas (principalmente) “aproveitavam” as viagens de formatura pagos pelos papais, normalmente para porto seguro, salvador ou até mesmo Disney, para “entrar na vida adulta com tudo”.

Diversas amigas confessaram isso para mim ao longo dos anos. Muitas perderam a virgindade nestas viagens.

Voltando ao que aconteceu naquele hotel. Sinceramente eu estava adorando a surra de buceta que estava recebendo, tanto que nem quis tomar a iniciativa de mudar de posição.

A inglesinha deve ter gozado pelo menos umas três vezes e a última foi a mais intensa. Ela comecou a tremer o corpo todo e juntou tão logo sentiu minha porra inundando sua buceta.

Logo após ela se manteve deitada sobre mim, parecendo não ter forças para levantar. Aos poucos ela pareceu retomar a consciência e começou a dar uma risada, demonstrando um misto de satisfação e vergonha, como se estivesse ciente do quanto aquela situação era nova para nós dois, mas também parecia estar se entregando àqueles momentos com uma liberdade que me envolvia.

— Me desculpe... Eu não sou assim normalmente. Acho que me empolguei... — disse ela, depois de um momento de silêncio, com a voz suave e um sorriso tímido.

Eu acariciei o cabelo dela e, com um olhar tranquilo, disse:

— Não precisa se desculpar. Você foi perfeita.

Ela parecia relaxar com minhas palavras, seu sorriso se alargando de forma genuína. Ela me olhou com um brilho nos olhos, como se já tivesse encontrado a resposta para o que ambos queríamos naquele momento.

— Seu namorado deve ser um sortudo... — comentei, sorrindo de volta para ela.

Ela riu suavemente e, com um gesto gracioso, se levantou da cama e me chamou para tomar um banho. A tensão ainda estava ali, mas agora, de alguma forma, mais tranquila, como se a noite tivesse levado com ela as preocupações, deixando espaço apenas para o prazer de estarmos juntos.

Ao entrarmos juntos no box, a água morna deslizava sobre nossos corpos, misturando-se ao vapor que tomava conta do box. Ela pegou o sabonete líquido, despejou um pouco na palma da mão e começou a deslizar a espuma por toda a extensão do meu pau, os dedos apertando com firmeza, explorando cada detalhe.

— Nossa… eu tô sonhando? — murmurou, mordendo o lábio inferior enquanto me encarava. Seus olhos brilhavam, refletindo um misto de satisfação e desejo. — Nunca imaginei ter algo assim nas minhas mãos...

Ela continuou o movimento, lenta e provocativamente, os olhos fixos nos meus, querendo ver cada reação. Um sorriso travesso surgiu em seu rosto. Estava feliz, satisfeita com tudo o que tínhamos acabado de fazer, mas eu sabia que ainda não era o suficiente.

Tomei o sabonete de sua mão e despejei um pouco em meus dedos antes de deslizar a espuma por suas coxas macias. Ela estremeceu ao primeiro toque, e eu aproveitei para pressionar a palma da mão contra sua bucetinha quente e pulsante.

— Ainda não acabei com você... — sussurrei, aproximando minha boca de seu ouvido, sentindo seu corpo arrepiar. — Você vai ser minha até amanhã.

Antes que pudesse responder, deslizei dois dedos dentro dela, sentindo sua entrada apertar ao meu redor. Seu gemido ecoou pelo banheiro, e ela automaticamente afastou um pouco mais as pernas, me dando acesso total.

— Puta que pariu… — ela arquejou, jogando a cabeça para trás e se apoiando na parede molhada do box.

A tensão sexual entre nós estava longe de ter se dissipado. Nossos corpos exigiam mais, muito mais. As bocas se buscaram em um beijo intenso, desesperado, línguas duelando, dentes mordiscando, respirações entrecortadas. Minhas mãos continuavam seu trabalho incansável, explorando cada centímetro do seu corpo, enquanto as dela apertavam meus ombros, deslizavam pela minha nuca, cravavam as unhas em minhas costas.

A água quente escorria entre nós, misturando-se ao calor que emanava de nossos corpos. Seu quadril começou a se mover contra meus dedos, desesperada por mais fricção, e eu atendi ao pedido silencioso, aumentando a intensidade.

— Assim… desse jeito… — ela gemeu contra minha boca, as palavras saindo trêmulas.

Meus lábios desceram por seu pescoço, mordiscando sua pele sensível, enquanto minhas mãos continuavam a trabalhar. Seu corpo se contorcia, e eu sabia que ela estava perto. Muito perto.

Seus gemidos ficaram mais roucos, entrecortados, e suas unhas fincaram-se ainda mais fundo em meus ombros. A cada movimento dos meus dedos dentro dela, seu corpo respondia, arqueando-se contra mim, buscando mais. Mas eu não entregaria tudo tão fácil assim.

— Quer mais? — murmurei contra sua pele, a voz baixa e carregada de provocação.

Ela abriu os olhos, desfocados de desejo, os lábios entreabertos, respirando pesadamente.

— Por favor… — arfou, tentando mover os quadris contra minha mão, mas segurei seu quadril firme contra a parede, impedindo-a de ditar o ritmo.

Ela gemeu frustrada, e isso só me atiçou ainda mais.

Continuei o jogo, diminuindo a velocidade dos movimentos, tirando meus dedos quase por completo antes de deslizar de volta, lento, torturante. Meus lábios percorriam seu pescoço, desciam pela curva de seus ombros, mordiscavam sua pele quente, enquanto minha outra mão deslizava pelo seu corpo, apertando seus seios, beliscando os mamilos enrijecidos.

A água escorria entre nós, quente, mas ainda não chegava perto do calor do que estávamos fazendo ali.

Ela jogou a cabeça para trás, os cabelos molhados grudando na parede fria do box, a boca entreaberta em puro prazer.

— Você é um desgraçado… — ofegou, rindo fraco, a frustração evidente na voz.

Sorri contra sua pele, satisfeito com sua reação.

— E você adora isso.

Ela não respondeu com palavras, mas suas mãos deslizaram pelo meu peito, descendo lentamente, deixando rastros de calor por onde passavam. Suas unhas arranharam meu abdômen antes de seus dedos envolverem meu pau outra vez, apertando, deslizando a palma da mão com uma habilidade que me fez soltar um gemido rouco.

A provocação agora vinha dos dois lados.

Nossos olhares se encontraram, e o jogo estava claro. Ela queria me fazer perder o controle primeiro.

— Vamos ver quem aguenta mais? Um torcedor do seu time ou uma torcedora do melhor do mundo, Chelsea — ela desafiou, a voz carregada de malícia, um sorriso travesso nos lábios.

Desgraçada.Aceitei o desafio sem hesitar.

Minhas mãos retomaram os movimentos, desta vez sem piedade. Ela soltou um grito sufocado e se agarrou aos meus ombros, as unhas arranhando minha pele molhada.

Eu sentia seu corpo tremer contra mim, os espasmos ficando mais intensos. Ela tentava resistir, mordendo os lábios, tentando conter os gemidos, mas era inútil.

A tensão crescia, se acumulava, um turbilhão prestes a transbordar.

Ela enterrou o rosto na curva do meu pescoço, sua respiração quente e entrecortada contra minha pele.

— Eu… não vou aguentar… — ela confessou, a voz um fio rouco de desespero.

Mas eu ainda queria mais.

Eu podia sentir cada tremor que percorria seu corpo, os músculos de suas coxas tensionados ao redor da minha mão, a respiração entrecortada contra minha pele.

Mas não ia deixá-la cair tão fácil assim.

— Ainda não… — sussurrei contra sua orelha, os lábios roçando de leve, provocando um arrepio que a fez estremecer.

Ela soltou um gemido frustrado, cravando as unhas em meus ombros, tentando ditar o ritmo, tentando me forçar a levá-la até o limite. Mas eu queria que ela sentisse cada segundo dessa espera, que a tensão se acumulasse até que fosse impossível segurar.

Minhas mãos continuavam a deslizar por seu corpo, explorando cada curva, cada centímetro de pele escorregadia sob a água quente. Meus dedos dentro dela alternavam entre profundidade e provocação, ritmos inesperados, arrancando dela suspiros ofegantes e palavrões sussurrados.

— Você… é um maldito… — arfou, tentando se segurar na parede, as pernas ameaçando fraquejar.

Sorrindo, levei minha boca até seu pescoço e deslizei a língua ali, sentindo o gosto levemente salgado de sua pele aquecida. Suas mãos desceram novamente por meu peito, deslizando, explorando, até envolverem meu pau com um aperto preciso.

Eu soltei um gemido baixo, fechando os olhos por um instante.

— Você também não tá aguentando mais… — ela provocou, os lábios se curvando em um sorriso malicioso enquanto começava a mover a mão lentamente, torturantemente.

Desgraçada.

Minha respiração ficou pesada. O controle que eu achava que tinha começou a ruir conforme ela acelerava os movimentos, alternando entre apertos suaves e deslizes firmes.

A disputa estava no auge.

Ambos trêmulos, corpos colados, respirações entrelaçadas, mãos explorando, provocando, buscando levar o outro ao limite.

O jogo estava chegando ao seu ápice.

— Agora… — ela sussurrou contra minha boca, a voz um misto de rendição e ordem.

E foi ali que percebi que não dava mais para segurar.

No momento em que ela sussurrou aquele “agora”, algo em mim se rompeu. Todo o controle que eu lutava para manter desmoronou, e eu a puxei para mais perto, colando nossos corpos de uma vez.

Minhas mãos seguraram sua cintura com força, e, num movimento preciso, levantei-a levemente, pressionando-a contra a parede molhada do box. Ela envolveu minhas pernas com as suas, os olhos vidrados nos meus, a respiração entrecortada, os lábios entreabertos, prontos para qualquer palavra que não conseguiu dizer.

Não precisava.

Quando entrei nela, ambos soltamos um gemido abafado, um som rouco e arrastado que ecoou pelo banheiro.

Ela cravou as unhas em minhas costas, as coxas se apertando ao meu redor, o quadril acompanhando cada investida. Os movimentos começaram lentos, torturantemente arrastados, como se quiséssemos prolongar ao máximo aquele momento, sentir cada segundo.

Mas a tensão acumulada era insuportável.

Logo, os ritmos se intensificaram. Os corpos se chocavam com força, respirações entrecortadas, gemidos se misturando ao barulho da água caindo. Minhas mãos apertavam sua cintura, guiando-a, enquanto seus braços envolviam minha nuca, puxando-me para beijos que eram puro desespero.

O prazer crescia, avassalador, um turbilhão sem controle. Ela começou a tremer contra mim, os músculos se contraindo em espasmos cada vez mais intensos.

— Eu… tô… — Ela tentou falar, mas a voz se quebrou em puro prazer.

Segurei seu rosto entre as mãos, obrigando-a a me olhar.

— Goza pra mim.

Foi o que bastou.

Ela arquejou contra minha boca, o corpo inteiro se contorcendo em um clímax tão forte que suas unhas arranharam minha pele em um último espasmo. Seu interior apertou-se ao meu redor com tanta força que eu não tive como segurar por mais um segundo sequer.

Um gemido rouco escapou de mim quando o prazer me atingiu como uma onda devastadora. Meu corpo inteiro se retesou contra o dela, cada nervo pulsando, cada músculo vibrando até que, aos poucos, os tremores começaram a ceder.

Ficamos ali, ofegantes, ainda colados um no outro, sentindo os últimos resquícios do prazer percorrendo nossos corpos.

Ela riu baixinho contra meu ombro, os dedos deslizando preguiçosamente por minha nuca.

— Eu ganhei. - Sorri, mordiscando seu lábio inferior.

— Vamos ver quem aguenta outra rodada, então. - respondeu com um sorriso malicioso.

O jogo estava longe de acabar. Voltamos para a cama e lá “jogamos” mais algumas rodadas. O sol da manhã já iluminava o quarto quando finalmente resolvemos interromper o nosso jogo pessoal. Quem ganhou? Sinceramente não saberia dizer.

Conseguimos reunir forças para sair do quarto só na hora do jantar. Por sorte, estava incluso, então não precisei pagar. Era um buffet simples, mas com comidas típicas asiáticas.

Acordamos no dia seguinte, dia do jogo, por volta das 9h30. Logo fomos convidados para tomar café da manhã com o primo da Sara e alguns amigos.

Confesso que hesitei, mas minha musa inglesa não precisou de muito esforço para me convencer.

Voltamos do café por volta das 11h e, bom… passamos as horas seguintes transando. A química que desenvolvemos me impressionava, e aquela jovem inglesa era praticamente insaciável.

Depois, acabamos dormindo. Era só um cochilo pós-sexo, pensamos. Mas fomos acordados pelo primo dela só lá pelas 17h.

Quando vi o horário, entrei em pânico. Eu precisava voltar para o meu hotel, do outro lado da cidade, pegar minhas coisas e chegar ao estádio antes das 19h30, horário do jogo.

O primo da Sara percebeu meu desespero e se ofereceu para pagar um serviço tipo Uber, mas com outro nome. Aceitei na hora, sem pensar muito.

E foi aí que cometi um dos meus maiores erros.

Porque foi exatamente na estação de metrô onde eu embarcaria que aconteceu um dos momentos mais marcantes da história do futebol: a chegada da Fiel em peso, a caminhada inesquecível no metrô de Nagoia. Imagens que reprisam até hoje, eternizadas na memória do torcedor corinthiano.

E eu? Eu assisti tudo por uma TV adaptada dentro do carro que me levava.

Foram os minutos mais angustiantes da minha vida. O trânsito estava travado, e eu roía as unhas de tanta ansiedade.

Na minha cabeça, passavam todos os esforços que eu e tanta gente fizemos para que eu estivesse ali. Lembrei das mensagens eufóricas no grupo, da empolgação de todo mundo.

Mas o que me dominava naquele momento era um sentimento de pura tristeza.

Quando finalmente cheguei ao hotel, corri para o quarto… e a porta estava trancada.

O desespero bateu de vez. Comecei a gritar, bater na porta, feito uma criança birrenta.

Demorou um pouco até um funcionário vir com um tradutor. Ele me entregou um bilhete.

**"Fala, maluco. Você sumiu. Preferiu ficar com os inimigos. Peguei o carro e o seu ingresso emprestado, um mano estava sem ingresso.

Nós não queremos problema pra esse mano entrar no estádio com seu ingresso. Veja o jogo quietinho aí no hotel ou com sua vadia inglesa.

Estamos com sua passagem e seu passaporte."**

Meu chão desabou. Eu estava mais do que ferrado.

Sem outra opção, e com medo de nunca mais ver meus documentos, decidi ficar quieto e assistir ao jogo do saguão do hotel.

O jogo mais importante da história do meu time. A maior alegria que eu deveria ter vivido. Mas, na minha cabeça, só existia um pensamento: como eu ia recuperar minhas coisas?

O tempo passou. O jogo acabou. Meu celular estava sem bateria, e eu sem perspectiva nenhuma.

Já de madrugada, o funcionário voltou com um aviso: eu não podia passar a noite ali sem pagar ao menos uma diária.

E eu não tinha dinheiro.

O pânico tomou conta. Tive que pagar para usar o telefone, mas só me deixaram fazer uma ligação.

Sem saber o que fazer, disquei para o Manfi. E rezei pra ele atender.

Graças a Deus, ele atendeu. Estava chorando, empolgado, provavelmente comemorando com os caras.

— E aí, mano! Como foi? Tirou foto? Gravou vídeo?

Fiquei mudo. Sem coragem de contar a verdade.

Ele percebeu o silêncio. E então perguntou:

— Cara… o que aconteceu?

Respirei fundo.

— Mano, eu fiz uma burrada.

E desabei. Contei tudo.

Quando terminei, ele só perguntou:

— Quanto é a diária desse hotel?

Tentei negar, mas ele já tinha transferido o dinheiro.

— Agora não adianta ir pra polícia. Amanhã, você vai direto pro consulado. Vou falar com meu pai. Até lá, põe essa merda de celular pra carregar. Eu entro em contato.

Consegui um carregador compatível, peguei um quarto e tentei dormir.

Foi uma noite horrível. Pode parecer exagero, mas só quando falei com o Manfi percebi a gravidade da situação.

Na manhã seguinte, ele me ligou e passou o endereço do consulado brasileiro em Nagoia. O pai dele já tinha feito contato e avisado que eu iria.

Foram dois dias de espera até conseguir um voo de volta para o Brasil. Peguei um avião da TAM (na época ainda era só TAM), e voltei.

Quando cheguei a São Paulo, com o boletim de ocorrência e a declaração do consulado, fui recuperando meus documentos aos poucos.

O Manfi, no entanto, não quis falar comigo por meses.

Os caras do condomínio? Pior ainda. Me ameaçaram, alguns até partiram pra cima.

Só não perdi o emprego porque o Manfi intercedeu com o Duda. Mas ele pagou só metade dos dias que fiquei no Japão.

Foi só na festa junina do condomínio, meses depois, que consegui agradecer.

O papo foi rápido, mas teve uma frase que me fez chorar na hora e abraçá-lo:

— "Eu não posso te julgar, só te perdoar. Não desisto fácil das pessoas, mas paciência tem limite."

Desde então, voltamos a nos falar. Até que, por circunstâncias da vida, me mudei para o interior e perdemos contato.

Hoje, tenho uma família linda. O Manfi casou com "sua ninfetinha".

Infelizmente, não fomos ao casamento um do outro. Mas tenho certeza de uma coisa: nossa amizade, e minha gratidão, serão eternas.

FIM.

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Comentários

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Seus contos são muito bem escritos manfi, aja paciência pra corrigir kkkkkkk

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Obrigado amigo...mas corrigir o que? Nao entendi...kkk

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Quando eu escrevo eu fico relendo pra ver se teve algum erro, isso quando tô com paciência, como faço no celular sempre tem umas palavras que o corretor troca ou sai rápido e vai errado kkkkk

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Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

Ser LOUCO é para poucos e raros. Tudo por uma bucetinha real... Rsrsrs

Adoramos

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Poh essa cara me deu trabalho viu!!! Pior que tivemos que ligar pro pai dele, que tava bêbado comemorando o título, para pegar os dados e uma procuração, demorou dois dias pq meu pai e o pai tiveram que autenticar uma procuração para que meu pai fosse o responsável legal!!!

Mas o consulado estava com uma força tarefa pelo número de brasileiros viajantes num mesmo local. E a TAM facilitou TB!!!

Fiquei puto na hora, mas, não posso julgar...talvez fizesse o mesmo...kkk...só não precisa ser tão burro de deixar tudo no hotel com uns cara que nunca viu já vida...

Mas...ele tá feliz...isso q importa!!

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