Estava com dificuldades de tomar aqueles comprimidos tão grandes e o médico propôs a alternativa dos supositórios glicerinados, mas haveria que garantir que não escorreriam para fora, perdendo-se toda a substância. Deveriam ser introduzidos muito profundamente e, por isso, por uma outra pessoa que não o próprio.
Havia um irmão enfermeiro no internato que era muito gentil e deveria procura-lo para que fizesse a aplicação. Tratava-se do irmão Ivo, que residia em uma célula própria, anexa à enfermaria, para estar sempre disponível para atender os internos em qualquer emergência. O médico escreveu uma pequena carta explicativa em uma folha do receituário, logo após a especificação dos comprimidos e supositórios aos quais poderia recorrer, caso tivesse dificuldades em deglutir os primeiros.
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Os comprimidos eram enormes, arranhavam a garganta e, após muitas hesitações, resolvi recorrer ao irmão Ivo, para que fizesse a primeira aplicação.
Recebeu-me muito simpático como sempre e pediu–me para sentar em uma cadeira que havia junto à maca da enfermaria. Sentou-se em frente e entreguei-lhe a receita com as instruções do médico, às quais leu cuidadosa e calmamente. Disse-me que não havia problemas. Que ele dispunha do supositório especificado na enfermaria e que ele poderia fazer a aplicação, caso eu desejasse. Confirmei meu desejo de experimentar a alternativa, pois os comprimidos vinham machucando muito minha garganta e me deixando com um pouco de azia.
Irmão Ivo perguntou-me se eu já havia feito alguma aplicação daquele tipo, em que o supositório era um pouco grande e grosso, e deveria ser introduzido muito profundamente, ao que respondi que nunca havia posto supositório algum e desconhecia completamente a experiência.
Ivo então explicou-me muito didaticamente o que era o esfíncter e as características desse músculo. Alertou-me que faz um movimento instintivo de contração muito forte, caso algum corpo estranho tente se introduzir através dele. Disse que quando isso ocorre tudo tranca e há uma sensação de desconforto muito intensa e, dependendo da grossura do corpo, até mesmo bastante dolorosa, caso a penetração seja forçada sem relaxamento.
Para ilustrar, fechou uma de minhas mãos, mandou que apertasse bem e, no aparente esfíncter, que se forma entre o indicador dobrado e o polegar que o envolve, tentou introduzir seu próprio dedo médio. Apertei tanto que não entrou nem a ponta. Seus dedos eram um pouco mais longos e grossos que os meus. Ivo tinha uma mão quase camponesa, mas, também, delicada e com dedos muito longos, resultantes da longa prática no teclado do pequeno órgão da igreja, no qual tocava lindas músicas todas as missas.
Assustei-me e já ia reconsiderar quando ele me disse que, no entanto, quando defecamos, muitas vezes a sensação que sentimos é muito prazerosa e que, quanto mais grosso e longo o “cagalhão”, mais prazerosa é a passagem e mais gostoso o alívio posterior. Explicou-me que assim é porque estamos relaxados e que, se conseguisse ficar bem relaxado, a sensação da aplicação poderia ser tão gostosa quanto a de uma deliciosa cagada. Até mais, segundo ele, porque a fricção do dedo contra a próstata, órgão que produz o esperma, que fica junto à parede do reto, é muito agradável e leva à ejaculação.
Para exemplificar, e ainda segurando minha mão, sugeriu que afrouxasse os dedos e o polegar. Conforme ia afrouxando meus dedos ele foi introduzindo suavemente o dele, até que este penetrou completamente a largura de minha mão, deslizando pelo suor que a inundava, em virtude do nervosismo em que a situação me colocou. Ele me chamou a atenção para essa facilitação e pelo deslise de seu dedo causado pelo suor e explicou que, quando fosse introduzir o supositório iria besuntar este e seu dedo com óleo mineral para que deslizassem do mesmo modo.
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Eu estava entre o bem assustado, mas também tranquilizado por sua fala pausada e mansa e pelo exemplo que havíamos praticado. E estava também muito curioso. Quase animado, por assim dizer. A verdade é que estava há mais de um ano num internato masculino, e sabia que ocorriam contatos entre os internos e que muitos trocavam afetos e penetrações uns nos outros para satisfazerem-se.
Escondido, já havia assistido mais de uma cena em que um colega penetrava outro e não me pareceu que o penetrado não estivesse gostando, ou estivesse contrariado. Muito pelo contrario, pelo modo como empinava a bunda, parecia querer mais. E, de fato, já os havia assistido mais de uma vez e já os havia visto trocar de posição entre o penetrado e o que penetra em algumas ocasiões, trocas que me parecia que realizavam como muito gosto. Ficava muito excitado assistindo e já havia até quase pedido para participar, mas era muito tímido e não me encorajei, pois ambos eram de um grupo de meninos mais velhos, com os quais não tinha intimidade alguma.
Irmão Ivo percebeu meus receios e indecisão e falou-me que não precisava preocupar-me, pois o que se passava na enfermaria era absolutamente confidencial, que ele faria com muito carinho e jeito e que caso eu não estivesse gostando, ele pararia e eu poderia tomar o comprimido. Que ele poderia lubrificar o comprimido com óleo mineral para passasse com mais facilidade pela garganta.
A perspectiva do comprimido lambuzado de óleo e a lembrança dos colegas mais velhos acabou por levar-me à decisão pelo supositório, o qual ele foi buscar em sua prateleira de medicamentos. Ao voltar, pediu que soltasse o cinto, abrisse o botão e o fecho das calças e me debruçasse sobre a cabeceira da maca.
Me posicionei como havia pedido e ele abaixou minhas calças e cuecas até o chão, retirou-as primeiro de uma perna e após da outra, mantendo estas um pouco entreabertas e depositou as roupas sobre uma mesa que havia ao lado. Inicialmente vestiu uma luva de borracha branca semitransparente muito fina em sua mão direita e posicionou-se ao meu lado esquerdo, ficando atrás de mim, um pouco de lado. Suas duas pernas envolviam, sem tocar, mas muito próximas, minha nádega esquerda. Quase tocando-me, ou tocando-me levemente quando se movia. Dava para sentir apenas o tecido bem leve, mas um pouco áspero de sua calça de tergal encostando em minha nádega e perna, conforme ele movia seu corpo ou me movia eu.
Pediu-me que empinasse bem as nádegas, virando o esfíncter o mais para cima possível, para que pudesse introduzir o bico de uma bisnaga que me explicou que continha óleo, para me lubrificar bem, de modo que não houvesse atrito e tudo pudesse penetrar e deslisar com facilidade e conforto.
Senti o bico já besuntado do aplicador me penetrando muito e quando pressionou a bisnaga o óleo esguichou tão profunda e fartamente que invadiu todo meu interior até expandi-lo. Reflexivamente, me contraí um pouco e o óleo começou a escorrer para fora por entre as nádegas e a base do escroto e, por este, até a base do pênis escorrendo por ele até pingar sobre o chão, em um pequeno tapete de papel absorvente que ali havia posto. Escorreu também por entre as pernas quase até a altura dos joelhos. Ele havia realmente posto muito óleo. Explicou-me que o óleo estava levemente aquecido, de modo a contribuir para meu relaxamento interior e lembrou-me que seria para o meu maior conforto durante a aplicação.
Logo que retirou a bisnaga, senti a ponta de seu dedo pressionando meu esfíncter para manter o óleo em meu interior e fazendo movimentos circulares, procurando me relaxar e encontrar um ângulo pelo qual se abrisse melhor o acesso ao interior do reto. Não tinha pressa. Fazia aquilo muito lenta e repetidamente e sussurrava que eu deveria me concentrar em manter-me relaxado. Dizia apenas: - relaxa, relaxa mais, como se quisesse fazer cocô, isso, assim, bem relaxadinho. Havia se dobrado sobre minhas costas, sua boca muito próxima de meu ouvido, murmurando: - assim! Relaxa bem! E ia aumentando progressivamente a pressão enquanto fazia um movimento circular sobre o esfíncter, cada vez mais ao centro, cada vez um pouquinho mais para dentro.
Era difícil, mas fiz um esforço de relaxamento e ele, percebendo, pressionou mais, introduzindo a ponta do dedo, apenas aquela parte que vai até a primeira articulação. Me dava parabéns e incentivava ao ouvido. Me perguntava se não estava gostoso daquele jeito. Logo, disse que ia penetrar mais, para me dilatar antes do supositório.
Foi uma sensação de estar sendo invadido e de perda de controle e um pouco de queimação. Ele continuava sussurrando ao meu ouvido para eu relaxar mais e ficou me incentivando e, conforme eu relaxava, ele ia empurrando mais e mais e me pedindo para eu empinar mais as nádegas e, então, em uma empurrada final enterrou o dedo todo. Cheguei a gemer, quase gritei, mas ele começou a fazer cafuné em minha nuca com a outra mão, a me elogiar e falar coisas carinhosas perto de meu ouvido.
Estava lá, com o dedo dentro de mim paradinho, sentia leves movimentos e perguntei se já havia aplicado o supositório, mas respondeu-me que por enquanto estava só me dilatando e que ia aplicar agora.
Senti seu dedo saindo e ouvi ele me falando: pronto, pronto....
Me disse que agora já estava dilatado e que ia ser mais fácil... e senti ele colocando o supositório e seu dedo o empurrando para dentro e tudo aquilo entrando novamente, mas, agora já não doía. Mais que isso era uma sensação estranha de incômodo e prazer. Quanto mais ele penetrava, mais ia empurrando a bunda para trás, num movimento um pouco reflexo contra o movimento dele, com se quisesse empurrar seu dedo para dentro de mim.
Nesse momento, senti seu corpo encostar lateralmente em minha perna e nádega e percebi que ele estava tendo uma ereção. Ao empurrar meu corpo para traz, buscando aumentar a penetração, minha nádega e perna encostaram em seu colo e senti seu membro se entumecer por sob o tecido e se erguer muito rijo e firme contra meu corpo. Ele esboçou um movimento de afastamento, mas, ao sentir sua ereção pressionando minha nádega tive também uma descontrolada ereção. Foi muito violento e repentino. Meu membro se intumesceu fortemente e começou a pulsar e ter espasmos muito intensos, subindo e descendo a cada um. Era muito visível e denunciava minha súbita e descontrolada excitação.
Seu dedo totalmente enterrado dentro de mim e seu membro muito duro e ereto roçando minha perna. Não havia qualquer dúvida, ele estava gostando muito do que estava fazendo e aquilo me deixou muito excitado. E minha violenta ereção denunciou minha excitação. Para minha maior surpresa, denunciou para mim mesmo que também eu estava muito envolvido e tomado pelo que acontecia. Nem mesmo se tratava de gostar ou não gostar, mas de estar sendo tomado por forte desejo e, simultaneamente por forte constrangimento e mesmo vergonha. Querer e não querer, desejar e repudiar se digladiavam em minha alma.
Ele empurrou tudo até o fim, bruscamente, e eu gemi forte. Perguntou se estava sendo gostoso para mim. Hesitei em responder e ele disse que não havia do que envergonhar-me, porque era mesmo muito gostoso e só nós dois compartilhávamos aquilo. Não tive como mentir: tinha vergonha, mas meu corpo descontrolado estava tomado pela excitação, berrava o meu prazer e desejo por mais. Mas fiquei em silencio, respirando forte e gemendo levemente, com movimentos que faziam seu dedo penetrar e sair no ritmo da respiração em movimentos curtos e pausados.
Ele disse que podia fazer ficar mais gostoso. Perguntou se eu queria mais gostoso, com voz muito rouca, resfolegante, e gemi que sim, que queria muito. Senti seu dedo saindo todo, bem devagar e não entendi. Ele havia dito que ficaria mais gostoso e tinha tirado o dedo. Mas senti seu corpo se afastando de minha lateral e seu membro ereto batendo na base de minha bunda, entre minhas nádegas.
Percebi que suas calças caiam ao chão e ele se posicionava bem atrás de mim, com o corpo arqueado, se encaixando à curvatura de minhas nádegas empinadas. Pude perceber por fim o seu rosto refletido em um espelho que havia na parede oposta diante de mim. Seus olhos marejavam de desejo e escorria um fio de saliva do canto de sua boca. Atrás de mim senti a ponta de seu dedo em meu esfíncter, pressionando outra vez e uma mão agarrando minha cintura. Senti seu membro muito intumescido encostando entre minhas pernas enquanto ele pressionava meu anus com o polegar, segurando seu membro com o resto da mão e conduzindo-o para cima por entre minhas nádegas. Pude sentir seu movimento ascendente e a forte pressão que fazia contra a fenda entre minhas nádegas, subindo em direção a base de meu ânus. Senti meu esfíncter se contrair de medo conforme ele se aproximava do ponto de me penetrar. Ele percebeu e voltou a pedir para que eu relaxasse. Dizia que eu ia gostar, que ia ser muito gostoso. Sussurrava: relaxa, relaxa que vai ser bom, relaxa que tu vais gostar...
Voltei a fazer um esforço de relaxamento e fui conseguindo me abrir pouco a pouco. Com a mão ele puxou a cabeça de seu membro para cima e pude sentir que ele a ajustava bem no centro de meu ânus que pulsava e e tinha espasmos descontrolados. Pediu que eu relaxasse mais um pouquinho e fui cedendo, e ele empurrando, fazendo meu esfíncter se dilatar conforme penetrava, dando uma sensação de que estava se dilatando e rasgando interiormente.
Mas ele já havia me dilatado com o dedo. Aos poucos fui relaxando e ele empurrando com determinação, num movimento contínuo, para não me dar tempo de trancar novamente. Repentinamente, entrou toda a cabeça muito latejante e dura de seu membro! Soltei um gemido muito forte, quase um grito de dor, mas ele logo me foi acalmando – ssssss, fique quietinho, relaxe, a cabeça já está toda dentro, sente? Sente que estou dentro de você? A parte mais grossa já entrou, agora vai ser só prazer, relaxa que vou enterrar tudo! Você vai gostar muito! Relaxa bem....
Ele pulsava e latejava no interior de meu reto e senti que havia liberado a mão que segurava o seu membro na posição. Que a cabeça já estava dentro de mim. Já estava firmemente enterrada no interior de meu reto e latejava forçada pela pressão de meu esfíncter, que já a havia envolvido toda e a mantinha presa. Já seria, agora, mais difícil sair do que entrar. Suas mãos deslizaram para minha cintura e a envolveram com firmeza. No espelho vi que ele apreciava a cena, olhava-me à sua frente debruçado e arreganhado, com seu membro parcialmente enterrado e desaparecido entre minhas nádegas, com expressão de grande prazer.
No reflexo do espelho pude ver nossos dois rostos, muito diferentes. O meu com uma expressão de medo e dor, boca entreaberta. O dele salivando de desejo, boca cerrada mordendo o lábio inferior, os lábios se entreabrindo com os dentes cerrados, um chiado do ar passando entre eles enquanto inspirava profundamente. O suor escorrendo pela testa e pingando sobre as pálpebras. Tudo nele denunciava seu desejo já incontrolável. Ele sabia que eu já havia cedido completamente. Sabia que eu desejava que fosse em frente, que eu já ansiava para que continuasse a penetrar. Instintivamente, como que para não deixar dúvidas, empinei mais a bunda e pedi: - Entra, enterra tudo! Por favor! Enterra!
Comecei a sentir suas mãos se estreitando em minha cintura e me puxando firmemente contra seu colo, que avançava ao movimento de seu quadril, empurrando seu membro muito duro para dentro de mim. Fiquei muito excitado, mas não entrava. Era muito grosso. Eu estava muito contraído de medo. Ele mandou eu relaxar mais e empinar mais ainda as nádegas. Puxou minha cintura com força e deu uma empurrada firme e determinada. Foi como se me rasgasse por dentro. Me senti completamente invadido e sem controle da situação, enquanto seu membro deslizava longamente dentro de mim. Era enorme e entrava cada vez mais, sem parar, sem ter fim, me dilatando e rasgando profundamente.
Ainda mantendo a pressão e dando pequenas estocadas no fundo de meu poço, soltou as mãos de minha cintura. Senti, e vi no espelho, que me agarravam pelos cabelos da nuca e puxava minha cabeça para trás. Aliviou a pressão, começou a retirar e senti-o saindo, mas apenas um pouco. Então, puxou-me com firmeza e deu uma forte estocada. Senti entrar tudo, me rasgando outra vez. Ia deslisando sem resistência porque tinha muito óleo, mas era mais grosso que meu reto e ia me alargando e dilatando conforme penetrava e, finalmente senti seu corpo inteiro envolvendo-me as nádegas enquanto seu membro tinha espasmos dentro de mim. A grande cabeça de seu rijo músculo pulsava enfim no mais profundo de mim.
Sua respiração estava resfolegante e a minha também. Senti suas mãos subirem para meus ombros, me puxarem e prenderem com força e então, com um movimento de quadril e um empurrão mais forte, seu membro cada vez mais grosso se enterrou novamente sem dó e até o fim. Era como um pilão a me socar. Socou uma, duas, três vezes, cada vez mais rápido e forte.
A cada estocada eu instintivamente chegava meu corpo para trás e empinava mais as nádegas para que entrasse tudo. Gemia forte a cada empurrada e já não era mais eu que estava ali. Havia perdido todas as vergonhas e só queria me entregar completamente e cada vez mais, num vórtice sem fim de desejo e necessidade de ser mais penetrado, mais profundamente! Então, senti uma explosão de gozo, com ele gritando e gemendo e sua porra escorrendo por minhas pernas por onde havia escorrido antes o óleo, muito quente e farta.
Pude sentir seu gozo me inflando os intestinos por dentro e se expandindo por toda a parte em espasmos nos quais seu membro parecia engrossar mais para depois expulsar um novo jato, e mais um e outro. Nossos dois corpos tremiam convulsivamente. Suas duas mãos subiram até meu pescoço e estrangulava-me a cada espasmo de seu membro dentro de mim. Puxava, apertava, empurrava enquanto eu gemia. O reflexo de seu rosto no espelho mostrava um animal enlouquecido destruindo outro por puro prazer e satisfação de submetê-lo ao seu prazer.
Soltou um longo grito junto aos meus gemidos de dor e prazer. Depois, foi ficando bem parado e seu corpo se dobrou sobre o meu e relaxou. Era pesado, mas o peso era bom e ele sussurrava coisas sem sentido em meus ouvidos, dizendo que meu cu era muito gostoso, e que ele não havia resistido e havia caído em tentação.
Senti seu membro latejando dentro de mim e sua culpa latejando em sua alma, em cada uma destas suas últimas palavras. Mas, mesmo assim, continuava sentindo os espasmos involuntários de seu membro ejetando gozo em meu interior. Pulsava em um ricto de contrações e parecia se desentumecer gradativamente em cada pulsação.
Mas, no reflexo do espelho, seu olhar ainda brilhava de desejo. Os dentes superiores mordiam o lábio inferior, a pele, molhada de suor, a respiração ainda sibilante por entre os dentes... A expressão facial de seu desejo fez-me sentir irresistivelmente desejoso de mais e empinei mais as nádegas e me empurrei para cima e para trás num movimento circular, um quase rebolar, pressionando meu esfíncter contra seu colo e seu membro que, mesmo menos rígido que há pouco, voltou a penetrar-me bem fundo em uma única estocada.
Nesse momento de máxima penetração, em que me forçava a entrada além de onde já havia ido, em que me tocava já o que sentia como o fim de minha interioridade, onde parecia não haver mais para onde penetrar, em voz rouca pedi: - mais, mais, por favor, mais, e senti seu membro enrijecendo novamente, engrossando, me expandindo o interior, e seus movimentos retornando de um modo reflexo e ritmado, me penetrando novamente, e socando, puxando meus cabelos, estrangulando meu pescoço e empurrando mais e mais e novamente outro espasmo de gozo sendo ejetado dentro de mim. Sentia o calor de seu gozo me inundando o interior até os intestinos e sendo expelido para fora, escorrendo por entre minhas nádegas e pernas.
Comecei a gozar fartamente junto com ele e o sêmen escorria por minha uretra como um esguicho. Era como se fosse o dele, que me atravessasse, passasse por meu interior e se ejetasse em espasmos ritmados com os dele. Ambos tínhamos movimentos espasmódicos incontrolados, explosões de prazer, ejaculações involuntárias que nos faziam tremer violentamente e gemer sem parar.
Senti seu corpo desabar sobre o meu que também perdeu todo o tônus e ficou escorrendo pelas bordas da maca, como se fosse um relógio derretido de Dali. Seu membro foi amolecendo e aos poucos sendo expulso de meu interior pelas contrações das paredes do ânus e do esfíncter. Foi saindo de mim como um grande cagalhão, certamente o maior que já havia expulsado e deixando uma enorme sensação de alívio. Mesmo sem querer, ainda fui prendendo-o a cada pouco que saía, tentando mantê-lo dentro de mim, tentando prolongar cada momento numa eternidade.
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Estamos sentados nas cadeiras ao lado da maca, ambos sem as calças, mas ainda com as camisas que nunca chegamos a tirar. Ainda respiramos forte, mas agora olho para o chão por entre meus joelhos dobrados e sinto crescer-me a vergonha e o constrangimento pelo que passei, por estar ali naquela situação de haver servido de objeto de satisfação dele, por sentir-me menos masculino, por temer que outros soubesse que havia gostado tanto de ser usado assim, de servir, de ser menos válido, de ser tão ativamente passivo como fui.
Começo a chorar baixinho, desconsolado por estar neste lugar que, no fim, me parecia tão baixo e desprezível, quase repulsivo, de ser usado e comido, como se fosse não só uma mulher, mas uma puta. Ivo percebe meu constrangimento, se debruça para frente, pega minhas mãos entre as suas, me diz que está tudo bem. Que a tentação nos atenta a todos e faz-nos fazer e desejar coisas que desprezamos. Que é deus e o diabo brigando dentro da gente como numa rinha de galo. E que não dava para deus ganhar sempre, porque sem o diabo não podia haver equilíbrio em nossa alma. Que deus e o diabo fazem parte da gente e que hora temos que deixar o diabo ganhar para termos um pouco de satisfação e alívio. Que depois que o diabo ganhava era como depois que o cagalhão saía. Era um tempo de alívio e que deveria aproveitar com leveza.
Mas muito constrangido continuava a choramingar baixinho. Ivo levantou da cadeira e aproximou-se de mim. Pôs uma mão sobre minha cabeça e começou a acariciar meus cabelos. Reclinei a cabeça em sua direção e ele aproximou-se mais. Apoiei minha cabeça em seu quadril e ele começou a acariciar meus cabelos entre suas duas mãos. Eram muito gostosas suas carícias e apoiei-me completamente em seus pelos pubianos. Sentia sua respiração e suas mãos me pressionando delicadamente contra seu púbis. Suas mãos conduziam os movimentos de minha cabeça durante suas carícias em meus cabelos, como que para me embalar em um consolo.
Mas, nesse movimento meu nariz e boca começaram a deslizar sobre a parte superior do tronco de seu membro, que começou pouco a pouco a intumescer-se outra vez, nos batimentos do ritmo cardíaco. Senti ele girar o púbis para ajeitar esta parte entre meus lábios muito discretamente, quase acidentalmente. Entreabri-os e aceitei que ele ficasse completamente envolvido por eles, tocando em meus dentes entreabertos. Senti-o enrijecer e erguer-se aos poucos. Ainda estava muito besuntado de óleo e ele começou a mover levemente os quadris, pressionando o membro para cima e para dentro de minha boca. Senti uma fortíssima ereção. Meu membro ficou muito duro, ereto, apontando para cima e movendo-se para cima e para baixo espasmodicamente.
Ele se afastou um instante e o vi pegar a bisnaga de óleo e esguicha-lo sobre seu membro e depois entre meus lábios. Colocou a bisnaga sobre a maca e levou uma de suas mãos ao membro, erguendo-o em direção aos meus lábios e colocando-o entre eles. Entreabri a boca e deixei a cabeça penetrar o espaço entre meus dentes. Com a outra mão senti-o segurar meu queixo por baixo, apertando minhas bochechas por fora no espaço entre os dentes superiores e inferiores, de modo a afasta-los. Ouvi-o sussurrar baixinho para abrir mais a boca e obedeci. Toda a cabeça entrou e a envolvi imediatamente com a língua e suguei o resto do corpo que ele empurrou com firmeza e determinação até que alcançasse minha garganta. E ainda havia muito para fora.
Meu membro já doía muito de tão duro e inchado. Era muito forte a excitação. Ivo pegava-me a cabeça com as duas mãos, com os cabelos enroscados em seus dedos, puxando-me contra ele suavemente no início, depois puxando-a para trás e novamente contra ele. Ele claramente masturbava-se com minha boca. Ocasionalmente tirava tudo para fora e recolocava, pedindo-me para mamá-lo. Sugava-o cada vez com mais intensidade e ele precisava fazer força para para tirar seu membro, bastando depois recoloca-lo entre meus lábios para que o sugasse novamente. Mas uma parte ainda sempre permanecia para fora.
Ivo literalmente fodia minha boca e cada vez ficava mais excitado e ereto e grosso. Eu já precisava ficar completamente escancarado para que entrasse e me ocupava todo o interior entre a língua e o céu da boca. Comecei a gozar e gemer e ele pegou-me os cabelos com as duas mãos e começou a puxar-me com mais forca e senti seu membro começar a penetrar em minha garganta, sufocando-me. Mas ele retirou. Colocou mais óleo em minha boca, garganta e em seu membro e falou: - respira fundo, prende e relaxa bem a garganta. Obedeci-o e senti-o reintroduzindo o membro até a garganta e depois pressionando-o mais. Começou a deslizar e penetrar-me até que fiquei sem ar novamente. Ele retirou e mandou-me respirar e novamente enterrou muito lenta, mas firmemente e senti que me penetrava até seu colo se encostar em meu rosto e, neste ponto, deu uma estocada, e mais outra, e mais uma e puxou-me firmemente, mantendo-me preso. Senti seu gozo jorrar para o interior de minha laringe e quase sem ar o empurrei. Saiu esguichando muito e encheu-me a boca de gozo.
Seu gozo escorria pelos cantos de minha boca e seu membro continuava e ejetar novos jatos sucessivos. Comecei a ter espasmos de gozo e me mantive de boca aberta enquanto ele se mantinha segurando minha cabeça entre suas mãos. Senti que parava de gozar, mas mantinha a cabeça de seu membro entre meus lábios. Pediu que me ajoelhasse aos seus pés e obedeci. Manteve-se segurando meus cabelos e senti um novo jato forte e muito quente esguichando em minha boca. Era um jato muito forte que logo transbordou por meus lábios e escorreu por meu queixo, pescoço, peito. Ivo ordenou-me que bebesse, que engolisse tudo, que não perdesse nem uma gota e continuou a esvaziar-se sobre mim que tentava bebê-lo enquanto ainda continuava tendo espasmos de gozo.
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Desabamos ambos sobre o chão. Eu não acreditava no que havia acontecido. Sua urina escorria-me por todo o corpo e ele me puxou pela mão e levou-me ao chuveiro de sua cela onde me banhou largamente e ensaboou cuidadosamente com os dedos entre minhas nádegas. Sorria delicadamente e dizia que agora eu era dele e só existia para seu prazer e alegria, e que a alegria era coisa divina e que devíamos dar graças a deus por termos tido tanto prazer tão fartamente.
Disse-me que já se aproximava a hora dos internos se recolherem aos dormitórios e que deveria voltar para lá para não despertar suspeitas e procura-lo no dia seguinte para que me fizesse uma nova aplicação.