Lara:
Amor de pica… Já ouvi falar sobre isso. Eu muita vezes pensei que fosse mentira, mas tenho que admitir: ser bem comida mexe com uma mulher. Não sei se muda a mente ou só escancara o que já estava lá.
Deitada ao lado do meu irmão, evitava seus olhos como se fossem espelhos. Toda vez que fechava os meus, voltava àquela noite no rio: o cheiro de água e suor, as mãos brutas de Darlan moldando meu quadril, a ardência que se transformou em algo além de dor. Até agora, o eco dele dentro de mim persistia, como uma cicatriz.
- Lara: [sussurrando para o travesseiro] Merda… Não vou conseguir dormir assim.
Virei de lado, as pernas se fechando instintivamente. O sono fugia, então mergulhei nos meus próprios fantasmas:
Como cheguei nisso aqui?
Anos atrás, vi meu pai sair de casa carregando meu irmão nos braços. A mala arrastada, e eu não entendia. Minha mãe desabou no sofá, o choro dela engasgado, as mãos cobrindo um rosto que já não lembrava de sorrir.
- Lara: Mamãe… O que tá acontecendo?
- Paulina: Não é nada, Lara.
- Lara: Por que o papai e o Dedé foram embora? Eles vão viajar?
- Paulina: Não, porra! Seu pai me traiu. É isso que homens fazem! Traem, usam, cospem na gente! E seu irmão… Nem adulto é, e já me traiu também.
- Lara: O Dedé… traiu você?
- Paulina: André, Lara! André! Ele sabia e não me contou. Homem é tudo igual… Pegam o que querem e vão embora. Agora me deixa em paz.
- Lara: André…
Eu só percebi agora, eu nunca mais usei aquele apelido...
O tempo foi passando, e eu tinha aquela mágoa: meu pai preferira o meu irmão? Perguntei à minha mãe, mas ela não respondia. Até perguntei ao papai, mas ele só dizia que a vida era complicada.
Meu irmão, sempre que eu ia ficar com o papai, se esforçava pra ser meu amigo. De certa forma, ele era o único.
– Lara: Mamãe, por que você e a tia não se falam mais? Ela nem vem aqui mais.
– Paulina: A culpa é... a culpa disso é de uma pica, Lara. É de uma pica.
– Lara: O que é pica, mamãe?
– Paulina: Kkkkkk... algo que eu espero que você nunca conheça. Kkkkkkkkk...
Ela estava completamente bêbada.
Meu pai morreu. Eu não tive muito tempo com ele, não pude perguntar coisas... Tudo que sabia dele era mais sobre o que o André me contava.
Nesse tempo, eu cresci e ganhei uma amiga. Uma grande amiga.
– Sara: Lara, o que tá rolando?
– Lara: A puta da Larissa, como eu odeio ela... Filha da puta! Meu irmão estava namorando uma mina, aí a Larissa e o amante dela foram transar com a namorada dele. Eu nunca vou perdoar ela!
– Sara: Nossa... E como ele está?
– Lara: Triste, né? E pra piorar, a minha mãe deixou ela ficar lá na casa do André.
– Sara: Mas você queria o quê? Que mandassem ela embora?
– Lara: Sim, porra! Ela não é de confiança! Se fez isso, imagina o que mais ela vai fazer!
– Sara: Aff... Você deveria deixar eles se resolverem, Lara. Seu irmão é corno, mas pelo menos arrumou alguém kkkkk. Você não arruma nem pra ser corna kkkkk.
– Lara: Sua putinha kkkkkk! Não fala assim dele, ele não merece isso... Eu vou estar aqui pra apoiar ele. Meu irmão não precisa de mais ninguém. E você sabe que não gosto de garotos, assim como você, então não tenho pressa.
Naquele dia, liguei pro meu irmão. Queria que ele soubesse que eu estava lá pra ele.
– Lara: Ei, mano... Como você está?
– André: Com raiva, puto... Não sei se tem outras palavras kkkkk.
– Lara: Posso pensar em algumas kkkkkkk! Aquela puta da Larissa te ferrou.
– André: Nem me fala. Isso é uma merda, sabe? Fico mais triste por ter sido ela fazendo isso do que pela minha namorada, saca?
– Lara: Claro. Ela é família, né? Mas se quiser conversar, sabe que estou aqui, né?
– André: Claro que sei, magrinha kkkkk. Você é dez. Mas, ei... Quem era aquela menina lá na frente do seu colégio?
– Lara: Huuuu... Aaah, a Sara kkkkk! É minha melhor amiga. Ela é muito gente-boa, mas tira o cavalinho da chuva.
– André: Por quê?
– Lara: Ela gosta do que você gosta kkkkkk... Bu-ce-ta kkkkkkkkk!
– André: Sério? Kkkkkk... Droga.
Eu lembro que senti um ciúme dele falando da Sara, mas não era um problema. O tempo foi passando, e a minha amizade com a Sara ia mudando...
– Sara: Lara, que bundinha...
– Lara: Eii kkkkkkk! Eu não jogo no seu time, guria kkkkkkk!
– Sara: Kkkkkk... E em qual time você joga, garota? Nunca dá bola pros meninos que estão afim de você.
– Lara: Na verdade, eu não sinto nada por eles. Sei lá, não vira, sabe?!
– Sara: E com mulher? você marca algumas caixinhas de lésbica kkkkk.
– Lara: Kkkkkk... Ah, não sei... Nunca pensei nisso. (menti, eu já tinha pensado)
– Sara: Porque você não testa?
– Lara: Testar?
– Sara: Sim kkkkk! Olha, eu sou lésbica e sou sua amiga. Nada melhor do que você testar comigo. Caso não goste, não vai ser uma experiência traumática, sabe? E nossa amizade não vai mudar, linda!
– Lara: E porque você quer isso? Só pra me ajudar? Kkkkkk...
– Sara: É só pra te ajudar kkkkk... E chupar sua buceta kkkkkkk!
– Lara: Safada kkkkkk! Poxa, não sei... Isso me deixa nervosa kkkkkk.
– Sara: Bem, já é um começo kkkkk! Já fiz você sentir alguma coisa. Tá afim?
– Lara: Tudo bem... Está bem. Mas se eu não gostar, vai ficar tudo bem entre a gente?
– Sara: Sim!
– Lara: Ok, mas não pode ser aqui em casa... Minha mãe não pode descobrir.
– Sara: Pode ser na minha!
– Lara: Mas sua mãe também não sabe que você é lésbica.
– Sara: Que eu sou lésbica, ela não sabe. Mas que eu me divirto com algumas amigas, ela sabe e não liga kkkkkkk!
– Lara: E seu pai?
– Sara: Meu pai não importa kkkkk. Minha mãe que manda em tudo lá em casa. Tudo mesmo...
– Lara: Ok... Tá combinado!
Eu lembro como fiquei nervosa com aquilo kkkkkk – coração na boca –, mas estava entusiasmada. Ser com a Sara me dava mais confiança.
No dia em que fui à casa da Sara, me arrumei toda. Não sabia o que esperar, mas sabia que tinha que estar bonita, pelo menos. Fiz o cabelo, me depilei, passei um creme super cheiroso.
Quando cheguei lá, a mãe dela foi quem me recebeu. O que me deixou ainda mais nervosa.
– Marina: Oi! Quem é tu, guria?
– Lara: Eu... Eu, eu sou a Lara. Sua filha me disse pra vir e...
– Marina: Kkkkkkk... Ah, tá. Entra, garota! Não repara na bagunça. Tô procurando uma merda de um documento do caralho. Meu maridinho estrume de vaca perdeu... Esse filho da puta só me dá trabalho!
– Lara: Ah... Não tá nada bagunçado, não, s-senhora.
– Marina: Senhora? Senhora? Saraaaaa! Vem cá, sua amiga tá me chamando de senhora!
Sara desceu as escadas correndo, com um sorriso largo no rosto.
– Sara: Eiii! Você tá linda! E não chama ela de senhora, kkkkk... (sussurrou) minha mãe pode ser ... estranha !
Nós subimos pro quarto da Sara.
– Lara: A gente vai fazer isso com sua mãe em casa?
– Sara: Ah, minha mãe tá bem ocupada kkkkkk. Ela não vai vir aqui... E também ela não liga.
– Lara: Não sei, Sara... Não tô muito confortável assim.
– Sara: Para de coisa! Quando começar, você não vai nem lembrar da minha mãe.
– Lara: Você acha? Porque sei lá... Eu posso ficar travada sabendo que ela tá lá em baixo.
– Sara: É só você prestar atenção em mim embaixo de você. (ela beijou meu pescoço)
– Lara: Ok... Tudo bem. Vamos tentar.
Eu estava nervosa também por não saber o que fazer. Ver vídeo é uma coisa, mas fazer...
– Sara: Ei, não fica com essa cara kkkkk!
– Lara: Amiga, eu nem sei fazer isso... kkkkkk. Aí, tô nervosa!
– Sara: Relaxa. Olha, é mais fácil com mulher. Você sabe como quer se sentir. Agora, você vai transmitir isso pra mim – que já entendo. Se fosse com um cara, seria bem mais complicado: você não sabe os lugares, não sabe como eles se sentem.
– Lara: Eu nem sei se sou lésbica mesmo kkkkk.
– Sara: Eu tenho um pensamento. Não vai ser aqui que você vai descobrir se é lésbica ou não.
– Lara: Como assim?
– Sara: Eu também não tenho certeza. Na minha opinião, você só é lésbica de verdade quando levar pirocada na xana e não gostar. Aí você vai ter certeza.
– Lara: Então você ainda vai querer transar com um cara?
– Sara: Sim! Por mais que eu tenha quase certeza que não vou gostar.
– Lara: E você já tem alguém em mente?
– Sara: Sei lá kkkkk... Talvez possa ser o seu irmão kkkkkk!
– Lara: Saraaa!!!
– Sara: Kkkkkkkk! Não seja gananciosa. Seu irmão também vai querer provar da Sarinha aqui kkkkkkkk!
– Lara: Garota, você não presta kkkkkkkk!
– Sara: Vamos logo com isso! Você tá me enrolando, garota! Kkkkk!
– Lara: Aaaah, meu Deus kkkkkk! Tá bem... Vamos lá. O que eu faço primeiro?
– Sara: Hmm, deixa eu ver... Fica em pé no meio do quarto.
– Lara: Ok... (fiquei em pé lá, parecendo uma peça de exposição kkkkk). E agora?
– Sara: Agora tira a roupa pra mim, vadiaaaaa! Muahahaha!
– Lara: Sara, quer morrer?
– Sara: Kkkkkkkkk! Lara, vem aqui. Relaxa, garota... Tem que ser natural kkkkkk.
– Lara: Mas eu não sei, né kkkkkk...
– Sara: Kkkkkk... Deixa comigo. Sarinha ama Sarinha cuida kkkkk!
Ela sentou atrás de mim, suas pernas envolvendo minha cintura como uma teia quente. Seus lábios deslizaram pelo meu pescoço, devagar, e cada beijo era um arrepio que descia pela espinha. Eu tremia, as mãos dela desenhando círculos na minha barriga por baixo da camiseta.
– Sara: E esses cabelinhos arrepiados? É por mim? Kkkkk...
– Lara: Sara!! Tá me deixando com vergonha kkkk!
– Sara: De quê? Eu nem tô com meu rosto entre suas pernas ainda kkkkkk!
Deus. A imagem invadiu minha mente: a Sara ajoelhada, aqueles olhos travessos fixos em mim enquanto... Não, Lara, para. Mas meu corpo já respondia, o calor subindo como um fio elétrico.
Ela puxou a camiseta devagar, os dedos roçando minha pele – um toque leve, quase de medo de assustar. O ar gelado do quarto bateu nos meus seios, mas a respiração quente dela logo ocupou o lugar.
– Sara: Vamos tirar essa camisa do caminho, e... nossa, que cheirosa kkkkk. Alguém estava ansiosa...
– Lara: Si... Sim...
Ela tirou minha camisa e beijoqueou meu mamilo – a língua dela desenhando círculos molhados que me fizeram arquivar as costas. Cada vez que ela apertava meus seios de leve, um calor descia direto pra minha virilha, como se meu corpo virasse um fio desencapado.
– Lara: Aaah, Sara... Eu tô ficando encharcadaaa...
– Sara: Calma kkkkk... Jajá eu provo seu suquinho kkkkkk.
– Lara: Sara!!
Ela segurou meus peitos – que cabiam perfeitamente nas mãos dela –, os dedos pressionando com uma mistura de firmeza e doçura. Enquanto isso, a boca percorria minhas costas: beijos que viraram mordidas leves na nuca, até a língua dela escorregar pela coluna e parar na borda da calcinha.
– Sara: Agora vem... Vamos tirar essa saia.
A saia deslizou pelo chão, e o ar do quarto arrepiou minha pele nua. Fiquei só de calcinha rosa – aquele tecido já marcado por um triângulo escuro, úmido e grudento. Minha xoxota pulsava, e eu jurava que Sara conseguia ouvir.
– Sara: Nossa, você não mentiu quando falou que estava encharcada kkkkkk!
– Lara: Ss...ssiim, sii... Aaaah!
Ela abaixou minha calcinha num movimento lento, o tecido grudando na minha pele molhada. Fiquei completamente exposta – o ar gelado do quarto contra minha xoxota latejante, enquanto a respiração quente dela queimava minha nuca.
– Sara: Kkkkkk... Para de tremer, caralho kkkkkk!
A língua dela voltou a descer – das minhas costas até a portinha do meu reguinho –, mas dessa vez não parou. Meteu a língua com uma pressão que fez meus joelhos fraquejarem, sugando como se quisesse tirar meu sangue ali mesmo.
– Lara: Uiiiii, Sara!!!!! Tá loka? (pulei como um gato assustado)
– Sara: Kkkkkk... Calma, gatinha. É que quando você toca aqui... (a ponta do dedo gelado roçou meu cu num círculo rápido) ...reage aqui. (o mesmo dedo escorregou pros lábios inchados da minha buceta, desenhando um caminho de fogo)
– Lara: Aaaaaaaah! (um gemido escapou, alto e sem controle)
O dedo dela, encharcado do meu suco, pressionou a entrada do meu cuzinho. A ponta entrou só um milímetro – o suficiente pra eu sentir o corpo travar entre o medo e o desejo –, mas ela retirou, voltando a esfregar devagar na minha xana já tremequeira.
– Sara: Tá gostando? Quer continuar?
– Lara: Sim... Ssim, continua...
– Sara: Ok kkkkkk!
Ela abriu minhas pernas com uma mão firme, arrastando-se pra minha frente. Os lábios dela beijaram meus pelos pubianos – aparados, certinhos –, e cada toque era um choque que me fazia contrair o estômago. A respiração quente dela batia direto na xoxota, um vapor que misturava vontade e vergonha.
– Lara: Vai... Por favor...
Sara desceu lentamente, a boca a milímetros da minha xota. Eu jurava que o mundo tinha parado – até a risadinha dela ecoar no quarto.
– Sara: Tá com pressa, né? Kkkkkk...
E então, a língua dela rasgou o silêncio. Um movimento largo, devagar, dos lábios até o clitóris, como se estivesse provando um sorvete derretido.
– Lara: Aaaaaah, caralho! Que delíciaaaa!
Ela chupava com uma mistura de curiosidade e sede – às vezes leve, quase um arrepio, às vezes sugando como se quisesse extrair minha alma ali. Meu corpo se contorcia no ritmo dela, as pernas tremendo como se fossem desmontar.
– Lara: Aaaaah, eu vou gozar... Vou gozar, porraaaaaa!
A sensação começou lá dentro – um nó de fogo que subia, apertava, até explodir em ondas. Eu me agarrei no cabelo dela, os dedos enterrando nos fios, enquanto gemidos roucos escapavam como se não fossem meus
Eu não conseguia conter aquela sensação. Não dava pra segurar – era como segurar um tsunami com as mãos. Cada músculo do meu corpo trava e solta ao mesmo tempo, e eu...
– Lara: Porraaaaaaaaaa, aaaaaaaaaah!
Gozei. Gozei como se tivesse sido espremida por um deus grego. A Sara enterrou o rosto na minha xoxota, bebendo cada jato como se eu tivesse enchido o copo dela de graça. Meu quadril sacudia sem controle, os dedos dela marcando minha coxa como tatuagem.
Quando abri os olhos, ela estava ali: rosto melado, cabelo grudado na testa, e aquele sorriso de gata que roubou o leite kkkkkk.
– Sara: Tá viva, princesa?
– Lara: Ahn... Ahn...
Ela se deitou ao meu lado, puxando meu queixo pra um beijo que misturava meu suco e seu batom barato. Eu desabei na cama – pernas tremendo, o útero ainda pulsando como se tivesse engolido um vibrador ligado.
– Sara: Tá... (beijo) bem... (beijo) assim... (beijo) que eu gosto.
E os espasmos continuavam. Maldita fosse ela.
(Tempo atual)
Minha mente voltou pro presente momento. Eu estava ali deitada ao lado do meu irmão, minha xota tava lascando fogo com as lembranças.
– Já vi que dormir tá fora de questão kkkk...
Levantei devagar pra não acordá-lo e saí. Fui pra beira do rio e fiquei lá sentada, jogando pedras na água.
Meu pensamento logo voltou novamente ao passado. Lembrei de quando descobri que meu irmão estava fodendo a Larissa...
(Lembranças)
(Cena presente na primeira temporada)
– André: Lara, cheguei!! LARAAAAAA!
Lembro que me assustei muito. A Sara estava lá em casa chupando minha buceta quando meu irmão chamou lá na sala.
Eu e ela nos arrumamos correndo, e eu desci ver ela lá na sala... Fiquei decepcionada.
Depois do que ela fez, estava ali com ele como melhores amigos... Ele morava com ela e não comigo, ria com ela e não comigo, com certeza contava os segredos pra ela e não pra mim...
Me segurei, conversamos, mas logo veio outra bomba... Eu e a Sara já estávamos namorando naquele dia. Ela queria beber água.
– Sara: Ai, tô com sede...
– Lara: Não quero ir lá em baixo com essa piranha aqui...
– Sara: Ah, então eu vou kkkkk! Fui eu que chupei sua xota, gata. Minha boca tá cansada kkkkkkk!
Sara desceu, mas não demorou. Voltou correndo toda vermelha.
– Sara: Você não vai acreditar kkkkk!
– Lara: O quê? Fala logo!!
– Sara: Não dá... Só você vendo com seus olhos kkkkkk!
Eu ia ver como se não fosse com os olhos? Com o cu? Kkkkkkkk!
Mas quando cheguei lá, meu coração partiu... Meu irmão estava comendo a Larissa com ela recostada na bancada da cozinha. Ele metia nela com força, ela gemendo...
Eu assistia vidrada. A Sara parece que percebeu: agachou entre as minhas pernas, puxou minha saia e começou a chupar minha buceta enquanto ele bombava a rola na Larissa.
Aquela piranha rebolava na pica dele, gemendo que nem uma cachorra. Meu tesão era presente, mas também tinha uma tristeza. Não sentia que era errado por eles serem primos, mas sim por ser com ela – que fez o que fez com ele –, e mesmo assim...
Mesmo assim ele escolheu ela... E nem me contou... Não deu pra pensar muito nisso porque minha mãe chegou e nos pegou.
Foi uma zona. Minha mãe ficou puta da vida comigo e com eles. E pra piorar, a Larissa veio morar lá em casa.
Eu não suportava ela...
Pra piorar, ela engravidou dele. Eu odiava cada vez mais a Larissa, mas sempre tinha um fato novo.
Com o tempo, percebia minha mãe apoiando o André – e pior: parecia que ela me incitava a querer ter uma relação com ele.
– Lara: Mãe, você deveria estar mais chateada. Meu irmão engravidou a Larissa, nossa prima...
– Paulina: Sim, mas você quer que eu faça o quê? Aconteceu, filha. Amor não é tão grave... Eles são primos...
– Lara: Mas mãe...
– Paulina: Sem "mas". Eles podem ter uma família unida, filha. Você não quer ser mais unida com seu irmão?
– Lara: Sim, mas...
– Paulina: Xiuuu... (ela colocou o dedo na minha boca) Essa é uma das formas de ter uma família unida... Não fica com raiva deles.
Eu não entendia. Quando contei isso pra Sara, pensei que ela ia ficar estranhando minha família...
Mas não foi assim. Só descobri que todos em minha volta tinham segredos.
– Sara: Ok, você tá puta porque seu irmão engravidou a Larissa?! Mas é só isso?
– Lara: Como assim?
– Sara: Você não tá chateada porque não é você no lugar dela?
– Lara: Tá loka, Sara? Claro que não kkkk!
– Sara: Sei lá, né? É o que parece... E sobre sua mãe estar querendo que você transe com seu irmão... Isso não é tão raro. Tem muita família estranha por aí... muita gente louca... eles fazem de tudo pra ter o que querem, tudo!...
– Lara: Como assim? Você não tá me contando alguma coisa, né?
Ela me contou sobre a mãe dela... Sobre a mãe dela ter sido a primeira relação sexual dela.
Eu lembro que fiquei completamente chocada. Mas não demorou nada pra descobrir que isso estava acontecendo na minha família.
Uma reunião na casa da minha vó, onde minha mãe confessou estar transando com meu irmão. E minha tia também estava.
E ele não me contou nada. Nada. A Larissa sabia, mas eu não!
Ele comeu todas as mulheres da família, praticamente. Mas eu? Ele não me quis. Por quê? Eu era feia? Meu corpo não era como o da minha mãe ou da minha tia?
Por que eu era a diferente? Por que meu pai não me quis? Por que minha mãe também não tentou comigo? Por que a minha tia não tentou com...
A Larissa morreu, mas aquele sentimento não foi com ela. Eu continuava me sentindo assim.
Pensei que talvez, ficando com ele, isso passasse.
– Sara: Ok, deixa eu ver se entendi: você quer minha ajuda pra conseguir transar com seu irmão?
– Lara: Sim!!
– Sara: Você tem noção que ele tá fodendo sua família toda? Kkkkkk... Porque você só não pede kkkkkkkk?
– Lara: Eu não quero assim... Quero que ele pense que você tá querendo mais que eu. Quero que, quando chegar na hora, ele me note.
– Sara: Ok... Eu meio que já queria testar se sou lésbica mesmo... Minha mãe pode ajudar com isso.
– Lara: Sua mãe?...
Foi aí que essas férias surgiram... Mas até naquele momento, ele não mostrou interesse em mim. Eu que tive que pedir. Ele fodeu ela com mais força, mas comigo foi tudo sem jeito. Ele parecia não me ver como mulher...
( Tempo atual )
Mas com Darlan foi diferente. Ele parecia me querer, me possuir... Parecia que aquilo importava pra ele...
Porque eu me sentia culpada. Eu não namorava o André. Nunca fui a primeira escolha dele, nem a segunda... Nem a porra da terceira escolha!!
– Marina: Oi, guria kkkkkk!
Era a Marina chegando por trás de mim.
– Lara: Sua vadia!!!
– Marina: Kkkkkk... Eu sei, eu sei kkkkkk! O Darlan pode ser muito bom no sexo, mas não pensei que ele fosse conseguir tão rápido kkkkkk!
– Lara: O que você quer? Vai me chantagear?
– Marina: Sim kkkk... Não é óbvio? Bem, pelo menos você não é burra, né, piranha kkkkkk! Só é safada... Mas quem sou eu pra julgar kkkkkkk!
– Lara: Fala logo o que você quer?!
– Marina: Quero engravidar, bebê. Quero ficar prenha, e quero que seu irmão seja o pai.
– Lara: Você perdeu o juízo! Não vou fazer isso!
– Marina: Ah, jura? Que booom kkkkkkk! Eu sempre quis usar aquela frase... Pera, pera... kkkk lá vai: pam pam pam paaaam pamm!!! “Se ele não for meu, não vai ser de mais ninguém”. Uiiii, que emocionante, caralho kkkkkkkk! Mas no seu caso, seria melhor dizer que não vai ser nem meu nem seu, porque depois que eu mostrar você molinha nos braços do negão... Hum... Homem com orgulho ferido é do caralho, porra kkkkk!
– Lara: Você não tem compaixão, não é?! Você não ama ninguém!!
– Marina: Hmm... Eu pensei que não amava mesmo... (seu rosto mudou o semblante) Depois das coisas que sofri... Pensei que o único jeito de ter a família que sonhava era assim: manipulando todos como peças num tabuleiro... Pensei que não ia amar ninguém mesmo. Um marido corno, uma filha que no fundo sei que me odeia... Mas eu amo. Amo seu irmão. Não sei por quê... Mas amo ele.
– Lara: Você acha que eu acredito nessa merda? Você só sabe manipular, isso sim, vadia escrota!
– Marina: Cala a boca, sua éguinha de pasto seco! Não confunda as coisas Putinha tagarela. Eu não disse que não vou Ferrar você caso não faça o que pedi. Só falei que amo seu irmãozinho, e isso não é mentira... Imagina eu conseguir entrar pra família dele?! Pra sua, né kkkkkk? Eu ia me juntar à sua mãe e sua tia. A Sara ia te esquecer e se juntar a nós três, as putas dele kkkkkk! Minha irmã também. E você? Você huuum deixa eu ver... Pode ficar com o Darlan. Ele também é bom de cama, por mais que nunca tenha me feito sentir o que o André fez...
– Lara: Você!! Eu vou...
Nesse momento, ouvimos gritos vindos da parte principal do acampamento.
Corremos pra lá, e eu vi a Sara caída no chão..
Ela.... Ela tinha uma faca enfiada na barriga. Seu vestido manchado de sangue... Minhas pernas tremiam; eu não conseguia me aproximar.
John e André tentavam estancar o sangramento. O sangue pingava da mão dele.
– Marina: FILHAAAAAAAAAAAA!!!!
Marina correu pra cima de Sara tropeçando – parecia um filme de terror. Naquele acampamento, só com as luzes do poste, pessoas correndo...
Eu consegui chegar perto dela... lentamente. Não queria ver caso ela estivesse morta.
– Lara: Sara? Sara? Por favor, não!!! ( ela me olho com os olhos quase fechando )
– Sara: Eu contei Lara... contei tudo... Eles não vão te controlar também... E agora nem a mim... eu amo você!
Os socorristas a levaram pra entrada do acampamento, onde já tinha uma ambulância. No caminho, me contaram que ela revelou tudo sobre a Marina, o Darlan e sua família.
Mas logo depois, ela enfiou uma faca na própria barriga...
Chegamos ao hospital... André ligou pra minha mãe e tia. Minha mãe veio, mas minha tia ficou com meu sobrinho.
– Lara: André...
– André: As próximas horas são cruciais. Ela vai passar por uma cirurgia... As chances não são boas, mas... Ela ainda pode viver... Ela vai viver!
