Passando a Vara nas Vizinhas. Ou Não. - Capítulo 2

Um conto erótico de Carlos
Categoria: Heterossexual
Contém 4832 palavras
Data: 10/02/2025 17:59:11
Última revisão: 10/02/2025 18:00:19

ATENÇÃO: Como esta série tem uma construção lenta, fiz este capítulo um pouco maior para permitir que cheguemos nas cenas de sexo a partir do próximo capítulo.

Eu sou o Carlos e, nesta minha série de contos, narro as minhas aventuras tentando comer algumas vizinhas, com foco especial na minha querida vizinha Carolina, e impedir que meus desafetos se deem bem com a mulherada do prédio. Quem puder ler o primeiro capítulo, só procurar o capítulo 1 da série.

Meu nome é Carlos. Sou um professor universitário cinquentão, meio barrigudinho e calvo. Sou casado com a Odete, uma das maiores pegadoras que conheço. Temos um relacionamento liberal e aberto: cada um pode transar com quem quiser à vontade. Desde que o outro não flagre!

Duas semanas se passaram desde que comecei a malhar na academia, e a rotina estava começando a ficar mais natural. No entanto, na faculdade, percebia que tinha um casal muito apaixonado e disperso.

Eles também moravam no meu prédio e se chamavam Letícia e Antônio. Ela tinha 23 anos e ele tinha 25. A Letícia tinha 1,73m, cabelos castanho-escuros era branquinha, seios do tamanho cabe na mão e sobra um pouco, mas era uma falsa magra da coxona e da bundinha arrebitada e bem definida. O Antônio tinha 1,90m, bronzeado, fortão e jeito de surfista.

Desde os períodos anteriores, reparava que os dois não prestavam atenção à aula. Seja mexendo no celular ou distraídos um com o outro. Claro que esse comportamento relapso não era resolvido com um milagre de aprendizado instantâneo que os faria tirar notas altas. Pelo contrário, estavam entre as piores notas de uma disciplina de engenharia que já era famosa por ter notas baixíssimas.

Um dia, saindo da faculdade, as coisas começaram a mudar. Quando estava saindo de carro, no estacionamento, notei a Letícia andando na minha frente e seu rebolado gostoso logo chamou minha atenção. Ela não tinha uma bunda avantajada, mas era bem redondinha e arrebitada. Tão hipnotizado por esse rebolado, não resisti em parar ao lado dela e oferecer uma carona para o nosso prédio.

Ela olhou para mim, calculando se aceitaria ou não. E, enfim, aceitou. Apenas conversamos o básico naquela tardinha, mas foi um quebra-gelo.

No dia seguinte, um sábado de sol, o Rogério e a Jéssica tinham saído com a Odete e a Andréia resolver uns problemas desta última. Enquanto isso, eu fui ao apartamento 903, da Carolina, acertar uns detalhes. Como ela iria viajar a trabalho para os Países Baixos, eu me ofereci para ajudá-la a regar as plantas dela.

Carolina abriu a porta quase que imediatamente à minha batida, como se já esperasse por mim. Usava um short jeans desfiado, que destacava suas coxas, e uma camiseta branca meio larga, com um nó na frente que deixava um pedacinho da barriga à mostra. Estava descalça, com o cabelo escuro preso em um rabo de cavalo despretensioso.

— Carlos, entra aí — disse, com um sorriso rápido, mas sem tempo para conversa fiada. Estava visivelmente ocupada, com a cabeça cheia, organizando a viagem para Amsterdã. Mesmo assim, sua simpatia era algo que transparecia em cada gesto.

— Oi, Carolina.

O lugar estava em perfeita ordem, exceto por uma mala parcialmente aberta sobre o sofá, com roupas e documentos espalhados por perto. Ela me levou até a varanda, onde havia uma série de vasos com plantas diversas, desde suculentas até umas mais exóticas que eu mal sabia o nome.

— Essas são as plantas que precisam de mais atenção — ela começou, apontando para os vasos. — A maioria é bem tranquila de cuidar, só precisa de água a cada dois dias, mas aquelas ali — disse, apontando para um canto específico da varanda —, precisam ser regadas diariamente. E cuidado para não encharcar.

Eu ouvi com atenção, assentindo enquanto ela explicava os detalhes. A verdade é que, enquanto ela falava, me pegava admirando seus peitões, me perguntando se ela estava usando sutiã ou não.

Ao final das instruções, ela se virou para mim, entregando uma chave reserva.

— Caso precise de alguma coisa, pode entrar à vontade. Mas é só isso, regar as plantas. Mais alguma dúvida?

— Não.

— Obrigada, Carlos — ela disse, com um leve sorriso que, apesar da correria, parecia sincero. — Está me ajudando muito, de verdade.

— Mal pergunte, nas outras viagens quem te ajudou com as plantas?

— Ah, teve duas vezes que foi o seu Geraldo e, na última, o Rogério — disse ela, mencionando o porteiro que adora comer condôminas e o meu melhor amigo, que nunca mencionara ser amigo da Carolina. Notei um leve suspiro da parte dela, como se lembrasse de algo.

Logo, ela já estava voltando ao ritmo apressado de quem precisava resolver mil coisas o quanto antes.

— Vou terminar de arrumar tudo por aqui. Obrigada mais uma vez.

Eu observei sua beleza uma última vez antes de me virar para sair.

— Boa viagem, Carolina. Aproveite.

— Pode deixar. A gente se vê quando eu voltar — ela respondeu, já de volta às tarefas, mas ainda mantendo aquele ar simpático. — Trarei uma lembrancinha, se puder.

Deixei o apartamento com a chave, uma missão e o sonho de comer essa recém-divorciada gostosa.

Horas depois, naquela mesma noite, eu e Odete recebíamos Rebecca e Maurício para um jantar. Apesar de eu e Maurício sermos colegas professores, tínhamos pouco contato e decidimos mudar um pouco isso.

Rebecca usava um vestido de seda azul-marinho, justo o suficiente para delinear suas curvas, mas sem parecer vulgar, destacando sua pele clara e os cabelos castanhos ondulados que caíam soltos sobre os ombros. O batom vermelho suave que ela usava acabava fazendo seus lábios parecerem ainda mais convidativos. Por sua vez, Maurício vestia uma camisa social branca e calça preta, como o evangélico devoto que era. Não pude deixar de pensar no contraste entre eles: enquanto ele parecia contido, Rebecca exalava uma sensualidade quase inconsciente.

Odete, por outro lado, estava mais elegante do que o normal. Vestia um vestido vermelho justo que abraçava suas curvas voluptuosas. Eu, por fim, tinha optado por algo mais casual, o suficiente para parecer apresentável.

O jantar começou num clima bastante leve. Conversamos sobre amenidades, desde o nosso trabalho na universidade até uns casos da Rebecca na firma de advocacia. Tudo parecia seguir seu curso natural até que Odete pareceu começou a flertar, de maneira sutil, com o casal de evangélicos. Suas trocas de olhares eram sutis e, por a conhecer bem, sabia o que ela estava começando ali.

— Rebecca, você sempre tem um bom gosto impecável. Esse vestido... Realça tanto a sua beleza — iniciou Odete, com olhar lascivo.

— Obrigada, Odete — respondeu Rebecca. — Você também está linda. Vermelho realmente combina contigo.

— Vermelho é a cor da paixão, não é? — comentou Odete, sorrindo. — Maurício, você deve ser um homem de sorte.

— Sou sim, Odete. — Maurício sorriu um pouco desconcertado. —Rebecca é uma bênção na minha vida.

A cada comentário, cada sorriso, eu ficava mais e mais curioso para saber até onde Odete iria com aquilo.

Quando o jantar finalmente terminou e nossos vizinhos foram embora, me virei para Odete.

— Você estava flertando com eles?

— Gostei da beleza da Rebecca. É uma buceta que me deu vontade de chupar.

— Acha mesmo que vai conseguir algo justo com esses dois?

— Ah, querido, todos têm desejos, mesmo que eles não queiram admitir. E eu estou louca para corromper aquele casal de crentes metidos.

— Sei não. O Maurício é todo certinho... E a Rebecca...

— Isso só torna o desafio mais interessante.

Eu dei de ombros, deixando ela com esse desafio maluco. No entanto, algo naquilo me incomodava profundamente. Talvez, eu sentisse uma pontada de inveja por ela ter tido coragem de avançar na Rebecca primeiro.

— Não se preocupe, querido — disse, antes de me beijar na boca sorrindo. — Eu sei o que estou fazendo.

Tomara.

Na tarde seguinte, fui aproveitar um pouco da piscina. Desci com uma roupa de banho. Ao chegar lá, para minha surpresa, estava a minha aluna Letícia, nadando. De onde eu estava, não dava para ver como estava vestida, então fui rapidamente à borda.

Depois de saudar ela, tirei a roupa que usei para descer e mergulhei com a minha sunga vermelha. Apesar de ser domingo, estávamos apenas nós dois na piscina. Sem sinal do Antônio e eu que não iria perguntar sobre ele. Ficamos ali nadando e conversando por um tempo. Às vezes, eu saía para beber uma cerveja para os dois e continuávamos o papo.

Mais ou menos quando lembrei da bundinha arrebitada da Letícia nas calças jeans, rebolando na faculdade, tive uma ideia. Logo, comecei a aproveitar o papo para tentar fazê-la entrar para a academia. Ela estava muito à vontade, mas ficava reticente quanto à minha sugestão.

Quando a tarde deu lugar à tardinha, o máximo que consegui foi um “vou pensar” antes de se despedir. Então, a Letícia se apoiou na borda da piscina, erguendo para sair dela, bem na minha frente. Me dando uma visão privilegiada da sua bundinha linda no biquini ousado. Logo, ela se enrolou na toalha e foi para os elevadores. Aquela bundinha era mesmo fantástica. Meu cacete endureceu na hora e precisei nadar sozinho por uns minutos para não ser o tarado que anda de rola dura pelas áreas comuns.

Definitivamente, eu ainda iria comer a Letícia.

Pouco depois disso, quando entrei no apartamento, me deparei com Odete, Andréia e Jéssica animadas e espalhadas no sofá, cada uma segurando uma taça de vinho. Odete estava reclinada, uma perna sobre o braço do sofá, enquanto Andréia gesticulava, claramente envolvida em alguma história engraçada. Jéssica mantinha uma postura descontraída.

— Boa noite, minhas queridas!

Cumprimentei minha esposa Odete com um beijo na boca. Em seguida, dei um selinho na Andréia, que piscou para mim, rindo.

— Esse charme todo é porque quer alguma coisa? — provocou ela.

Um dia, ainda iria enrabar essa loira bunduda.

— Nunca se sabe. Só reconhecimento pelo meu esforço diário — respondi com um sorriso. Então, me inclinei para beijar a bochecha da Jéssica. — Como está, querida? E o Rogério?

O rosto de Jéssica se iluminou, como sempre acontecia quando ouvia sobre o marido.

— Na santinha da Jéssica, ele não tem coragem dar selinho — brincou Andréia.

— Hoje era dia de ajudar nas ONGs. Pela hora, deve ter saído daquela ONG que cuida de animais abandonados e ido ajudar a fazer o sopão para os desamparados.

Rogério. Sempre ele. Um homem bom, daqueles que parece que nasceram para carregar o mundo nas costas. Fiquei em silêncio por um instante, refletindo sobre isso. Algumas pessoas passam a vida tentando ajudar os outros, sempre dispostas, sempre presentes. Mas quem ajuda essas pessoas? O Rogério tinha a Jéssica, uma mulher incrível que estava sempre ali para ele. Mas e quantos outros tentavam salvar o mundo sem ninguém para apoiá-los?

— Ele tem um coração enorme — resumi.

Jéssica corou levemente e balançou a cabeça.

— Ele só faz o que acha certo.

— E isso é o mais raro — comentou Odete, enquanto eu já me afastava para o quarto.

No corredor, ainda conseguia ouvir a conversa continuar atrás de mim, inclusive a Jéssica mencionando algo que me chamou a atenção.

— ... O Enéias deve se mudar para cá esta semana.

Enéias? O nome me soava familiar, o Rogério mencionara algo sobre ele. Parecia não gostar muito dele. Parei, escutando por alto a conversa.

— Ele conseguiu alugar o 1103. Vai morar perto do trabalho, que nem eu.

— Hum, e como ele é? — perguntou Andréia, num tom casual demais para ser desinteressado.

Jéssica riu.

— É um cara bem legal e simpático. É o meu melhor amigo depois do Carlos. Vocês duas vão gostar dele.

Andréia pegou o celular e começou a fuçar no Instagram da Jéssica a procura do perfil dele. Deu para notar quando ela arregalou os olhos e virou a tela para Odete.

— Meu Deus, esse homem é um deus grego! Que delícia!

Odete olhou e assentiu, sorrindo com aprovação e safadeza.

— Realmente, gostoso e meio.

Jéssica suspirou, tentando manter a compostura.

— Gente, você lembram que são casadas, né?

Odete deu de ombros, enquanto Andréia ria.

— E isso nunca foi problema na hora de sentar em zeladores velhos, porteiros gordos ou vizinhos feinhos. Não vai ser agora que apareceu um Adônis.

Jéssica revirou os olhos, tentando desconversar, mas as duas continuaram rindo.

— Ai, ai, a nossa santinha fiel ao marido — provocou Andréia, piscando.

A reação de Andréia e Odete me arrancou um riso baixo. Eu duvidava que o Enéias fosse mesmo esse "Adônis" que as duas estavam descrevendo. Se arrependimento matasse...

A semana passou voando. Eu já tinha me acostumado à rotina de regar as plantas da Carolina. Já era domingo de tardinha. Entrei no apartamento dela com a mesma calma de sempre, indo onde os vasos ficavam. Mas logo percebi algo estranho. Uma almofada fora do lugar, além de sons abafados vindo do quarto dela.

Meu coração disparou. "Será que alguém entrou aqui?" pensei.

Devagar, me aproximei do quarto. O som ficou mais claro, um gemido abafado. Quando empurrei a porta, Carolina estava lá, deitada na cama, nua da cintura para baixo, a mão entre as pernas, se masturbando nervosamente. A calça e a calcinha jogadas no chão. O choque foi mútuo. Ela congelou ao me ver, e eu fiquei paralisado.

As pernas torneadas e o quadril curvilíneo atraíam meu olhar como um ímã. Seus pelos pubianos aparadinhos à mostra e sua mão, ainda trêmula, parecia não saber se deveria se cobrir ou continuar o que fazia.

— Fecha essa porta, caralho!

Confuso, quase sem pensar, fechei a porta, mas ao invés de sair, fiquei dentro do quarto. Não conseguia desviar o olhar. Meu cérebro parecia em pane, fixado na visão da sua bucetinha, na maneira como seus lábios estavam ligeiramente entreabertos. Era uma bucetinha pequena e depiladinha, a não ser por um risquinho de finos pelos e ralinhos propositais.

Eu estava gravando aquela imagem na minha mente, cada detalhe, cada curva, até o formato dos pelos.

Quando se recuperou do susto, Carolina se levantou, furiosa. Ela parecia mais com raiva do que envergonhada por eu estar a vendo nua da cintura para baixo. Ela não fez menção de se cobrir, se aproximando de mim com passos calculados, quase desafiadores. Seus olhos me encaravam com uma intensidade que eu não via há tempos.

Acho que fixei demais na bucetinha dela, pois meu pau explodiu dentro das calças. Ela percebeu e abaixou a cabeça, olhando de relance para o volume que aumentava e pulsava sob minha calça.

— O que você está fazendo aqui?

Ainda preso naquela hipnose, respondi de forma automática.

— Eu... estava regando as plantas... Você só devia chegar amanhã.

Ela estava tão perto agora que eu quase podia sentir o calor da sua pele.

— Houve uma mudança de escala — disse ela —, e cheguei faz duas horas.

A raiva no seu olhar era palpável, e ainda assim, eu continuava olhando para baixo, fixado na bucetinha, memorizando tudo, incapaz de desviar o olhar.

— Me dá a chave do meu apartamento — ela exigiu, estendendo a mão. Tremendo, entreguei a chave. — Agora sai.

Mal consegui balbuciar um pedido de desculpas antes de sair apressadamente, o som da porta fechando-se atrás de mim. Saí do apartamento atordoado, com o coração disparado, sem conseguir acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Provavelmente, eu tinha acabado com as minhas chances de comer aquela bucetinha...

A semana correu mais uma vez, com Carolina não aparecendo na academia nas primeiras noites. Na quinta, quando cheguei à academia com Jéssica, meu olhar foi imediatamente atraído pela Rebecca e Eliana, já ocupadas em seus exercícios.

Durante os exercícios, enquanto ajudava Eliana com um exercício de perna, minha mão escorregou suavemente pela sua coxa, subindo até o limite do short. Ela não só não se importou, como deu um leve sorriso, quase encorajando.

— Precisa de ajuda com esse exercício, Eliana? — perguntei, já sabendo que ela aceitaria.

— Claro, Carlos. Pode me ajudar a ajustar o peso? — ela respondeu, com um olhar que dizia mais do que suas palavras.

— Sabe, Carlos, você tem sido um ótimo parceiro de treino — comentou Jéssica, esticando os braços para alongar os músculos. Seu movimento fez sua regata subir um pouco, revelando mais da sua barriguinha.

— Só faço o meu melhor.

Rebecca, por sua vez, estava focada em seus próprios exercícios. Enquanto eu ajudava Eliana com outro exercício, minha mão roçou levemente em sua bunda. Ela não apenas não se afastou, mas inclinou-se mais, como se quisesse sentir mais o toque.

— Você está melhorando muito, Eliana — comentei, quase sussurrando em seu ouvido.

— Acho que é por causa do treinador — respondeu ela, com um sorriso cheio de segundas intenções.

Eu ri, tentando manter o tom casual, mas sabendo muito bem que aquilo ainda ia acabar em sexo.

Foi quando a porta da academia se abriu e a Carolina entrou. Ela estava deslumbrante, usando uma legging preta que destacava suas pernas e um top branco que realçava seus seios. O cabelo escuro estava preso em um coque bagunçado.

Trocamos olhares por um instante e percebi cautela naquele olhar. Ponderei que ela estivesse constrangida, mas eu queria esclarecer as coisas quanto ao incidente no quarto.

Entre as séries de musculação, enquanto Rebecca e Eliana conversavam distraídas ao lado, me aproximei dela. Ela estava terminando uma série no leg press, e esperei até que ela se levantasse, aproveitando o momento em que estava sozinha.

— Oi, Carolina. Podemos falar com você sobre o que aconteceu no...

Ela me olhou com uma expressão séria, mas não hostil.

— Contou para alguém?

— Não, juro que não — respondi rapidamente. — Eu nunca faria isso, Carolina. Foi só um acidente. Não tinha como eu saber que...

Ela continuou me encarando por mais alguns segundos antes de soltar um suspiro e relaxar um pouco.

— Tudo bem, Carlos. Vamos só fingir que aquilo nunca aconteceu, ok?

Concordei imediatamente, aliviado.

Ela me deu um meio sorriso, o primeiro sinal de que a tensão entre nós estava começando a dissipar.

— Certo, então... amigos como antes?

— Amigos como antes — confirmei, e ela deu uma pequena risada, antes de voltar para os exercícios.

Enquanto as coisas voltavam ao normal, ou pelo menos o mais próximo disso, tentei me concentrar nos meus próprios exercícios. Mas foi difícil, com Carolina, Rebecca e Eliana ao meu redor, cada uma tesuda do seu próprio jeito.

Foi quando aconteceu um evento que fez tudo mudar, no sábado de noite. Quando cheguei na academia, com meu velho tênis de corrida e uma camiseta surrada da faculdade, lá estavam elas: Carolina, Rebecca, Jéssica e Eliana. Cada uma delas, de sua forma, um deleite visual.

Carolina usava uma legging preta colada, realçando suas coxas torneadas e a bunda empinada. O top branco deixava à mostra sua barriguinha e fazia seus seios grandes chamarem atenção. Seus cabelos escuros estavam presos em um coque solto. Ela segurava um halter, concentrada, mordendo de leve o lábio inferior enquanto fazia o exercício.

Rebecca, a mais recatada do grupo, vestia uma calça de ginástica azul-marinho e uma camiseta larga que, por mais que tentasse, não escondia seu corpo bem cuidado. O cabelo estava preso num coque frouxo, e os fios soltos davam um charme adicional. Quando ela se abaixava para alongar, a camisa subia um pouco.

Jéssica, por outro lado, sempre impecável. De short curto e top cinza, o conjunto fazia questão de mostrar cada detalhe do corpo escultural. Ela era magra, mas com músculos bem definidos. Seu abdômen chapado e as coxas torneadas deixavam claro o comprometimento com os treinos.

Já Eliana, a Sydney Sweeney morena, Vestia um conjunto de academia azul-claro, a calça justa moldando seu quadril largo e o top destacando os seios fartos. Ela secava o rosto com uma toalha quando nossos olhares se cruzaram, e um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

Antes que pudesse puxar conversa, Jéssica se virou para a porta e acenou animada.

— Olha só quem chegou! Gente, esse aqui é o Enéias!

Me virei para encarar o sujeito. E, honestamente, parecia sacanagem da natureza colocar um homem desse no meio de nós, meros mortais.

Enéias era alto, devia ter mais de 1,90m, com ombros largos e uma presença imponente. A pele morena tinha um brilho dourado de quem passava um tempo considerável no sol. O rosto parecia esculpido por um artista renascentista: maxilar marcado, olhos intensos e um sorriso perfeito. O cabelo negro estava levemente bagunçado, dando um ar despretensioso. E, claro, o corpo. Sarado, musculoso na medida certa, como um daqueles modelos de propaganda de academia.

Eu me senti pequeno.

Ele abriu um sorriso e estendeu a mão para mim.

— Carlos, né? A Jéssica fala bastante sobre você.

Apertei sua mão, tentando não demonstrar desconforto.

— Bom saber. E você é...?

— Enéias. Amigo de infância da Jéssica. Trabalhamos juntos agora. Finalmente nos reencontramos depois de anos, né, Jéssica? — Ele piscou para ela.

Jéssica riu.

— Pois é! Nem acredito que ficamos tanto tempo sem contato.

Carolina e Eliana já olhavam para ele com aquele brilho nos olhos. Rebecca, mais discreta, ajeitou o cabelo e fingiu se concentrar no alongamento, mas seus olhos analisavam cada detalhe do sujeito.

Enéias parecia confortável com toda essa atenção. Ele colocou as mãos na cintura, os músculos do braço saltando.

— E então, vocês treinam aqui sempre? — perguntou já lançando um olhar charmoso para as mulheres.

— Sim, pelo menos três vezes por semana — respondeu Eliana, puxando a perna para alongar, e propositalmente empinando o bumbum.

— Acho ótimo. Mais importante que um bom exercício são as companhias. — Seu olhar passeou por todas, mas pousou demoradamente em Jéssica.

Algo naquilo me incomodou.

— E você, Carlos? Malha há muito tempo? — perguntou, sorrindo de lado, em um tom que me soou provocativo.

Engoli em seco, mas mantive a compostura.

— Começando agora. Resolvi perder uns quilos.

Ele soltou um riso nasalado.

— Isso aí, cara. Nunca é tarde pra correr atrás.

Filho da mãe.

— Enéias, você já treinou hoje ou só veio se exibir? — interveio Carolina.

Ele riu, se afastando um pouco para alongar.

— Sempre pronto para um treino. Mas se quiserem um personal improvisado, estou à disposição.

Rebecca olhou para Jéssica e depois para mim.

— Seu amigo é bem confiante, hein?

Jéssica sorriu, mas desviou o olhar.

— Ele sempre foi assim.

Enéias pegou um peso e começou a fazer repetições lentas, com os bíceps flexionando a cada movimento. Carolina, Eliana e até Rebecca observavam, discretamente ou nem tanto.

Depois disso, já agindo como se tivesse tomado de conta da academia, ele desfilava pelo ambiente com aquela segurança irritante, distribuindo sorrisos. Ele sabia exatamente o que dizer para cada uma das mulheres ali.

Primeiro, foi Carolina. Ele se aproximou enquanto ela terminava uma série de agachamentos.

— Impressionante, Carolina. Você tem um físico de atleta. Certeza que já praticou algum esporte além da academia? — perguntou ele, inclinando levemente a cabeça, um sorriso malicioso nos lábios.

Carolina riu, ajeitando o cabelo.

— Joguei futebol na época da faculdade, mas faz tempo. Agora só tento manter a forma.

— Bom, está conseguindo com maestria — disse ele, piscando de leve.

Carolina não disfarçou o sorriso mordendo o lábio.

Eliana, que estava por perto, esticava as pernas em um alongamento. Enéias se virou para ela sem perder o ritmo.

— E você, Eliana? Seu corpo está impecável.

Eliana arqueou uma sobrancelha, brincando com ele.

— Esse charme todo é treinado ou vem naturalmente?

Ele riu, exibindo um sorriso perfeito.

— Nada treinado, só falo a verdade. E a verdade é que você é linda.

Eliana sorriu de lado, pegando o celular para mudar a música. Ele viu a oportunidade e não hesitou.

— Me passa seu número? Como eu me mudei há pouco, não conheço quase ninguém do prédio. Existe algum grupo de WhatsApp dos moradores?

Ela hesitou por um segundo, mas logo ela, Carolina e Rebecca trocaram seus contatos de WhatsApp para ele, entre risos e olhares furtivos. Ele realmente adorava ser o centro das atenções.

Enquanto isso, eu seguia com meu treino, e a única que ainda me dava atenção era a Jéssica. Ela me ajudava a corrigir a postura e incentivava meus exercícios, mas até mesmo ela não conseguia evitar olhar para Enéias vez ou outra.

Foi nesse momento, percebendo os olhares dele para a minha melhor amiga, que eu tive o insight: Enéias podia se divertir flertando com todas as mulheres, mas tinha algo especial e diferente pela Jéssica. Seria ele apaixonado pela esposa do meu melhor amigo?

Com as outras, ele era um conquistador nato, um showman. Com a Jéssica, definitivamente haver algo mais profundo. No entanto, ela não percebia essa diferença no olhar, talvez por vê-lo como o “amigo há muito perdido que agora retornou”. Talvez por amar o Rogério e nunca ver outro homem do mesmo jeito.

Por fim, o Enéias aparentou decidir que a Carolina seria o alvo de sua atenção. Provavelmente, por ser a única do quarteto que não estava casada. Ela fazia um exercício de levantamento terra, concentrada, quando ele se ofereceu para “ajudar” com a postura. De onde eu estava, parecia mais que ele estava mais interessado em se esfregar nas costas dela do que em qualquer questão técnica.

— Abaixa um pouco mais os quadris — ele disse, deslizando as mãos com vontade pelos ombros dela e descendo devagar até a cintura.

Carolina riu, ajustando a postura.

— Assim?

— Perfeito. Agora mantém a coluna reta... isso... — Ele se aproximou ainda mais, colando o peito nas costas dela, pressionando o corpo forte contra o dela. Estava a encoxando mesmo, sem sequer tentar disfarçar. Apenas se mexia levemente, fingindo corrigir a postura.

Fiquei observando de longe, fingindo focar no meu próprio treino, mas sem conseguir desviar os olhos. E o pior? Carolina não parecia incomodada. Pelo contrário. Ela empinou sutilmente o quadril para trás. Um pequeno sorriso surgiu no canto da boca dela.

— Você já tá pegando muito peso, hein — brincou ele, com um tom de voz que misturava charme e provocação.

— E qual o problema nisso? — Carolina rebateu, divertida, empurrando o quadril para trás de leve, testando o espaço entre eles.

— Nenhum... desde que continue equilibrada. Mulher forte é lindo, mas tem que manter a delicadeza também. E você... tem um corpo perfeito pra isso. — Ele deslizou os dedos pela lateral da cintura dela.

Ela revirou os olhos, mas sorriu, ajeitando o cabelo para o lado, deixando o pescoço exposto.

— Aham... sei. Você fala como se entendesse do assunto.

— Eu entendo. E muito. Posso te ensinar alguns exercícios novos. Só a gente marcar um treino mais pessoal. Eu prometo que você vai sair suando... no melhor sentido possível.

Meu sangue ferveu, mas eu não podia fazer nada. Carolina mal notava minha existência como homem.

Ela ajeitou o cabelo, parecendo considerar a proposta.

— Vou pensar. Mas sem essas mãozinhas bobas, doutor.

Ele riu, recuando levemente, mas não sem antes deslizar os dedos pelos braços dela.

— Juro solenemente que serei um cavalheiro.

Quando terminamos a última série, Enéias se aproximou e estendeu a mão para mim.

— Bom treino, Carlos. Mantenha o ritmo e, em alguns semestres, você estará em forma.

A frase soou condescendente. Um tom que me fazia sentir como se estivesse sempre muitos passos atrás dele. Jéssica percebeu meu incômodo e deu um leve empurrão no meu ombro.

— Você está indo muito bem, Carlos. Não liga pro Enéias, ele adora bancar o treinador.

Enéias riu.

— Só estou incentivando. Mas, falando nisso, Jéssica, que tal nos inscrevermos para aquela corrida domingo de manhã?

Ela hesitou por um segundo e sorriu.

— Pode ser.

Era o suficiente para ele. Um avanço gradual, seguro, sempre com aquele brilho de confiança inabalável. Se o seu plano era passar o rodo em todas as mulheres e, no final de tudo, separar a Jéssica do Rogério para se casar com ela, parecia estar indo bem nesse quesito.

E eu? Bem, eu tinha cansado de observar o Enéias levando a melhor em todos os sentidos. Eu ia dar um jeito de impedir ele de se dar bem e comer a Carolina.

Pois bem, leitor. No próximo capítulo, vamos finalmente começar com as cenas de sexo e surubas nesta série. Terão DUAS cenas de sexo no próximo capítulo. Qual casal você torce que faça sexo no próximo capítulo?

A) Odete e Rebecca (comigo testemunhando sem interferir e narrando)

B) Eu e Eliana

C) Eu e Letícia

D) Enéias e Carolina (comigo testemunhando sem interferir e narrando)

E) Enéias e Eliana (comigo testemunhando sem interferir e narrando)

F) Odete e Maurício (comigo testemunhando sem interferir e narrando)

No próximo capítulo, eu também vou descobrir que um dos homens do prédio já tinha comido a Carolina na encolha nesses meses entre o divórcio dela e o presente. Quem você torce/prefere que seja?

I) Rogério, meu melhor amigo e marido da Jéssica

II) O porteiro seu Geraldo

III) O zelador seu Zé Maria

IV) Arnaldo

V) Maurício, marido da Rebecca

VI) Leandro, marido da Eliana

Antes de encerrar, gostaria de perguntar para quais mulher vocês mais torcem que eu coma durante a série e quais vocês torcem que eu definitivamente NÃO coma durante a série:

1) Eliana.

2) Carolina.

3) Andréia.

4) Letícia.

5) Rebecca.

6) Jéssica.

Coloquem nos comentários o que vocês torcem ou preferem que venha a acontecer nos próximos capítulos. Daqui a uma semana, teremos a continuação.

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Comentários

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série muito boa, não demore continuar, acho que vc deveria dar mais foco na Jessica, esse jeito dela de santinha é muito foda!

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Esses contos me recordam da série o colecionador de calcinhas...

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Também achei parecido, inclusive procurei essa série pra ler e não encontrei, sabe se ainda está disponível?

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