Antes de começar a contar essa história, aproveito pra dizer que essa experiência aconteceu de verdade. Mudei os nomes e alguns detalhes pra tornar a coisa mais genérica, apesar de valorizar aquilo que individualiza o fato. A primeira parte é menos direta, mas cria o ambiente especial que fez acontecer a coisa toda. Agradeço a leitura, espero que se excitem tanto quanto eu me excitei escrevendo e lembrando dessa históriaQuem já passou o ano novo na Ilha do Cardoso, São Paulo, sabe que é difícil não voltar mais uma vez pelo menos. Eu já passei muitas viradas nessa ilha, e sempre me diverti muito. Mas teve uma vez que foi diferente...
Isso aconteceu já tem uns anos, eu tinha lá meus vinte e poucos. Eu e uns amigos, grupo de umas oito pessoas, alugamos uma casinha no núcleo do Marujá, e lá passávamos nossos dias curtindo a praia de tarde, tomando uma cerveja gelada, conhecendo umas pessoas, e de noite caíamos pro rolê, ouvir uma música, dançar e quem sabe, se tudo desse certo, pegava umas minas, dava uns beijos e uns amassos... Vez ou outra levei umas delas na praia, onde o escuro da noite permitia uma putaria mais ousada. Comi algumas minas ali, ganhei vários boquetes, mas não são sobre essas histórias que eu vou escrever agora.
Acho que era o terceiro ano seguido que eu ia pra lá, e com o tempo, as pessoas que costumam frequentar se reconhecem. Na primeira vez que fui, notei um casal, um pouco mais velho que a maioria, ele tinha aparência de uns 60, mas bem cuidado, físico em dia, cabelo e barba grisalhos, e ela com seus quase trinta e poucos, morena, cabelos impecavelmente lisos e cumpridos. Eles estavam sempre rodeados de outras pessoas, apareciam na praia de tarde, às vezes davam as caras no bar de noite, mas nesse primeiro ano, além de secar aquela gostosa, não conheci de fato nenhum deles.
Foi no segundo ano que trocamos as primeiras palavras. Numa situação engraçada, eu estava jogando um vôlei com uma amiga e um outro casal, quando a bola subiu demais pegou um vento, e caiu na barriga da moça, fazendo um barulho e dando um susto em todo mundo. O seu - suposto - marido caiu na gargalhada, pro nosso alívio, e ainda tirou uma onda com a nossa cara. No mesmo dia a noite, nos encontramos por acaso no bar da ilha e começamos a beber juntos. Nesse ano, os amigos do casal não foram, estavam só os dois, e foi então que descobri que o Emerson e a Marcella (aí sim fomos apresentados) estavam lá com seu veleiro. Paguei um pau na hora! Achei demais!
Fato é que a galera não leva muito a sério um romance entre um cara mais velho e uma mina mais nova, sempre parece que a mina quer dar um golpe, coisas que a sociedade patriarcal nos ensina. Aos poucos fui conhecendo, e imagino que mais pra frente da história esse ponto fique mais claro qual era a deles, mas de qualquer forma eles eram encantadores. Entretanto, os meus amigos - todos - deram em cima da Marcella, que era uma gata do caralho, diga-se de passagem. O Emerson era um cara bem resolvido, aparentemente, e não parecia ligar para isso, mas a Marcella não deu a menor moral pra ninguém, sempre engraçada e mantendo a elegância, não dava trela pra ninguém, sem fazer parecer uma coisa chata. Admito que eu também tentei umas indiretas, procurei uns olhares dela, mas nada. Logo larguei mão, além de achar mó coisa de zé mané querer dar em cima da minha dos outros.
Cabei trocando muita ideia com o Emerson, que era muito gente boa. Desses tiozões que largaram uma carreira de sucesso em um banco, e foi viver uma vida mais próxima da natureza. Largou casamento com três filhas (descobri depois que todas eram maravilhosas), mas que se dá bem com a ex, e mantém-se presente na vida delas. Curtia samba e bossa nova, mas também topava o funk e o pagode, tomava uma breja até altas horas, mas não deixava de ir pescar na manhã seguinte cedo. Sempre admirei esse estilo de vida e as pessoas que tem coragem de largar o conforto e o sucesso certo, família estruturada, pra seguir o que realmente sempre desejou.
Os dias passaram, a gente se encontrava na praia, e até chamaram eu e meus amigos pra conhecer o veleiro dele, e numa tarde fomos lá. Ele tinha pescado uns peixes e botado na mini churrasqueira que tinha no barco. A Marcella, caralho, tava uma delícia. O biquíni dela era preto, daqueles que dobram entre os peitos, e a parte de baixo desenhava a bunda perfeita dela, já bronzeada de uma forma que parecia que brilhava. Até a Jéssica, minha amiga, falou que ficou levemente excitada com a presença da Marcella, ainda mais depois de umas caipirinhas. Cada movimento dela era notado por todos, e quando ela se ofereceu pra passar o protetor no corpo da Jéssica, acho que até ela se molhou.
Foi nesse dia que reabriu uma porta esquecida na minha cabeça: foder com outro homem. Já escrevi minha primeira, e até então única, experiência com outro cara, que tinha sido o pai de um amigo na adolescência (tem um conto aqui sobre isso), mas não foi algo exatamente intencional. Mas, num momento que o Emerson me chamou pra ajudar ele com a vela, ele subiu na parte de cima do barco de um jeito que a rola volumosa (que até então eu nem tinha me ligado) quase tocou meu rosto. Eu fiquei em choque com a situação - não do fato em si, mas sim do tesão instantâneo que gerou no meu corpo. Demorei uns instantes pra recobrar a consciência, mas ajudei ele a finalizar o ajuste de um encaixe (que eu não saberia explicar com mais detalhes).
A noite, só entre meus amigos, o assunto era o quão deliciosa era a Marcella, e também o Emerson. A Jéssica e a Aninha - mulheres hétero, que só deram um beijinhos entre meninas de brincadeira quando bêbadas no rolê - diziam sobre o quanto desejavam ver essa mulher sem roupa. Entre os caras, o Antônio e o Marcos nos relembraram cada detalhe do corpo da Marcella, e seus movimentos durante a tarde, que lhes proporcionaram ângulos maravilhosos da sua buceta carnuda. Em alguns momentos, dava pra ver a marquinha da xota dela, que todos na roda assumiram ter notado. O Ramon, era o único que era de fato bissexual, mas que naquele momento tinha um relacionamento fechado com a Jéssica, e ele que citou o Emerson. Disse que ele parecia um cara que ele ficava anos atrás, um tiozão rico, casado, que vez ou outra fazia uma putaria com o Ramon num apê alugado no centro de São Paulo (pelo visto, apenas pra isso). As garotas também disseram gostar do Emerson, e a conclusão noite foi do quanto aquele casal, apesar da extrema educação e discrição eles tinham conosco, exalavam sexo. Todos afim de comer o casal, mas isso seria só um sonho pras nossas fantasias.
Dias depois, a Marcella tinha ido embora, e o Emerson apareceu pouco pros nossos lados. Nossos dias na Ilha já estavam acabando, e tava na hora de planejar a volta. Nessa viagem, eu fiquei com uma mina do Paraná, a Carol, vinte aninhos, toda alternativa, segundo ano da faculdade de Gestão Ambiental na USP, mas que passaria o fim das férias com a família. Loirinha, punk-rock, cheia das tatuagens, peito grande delicioso. Me chupou na praia, engolindo tudo enquanto o sol nascia. Ela já tinha ido embora, e trocando mensagens com ela, ela me chamou pra dar uma passada lá antes de voltar pra SP, e era esse meu plano. Afinal, ainda não tinha comido aquela gostosa da buceta rosa, e eu não gosto de passar vontade, rs.
Na última noite, o Emerson apareceu no bar, disse que tinha saído uns dias pra pescar mais ao sul da ilha, e só tinha retornado agora, enquanto a Marcella tinha voltado pra Jundiaí resolver umas coisas do trampo, mas logo mais estaria de volta. Nessa noite bebemos muito, a despedida faz isso com a gente às vezes. Falei muito de como eu queria ter um veleiro um dia, sair por aí pra pescar meu almoço, gastando pouco e vivendo bem... Esse sonho idílico que a vida urbnóide produz na gente, e que o Emerson estava concretizando. E foi bem no final do rolê, na volta de uma mijada que eu encontro o Emerson a sós. Ele, tão breaco quanto eu, de camisa aberta, mas senti pela primeira vez que ele me penetrava com os olhos. Ele disse, num tom mais sério do que a situação exigia "se você quiser, pode dormir uma noite no veleiro antes de voltar...". Fiquei meio travado, talvez do álcool, ou do frio na barriga que eu sentia, e só conseguir dizer "sério?". Ele só disse que estaria na praia umas quatro do dia seguinte, se eu tivesse lá, é porquê tinha topado, senão, nos veríamos no ano seguinte.
A noite terminou, e o meu tesão tava lá em cima. Será que ele tava me chamando pra transar mesmo, ou era só a vontade de trocar umas ideias mesmo...? Bom, eu tinha que decidir dentro de algumas horas, mas não tava afim de abrir isso com a galera, teria que desbaratinar.
Eu conto o que aconteceu na próxima parte.
Espero que estejam gostando até aqui.