A Praia dos Amores #2

Um conto erótico de Claudio
Categoria: Heterossexual
Contém 1975 palavras
Data: 14/02/2025 00:49:40
Última revisão: 16/02/2025 00:20:06

- Não nenhum problema – respondi com a voz ainda ofegante – Meu nome é Claudio, é que estou sozinho e gostaria de dar um mergulho. Poderia deixar minhas coisas aqui enquanto vou nadar?

O homem sorriu amigavelmente e disse que não havia problema, que ficaria de olho.

Entrei na água, que estava perfeita. Fresca, límpida, com ondas suaves que vinham e iam num balanço gostoso. Acabei ficando mais tempo do que planejava, deixando-me levar pelo mar e pelo silêncio que ele proporcionava. Quando finalmente saí, sentindo a pele salgada repuxar levemente, caminhei de volta até o ponto onde havia deixado minhas coisas.

O casal não estava mais lá.

No lugar onde o homem se sentara, agora havia uma garota. Loira de aproximadamente 18 anos, 20 no máximo, deitada na cadeira de praia, usando um pequeno biquini branco, óculos escuros grandes ocultando os olhos.

Seu semblante e sua respiração eram tranquilos, o rosto relaxado, como se dormisse sob o calor do sol. Por um instante, hesitei. Não queria assustá-la, mas também precisava saber onde estavam minhas coisas.

Impossível não reparar como era linda e sexy. Notei que os cabelos e o biquini ainda estavam molhados, ela devia ter saído a pouco do mar.

Era um daqueles biquinis que ganhavam transparência e aderência ao corpo quando molhados. Dava para identificar o contorno dos lábios vaginais, a famosa “pata de camelo” e também aqueles mamilos durinhos.

Que vontade de chupar! Mas tive que me controlar para não ficar de pau duro!

Quando me aproximei, ela pareceu perceber minha presença. Abriu os olhos devagar e retirou os óculos com um movimento preguiçoso. Foi quando vi: um olho azul intenso, como o próprio mar, e o outro verde, vibrante como folhas ao sol. Fiquei hipnotizado.

- Você deve ser o Claudio — ela disse, e sua voz revelou um sotaque forte — Meus pais estão na água agora, mas suas coisas estão aqui.

- Obrigado, você é estrangeira?

- Meu pai é brasileiro, minha mãe francesa. Nós moramos na França.

Olhei em volta e na cadeira ao lado havia um livro em francês.

- Interessante... E qual o seu nome?

- Céline — disse ela, sem muita animação.

Tentei continuar o diálogo, mas ela não parecia muito disposta a conversar. Falei que ela era linda, perguntei se queria sair comigo, mas ela só respondeu com monossílabos e, por fim, deu um suspiro impaciente.

- Olha, Claudio, você parece ser gente boa, mas... não faz muito o meu tipo.

O tom não era rude, apenas direto. Sorri sem jeito e dei de ombros, aceitando a resposta.

- E por que não ? — perguntei, realmente curioso.

Céline suspirou e ajeitou-se na cadeira antes de responder:

— Você é bonito, não me entenda mal. Mas eu tenho um talento para ler pessoas, e você me parece... superficial. Do tipo que se importa demais com a beleza, que gosta de colecionar experiências rápidas e rasas. Mulherengo, galinha. Aposto que suas relações não costumam ser muito profundas.

Fiquei um pouco surpreso com a franqueza dela e pelo fato dela ter acertado em cheio. Ri de leve, tentando esconder um certo desconforto.

- Nos conhecemos a menos de cinco minutos, você tirou tudo isso só de me olhar?

- Não só de olhar — disse ela, dando um pequeno sorriso. — É um instinto. E até agora, nunca errei.

- Nunca errou! Mas sempre tem a primeira vez para tudo ... eu posso ser seu primeiro erro!

Celine apenas fez uma cara de descrença.

- Pois saiba que eu sou um cara romântico, adoro mandar flores para a mulher amada. E adoraria receber flores também. Uma mulher para me conquistar poderia me mandar flores , eu iria adorar, fica a dica!

- Bom como eu não quero te conquistar, para mim foi uma informação inútil!

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ela continuou:

- Aqui estão suas coisas, e agora, por favor me da licença que eu vou ler meu livro agora!

Ela pegou o livro e se concentrou nele, me ignorando! Acho que ela nem estava lendo mesmo, era só para me dispensar.

Sem outro jeito fui embora. Mas confesso que senti o peso daquela rejeição. Eu não estava acostumado, normalmente as mulheres se derretem por mim. Além de um rosto bonito eu tenho um corpo perfeito, trabalhado na academia.

Eu sentia o gosto amargo da rejeição enquanto caminhava pela areia, chutando distraidamente a espuma das ondas que lambiam a praia. A garota, tão linda quanto inalcançável, nem sequer hesitou antes de dizer que eu não fazia o seu tipo. Foi um golpe no ego, sem dúvida, mas também uma verdade simples e direta. O que me restava agora era digerir o momento e seguir em frente.

Talvez Indianara me fizesse esquecê-la, fui até o quiosque.

O quiosque estava praticamente vazio quando cheguei, mas aquele delicioso cheiro de frutos do mar grelhados pairava no ar. Assim que entrei, avistei Indianara atrás do balcão. Seu rosto se iluminou ao me ver, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela largou tudo e veio correndo na minha direção. Num instante, fui envolvido por um abraço apertado e caloroso, seu perfume fresco me envolvendo.

- Você voltou mesmo! — disse ela, apertando-me ainda mais forte antes de me soltar, os olhos brilhando de alegria.

“Que diferença de tratamento” pensei, “Não preciso daquela francesa besta”.

Indianara continuava bonita, talvez ainda mais do que eu me lembrava. Seu cabelo estava um pouco mais curto, mas o que realmente me chamou atenção foi seu corpo bem torneado, realçado pelo uniforme do quiosque. Eu não pude evitar um sorriso e brinquei:

- Com esse visual, aposto que você recebe um monte de cantadas dos clientes.

Ela riu, jogando o cabelo para trás de forma divertida.

- Alguns tentam me dar cantadas, mas nenhum tão bonito e gostoso quanto você — respondeu com olhar malicioso.

Ao meu lado, uma outra garota se aproximou:

- Dí, cadê a cliente do suco?

- Ela deve estar no banheiro. Mas antes vem cá que quero te apresentar para o Claudio!

Indianara apontou para ela e falou:

- Essa é a Lawana, minha colega aqui no quiosque. Lawana, esse é o Cláudio, de quem falei.

Lawana sorriu, e seu olhar avaliador me fez perceber que ela também me observava com certo interesse. Eu retribuí o sorriso.

- Eu queria muito conversar mais com você, mas estou na correria — Indianara lamentou, pegando uma bandeja. — Trabalhamos aqui até as 23:30h, ou até o último cliente sair. Se você puder passar aqui depois, a gente coloca o papo em dia.

Assenti, sentindo um misto de felicidade pela recepção calorosa e um certo incômodo por saber que, no fundo, minha mente ainda estava presa naquela cena da praia.

- Com certeza, volto mais tarde.

Ela sorriu mais uma vez antes de se afastar para atender um cliente que acabara de chegar. Eu me virei, saindo do quiosque, tentando empurrar para longe a imagem da francesa que me rejeitara.

Voltei para a pousada, descansei um pouco, jantei com meus pais e minha irmã. Próximo das 23:20h avisei que ia sair, para que não se preocupassem que eu iria voltar tarde para a ousada.

Deixei o cartão magnético que serve como chave na recepção ( regras da pousada) e por volta das 23:30 voltei ao quiosque para reencontrar a Lawana, com grandes expectativas de conseguir a primeira foda do verão.

Fui caminhando devagar, sem pressa, meus pés na areia fria e molhada pela maré. Avistei o quiosque, as luzes ainda estavam acesas.

Quando cheguei perto, vi que ainda havia uma mesa ocupada por um casal de clientes, sentados, conversando entre si. O rapaz, bonito e musculoso, estava relaxado e descontraído, enquanto a mulher, morena e com uma beleza impressionante, estava filmando o ambiente e parecendo atenta a tudo. Nossos olhares se cruzaram por um segundo, mas logo desviei. Não queria parecer curioso demais, especialmente com Indianara ali.

Lawana já começava a fechar as portas, em preparação para encerrar o expediente. Só estavam aguardando mesmo esses últimos clientes irem embora:

- Oi Claudio! Disse ela alegremente – fique a vontade!

Sentei na mesa ao lado dos clientes, tentando ser discreto. Foi então o rapaz, com um sorriso simpático, me perguntou se eu conhecia alguma atividade interessante para fazer na praia no dia seguinte.

- Tudo bem, meu irmão? Diz aí o que tem de bom por aqui amanhã? Alguma dica de passeio? – ele perguntou, com uma voz grossa e bonita, parecendo a de um locutor de rádio.

Eu sorri, aproveitando a chance para mostrar um pouco do que a cidade tinha a oferecer.

- Bem, tem algumas opções bacanas. Tem o stand-up paddle, passeios de barco, trilhas... Ah, amanhã tem o navio pirata! – falei, um pouco empolgado. – Ele leva até a Ilha do Forte, onde você pode fazer trilhas, conhecer cachoeiras, e ainda tem bares e restaurantes por lá. Se chama navio pirata porque tem um show de piratas a bordo, com atores fantasiados. É bem legal.

Os dois pareceram interessados. A morena me lançou um olhar curioso, como se estivesse tentando avaliar minha recomendação. Não pude deixar de notar o quanto ela era bonita, mas imediatamente tentei desviar o olhar, para não parecer que estava prestando atenção demais nela. Indianara, mais perto de mim, não parecia notar nada, e isso me deu uma certa sensação de alívio.

O rapaz que me perguntou sobre o passeio fez um aceno de aprovação.

– Parece interessante. Nós só temos amanhã para aproveitar essa praia. Depois de amanha cedo já estamos de partida Valeu pela dica.

Eu sorri e acenei de volta, sentindo que havia um interesse da morena por mim. Não sabia ao certo o qual a relação entre os dois, se eram só amigos, namorados, etc. Mas algo na forma como a mulher olhava para mim me deixou com a sensação que ela sentiu atração por mim. Nossos olhares se encontraram algumas vezes. Era uma troca de olhares curiosa, quase silenciosa. Eu precisava me manter discreto. Indianara estava ali, e eu não queria dar motivo para que ela se sentisse desconfortável.

Os minutos foram passando, o casal conversando enquanto Indianara e Lawana continuavam seus movimentos de fechamento. Até que finalmente, bem lentamente, os clientes foram se levantando. Pagaram a conta bem tranquilamente e a morena, que antes parecia mais introspectiva, me lançou mais um olhar perceptível, agora com um sorriso malicioso que fez meu coração bater um pouco mais rápido.

Enquanto eles se afastavam, me vi sozinho com Indianara e Lawana, que já fechavam as últimas portas do quiosque. Mas ainda consegui perceber que a morena, já a alguns metros de distancia, sorriu para mim, acenando.

Mas agora eu tinha que me concentrar em Indianara.

Ela e Lawana estavam terminando de limpar o espaço. Meu olhar se fixou em Indianara por um momento mais longo. O dia de trabalho dela tinha sido pesado, as roupas já estavam grudadas ao corpo pela transpiração, e o cheiro de fritura ainda pairava no ar, mas mesmo assim ela estava atraente.

Quando ela se aproximou, notei os fios de cabelo soltos, ainda desarrumados pela rotina, e seu rosto cansado, mas bonito. Ela olhou para mim, com um sorriso tímido, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me soltou:

– Não, Claudio. Eu tô suada, fedendo fritura... Espera só um pouco, deixa eu me arrumar.

Eu apenas assenti, tentando esconder o quanto estava ansioso para ficarmos juntos

. Ela desapareceu junto com Lawana em direção ao um pequeno vestiário para funcionários, e eu fiquei ali, me perguntando se aquilo realmente ia acontecer.

Vinte minutos depois, elas surgiram de volta. Tinham tomado banho, se arrumado um pouco, não estavam mais cheirando fritura e ambas estavam enroladas em toalhas de banho.

- Boa noite senhor! – disse Indianara com uma voz pra la de sensual – Quer comer alguma coisa?

Antes que eu pudesse responder, Lawana falou de forma ainda mais sensual:

- Minha sugestão é o prato especial da casa!

No que ela falou isso, as duas deixaram as toalhas caírem simultaneamente, revelando os lindos corpos nus de ambas!

Continua ...

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Foto de perfil genéricaRYUContos: 10Seguidores: 6Seguindo: 13Mensagem Olá. Eu sou o RYU ( tudo em maiúsculas mesmo – porque o nome "Ryu" estava indisponível, então fiz esse ajuste, mas até prefiro Ryu). Cresci em um ambiente religioso muito rígido, que me ensinou a ver o mundo de uma maneira bem limitada. Mas, com o tempo, percebi que a vida é muito maior, mais complexa e diversa do que me fizeram crer. Sou hetero e entendo que o reconhecimento da diversidade beneficia a todos. Hoje minha certeza é de que cada um tem liberdade de ser quem é. O amor não está limitado a uma crença, a um grupo de pessoas ou à rigidez de gêneros. O amor é amplo, diverso e se manifesta de formas incríveis – mas sempre com respeito e consenso mútuo. Hoje, sigo minha própria verdade, baseada nesses valores e no desejo de construir conexões genuínas. Espero poder compartilhar histórias, ideias e até mesmo boas risadas por aqui !

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