Casa dos estudantes - Cap 39 - Novos caminhos

Um conto erótico de RenanCachorro
Categoria: Gay
Contém 4836 palavras
Data: 16/02/2025 23:08:35
Assuntos: Gay

- Fala logo. - Falei, esperando Samuka falar alguma coisa.

- Eu tô morando novamente na casa dos estudantes e estamos precisando de um professor responsável para mediar as reuniões, pode ser até mediação online. Tu sendo professor, psicólogo e ex morador, é perfeito demais. Aceita vai, já vou falar teu nome hoje mesmo para Thiago. O bom é que Thiago te conhece e gosta de voce. Biel, você caiu do céu pra gente. - Samuka falou.

- Vai com calma, primeiro me fala o que tá acontecendo lá pra vocês precisarem da mediação de um psicólogo. - Falei.

- Tu sempre foi esperto. Mas não é nada demais, são as confusões normais de sempre, só que hoje em dia tá todo mundo com a saúde mental ferrada, aí qualquer palavra que alguém fala o outro já se ofende e vira uma bagunça. Na nossa época o próprio líder mediava tudo, lembro que Thiago mandava muito bem nisso. - Samuka falou.

- Sim, muitas questões influenciam no adoecimento psicológico das pessoas hoje em dia, inclusive a quantidade de informações que a gente precisa conhecer, a quantidade de coisas que precisamos dar conta... Antigamente a vida era mais simples, hoje você precisa ter tempo para se alimentar bem, fazer atividade física, namorar, cuidar da casa, ter vida social, distrair a mente, ter tempo para família, ganhar dinheiro, estar atualizado sobre as notícias da sua cidade, do Brasil e do mundo, também sobre a moda e os costumes que mudam o tempo todo... Se tiver filhos então o tempo diminuí ainda mais. Quem consegue fazer tudo isso bem feito? O resultado é adoecimento psicológico. E nem estou falando de questões mais sérias, falo desde questões simples como discussões bobas só para descarregar o sistema nervoso. Mas enfim... Pode falar com Thiago e indicar meu nome, vai ser interessante voltar para casa dos estudantes na condição de professor e orientador. Mas me conta, ainda rola aquela putaria que rolava antes? - Falei.

- Meu querido amigo, isso é outra coisa que tu vai poder ajudar. O povo lá é muito careta, chato pra caralho. Até rola umas putarias com um ou com o outro, mas nada como as surubas que rolava. - Samuka falou.

- Podemos pensar nisso. Mas primeiro eu preciso conhecer os caras e saber se é tranquilo falar sobre essas coisas lá, agora eu sou professor. Tem mais gente do curso de psicologia lá? - Falei.

- Não, só eu, por enquanto. Mas esse ano tem nova seleção. Lembra da tua? Foda pra caralho! - Samuka falou.

- Lembro sim. Samuka, preciso ir. Marca com a galera, só os da nossa época e só os meninos. - Falei.

- Posso chamar Ruan? - Samuka perguntou.

- Claro. Não tenho problema com isso, já segui em frente e me sinto pronto para ser apenas amigo dele, sem ignorar o passado. Inclusive, me passa o contato de Ruan, preciso ligar pra ele urgente. - Falei com sinceridade. Eu não sentia nada por Ruan, nenhum tipo de sentimento, nem bom, nem ruim.

- Pra que tu quer o contato de Ruan? Tu não disse que não sente mais nada por ele? - Samuka perguntou com um sorrisinho no rosto.

- Deixa de ser curioso. Não é nada do que você está pensando, mas também não vou te falar.

O almoço com Samuel foi interessante, me atualizei sobre a vida de muitas pessoas. Saber que todo ódio de Júlio por mim era reflexo do ódio que ele tinha da própria sexualidade mexeu comigo. Samuel me passou o número de Ruan e ficou muito curioso pra saber o que eu iria conversar com Ruan, mas eu não falei.

A tarde eu ministrei aulas novamente, mas para outra turma. Eu estava amando poder falar sobre saúde mental. Quando cheguei em casa, Pedro me esperava pra saber todos os detalhes da minha conversa com Samuel e de como foi meu primeiro dia de trabalho. Contei tudo pra ele, inclusive como foi difícil voltar para aquela universidade, mas eu não iria desistir. Aproveitei para falar sobre Ruan:

- Amor, lembra de Ruan?

- Como vou esquecer meu grande rival? Se encontrou novamente com ele? Vai me deixar pra viver o amor de vocês? Te digo que comigo é mais vantagem, Ruan não tem um pai gostoso igual o meu rsrs - Pedro falou assustado, apesar da piada.

- Não amor, nunca existiu amor de minha parte por Ruan, eu fiquei muito balançando por ele sim, confesso, mas foi a forma como ele cuidou de mim e se importou comigo no começo. Naquela época eu não tinha sido cuidado daquela forma ainda e isso mexeu comigo. Mas amor é o que eu sinto por você, que foi construído, conquistado, que não é desfeito por qualquer coisa. Eu não sei viver sem você na minha vida e você deveria saber disso. - Falei.

- Eu sei amor, só estava brincando. O nome Ruan me causou insegurança por muito tempo. Mas então o que você quer com ele? - Pedro falou.

- Amor, eu sinto que esse é um ciclo que eu também preciso encerrar em minha vida de forma positiva, não quero carregar Ruan em outras vidas por ter questões mal resolvidas, muito menos viver essa vida sabendo que eu tenho uma parcela de culpa no sofrimento de alguém. - Falei. Nessa fase da vida eu estava acreditando muito nas filosofias do espiritismo, por influência de minha sogra.

- Para com isso. Você não é culpado de nada que aconteceu com Ruan. - Pedro falou.

- Amor, a forma como eu conduzi a situação contribuiu para Ruan perder a cabeça, eu deixei ele se aproximar e ter esperança. Se eu tivesse tratado Ruan apenas como mais um dos caras da casa que transavam comigo, não teria acontecido tudo o que aconteceu. Eu dei confiança pra Ruan achar que era diferente dos outros.

- Tudo bem, mas isso foi em uma época que você não era evoluído, agora você é outra pessoa. O que você quer com ele?

- Que bom que você perguntou, porque você entra na jogada. Ruan tem um filho e parece que ele luta na justiça pra poder ver esse filho, Samuka não me contou os detalhes. Mas imagino que ele não deve ter uma boa defesa porque ele não tem dinheiro pra isso. Aí eu pensei: quem é o advogado mais inteligente que eu conheço, que sabe tudo da área da família e que ama ajudar pessoas necessitadas? Sem falar que também é uma boa forma de você zerar a história de vocês e não ter que voltar em outras vidas ligado a Ruan por uma simples competição pelo grande prêmio que era meu corpo, rs. Porque a gente pode até não guardar nada contra ele, mas você bem sabe que se Ruan guardar alguma coisa contra a gente, a gente volta ligado a ele. Então precisamos fazer ele ser grato a nós dois. - Falei misturando verdades e exageros.

- Eu não tenho nada contra ele, queria distância apenas por proteção, pra ele não roubar o prêmio que conquistei com tanto sacrifício. Mas tudo bem, eu aceito defender ele. É uma área jurídica bem fácil de entender e com um pouco de influência eu consigo até a guarda unilateral para Ruan. Só preciso falar com ele. Mas e Thiago? Thi também é advogado e é amigo de Ruan, ou não? Pelo menos no casamento de Thiago e Raia ele estava.

- Eu não sei os detalhes, mas já tenho o número de Ruan, posso ligar?

- Claro.

Liguei para Ruan, chamou algumas vezes e ele finalmente atendeu, coloquei no viva voz pra Pedro ouvir a ligação:

- Alô. Quem fala? Quem em pleno século XXI ainda liga para pessoas? Espero que não seja cobrança. - Ruan foi falando. A voz estava realmente diferente, dava pra ver a dor e o sofrimento só pelo tom de voz.

- Oi Ruan, sou eu ...

- Biel!!! É você? - Ele perguntou antes que eu respondesse.

- Sim, sou eu. Então...

- Fiquei sabendo que você estava de volta a Salvador, mas não esperei que você fosse ligar pra mim.

- Então, consegui seu número com Samuka, ele é meu aluno agora, acredita? rsrsrs

- Imaginei que isso poderia acontecer quando soube que você foi ensinar lá.

- Então Ruan, eu vou direto ao assunto. Samuka me falou que você está tendo problemas para visitar seu filho, é isso? Pensei que Pedro poderia te ajudar. - Falei.

- Meu caso é complicado demais e seu marido me ajudaria a troco de que? Aliás, depois de tudo o que eu fiz pra você, porque você quer me ajudar? Eu fui um escroto falando tudo para Carla, por minha causa você foi ameaçado na faculdade, perdeu a oportunidade de cursar o curso que era seu sonho e até saiu do estado...

- Tudo passado. Hoje estou bem, estou feliz, sou bem sucedido. E sobre as coisas que você fez eu escrevi na areia e a onda do mar já apagou, até porque não foi na maldade. Sabe o que eu escrevi na rocha? A forma como você cuidou de mim nos primeiros dias que nos falamos. Sem falar que eu tive minha parcela de culpa em tudo. Hoje eu quero te ajudar pra ficar em paz comigo mesmo e porque eu te conheço o suficiente pra saber que você deve ser um paizão. E Pedro vai te ajudar porque meu marido é perfeito demais e pelo simples fato de que ele pode te ajudar. Só não entendi porque Thiago não está te ajudando nesse processo, ou está? - Falei.

- Eu agradeço vocês, pra mim é muito importante saber que vocês querem me ajudar, isso significa que vocês não me odeiam. Só isso já vale muito pra mim, mesmo que seu marido não consiga fazer nada. Sobre Thiago, então, ele é cunhado da mãe do Ruan Gabriel, o meu filho. Raia é irmã dela. Thiago até me ajudou em algumas coisas, me orientou, mas dava muita briga com a família de Raia, claro que Raia ficou do meu lado, mas a irmã dela brigava muito com ela e com Thiago, então eu mesmo falei pra ele não se envolver. Só que sem apoio jurídico eu tô sem ver meu filho faz cinco meses. E eu só consegui ver meu Bielzinho há cinco meses porque meu filho ficou doente e eu consegui ir visitar no hospital. - Ruan falou com voz de choro.

- Sinto muito, mas tenho certeza que Pedro consegue resolver. - Falei.

- Ruan, Pedro aqui. Eu consigo resolver isso fácil pra você, até te consigo a guarda unilateral. Desde que você não tenha ficha na polícia. Mas se tiver ficha eu consigo ao menos as visitas ainda esse mês. - Pedro falou.

- Eu nem sei como te agradecer, fico até com vergonha por causa de tudo o que eu já falei sobre você no passado. - Ruan falou.

- Passado. - Pedro respondeu.

- Então, eu não tenho ficha na polícia. Nem processo correndo, nada disso. O que acontece é que tenho histórico de tratamento psiquiátrico e laudo médico dizendo que não sou capaz de cuidar de mim mesmo. Então ela usa isso pra dizer que não posso cuidar de meu filho. - Ruan falou com a voz embargada.

- Mas o que aconteceu pra você ter esse laudo? - Perguntei.

- A história é longa, mas resumindo: quando meu filho nasceu, em 2016, a mãe dele não quis me deixar vê-lo por eu ser bissexual, ela me obrigou a entrar para uma igreja evangélica e depois me obrigou a tentar terapia de conversão pra tentar virar hétero. Lá eles me torturaram muito psicologicamente, fizeram eu me odiar por gostar de homem, tinham terapias que eram só de provocar dor na gente pra gente focar na dor e não se excitar assistindo porno gay, eram muitas coisas horríveis. Passei por isso em 2017, durante meses. Um horror que demorei para superar. Mas a questão é que quando saí dessa tortura minha cabeça não estava boa, é claro que não deu certo e eu continuei sendo gay. Então tentei suicídio muitas vezes e foi nesse período que recebi meus laudos. - Ruan falou.

- Eu sinto muito, já ouvi falar dessas torturas, nem consigo imaginar a sua dor. Mas agora você está bem? - Perguntei.

- Estou em acompanhamento psicológico pelo CAPS e já me sinto bem. Meu único problema é a saudade do meu filho por causas dos malditos laudos. - Ruan falou.

- Isso a gente desfaz rapidinho. Você vai procurar outros três psiquiatras para passar por avaliações. Mas pra mim é importante saber se você se sente capaz de cuidar de uma criança. Eu não cogito forjar laudos, se você achar que o laudo vai ser negativo é melhor nem tentar. A vida de uma criança é muito importante pra mim. - Pedro falou.

- Estou ótimo, estou trabalhando, moro sozinho, me sustento, faço terapia... - Ruan falou.

- Perfeito, então amanhã mesmo você não vai trabalhar, vai em três psiquiatras diferentes. - Pedro falou.

- Eu não tenho dinheiro pra isso. Thiago já tinha me dito que esse era um caminho, até tentei, mas o psiquiatra não quis me dar um laudo em um encontro. E eu não tive como pagar a quantidade de consultas que ele queria, sem falar que eu perderia meu emprego se faltasse tanto, sem emprego é que eu não teria chance de ver meu filho. - Ruan falou e deu para notar a tristeza em sua voz.

- Eu vou pagar todas as consultas. Quanto ao emprego, não se preocupe, estou precisando de uma pessoa para administrar as redes sociais das minhas joalherias. Um emprego que você pode fazer de qualquer lugar e a qualquer hora. Pago três salários mínimos e você só precisa ficar respondendo mensagem. Mas não se engane, é um emprego de verdade e é muito importante para o andamento das joalherias. E quanto a quantidade de consultas, fique tranquilo, você vai para o psiquiatra orientado. Vamos buscar psiquiatras que aceitem analisar apenas seu caso específico em pouco tempo, mesmo que você prometa continuar o tratamento e acho bom você continuar se tratando mesmo, isso impede que a mãe do seu filho recorra da decisão no futuro. - Pedro falou.

- Eu não posso aceitar que você pague tudo, nem que você me dê esse emprego, já basta não poder pagar sua orientação jurídica, não posso aceitar que você pague pelas consultas e ainda ser seu funcionário. - Ruan falou.

- Essa história eu conheço, mas se for preciso eu vou pagar até seu Uber para agilizar seu deslocamento ou melhor, vou deixar um motorista a sua disposição, você não pode perder tempo. Preciso ver suas roupas também, a aparência é seu cartão de visitas. Vamos fazer assim: fica como um empréstimo e você me paga como poder. Você só não pode deixar o orgulho te impedir de ficar com seu filho. Faça uma pesquisa rápida na internet, todo empreendimento precisa fazer marketing na internet, eu tenho uma pessoa para criar o marketing, mas preciso de alguém para interagir com os clientes nas redes sociais. E não se engane, o trabalho fica fácil depois, mas nos primeiros dias você vai precisar estudar muito os preços, os tipos de materiais utilizados em cada joia, a linguagem para responder as perguntas. Nesses dias você vai apenas respondendo as perguntas mais óbvias até dominar o assunto. - Pedro falou.

- Você tem razão, não posso ter orgulho agora, aceito tudo o que você poder fazer por mim. O mundo é engraçado mesmo, eu julguei tanto o fato de você ser dono de joalheria, até tentei usar isso pra dizer pra Biel que você era um mimado. - Ruan disse.

- E eu sou mimado, tudo o que eu conquistei foi graças a meu pai. Ruan vamos precisar combinar muitos mais detalhes, inclusive analisar todos os dados judiciais desse caso. Mas já te adianto que é caso ganho, em questão de no máximo dois meses você já vai estar vendo seu filho regularmente. A demora maior vai ser conseguir a audiência com o juiz, porque seu caso eu analiso em um dia e com as minhas instruções você consegue o laudo fácil. Podemos nos ver pessoalmente amanhã? Mas hoje eu já quero o número dos processos para começar a analisar o despacho do juiz. - Pedro falou.

- Tem mais uma coisa que pode ser impeditivo. Estou namorando o Júlio, o cara que briguei publicamente na faculdade anos atrás e que era conhecido de muitos por ser homofóbico. Ele ganha a vida sendo drag. Mas ele também não tem ficha na polícia. - Ruan falou.

- Como assim? Me conta essa fofoca. - Falei empolgado.

- Depois vocês tricotam, preciso de muitos detalhes antes de começar a planejar a estratégia completa. Sobre o Júlio, isso depende um pouco da interpretação do juiz, o juiz pode achar positivo você ter perdoado ele ou negativo você namorar com alguém que já foi capaz de abandonar um ser humano bêbado e machucado em uma rua deserta. Eu, que vi seu estado naquele dia, não confio no caráter dele, desculpa falar e espero estar errado. Mas se esse ponto for usado para te prejudicar, podemos prometer que seu filho não chegará perto dele. - Pedro falou.

- Meu filho em primeiro lugar. Estou gostando muito do Júlio e vejo que hoje ele é um amor de pessoa, não faria o que fez no passado, nem com quem afirma que ele merece morrer. Ele ama meu filho também. Mas pelo meu filho eu posso terminar com ele. - Ruan falou.

- Vamos com calma. - Pedro disse.

Eles conversaram mais algumas coisas e desligaram. Eu estava muito feliz por poder ajudar Ruan. No dia seguinte eles se encontram para acertar os detalhes e meu marido logo começou a trabalhar no caso. Ruan realmente pediu demissão do emprego e ficou trabalhando nas redes sociais das lojas de Pedro, isso facilitou muito a vida dele, sem falar que ele receberia muito mais e poderia até voltar a estudar.

O encontro com o povo da casa não deu certo, a maioria não tinha agenda e só prestava se fossem todos juntos ou pelo menos 80% da galera. Em contra partida, eu realmente fui colocado como conselheiro dos moradores da casa e já estava estudando como organizar as putarias.

Duas semanas depois que comecei a dar aulas, recebi uma ligação de meu pai, ele chorava muito e eu mal entendi as palavras dele, mas pelo que entendi, ele não queria mais viver porque mainha tinha expulsado ele de casa. Precisei fazer todo um manejo para que painho não desligasse o telefone até eu encontrar com ele, para minha sorte ele estava em Salvador. Assim que nos vimos, meu pai desabou nos meus braços em um chorro compulsivo, era difícil entender o que ele falava, após alguns minutos de muito choro, ele finalmente se acalmou e conseguiu falar:

- Ana foi usar o computador e meu whatsapp estava logado lá, ela viu uma traição minha e me expulsou de casa por telefone. Ela já fez minhas malas e mandou para casa de sua tia Célia, a família toda já está sabendo do motivo da traição. Minha vida acabou, meu filho. Nunca mais vou erguer minha cabeça. - Painho falou e voltou a chorar.

- Ela viu mensagens do meu sogro? - Perguntei.

- O que você sabe sobre isso? - Painho perguntou assustado.

- Eu estava escondido no quarto do senhor José na última vez que vocês transaram. - Falei.

- Você viu tudo?! Aí meu Deus, que vergonha!!! - Painho falou.

- Para com isso, foi lindo! Excitante! Vocês dois tem muita química na cama. - Falei.

- Me respeita, Gabriel. - Painho falou.

- Painho, não precisa disso.

- Como não precisa disso? Meu filho me falando que ficou excitado me vendo transar. Isso é um absurdo.

- Fiquei mesmo. O senhor é um gostoso, meu sogro tem sorte. Nosso pau é bem parecido, sabia?

- Era só o que me faltava, meu filho me desejando. Aí é que sua mãe nunca me perdoaria mesmo.

- Painho, sinceramente. O senhor quer voltar com mainha porque ama ou porque a sociedade diz que o senhor tem que ser um homem de família?

- Eu não te pedi uma análise. Você não é meu psicólogo. Você é meu filho e eu exijo respeito.

- Painho, só pensa. Eu te vi com o senhor José e foi lindo. O senhor estava livre, nunca te vi tão solto e tão feliz. Acho que está na hora do senhor ser livre.

- E ser amante do Zé?

- Sim, por que não? O senhor não deve satisfação a ninguém, pode ser feliz com o que realmente gosta.

- Primeiro que eu gosto de mulher sim, e amo sua mãe. Não adianta esconder de você, eu também gosto de homem. E segundo que tem a Cláudia. Não posso ser amante a vida toda, fazendo Cláudia sofrer.

- O senhor tá muito enganado, Dona Cláudia adora assistir sexo gay. Pra ela vai ser um prazer assistir o senhor comendo o marido dela.

- Como você sabe?

- Ela já me viu transando com Pedro algumas vezes e já até tocou uma siririca assistindo.

- Menino! Essa conversa já foi longe demais. Eu não quero nada disso, quero que você ligue pra sua mãe e peça pra ela voltar pra mim.

- Eu vou ligar pra mainha, mas é pra ver como ela está e pedir pra ela não ficar sozinha.

Liguei e mainha logo atendeu:

- Biel. Seu pai me traiu, Biel. 35 anos de casamento pra descobrir que ele tá de senvergonhice com outro homem e pior, meu filho, ele tá de sacanagem com seu sogro. - Mainha falava com uma voz de raiva.

- Oh mainha, eu sinto muito que a senhora esteja passando por isso. Imagino a sua dor. Onde a senhora está?

- Eu tô na casa de meu irmão. Ele tá indignado com o Carlos e com o Zé. Dois safados da pior espécie. Meu filho, você acha que eu não tenho desejos? Estou viva, já me imaginei com muitos homens, mas sempre respeitei seu pai.

- Eu te entendo. Esfria a cabeça, eu vou abrigar painho por uns dias e depois vocês conversam.

- Não tem mais conversa. Eu já não amo mais seu pai faz anos, eu só não me separava porque a Bíblia condena, mas agora que ele me traiu, eu estou livre para me separar sem pecar. Eu vou ser feliz. Já falei com meu irmão. Vou vender a casa, dar a parte de seu pai e morar com meu irmão. Seu tio já tem até comprador, o patrão dele quer montar um comércio naquela região, só vou pesquisar quanto a casa vale e vou vender.

- Então o problema não foi a traição? Nem o fato de meu pai gostar de transar com homem? A senhora já não estava feliz no casamento e só queria um motivo.

- Biel, eu não sou preconceituosa. Fiquei surpresa por ver que seu sogro também gosta de homem e que eles fazem na cama da Claudia, tadinha, e com o filho dele no mesmo teto. A verdade é que eu sei sobre os desejos de seu pai desde que você era pequeno, seu pai sempre olhou para os homens na rua, sempre ficou te olhando transar lá em casa, sempre prestava muito mais atenção nos atores do que nas atrizes, enfim, muitos sinais e não ligo, nunca liguei, mas ele nunca tinha me traído, até onde eu sei. Ele me fazia feliz na cama e me respeitava, pra mim isso era o suficiente pra não pedir divórcio, mas agora ele me deu a chance de ser livre.

- Ele te ama.

- Ama nada. Ele está preso a mim por causa de um documento e de uma sociedade hipócrita. Ele ama mesmo o Zé. Carlos sempre falou do Zé, tudo ele colocava o Zé no meio e sempre elogiando. Eu achava que era só desejo reprimido, mas agora sei que ele não reprimiu esse desejo pelo Zé. Carlos vai ser finalmente feliz com o Zé e eu vou ser feliz sozinha, como eu sempre quis. Só não quero ver o seu pai na minha frente tão cedo, estou morrendo de raiva dele pelos anos perdidos, ele poderia ter se entregue muito antes e ter me deixado livre pra viver. Pode cuidar do seu pai, ele vai precisar de ajuda nessa transição.

- Tá certo, mainha, te amo. A senhora pode contar comigo sempre, pra tudo. Estou do seu lado.

- Eu sei, mas estou bem. Quando a raiva passar eu vou dar uma festa de quatro dias, um dia para cada uma das 3 década que eu estive casada e mais um dia para representar os cinco últimos anos. Quem vai precisar de você é seu pai, ajude ele e seu sogro a serem honestos com a Cláudia e viverem felizes logo. Pelo que eu vi, seu sogro adoro a caceta do Carlos, eles tem até apelido pra ela. Agora vou desligar, meu filho. Te amo.

Era incrível ver como mainha estava diferente, falante, empolgada. Ela realmente estava com a sensação de liberdade. Meu pai ouviu toda conversa e ficou de cabeça baixa, chorando. Mainha estava irredutível quanto ao fim do casamento. Levei painho para minha casa e todos amaram, principalmente meu sogro. Minha sogra também gostou e eles tiveram uma longa conversa que eu não fui convidado para participar. Nas primeiras noites, painho dormiu no quarto de hóspedes, mas na quarta noite eu já ouvi os gemidos do meu sogro. Desse dia em diante, painho passou a dormir no quarto dos meus sogros com minha sogra também dentro. Eu fiquei muito curioso pra saber o que acontecia lá quando eles trancavam a porta. Cheguei a perguntar para meu sogro, mas ele não quis me falar.

Então, o jeito que encontrei foi me esconder no closet e ver o que acontecia. Esperei um dia que meus sogros e painho estavam com o olhar de quem apronta. O desejo dos três era evidente no olhar.

Eu já me surpreendi logo no começo daquela foda, pois os três começaram a se beijar loucamente, beijos triplos no começo, mas também beijos entre painho e meu sogro, painho e minha sogra e entre meus sogros. E enquanto uma dupla estava beijando, o outro ficava chupando o pescoço deles e passando as mãos. Até que meu sogros deitaram na cama e painho ficou ajoelhado revesando entre chupar o pau gigante do senhor José e a buceta da dona Cláudia. Minha sogra gozou a primeira vez só sendo chupada por painho. Depois foi a vez dela chupar o pau dos dois enquanto meu sogro e meu pai trocavam beijos ardentes.

Minha sogra ainda estava chupando o pau gigante do marido quando painho levantou da cama e meteu nela com tudo, fazendo minha sogra gemer de prazer. Com certeza não era a primeira vez que painho metia nela, pois a intimidade era grande e o pau de painho entrou fácil nela, mesmo tendo por volta de 20 centímetros grosso. Painho meteu nela até ela gozar pela segunda vez naquela foda.

Logo em seguida seu José ficou de frango assado na cama e painho meteu nele de uma vez só, arrancando gemidos de prazer do meu sogro. Nessa hora eu já estava louco de tesão e comecei a me masturbar. Painho metia sem dó e meu sogro pedia mais:

- Vai Carlão, me arromba, mete com força, mete mais, me come, gostoso

Painho começou a beijar meu sogro enquanto metia nele. A química entre os dois era gostosa de assistir. Eles ficaram um bom tempo metendo nessa posição até que meu sogro pediu para cavalgar.

Painho sentou na cama e meu sogro sentou de frente pra ele. Eu vi cada centímetro do pau de painho sumindo dentro do meu sogro e eles gemendo de tesão. Meu sogro começou a subir e descer, fazendo o pau de painho sumir e aparecer muito rápido. Eles também se beijavam entre um gemido e outro.

Painho queria controlar as metidas novamente e pediu para meu sogro ficar de quatro em cima da cama. Meu sogro obedeceu e painho voltou a meter, dessa vez freneticamente, fazendo meu sogro alucinar de tesão. Os gemidos passaram a ser bem mais intensos e ofegantes. Eles mal conseguiam falar uma palavra e quando falavam era algo tipo caralho, tesão, mete, toma, mete, vai, gostoso ou delícia, apenas uma palavra de cada vez e com espaços longos entre as palavras.

Não demorou e eles gozaram. Eu acelerei a punheta e gozei também. Acabei fazendo barulho ao gozar e fui descoberto. Painho gritou comigo e falou:

- Isso não se faz. Onde já se viu ficar olhando o pai transar? Me respeita Gabriel. Eu sou seu pai. Se veste e vai para o seu quarto. Espero que nunca mais isso aconteça.

- Carlos, vamos analisar a situação por outro ângulo. Você quer ser passivo, seu filho é um excelente ativo para iniciantes, ele sabe tratar um cu. - Meu sogro falou.

- Nunca, eu não vou transar com meu filho. - Painho falou.

- É uma forma de você conseguir receber meu pau. E eu sei que você também tem tesão no seu filho, porque você também já ficou olhando ele transar com meu Pedrinho e se masturbou sentindo prazer. - Meu sogro falou.

- Eu topo tirar a virgindade de painho. - Falei.

- Vamos organizar isso, Biel. Mas não hoje, porque acabamos de gozar. - Meu sogro falou.

...

Continua

...

Desculpem a demora. O próximo capítulo é o último. Vou tentar escrever e postar durante a semana. Essa semana foi péssima pra mim, por isso não postei antes. Espero que gostem.

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Comentários

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Biel amadureceu muito, é outra pessoa em comparação com o começo. E esse sexo entre os coroas foi delicioso. Aguardo o último capítulo pra ver Biel comendo o pai

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Renan, que capítulo recheado de tantas coisas! E sempre com a putaria gostosa de sempre! Hehehe

Que essa semana seja melhor!

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Já estava ansioso esperando esse conto sair, e triste que o próximo será o último, espero que tenha mais contos como esse, tamo junto Renan, sou te fã🔥

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Pedro mereceria tirar o cabaço do sogro, afinal de contas Biel o traiu com o pai. Biel teve o Sr. José antes de Pedro. Seria interessante Pedro ter esse privilégio se é que Biel ama ele mesmo de verdade, pois só o desejo dele ainda sobressai e continua a manipular tudo e todos.

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