O ruim de sair com o tio Zé é que ele diz que não vai demorar nos lugares, começa a beber, se envolve em jogatina e perde completamente a noção do tempo.
Onde quer que a gente vá, sempre tem algum conhecido ou conhecida que o reconhece, para pra conversar e o papo vai longe, principalmente quando é acompanhado de sardinha frita, pastel de camarão, uma geladinha e aquele pagodinho de lei. Também, não é pra menos. Meu tio é conhecido em Olaria pela alcunha de Zé Urubu, um dos bicheiros mais famosos do subúrbio do Rio de Janeiro, então eu meio que já me acostumei com essas dinâmicas que fazem parte da vida de um bom malandro carioca.
Tio Zé é irmão mais velho do meu pai. Embora ele seja envolvido com a contravenção, é um sujeito legal, baixinho, muito bom de papo e educado, daqueles caras tirados a galãs. Jura pra todo mundo que é apaixonado pela tia Valeska, mas não pode ver rabo de saia que já corre atrás. Ele mesmo adora dizer por aí, entre pagodes em Madureira e rodas de samba na Lapa, que trepar é uma de suas atividades favoritas.
- As cinco coisas que eu mais amo nessa vida: carnaval, Flamengo, cerveja, churrasco e buceta. Pronto, preciso de mais nada. Teheheh!
- É o quê, Zé? – tia Valeska cruzou os braços e tirou o pano de prato do ombro.
- Valeska! Eu disse Valeska! – meu tio se apressou pra corrigir a frase.
- Sei... – ela fingiu que não sabia das puladas de cerca e deixou passar.
No sábado de carnaval, tio Zé compareceu ao desfile das escolas de samba no sambódromo da Sapucaí e foi ver tia Valeska desfilar como passista pela Imperatriz Leopoldinense. Ele fechou um camarote de luxo onde pudesse ficar à vontade pra comer, beber e jogar pôquer com mais três amigos bicheiros durante quase cinco horas direto e me convidou para estar lá. O lugar era bem chique e espaçoso, com o ar condicionado torando, buffet completo e visão privilegiada do desfile, mas, como eu disse antes, sair com o Zé Urubu é um porre, porque ele se empolga fácil, daí mergulha nas cartas, no whisky, no charuto, e esquece do resto.
- Gostou, moleque? Pode se jogar, come tudo que tu quiser. Pede drink, enche a cara. – ele mostrou o camarote e apertou minha nuca.
- Maneiro, tio. Tô acostumado a ver você no cigarro e na cerveja, mas whisky e charuto também combinam.
- De vez em quando a gente tem que dar uma subida de patamar, Coruja. – me chamou pelo apelido.
- Coruja, patrão? Esse aí tá mais pra Codorna ou Franga. Teheheh! – a voz grossa veio de trás de nós, baixinha, quase que sem querer.
Eu virei e não me aguentei com a cena de um dos capangas do meu tio rindo do meu jeito manhoso de ser. Até pensei em abrir a boca e responder, mas tio Zé foi mais rápido, apontou o dedo na cara do segurança e o repreendeu ao vivo, em alto e bom tom.
- Quer que eu te bote no olho da rua, Falcão?!
- Negativo, chefe. É que eu pensei alto, não vai acontecer de n-
- Bom mesmo. Mais uma gracinha dessas com o Coruja e eu te chuto fora, ouviu? E isso não é só pra tu, não, vale pra qualquer um aqui. Tô sendo claro, rapaziada?
Todos os outros seguranças abaixaram a cabeça e concordaram com tio Zé.
- Positivo, senhor. – Falcão moveu o rosto milimetricamente na minha direção e fez um aceno sutil de cabeça. – Desculpa, Coruja.
- Tá perdoado, Falcão. Mas sabe o que é pior? Pior é que você é charmoso, cara. Bonito dos pés à cabeça, pena que é um babaca. – ajeitei a gola da blusa dele enquanto falava.
Mesmo estando com o óculos escuros cobrindo seus olhos, deu pra ver que as bochechas do brutamontes ficaram vermelhas e ele simplesmente não teve reação, não soube o que dizer. Os outros seguranças seguraram o riso, até porque ninguém quis desrespeitar o bicheiro Zé Urubu em pleno carnaval. Dito isso, meu tio tirou o celular do bolso, leu suas notas e deu as ordens.
- A divisão de hoje é a seguinte: Pardal, quero tu e Gavião lá embaixo acompanhando Valeska enquanto eu tô jogando; Águia e Falcão, vocês ficam à disposição do meu sobrinho Coruja onde quer que ele vá, não tirem os olhos dele; e Pavão, tu fica na atividade aqui comigo. É só pôquer, não preciso de dois armários fazendo minha guarda hoje.
Todo mundo concordou, exceto Falcão, que coçou a garganta e pigarreou.
- Licença, patrão. Com todo respeito, mas dois seguranças só pra andar com essa Codo... Com esse moleque? – ele apontou pra mim.
- Esse moleque é meu sobrinho, olha lá como tu fala. Acerta o tom. Eu mando e tu obedece, Falcão. Tamo conversado? – tio Zé não facilitou.
- Tamo conversado, chefia, mas-
- Então não tem “mas”. Licença, senhores. – meu tio entrou pro camarote junto aos amigos bicheiros e os seguranças seguiram pras devidas posições.
Tive que virar três drinks de Aperol pra acreditar que meu sábado de carnaval seria na presença do Águia e do chato do Falcão me seguindo onde quer que eu fosse. O Águia até que é um cara legal. Pele clara, aparência de novinho, 27 anos, muito calado, responsável e sempre na dele, não é de questionar. Já o Falcão, não sei nem por onde começar. Que maluco implicante do caralho.
- Tá ligado que nós não tá nem aí pra tu, né, moleque? – ele rosnou pra mim.
- E cê acha que eu queria vocês dois na minha cola em pleno carnaval? Sonha, gato. Eu é que não tô nem aqui pra vocês, se manca.
- Ordem dada é ordem cumprida, Coruja. Nem tenta fugir. – Águia se mostrou irredutível, fechou a cara e continuou imóvel, sem sair de perto de mim.
Eu já tava meio altinho de tantos drinks, não consegui me livrar deles nem na hora de mijar e quase me emputeci quando percebi que os dois me acompanharam até no corredor pro banheiro.
- Ah, fala sério! É carnaval, minha gente, vão procurar alguém de verdade pra proteger. Eu sou inofensivo, não sou alvo de ninguém. – reclamei.
- Bora, Águia. Ninguém liga pra esse merdinha, não. Vamo embora.
- Vai tu, eu vou ficar. O Urubu mandou, tu escutou?
- Escutei, porra! Mas não posso ir se tu não for. Qual vai ser, vai querer passar a noite toda olhando pra esse viado?
- Vai tu. – Águia não mudou a expressão séria no óculos escuros.
- Grrrr... – raivoso, Falcão bateu a mão na parede e quase derrubou o boné preto. – Tudo por culpa de um sobrinho viado. Mereço.
- Você fala assim, mas meu tio paga bem. Para de reclamar.
- Tu não me dirige a palavra, seu comédia. Não quero papo com baitola.
- Vão começar a palhaçada? Se é pra aturar vocês dois a noite toda, prefiro fazer isso de longe. Licença. – o Águia nos repreendeu, saiu de perto e esperou no corredor externo do banheiro, deixando eu e Falcão pra trás.
Assim que ficamos sozinhos, Falcão ajeitou o rádio na cintura, tirou o fone da orelha, tomou o Aperol da minha mão e virou tudo numa golada só. Depois cruzou os braços, se recostou na parede, apoiou o pé nela e ficou ali me olhando, achando que eu ia reclamar de ter perdido a bebida. Adiantaria alguma coisa?
- Você é um porre. – resmunguei. – O que tem de bonito, tem de chato.
- Elogiar não vai me amolecer, Codorninha.
- E quem disse que eu quero te amolecer? Pelo contrário... – zoei.
Uma coisa nunca neguei: apesar de insuportável, esse macho é gato pra caralho. Lembra que eu chamei ele de charmoso? É que Falcão tem todo um jeitão masculino e viril, ele exala testosterona. Me passa vibe daqueles capangas latinos sedutores, sabe? Especialmente quando veste regata justa e ostenta o peito peludo. Cabelo nagô curto, pele parda e clara, a barba cheia e escura no rosto, semblante sisudo e canastrão de macho tralha.
- Cê vai ficar pegando todo Aperol que eu pedir, é? Que saco! – reclamei.
- Na próxima, vê se pega dois. – ele rosnou.
- Abusado. Marrento. Chato... Insuportável... – dei-lhe um soco no braço, senti seu bíceps e levei dois, três segundos em pleno contato físico com o malandro, acho que até ele notou a fagulha entre nós. – Você é tão...
O segurança do meu tio é um trintão tatuado, com cara de invocado e corpo magro, mas aquele magro torneado, malhado, um “magrão” com peitoral aberto, ombros definidos, tórax largo e abdome duro. Ele já foi policial militar quando era mais novo e, falando de físico, parece bastante o personagem “Jô”, interpretado pelo ator Vitor Sampaio na novela “Volta por cima”. Seu jeito de me olhar me deixa atravessado, até a maneira como Falcão implica comigo me faz sentir tesão nele, porque sei que sou alvo desse puto.
- Desenrola mais um drink lá pra gente, moleque. – ele me empurrou.
- Já pensou se eu conto pro tio Zé que o capanga dele tá bebendo no serviço?
- Eu não ganho pra tomar conta de viado.
- E eu só queria me divertir no carnaval, não ficar do lado de um babaca.
Falcão terminou a quarta taça de bebida, sentou perto de mim no banco do corredor do banheiro e abriu as pernas. Ele me olhou, passou a mão na pica, depois me cutucou e falou no pé do meu ouvido, quase pinicando a barba na minha pele.
- Quer se divertir, boiola?
Achei que era mais uma zoação e não respondi, mas ele insistiu na pergunta, sussurrou na minha orelha e deixou a mão deslizar no volume da calça novamente.
- Tô falando contigo, Franguinho. Dá o papo. Fica com medo não, eu não mordo. Tehehe...
Amassou o cacete, deu aquela balançada de fazer qualquer boqueteiro babar, levantou e caminhou pra dentro do banheiro. Antes de entrar, Falcão olhou pra trás, fez o aceno de cabeça e eu logo entendi o recado. Aproveitei a pouca movimentação, segui o safado e, assim que entrei, lá estava o cretino parado num dos boxes, apertando o pacote e me esperando.
- Tu falou que quer diversão, não falou? Se liga na diversão que eu tenho pra tu, Codorna. – abriu o zíper da calça justa, botou a cueca pra fora e eu babei diante do peso na roupa íntima.
- Falcão, Falcão... Se meu tio descobre...
- Xiu. Fala muito não, moleque. Vem cá se divertir. – ele esfregou o malote na minha cara, fechou a porta do boxe e deu início à diversão. – Começa pelas bola, faz o que tu sabe.
Desceu o jeans, suspendeu a perna da boxer preta, jogou o saco na minha boca e eu tremi de tesão quando passei a língua na pele escura e enrugada do escroto dele. O canalha me olhou daquele jeito zombeteiro e implicante até na hora que ajoelhei, seus pentelhos dominaram minha língua e dei uma chupada de primeira na bolota direita, só pra instigar.
- Isso, sem pressa. Sssss! Tu não é bom de mamada? Quero ver, dá teu show. Huhuhuhu!
Engoli uma ova, fiz esforço pra engolir a outra e o mais delicioso foi deixar a pele do sacão cada vez mais soltinha só com o poder das minhas sugadas. Lubrifiquei bastante, deixei tudo babado e a caceta dobrou de tamanho dentro da cueca, até que botei ela pra fora e me deparei com uma pica simplesmente linda, muito bem feita e bonita de ver. Mais comprida do que grossa, não tão larga, porém extensa e alongada igual uma borracha. Dois ou três tons acima da pele parda do Falcão, uns 14cm molenga, mas bastou colocar a boca e ela começou a crescer na minha lábia.
- Faz essa chupeta no macho que tu detesta, vai? Cai de boca, viado. FFFFF! Aí sim, porra, se faz de santinho não. Mmmm! Sei que tu gosta muito, pô! Geheheh!
- Cê gosta de me ver aqui de joelhos pra você?
- Gosto mesmo, cuzão. Tu diz que me odeia, mas tá mamando minha rola. Tem coisa melhor, Codorna? Heheheh! Mama, para não. – apoiou a mão atrás da minha cabeça, forçou e quis testar até onde minha garganta aguentava.
Aquela jeba combinava bastante com um sujeito magro, alto e taludo igual ao Falcão. Entre engasgadas propositais e enchidas gulosas de boca, eu linguei a pilastra de baixo a cima, lustrei ela todinha e meu cuzinho entrou em chamas ao ver que o pauzão do cretino se transformou numa jiboia predadora, torta pra cima e pronta pra dar bote.
- Quem diria que o moleque sabe tragar uma pomba, hein? Huhuhuh! Tá aí, encontrei uma parada que agrada nós dois: tu me chupar. SSSSS!
A chapoca rosa apareceu, aumentou de tamanho e seu peso quase obrigou a piroca a descer, mas a uretra envergada pulsou de novo e fez ela apontar pro alto outra vez, impávida e ereta à minha disposição. Posso falar? Falcão é chato pra caralho, sei disso, mas ele tem um piru que faz qualquer viado cair de joelhos. Não tão grosso, não tão fino, curvado, da glande graúda, o freio gostosinho de chupar e o prepúcio macio de sentir na língua. E os pentelhos? Muitos pelos, fechando o pacote de testosterona que é esse macho marrento.
- Era essa diversão que tu tava procurando, viado? Tá divertido pra tu?
- Demais! Mmmm! Não dá nem vontade de parar de chupar.
- GGRRRR! Bom esculachar tua boca! Mas vem cá, e o cu? Tenho direito também ou é só vale-mamada? Heheheh! Carnaval tá aí.
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