Amigos,
E com este, encerramos definitivamente o capítulo 17.
Esperamos que tenham aproveitado.
Nos vemos em breve.
Forte abraço e beijão,
Mark e Nanda.
No dia seguinte, acordei não com sexo, mas com o carinho e os beijos mais significativos da minha vida. Mark não me olhava cobrando a carne, mas a alma. Só que quando ele me olha assim, com semblante tranquilo, mas apaixonado, eu arrepio inteirinha, e naquele dia não foi diferente.
Os beijos escalaram e tivemos uma transa calma, tranquila, sem ousadia ou safadeza, apenas um papai e mamãe, mas era tudo o que eu precisava, pois tê-lo ali, me possuindo, olhando no fundo dos meus olhos, e sorrindo, era tudo o que eu precisava para me restabelecer. Foram bons minutos de uma transa gostosa, na qual tive a oportunidade de chegar ao orgasmo duas vezes e ele, quando chegou, inundando a minha xoxota com o seu leite quente, quase me fez ter a terceira.
Assim que terminamos e ele se virou para o lado, deitei-me de lado, com a cabeça em seu ombro e fiquei alisando os pelinhos do seu peito. Ele ainda controlava a sua respiração de olhos fechados, mas eu mantinha os meus muito aberto, além de um sorriso de felicidade genuína pela forma como ele me tratou. Tudo estava bem e eu sabia que nossa vida seria melhor dali em diante.
Fomos tomar um bom banho e ele me falou, meio chateado:
- Temos que arrumar as nossas coisas, né? O voo sai hoje no final da tarde.
- Bem que eu queria ficar mais uns dias, assim... só eu e você. - Falei, alisando o seu peito.
- Seremos só nós onde estivermos, morena. Aqui, em Minas, na puta que o pariu. Nós, eu e você, e as meninas também.
- É. Claro! Mas aqui é mais gostoso, né? Diversão sem preocupação...
- Ah tá... Me avisa quando começar essa parte, ok? Porque preocupação tive bastante. - Falou e riu.
Saímos do banho e após nos vestirmos, descemos para um merecido café da manhã. Satisfeitos, subimos e organizamos rapidamente as nossas coisas, porque decidimos aproveitar até os últimos segundos de diversão, por isso iríamos até a piscina do resort, ficar até quando desse.
Quando eu terminava de colocar um biquini, o meu celular tocou e no visor já identifiquei uma pessoa que imaginei nunca mais teria a coragem de me ligar: Rick. O Mark estava na cama me aguardando apenas de cueca e me olhou curioso, afinal, eu parei sem saber o que fazer, mas rapidamente eu soube, por isso atendi a chamada e a coloquei no viva voz:
- Alô? - Falei sem a menor empolgação.
- Nanda, é... sou eu, o Rick.
- Ah sim. Bom dia para você, Rick.
- Bom dia. Será que a gente poderia conversar?
- Estamos fazendo isso, não estamos? Ah, e por falar nisso, o meu marido está nos acompanhando atentamente. Estamos no viva voz.
- Ah... - Resmungou, calando-se brevemente: - Bom dia, Mark. Espero que tenha passado bem de ontem.
Mark não respondeu. Apenas balançou negativamente a sua cabeça com cara de poucos amigos e eu sabia que devia estar chamando o Rick de dissimulado para cima em seus pensamentos. Eu também não estava me sentindo à vontade com aquela situação, porque algo em mim havia quebrado ou despertado de vez. Além disso, ele já estava nos atrasando, por isso tratei de agilizar aquela conversa descabida:
- Rick, a gente está de saída. Dá para ser mais rápido?
- Ah sim, sim, claro... É que... bom... eu queria pedir perdão pela noite de ontem. Eu... Eu não sei direito o que aconteceu, mas sei que extrapolei da pior forma possível, com todos. Por isso que eu queria conversar pessoalmente com você, com vocês, aliás.
- Por mim, já está perdoado, não está, mor? - Respondi rapidamente, mas com um semblante bastante chateado: - Você o perdoa também, não perdoa?
Mark me encarou seriamente e novamente nada disse, então eu respondi:
- Ele disse que perdoa, Rick. É só isso?
- Poxa, Nanda, eu errei, desculpa, mas você também não está ajudando em nada, né?
- Verdade! Não estou, nem tenho porque te ajudar. Não fui eu que te xinguei sem motivo algum. Só posso dizer que não esperava uma atitude como aquela de você, não mesmo.
Houve um breve silêncio e ele voltou a falar:
- Vocês já tomaram café? A gente poderia conversar melhor lá no restaurante. Prometo que...
- Já tomamos, Rick, obrigada. - Eu o interrompi: - Inclusive, já estávamos de saída para o aeroporto. Queremos fazer logo o “check in” e dar uma volta pelos arredores, espairecer um pouco...
- Ah, então... Ué! Eu também vou voltar nesse voo. Se preferirem, a gente poderia se encontrar lá no aeroporto e tomar um café juntos. O que acham? Assim, eu teria a oportunidade de pedir perdão pessoalmente para vocês e tentar me explicar porque...
- Não precisa de explicação alguma. - Eu o interrompi novamente: - Eu já entendi tudo muitíssimo bem! Ontem, você foi claro como um cristal. E quanto a pedir perdão, também não precisa, já dissemos que você está perdoado e é de coração. Torço para que você seja muito feliz, Rick.
- Difícilpena que pense dessa maneira... Mas a vida é assim, difícil, e, às vezes, as pessoas que a gente pensa que se importam conosco, a torna ainda mais difícil, nos decepcionando, não é? Mas fica tranquilo, vou rezar por você e sei que um dia será muito feliz. Agora se me dá licença, eu tenho que desligar. Tchau, Rick.
- Nanda, por fav...
Desliguei sem que ele terminasse e xingando, bloqueei o número dele no meu celular, desligando o aparelho em seguida. Mark seguia me olhando em silêncio, mas durou pouco:
- Você está bem?
Olhei para ele e fui me sentar em seu colo. Ele me recebeu com todo o carinho e me abraçou apertado. Suspirei profundamente e o encarei:
- Vou ficar, aliás, já estou. Sei lá... Sabe quando parece que a gente tira uma tonelada das nossas costas? Estou me sentindo assim.
- Já eu, em compensação...
Não entendi e o encarei, preocupada que ele tivesse interpretado alguma coisa diferente de mim:
- Não tive culpa. Você viu, foi ele que me ligou.
- Não estou de acusando de nada, morena. Relaxa. - Ele falou e deu uma piscada, sorrindo maliciosamente.
Fiquei em silêncio tentando entender o contexto e logo me toquei:
- Ah, vai toma no teu cu, Mark! Tá me chamando de gorda, filho da puta?
- Gorda não, mas gostosíssima.
Jogou-me na cama e se deitou sobre mim enquanto eu me debatia para sair de baixo dele. Debater é um exagero, nem passava isso pela minha cabeça. Eu queria era mais aproveitar esse pequeno momento e ser amada por quem realmente merecia. Após um delicioso beijo e muito amasso, ele se levantou e foi ao banheiro. Fiquei deitada, remoendo a noite anterior e logo o seu celular tocou de um número que eu não conhecia:
- Mor, teu celular está tocando e não sei quem é.
- Atende, uai.
Atendi e era Jana. A safada estava elétrica, animada como ela só, e me perguntava qual era a nossa programação do dia. Eu sabia a intenção dela, mas preferi me fazer de desentendida. Falei que estávamos de partida e quase foi possível ouvi-la murchar do outro lado da ligação. Entretanto, eu também sabia que o Mark havia feito uma promessa e, mesmo que não fosse daquelas que se deve cumprir, achei que ele e ela mereciam esse último momento:
- Mor, é a Jana. Está querendo saber que horas você vai comer o cuzinho dela? - Falei bem alto para que ela também escutasse na chamada.
- Hein!? - Perguntou um surpreso Mark, colocando a cabeça para fora do banheiro e me olhando sem acreditar: - Está de sacanagem, né?
- Não! Mas eu acho que é isso que ela quer. - Mostrei o aparelho.
O Mark veio até onde eu estava e não parecia acreditar em mim. Pegou o celular, atendendo e arregalando os olhos ao ver que era realmente a Jana. Falaram por algum tempo, até ele praticamente começar a repetir o que eu havia falado. Antes que ele terminasse, eu o interrompi:
- Vai lá! Dá umazinha nela... Vocês estavam embalados ontem até dar aquela merda. Além disso, você prometeu para ela.
- Mas ela sabe que eu falei brincando.
- Você não queria? Ou melhor, você não quer? - Perguntei, olhando em seus olhos que sorriu de imediato: - Então!? Sapeca a safada, mor. Eu estou bem. Vou ficar por aqui e terminar de ajeitar as nossas coisas. Só não demora.
Ele ficou alguns segundos parado e em silêncio, surpreso, olhando para mim como se não acreditasse no que eu havia falado. Depois, falou com ela ao telefone, dizendo que eu havia insistido para cumprir a minha promessa. Eles conversaram rapidamente e ele me encarou:
- O problema é que não temos um lugar. Acho que nem motel conseguiríamos agora.
- Uai! Então... vem pra cá! Eu saio então para dar uma volta e vocês se resolvem.
- Por que você não fica então?
- Porque aí sim a gente vai se enrolar e acabar perdendo o voo. Não tem problema, mor, todas as nossas coisas já estão arrumadas. Só os de higiene do banheiro e uma ou outra roupa que ainda não guardei, mas faço em um minuto. A gente sai, se encontra com ela em algum lugar e vocês vem pra cá. Simples assim.
Nem eu acreditava no que estava falando, mas estava. Eu estava pedindo para ele comer uma mulher, no meu quarto e me propus a sair para eles terem privacidade. Comecei a sorrir surpresa comigo mesma, enquanto ele seguia me encarando em dúvida, de olhos arregalados. Eles combinaram alguma coisa e ele desligou:
- Ela vai me encontrar perto da piscina infantil em dez minutos.
- Ok. Então, vamos descer.
[...]
Quando a Nanda me falou que a Jana estava ao telefone, imaginei ser uma pegadinha, afinal, depois da nossa noite anterior, eu nunca imaginaria que ela ainda quisesse algo comigo, apesar de eu não ter tido culpa alguma no que aconteceu.
Atendi o celular e era realmente ela. Conversamos brevemente e decidi falar a verdade sobre estarmos indo embora. Entretanto, a Nanda me surpreendeu e disse que eu e ela deveríamos terminar o que havíamos começado. A princípio, pensei que fosse brincadeira dela, mas logo depois vi que não. Mesmo ressabiado, concordei, mas agora o problema era “onde”. Novamente, me surpreendendo, a solução veio dela, Nanda, propondo que fizéssemos no quarto, mas sem ela estar junto.
Eu a olhava sem saber o que dizer e perguntei por que não ficava e participava. A sua resposta foi tranquila e prudente, afinal, se ela ficasse e participasse, correríamos sério risco de perder a hora do embarque. Combinei com a Jana e marcamos de nos encontrar próximos à piscina infantil. Eu ainda não estava acreditando que aquilo iria acontecer:
- Tem certeza de que não quer participar?
- Absoluta!
- E você está bem mesmo?
- Tô sim, mor. - Ela sorriu e me abraçou, beijando a boca em seguida: - Fica tranquilo. Aproveita, meu corninho, e põe mais um chifre na minha testa. Mas, ó... é só hoje, viu? Não vai achar que vou ficar te liberando assim tão facinho não. Você é o meu corninho: o direito de chifrar é meu!
Descemos até a área das piscinas e logo a Jana veio na nossa direção, também aparentemente desconfiada. A Nanda fez questão de explicar que estava tudo bem e que devíamos aproveitar, mas que fôssemos rápidos ou poderíamos perder a hora do embarque. Despedi-me da minha onça e subimos, eu e a Jana, até o meu quarto, em silêncio e ainda meio ressabiados com a situação. Mas foi só a gente chegar que a verdade surgiu, rápida, ferina, tesuda e sem “porém’s”.
Jana já chegou soltando a alça do vestido que caiu ao chão, revelando uma minúscula calcinha de cor “nude”. Por fim, se inclinou sobre a cama, ficando na posição de abate. Fui para cima dela, mas a puxei para um beijo antes de mais nada. Ela falou:
- A Nanda falou para sermos rápidos...
- Há sempre tempo para um beijo e uma chupada.
- Hummm... Quer que eu chupe o seu pau, safado?
- Não, Jana, eu quero chupar a sua buceta e o seu cuzinho.
- Meu... Meu cuzinho!? Então, eu preciso de uma ducha. Já tô meio suada e não me sentiria bem.
Tirei a minha roupa e a calcinha dela e nos arrastei para dentro do box. Ali, a ensaboei aos beijos e amassos. Saímos direto para a cama e nos secamos rolando pelos lençóis. Desci até a sua bucetinha e a chupei com vontade, fazendo ela se contorcer. Depois desci ao seu cuzinho e ao vê-la se retrair, descobri que a Jana nunca havia sido chupada “lá”:
- Como assim!?
- Nunca! Ninguém nunca enfiou a boca aí. Até estranhei quando você me disse que queria chupar o meu fiofó.
- Se você não quiser, eu paro.
- Não! Eu... só não estou acostumada, mas achei diferente... bem legal, e se você quer...
Voltei a lamber o seu cu, enquanto dedilhava a sua vagina ao mesmo tempo em que alisava o clítoris. Além disso, beijei e chupei toda a redondeza, em especial o períneo, fazendo ela gemer alto. Depois, quando fui pegar uma camisinha, simplesmente não achei. A Jana me olhou, inconformada, mas decidiu me chupar. Liguei para a Nanda que me atendeu surpresa com a pergunta:
- Ah, sério, Mark!?
- Não está aqui no meu criado. Sabe onde está?
- Olha na “necessaire” que está no banheiro. Só imagino que esteja lá.
Desliguei, fui ao banheiro e voltei vitorioso, balançando um pacote de camisinha. Antes, para dar uma requentada no prato, deitei-me na cama e fiz um 69 com a Jana. Quando eu já estava pronto, imaginando o mesmo dela, ela se inclinou com a bunda na minha cara e pegou uma camisinha para encapar o meu pau. Feito isso, ela própria se dispôs a sentar nele, com aquela magnífica bunda negra e redonda virada para mim. Vi o meu pau sumir naquele buraquinho marrom bem escuro, quase preto, enrugadinho e pequeno com um facilidade de me doer o coração. Se não fosse pelos gemidos e resistência que ela demonstrou ao se penetrar, eu teria ficado chateado.
Depois disso, ela ficou alguns segundos parada, se acostumando e logo começou a rebolar, singrando pelas laterais como uma cobra. Por fim, cavalgou-me como uma amazona desvairada numa planície selvagem, alisando-se ininterruptamente de uma forma insana e só parou, aos gritos, quando gozou violentamente, contraindo o cu e tendo espasmos pelo corpo todo.
Eu não havia gozado e simplesmente nos virei, deixando-a na beirada da cama com as pernas no limite do “espacate”. Então, passei a bombá-la com vontade e profundidade. Às vezes, apenas por diversão, eu parava e tirava todo o pau, admirando aquela linda bunda. Foi numa dessas, quando eu voltei a penetrá-la, que eu vi a Nanda parada num canto próximo à entrada do quarto, assistindo a tudo em silêncio. Ela mordia um dedo, assistindo a cena, parecendo meio preocupada. Quando ela notou que eu a vi e fiz menção de parar, ela se aproximou de mim por trás e cochichou no meu ouvido:
- Fode essa safada, Mark, faz ela gozar forte, faz!
Eu não sei se teria gás para tanto, mas dei o meu melhor e, pelo menos, fiz a Jana gemer alto. Quando cheguei ao meu limite, avisei a Jana e perguntei onde ela queria o meu leite que me respondeu:
- Onde você quiser... Até dentro, eu deixo...
Tirei a camisinha e dei umas rápidas punhetadas para explodir numa gozada caprichada, melecando a sua bunda, costas e, infelizmente, parte do cabelo. Quando terminei, dei um passo para trás e a Nanda, me surpreendendo novamente, caiu de boca na mulata, lambendo a minha porra:
- Oxi, Mark, não sabia que você tinha esse... essa vontade aí. - Resmungou a Jana de olhos fechados.
- O Mark!? Nunca mesmo, Jana! Ele não gosta de porra, não.
- Nanda!? - Gritou a Jana, assustada, virando-se para o lado e caindo da cama: - Ai! O que... mas... Como?
Começamos a rir da situação e fomos ajudá-la a se levantar. A Nanda explicou que deu uma volta, mas ficou chato estar sozinha, então resolveu voltar para o quarto e, por isso, acabou assistindo parte da transa. Fui tomar um banho com a Jana e a Nanda ficou na porta do banheiro, nos assistindo com uma cara de safada e conversando, querendo saber da Jana se eu havia caprichado.
Assim que saímos, a Jana pediu uma água e depois de conversarmos um pouco, ela nos agradeceu pela brincadeira e disse que havia se divertido muito. Além disso, nos disse que se voltássemos para essas bandas um dia, que nós a avisássemos, pois ela iria nos hospedar. Depois se despediu de mim e da Nanda, e saiu. Agora, a Nanda é quem me olhava de um jeito diferente.
[...]
Depois de tudo o que aconteceu, o que eu menos desejava era ficar longe do meu marido. Mas também não achava justo que ele não tivesse os seus momentos, principalmente aquele que foi interrompido no dia anterior por culpa do Rick.
Assim que ele e Jana sumiram da minha visão, decidi dar uma caminhada pelo resort e só então vi o tanto de utilidades e instalações que deixamos de usufruir, só vidrados em transar e passear pelas praias. Parei em meio a um jardim e me sentei num banquinho. Ali fiquei refletindo sobre os nossos últimos dias e principalmente o último. Não tive como não ficar chateada, afinal, o que poderia ser o início de uma boa relação entre ele e o Mark, acabou sendo um desastre para todos, principalmente para mim. Não que eu pretendesse ficar com ele novamente, não era essa a minha intenção, mas se os dois se entendessem e se o Mark me permitisse e participasse, não haveria problema algum. No final das contas, acabei concluindo que o meu marido sempre este certo. O Rick nunca quis ser um “amigo com vantagens”, ele sempre quis acabar com o meu casamento, imaginando que eu poderia ser dele um dia.
De repente, uma ideia passou pela minha cabeça e liguei o meu celular. Pouco depois, enquanto eu fazia uma pesquisa na internet, o Mark me ligou, perguntando onde estava as suas camisinhas. Falei o único lugar que me passou pela cabeça e desligamos. Terminei a minha pesquisa e a ideia parecia espetacular agora, clara como o dia que queimava a minha cabeça. Eu só precisava convencer o Mark.
Decidi retornar. Enquanto caminhava, ao longe, vi uma pessoa que se parecia bastante com o Rick e tudo o que eu não precisava naquele momento era encontra-lo. Eu não queria. Então, pelo sim ou pelo não, decidi me esgueirar por outro caminho. Eu parecia uma fugitiva, caminhando e parando, analisando e seguindo, até entrar pelo saguão e de lá para o meu quarto.
Como havia se passado um bom tempo, imaginei que os pombinhos já tivessem terminado. Que nada! Flagrei o Mark enrabando a Jana, brincando, na verdade. Ele olhava deslumbrado para o rabo dela, tirando todo o pau e colocando novamente, quase sorrindo. Isso me deu um aperto no coração, mas, ao mesmo tempo, me excitou. Uma sensação estranha, dúbia, que eu não me lembrava de ter sentido. Fiquei hipnotizada vendo a satisfação dele que ainda fez isso algumas vezes até notar que eu estava ali assistindo.
Ele ficou sem saber o que fazer e parou, mas eu logo fui até ele e pedi que continuasse. Fiz mais. Cochichei no seu ouvido com a minha mais rouca e sedutora voz:
- Fode essa safada, Mark, faz ela gozar forte, faz!
Ele sorriu para mim e passou a bombar feito um louco na Jana que agora falava de um jeito engraçado, algo que parecia com um “zizizizi”. Foram poucos minutos até ele perguntar onde ela queria o leite. Ela deixou que ele escolhesse, até dentro deixou. Mas o meu Mark apenas tirou o pau dela, a camisinha, e gozou nas suas costas, bunda e até no cabelo dela. Coitada! Com um cabelão daquele, ela teria um puta trabalho para se limpar. Mas o ápice foi quando eu quis lambê-la e ela pensou que era o Mark. Ao ouvir a minha voz, ela deu um pulo, assustada, caindo da cama. Depois, eles foram tomar uma ducha e ela se despediu da gente, saindo.
Agora, sozinhos, encarei o meu marido, ainda sem saber se ele toparia a minha ideia, mas eu tinha que tentar:
- Mor, eu quero fazer uma coisa diferente.
- Diferente... como? Hoje!? A gente está quase indo embora! - Perguntou-me, ressabiado: - O que você está aprontando, Nanda?
- Não, não é nada, não, mas... Hein!? Aprontando... - Comecei a rir e logo expliquei: - Eu acho que você vai gostar.
Mostrei então o meu celular com a pesquisa que havia feito para ele. Na tela, apenas uma rota no Google Maps. Ele olhou, coçou a cabeça sem entender direito e me olhou:
- Que tal irmos para Tambaba? - Falei.
Ele então olhou com mais cuidado para o mapa e resmungou:
- Quase 200 km de distância. Nosso voo sai hoje. Não temos tempo para isso...
- A gente remarca o voo para São Paulo para daqui dois ou três dias. Daí, a gente aluga um carro e vai para lá, passeando. São só três horas e pouco de viagem, mor. Vamos, vai!?
Ele se calou, avaliando a situação. Coçou a barba agora, olhando novamente para a tela do celular, me encarou outra vez e disse:
- Tambaba, é?
- Tambaba... Pensou? Nós dois, eu e você, lá, peladinhos? E mais um monte de gente com a bunda de fora também? - Falei e ri.
Ele se calou novamente, deu uma suspirada e falou:
- Ok. Se você conseguir mudar o voo, eu topo. Mas quem vai ligar e se explicar para as meninas, será você!
Eu sabia que isso seria um problema, mas ainda assim estávamos perto demais para voltarmos sem conhecer aquela praia. Liguei na companhia aérea e inventei uma desculpa esfarrapada só para não dizer o que eu realmente queria. Consegui remarcar o voo para quatro dias, mas tive que pagar uma boa multa por isso.
Assim que soube, o Mark ligou então numa locadora de veículos e alugou um SUV que nos seria disponibilizado em duas horas e que poderia ser devolvido no aeroporto. Não entendi o porquê dele alugar um carro grande e caro, mas ele me explicou:
- Pensei em passarmos numa loja durante a viagem e comprar um colchão inflável. Daí podemos dormir dentro do carro, num camping.
- Acampar?
- A ideia de ir para lá foi sua. Eu só estou pensando nessa possibilidade porque acho difícil conseguirmos uma hospedagem em cima da hora. Além do mais, seria uma aventura e tanto, não acha?
- Acampar... Pode ser... Por que não? - Resmunguei e sorri: - Mas acho que vai ser muito complicado a gente transar sem que ninguém fique sabendo. O carro vai balançar um bocado.
Ele riu do meu comentário e acabamos desistindo de aproveitar a piscina do hotel nesse dia. Terminamos de arrumar as nossas coisas e logo fomos avisados de que um veículo nos aguardava para retirada. Descemos com a nossa bagagem, eu torcendo para não encontrar o Rick, mas se encontrássemos também, o Mark resolveria. Não encontramos e foi melhor, menos estresse. Fizemos o nosso “check out”, recebemos o veículo, o Mark programou o endereço no GPS e saímos em viagem. A aventura, como ele disse, iria começar.
[...]
Como mineiro do interior, tenho dois prazeres quando vou para a praia: o de chegar e o de ir embora. Simplesmente, não consigo ficar muito tempo. Acho tudo muito caro, muito quente, muito abafado e muito cheio de areia. Quando a Nanda inventou de esticar a nossa lua-de-mel em Tambaba, num primeiro momento pensei em recusar, pois eu já estava longe de casa e das meninas há muito tempo, mas depois acabei concordando, afinal, seria uma chance única. Além do mais, eu sempre quis conhecer essa praia e ver como as pessoas se comportam, óbvio.
Assim que a Nanda resolveu a questão da remarcação do voo, providenciei o nosso transporte e a nossa acomodação. Ela não gostou muito quando falei da acomodação, pois nunca foi fã de acampar, mas depois acabou se rendendo a experiência. Feito o “check out” e resolvida a formalidade do aluguel do veículo, saímos de viagem. Era por volta das 10:00.
Naturalmente, nada que é bom dura para sempre. Quando a Nanda pegou o seu aparelho de celular para ligar para as meninas, notou que havia mensagens escritas e de voz do Rick no WhatsApp, além de ligações não atendidas. Ela nem pensou duas vezes, bloqueando-o. Aliás, ela passou um pente fino por todas as suas redes sociais, bloqueando-o sem titubear em todas. Controlei o meu sorriso de satisfação, mas não consegui por muito tempo, dando um afago em sua coxa e fazendo um carinho em seu rosto.
Ligou enfim e explicou a situação para as meninas. Naturalmente, elas resmungaram, mas acabaram concordando, com a promessa de que nós as levaríamos para passear no shopping. Conversamos rapidamente, afinal, eu estava dirigindo numa rodovia que nada conhecia.
Almoçamos num restaurante muito bacana quase chegando em Recife e depois seguimos até um shopping para comprar o colchão inflável, mas não achei o modelo que eu queria. Comprei então dois colchonetes e um saco de dormir para casal, além de um isopor com algumas bebidas. O gelo eu compraria no camping. Depois, seguimos viagem, parando apenas num posto para abastecimento e para tomarmos um café.
Como de costume, ela entrou sozinha na loja de conveniência, pedindo um café e uma porção de bolinhos de aipim. Quando entrei, foi impossível não notar a atmosfera de curiosidade e excitação por parte dos homens, na grande maioria motoristas, que a observavam, afinal, era uma mulher totalmente diferente das da região. Sentei-me e brinquei:
- Nenhuma paquera.
- À distância? Várias! Mas nenhum teve coragem de chegar em mim. De qualquer forma, hoje não estou no clima. Quero só o meu marido para mim e ninguém mais.
- Há! Duvido que isso vá durar muito... Afinal, estamos falando da Nanda.
- Que é isso!? - Resmungou, simulando ter ficado ofendida comigo, mas logo encarou a porta de entrada do estabelecimento, falando toda melosa: Que é isso, hein?
Olhei de soslaio e vi um cara entrando, moreno, não era tão bonito, mas também não era feio. O que destacava era a altura e largura, pois parecia um armário. Ela olhou para mim e brincou:
- Você está certo. Não durou nada.
Olhei para ela que gargalhou da minha cara. Mas tudo não passava de brincadeira. Ela até trocou alguns olhares com ele e o cumprimento na saída, pois passamos do seu lado para irmos aos caixas, mas foi tudo. Depois, seguimos viagem direto agora até chegarmos num camping que eu já havia reservado previamente lá mesmo do resort.
Nanda estava eufórica. Assim que eu estacionei, ela começou a tirar a roupa ali mesmo, do lado de fora do veículo. Um rapaz do camping que havia se aproximado assistia a tudo boquiaberto. Tive que contê-la ante o olhar quase desesperado do rapaz, pois o camping não era nudista. Ela se desculpou, amarrando a parte de cima do biquini novamente e indo se esconder dentro do carro.
Assim que ele saiu, ela saiu novamente e brigou comigo, como se eu tivesse culpa de algo. Depois, começou a rir da situação e já foi pegando uma sacola de praia, onde colocou protetor solar, canga e uns pacotes de salgadinhos. Eu peguei o isopor e fui comprar gelo na administração do camping, sendo “orientado” pelo proprietário sobre a prática da nudez no recinto. Desculpei-me por ela, dizendo ser a nossa primeira vez e ainda consegui trocar as minhas cervejas e águas quentes por outros gelados, naturalmente pagando uma “taxinha” para a administração. Logo, estávamos saindo em direção à praia, distante cerca de 150m do acampamento.
Tambaba, para quem não conhece, é uma praia dividida em duas partes. Uma para uso convencional de pessoas vestidas, liberada a qualquer pessoa, e outra onde se pratica o naturismo. Nesta, o acesso é permitido apenas as mulheres desacompanhadas, casais e famílias; homens desacompanhados somente os que possuam o passaporte de naturista atualizado. Um detalhe: na parte naturista é proibido o uso de vestimentas.
Assim que entramos nessa área, a Nanda voltou a ficar eufórica. Tirou rapidamente o short e o biquini, jogando-o sobre mim, mas logo o pegando para guarda-los na sua sacola. Fiz o mesmo sem nenhuma afobação e logo começamos a caminhar pela praia, procurando um local agradável para ficarmos. Encontramos um ponto tranquilo, próximo ao final dela, com pouco movimento e nos instalamos.
Peguei uma cerveja e ela decidiu bebericar apenas na minha lata. Ficamos conversando e vendo o movimento que, àquela hora, por volta de 14:30, estava meio fraco, talvez por conta do sol escaldante. Ainda assim havia pessoas, a maioria casais. Desacompanhados e desacompanhadas foram pouquíssimos que vimos:
- Mor, olha aquele ali! É o Rick pretinho. - Disse a Nanda ao apontar para um mulato alto e magro, mas detentor de um senhor pau.
- Pois é...
Ela me encarou sorrindo, mas rapidamente colocou a mão sobre a própria face, envergonhada do comentário:
- Desculpa! É que ele é grande e acabei falando no nome daquele lá...
- A gente ainda não conversou direito sobre o que aconteceu, Nanda. Quer conversar?
- Eu não sei se tem o que falar, mor... - Ela resmungou, olhando para o mar: - Não! Sabe que tem? Hoje, quando eu estava passeando pelo resort, me toquei de que você esteve certo, a todo momento...
Eu a encarei, mas ela seguia olhando para o mar, apenas desabafando:
- O Rick nunca quis ser um amigo, desses com vantagens. Acho que ele, na verdade, queria uma forma de se aproximar para tentar me roubar de vocês, de você principalmente. - Ela balançou negativamente a cabeça: - Filho duma puta! Não acredito que fui tão ingênua...
- Você ainda gosta dele, não é?
- Gostar... - Ela resmungou e pegou a minha lata, dando uma golada e me devolveu, momento em que me olhou nos olhos, com vergonha: - Eu pensei que soubesse o que sentia por ele, mas agora, depois de ontem, fiquei ainda mais confusa.
Não foi bem a resposta que eu esperava ouvir, mas foi sincera e naquele momento, sinceridade era tudo o que nos restava para tentarmos consertar o nosso relacionamento. Ela continuou:
- A única certeza que tenho hoje, aliás, certezas, é que não quero estar mais com ele e que quero muito voltar a me reconectar plenamente com você.
Ela me olhou e eu sorri, afinal, essa sim era uma resposta que me fazia bem ouvir. Ela também sorriu e abaixou o seu óculos de sol para me dar uma piscada:
- Eu nunca tive dúvidas quanto a você, mor, mas agora quero te demonstrar isso de todas as formas possíveis. Você vai ver, meu mineirinho safado, vou fazer de tudo para te reconquistar de jeito.
- Você nunca me perdeu!... - Respondi, sorrindo e bebendo um gole.
- Ótimo! Então, vou usar todas as minhas energias para fazer você ficar ainda mais caidinho por mim. - Falou e deu uma risada alta.
Um casal maduro que passava a frente nos encarou nesse momento e sorriu, acenando. Fizemos o mesmo para eles que seguiram o seu caminho:
- Falando sério, mor, o que eu preciso fazer para a gente voltar a ser a gente, com confiança, cumplicidade, e o mais importante, amor inabalável?
- Poxa! Que perguntinha complicada, hein?...
- Poxa, digo eu! Me dá uma luz, mor. Só me diz o que eu preciso fazer que eu faço! Qualquer coisa, é só me falar.
Fiquei momentaneamente em silêncio olhando uma loira peituda com o seu companheiro que se divertiam na água e depois a encarei:
- Sinceramente? Acho que não tem muito o que fazer. É só vivermos o que temos e dar tempo ao tempo. Se você tiver mesmo me escolhido, saberá me provar com a convivência. Só para de se martirizar por isso. Só aconteceu, Nanda, sei que você não procurou se apaixonar pelo Rick, mas aconteceu. Eu só espero que você tenha conseguido enxergar quem ele é de verdade. Então, se quiser mesmo continuar comigo, eu vou pensar se te dou uma chance...
Ela me encarou bastante séria, mas vendo na minha cara havia um sorriso estampado, se aproximou ainda mais e segurou a minha cabeça, dando um gostoso beijo na boca:
- Palhaço... Fica brincando comigo, fica. Depois, eu vou atrás do negão bengaludo e ainda te deixou chupando o dedo. - Falou com um sorriso no rosto, lívida e tranquila: - Falando sério, mor, eu vou consertar tudo. Só preciso de uma chance.
- Vamos fazer assim... A gente vai continuar juntos, porque é isso o que queremos e vamos vivendo. O tempo conserta tudo.
- Eu não te mereço, sabia?
Eu sorri e não iria perder a oportunidade:
- Coincidentemente, a Iara e a Denise pensam a mesma coisa. Bem, se três mulheres pensam a mesma coisa, talvez essa coisa seja verdade, não é?
- Mas que safado! - Disse e voltou a me beijar.
Após isso ela se acalmou um pouco e passamos a conversar outros assuntos relacionados ao local e, naturalmente, falando das pessoas que iam e vinham despreocupadamente com sua nenhuma roupa. Algum tempo depois, notei que um casal entrou na mata, rumo a um desmatado. Curioso, avisei a Nanda que iria lá dar uma olhada. Fui e retornei rapidamente, informando que havia encontrado um bar e restaurante de uma pousada naturista:
- Uai, pelo menos já temos onde comer, porque passar esses dias todos só à base de salgadinho não dá, né? - Ela falou.
Entramos algumas vezes no mar, mas o calor estava de matar. Logo, comecei a olhar para os lados, procurando uma sombra para nos abrigar e ela, me conhecendo, sabia o que eu queria. Perguntou se eu queria me refrescar no bar da pousada e eu topei de imediato.
Ali conhecemos de cara um dos proprietários, Valdemar, pouco mais baixo que eu, de barriga protuberante e bengala normal, mas nos atendeu como se nos conhecêssemos há anos. Perguntei da pousada, mas ele me disse não ter nenhuma vaga disponível, mas que poderíamos utilizar o restaurante e o bar à vontade. Inclusive, disse que se quiséssemos colocar nossas coisas no freezer do bar e utilizar um armário com cadeado para as demais, alugado é claro, ele autorizava. Isso nos ajudou a ter uma melhor liberdade e aceitamos.
Após a Nanda beber dois drinks locais e eu duas cervejas, decidimos dar mais uma boa volta por toda a extensão da praia. Andamos, nadamos, conhecemos um casal de gringos do Texas que se comunicava muito mal, procurando banheiro e indiquei a pousada, sem saber de outro. Presenciamos um casal em atitude suspeita, saindo de atrás de uma moita aos risos, mas que ficaram sérios ao verem que nós os encarávamos e decidimos retornar ao camping com o sol quase se pondo. Passamos na pousada para pegar as nossas coisas e reencontramos o Valdemar, que veio nos atender e acabou comentando que uma reserva havia sido cancelada em cima da hora:
- Pelo menos, não vou arcar com todo o prejuízo. Eles haviam pagado parte da estadia. Só que acabo perdendo o resto, né? - Falou.
A oportunidade bateu na minha cara e com um pouco de boa sorte, eu poderia me beneficiar:
- Que tal a gente fazer um negócio dos bons, Valdemar? - Perguntei, sorrindo: - E se eu e a Nanda nos hospedarmos por três dias e pagarmos a diferença dessas diárias para você? Fica bom para todo mundo: seu prejuízo diminui ainda mais e a gente ganha um descontinho, hein? Que tal?
Ele me encarou meio desconfiado e perguntou:
- Cês vieram de carro?
- Viemos, uai. Está lá no acampamento.
- Estão só vocês dois?
- Sim.
Ele pensou um pouco e abriu um imenso sorriso:
- E cês não tem problema com gente pelada, né?
- Uai! A gente não está aqui? Então... Na verdade, a gente gosta, e muito. - Falei e ainda brinquei: - Ela gosta mais do que eu.
- Mark! - Ganhei um tapinha no braço.
Ele deu uma rápida olhada na Nanda e voltou a me encarar, agora sorrindo:
- Fechado! Assim, eu ganho um pouco mais, você ganham conforto e todos ficam felizes. É o seguinte: o serviço compreende a hospedagem e um café da manhã caprichado. Refeições e bebidas alcoólicas são pagas à parte, tudo bem?
- Sem problemas.
Nem voltamos para o acampamento nessa noite, pois ele nos avisou que faria um jantar dançante para os hóspedes e também para quem se aventurasse chegar até a pousada. No final, apenas mais três casais e quatro solteiros maduros, uma moça e três homens, com toda pinta de naturistas profissionais se aventuraram. Um grupo de seis pessoas, com um casal de vocalistas, apresentaria músicas regionais e o forró era o tom da noite.
A certa altura, a Nanda foi convidada a dançar por um dos solteiros, mas, não sei se por conta da bebida ou por ser a Nanda, ela deu uma indiscreta encarada no pau do cara, porque ele estava nu, e caiu numa risada nervosa. Ele não se apertou:
- É o traje a rigor, querida. Se eu colocar uma sunga, sou expulso da praia.
- Ah, moço, mas assim não dá, né!? Dançar, eu gosto muito, mas pelada e com um homem pelado que não é o meu marido, fica estranho, não acha?
- Só se ele pensar assim. - Disse e me encarou, praticamente cobrando uma resposta.
- Ela decide! Não acho correto eu decidir por ela. - Respondi.
- Então? - Ele a encarou novamente.
Nanda novamente correu o olho por ele todo e aceitou, mas antes de lhe entregar a mão, pegou a canga que havia trazido e fez uma espécie de saia, para evitar um contato mais íntimo. Achei interessante, no mínimo curioso, o pudor que ela demonstrou após termos passado dias tão intensos no resort, mas ao mesmo tempo aquele cuidado dela consigo mesma e indiretamente comigo e com a nossa relação, me fez sorrir satisfeito com a sua atitude. São pequenos gestos que marcam e aquele me acertou em cheio.
Ela dançou apenas duas músicas com o homem, com talvez seus quarenta e tantos anos, moreno bronzeado e de cabelos levemente grisalhos, mais alto que nós e corpo em forma, com exceção de uma leve barriga. O que destacava nele era a autoconfiança e o sorriso fácil, o que ele manteve quando se aproximou para convidá-la, o tempo necessário para convencê-la e todas as músicas que compartilharam. Aliás, eu via que vez ou outra ele falava coisas próximas ao seu ouvido e que, por óbvio, eu não conseguia ouvir, mas que deviam ser interessantes para fazer a minha onça sorrir e rir a todo momento. Quando finalizou a segunda música, eles retornaram à mesa e ele esticou a mão para mim:
- Sou Rogério Penteado, seu criado. Eu gostaria de agradecer pela gentileza de me ceder sua digníssima esposa para uma dança que, peço vênia, acabaram sendo duas.
- O prazer é meu, Rogério. Sou Mark e esta é a Nanda, mas acredito que você já saiba.
- Sim, sim... Ela e eu já nos conhecemos.
Ele se voltou então para a Nanda e pegou a sua mão, beijando gentilmente e a agradecendo pela dança. Nesse momento, não pude deixar de notar que o pau do “dançarino” estava acordado, não ereto, mas mais que meia bomba e certamente deva ter sido o motivo de não terem continuado, pois a Nanda estava meio encabulada, com as bochechas bem coradas. Assim que ele se afastou, cobrei uma “explicação”:
- Nada aconteceu! - Ela disse enfaticamente: - Além de me dar umas apertadas... nada!
- Ahamm... - Fingi chateação.
- Para, mor, você viu, todos viram, a gente só dançou. Só agora no final que ele ficou meio atiçado, aí pedi para pararmos porque não achei correto.
- Ah tá... Você!?
- Eu, sim senhor! Quando dou para ser séria, sou séria, sô! Ô se sou...
Olhei para ela com um sorriso no rosto e ela viu que não passava de brincadeira da minha parte, então relaxou e sorriu também:
- E sobre o que conversaram?
- Ah, nada demais. Sobre liberdade, naturismo, se era a nossa primeira vez... Essas coisas.
- Só?
- Hummm... Não! Ele também me perguntou a quanto tempo somos liberais ou se éramos apenas simpatizantes.
- Olha, que safado!
- Ele é do meio, mor. Pelo jeito, deve ter sacado que nós já temos alguma “vibe” nesse sentido e veio assuntar. Bobo, ele não é não!
- E você, o que respondeu?
- Uai! Falei que nós já tivemos algumas experiências, mas que hoje estamos aqui só para saber como é ficar pelado na natureza.
- Só isso?
- Só isso.
- Nada mais?
- Nadica de nada.
O assunto morreu porque ela parecia mesmo estar falando a verdade. Voltamos a beber e saí para dançar com ela também. Após a segunda ou terceira música, fui interrompido por uma senhorinha de mais de 60 anos, mas corpo enxuto e voz marcante, Marta era seu nome e me perguntava se poderia dançar uma música comigo. A Nanda foi tão solícita...
- Mas é claro que sim, dona Marta. Fiquem à vontade. Se não quiser me devolver, nem precisa.
- Querida, está dando ele para mim!? Olha que eu aceito, hein? O Jarbas já não anda mais com o mesmo pique... - Nos mostrou o seu marido, um senhor ainda mais idoso que bebia um drink e conversava animadamente com outro casal também maduro numa mesa próxima.
- Fique à vontade! - Nanda insistiu, sorrindo para ela e depois discretamente mostrando a língua para mim.
Nanda voltou à nossa mesa e ficamos eu e a Marta dançando um forrozinho. Eu não era um ás, mas depois das minhas poucas aulas com a Jana, eu já enganava qualquer um que não entendesse de dança.
Quando estávamos já na segunda música, notei que o Rogério se aproximou novamente da Nanda e puxou conversa, chegando a se sentar numa cadeira. Ele seguia sendo simpático e a Nanda dando corda, rindo do que ele falava. Quando a música terminou, agradeci Marta e disse que queria dar uma namorada na minha mulher antes que outro fizesse isso. Ela olhou para a mesa e viu o Rogério de papo com a Nanda, mas não se apertou:
- Querido, só se vive uma vez. Não sei nada da relação de vocês, mas se tiverem a chance de experimentarem novas sensações, não fujam. Vale a pena.
- O que é isso, Marta? Mas que safadinha você, hein... - Brinquei.
- Já fui muito, querido, mas hoje a idade já não me deixa aproveitar tanto. Ainda assim, se quiser conhecer alguma posição do tempo de nossos avós, me avisa.
Rimos muito da brincadeira, porque ela era alto astral demais, mas falei que eu era fiel e não poderia fazer isso com a minha esposa. Ainda assim ela me disse que aguardaria ansiosa eu mudar de ideia.
Voltei a minha mesa quando o Rogério já havia saído. Assim que me sentei, a Nanda já foi falando:
- Rogério veio nos convidar para ficarmos na mesa deles, mor.
- Sei... E o que você disse?
- Que eu precisava falar com você, uai.
- E o que você quer?
Ela me olhou e depois rapidamente, de soslaio para a mesa dele. Então, falou:
- Vou ser sincera... Ele veio me cantar, dizendo que ficou encantado comigo, coisa e tal. Eu não dei nenhuma esperança, mas também não neguei. Falei que estamos tranquilos, somente aproveitando o lugar, mas que qualquer coisa que viesse a acontecer, seria com a sua ciência, concordância e, de preferência, presença.
- E ele?
- Disse que prefere assim, mas insistiu, dizendo que adoraria me conhecer melhor, intimamente.
- Eu sei o íntimo que ele quer conhecer...
- Eu também! Ah, e ele disse que a moça que está com eles, te achou “mó” gatinho.
Olhei na direção da mesa e vi que tal moça, uma loira madura, por volta de cinquenta anos, me observava também e ao termos os olhares cruzados, sorriu para mim. A cumprimentei também e voltei a encarar a Nanda:
- Você está a fim? Quer ir para lá? Sabe o que isso pode significar, não sabe?
- Sei, mas quero que você decida. Se estiver com vontade podemos ir, nem que seja apenas para conhece-los.
- Só conhece-los? Conversar, beber, comer e nada mais?
- O que você quiser, Mark. Você é meu marido. Farei o que te agradar.
- Hummm! Nanda versão putinha submissa... Essa, eu ainda não tinha. - Brinquei.
Ela riu e me encarou:
- Faço o que você quiser, painho.
Nova risada e nos beijamos rapidamente. Então, ela me pegou pela mão e perguntou com tom de quem havia tomado a decisão por nós:
- Vamos?
Concordei com um simples movimento de cabeça e nos levantamos, levando nossos copos e uma porção inacabada de camarão empanado. Assim que nos aproximávamos da mesa, Rogério já se levantou e veio na nossa direção, pegando o copo da Nanda e nos acompanhando o resto do percurso até a sua mesa:
- Amigos, estes aqui são Nanda e Mark, meus mais novos amigos, e logo também serão de vocês.
Todos nos saudaram amistosamente e o Rogério passou a apresenta-los um a um. Primeiro, a dama, Carolina, simpática, peituda e ousada, pois me olhou de baixo a cima e à Nanda também. Não vi direito o seu corpo porque ela não se levantou, mas se o resto seguisse o padrão do peito, ela seria de se respeitar bastante.
Depois, Adamastor, um senhor branco, bem grisalho e sorridente ao extremo. Este, inclusive, se levantou para nos cumprimentar e, tanto a mim como a Nanda, nos abraçou jogando o corpo para o lado, justificando:
- Não vou ficar esfregando o meu pau no pau de outro homem. Vai que eu gosto! - Disse e riu, fazendo todos rirem também: - Já quanto a sua esposa, eu não esfrego porque o risco é dela gostar, entende?
Todos voltaram a rir, pois ele era um gordinho bonachão e bem divertido, certamente devia ser o piadista daquela pequena turma. Por fim, Zé, um típico “preto velho” como ele próprio se apresentou, mulato baixo, mas forte, de cabelo branco e língua afiada, pois após apertar a minha mão, acariciou a da Nanda e soltou:
- Que pele macia! Se a mão já é assim, imagino o resto.
- O que é isso, Zé? - Perguntou Carolina dando-lhe um tapa no braço: - Respeita a moça.
- Mas só tô elogiando ela, Carol, e na frente do marido. Fiz nada demais não, fiz moça? - Perguntou para a Nanda.
Nanda só balançou negativamente a cabeça com um sorriso no rosto. Rogério havia saído para buscar duas cadeiras em nossa mesa para nós. Logo, retornou e nos sentamos. Ele ao lado da Nanda e eu ao lado do Adamastor:
- Dadá, você não busca um drink daquele bem gostoso para mim lá no bar? - Pediu a Carolina para o Adamastor.
- Capeta?
- Isso! Bem cheio de maldade mesmo. - Ela riu e ele se levantou: - Espera aí, homem... Quer um, Nanda? Garanto que é bom e dá um calor gostoso depois...
- Uai... Um capetinha cairia bem. Eu aceito sim!
Ele se foi e o assunto, conduzido intencionalmente pelo Rogério, entrou nas relações liberais. Ele, inclusive, avisou a todos da mesa que eu e Nanda também éramos do meio, o que atiçou imediatamente a curiosidade da Carolina, que começou a nos perguntar das experiências, há quanto tempo entramos, enfim, coisas relacionadas a isso. Nanda, estranhamente, respondia ao que lhe era perguntado, mas não parecia à vontade. Eu brinquei, falei, expliquei, sugeri, mas também deixei claro que, no nosso atual formato, apenas saíamos juntos e se houve concordância do outro:
- Quer dizer então que se eu quiser sair com você, preciso da permissão dela? - Perguntou-me a Carolina.
- Exatamente.
- Mas isso não é meio contra o que significa ser liberal.
- De forma alguma! Antes mesmo de sermos liberais, somos casados, além de pai e mãe de duas lindas meninas. Então, não é a nossa vida liberal que nos define, ela apenas nos complementa.
- Mas e se ela, por exemplo, não for com a minha cara e proibir você de ficar comigo?
- Eu não fico. Simples assim...
- Mas e se fizer um amorzinho gostoso, melhor que ela, hein?
- Um momento de prazer não significa nada perto de uma vida em comum com a minha esposa. Prefiro me abster de transar com você, do que magoá-la de qualquer forma.
- Ai, credo, que chato... - Ela falou, simulando estar chateada, mas falando na sequência: - Acho que o jeito então é eu ficar com a Nanda, porque você tem cara de que deixaria.
- Se for da vontade dela...
A Nanda me encarou e sorriu, balançando negativamente sua cabeça com um sorriso no rosto e explicou:
- Quero não, Carol. Meu negócio é pica.
- Bem, isso temos de sobra nessa mesa esta noite, não é galera? - Falou o Zé, colhendo boas risadas de todos os presentes.
Adamastor voltou com as bebidas e serviu as moças. Ficamos papeando até altas horas, bebendo, comendo e rindo das conversas, piadas e insinuações. Já passava da meia noite quando o cansaço me pegou. Avisei a Nanda que agora estava sentada do lado da Carol num papo todo animado. Depois, expliquei a todos que estava cansado da viagem e precisava dormir, mas avisei que a Nanda ficaria para me representar. A Carol resmungou porque parecia imaginar que ainda rolaria algo naquela noite, mas fui firme. Assim que apertei a mão do Zé, o último à mesa, a Nanda se levantou, igualmente se despedindo. Daí a lamentação foi geral, mas ela foi categórica:
- Vou cuidar do meu maridinho agora, gente. Meu velhinho precisa ser amparado.
- Velhinho!?
- Uai! Não é não?
- O velhinho ainda dá no couro. Brinca para você ver...
Ela deu uma gostosa risada e um selinho na minha boca, dizendo:
- Eu sei, bobo. Só estou brincando.
Fomos até o Valdemar que nos entregou a chave do chalé e nos recolhemos. Tomamos uma ducha rápida e apagamos na cama, sem sexo, sem amor, apenas com troca de carinhos e aconchego dela no meu peito.
No dia seguinte, acordamos cedo e fomos até o restaurante tomar um merecido e necessário café da manhã. Valdemar estava lá, sempre sorridente e receptivo. Tomamos um caprichado café da manhã e saímos para passear. Ficamos sentados embaixo de uma sombra aproveitado a brisa suave e ainda amena. Logo, banhista começaram a surgir e uma hora mais ou menos depois, a praia estava praticamente cheia, bem diferente do dia anterior.
Agora, era um festival de paus e bucetas para todos os gostos. A Nanda discretamente comentava sobre um ou outro, mas notei que o que lhe chamava a atenção eram justamente os extremos, os muito grandes ou grossos e os muito pequenos ou finos. Sempre após um comentário sarcástico vinha uma risada divertida. Já a minha análise era mais complicada, afinal, só um exame “in locu” para eu saber se eram profundas, rasas, largas ou apertadas. Então, só me restava avaliar a depilação ou falta dela:
- Já pescou uma sereia aí, Mark? Tu é rápido, cara!
Olhamos de lado e vimos o Rogério com um baita sorriso no rosto. Atrás dele, sua turma chegava a passos curtos, carregando um isopor. Cumprimentaram-nos e se estabeleceram ao lado. A conversa e a bebedeira começou a rolar solta novamente.
Depois de um tempo, Carol convidou a Nanda para irem no banheiro e sumiram em direção à pousada. Ficaram pouco mais de meia hora e, ao voltarem, quem se sentou ao meu lado foi a Carol, porque a Nanda sentou a bundona no meu colo:
- Uai! O que é isso, mulher? Que fogo é esse?
- Capetinha. - Mostrou-me o seu drink.
- Ah! Já está de fogo mesmo...
- Tô nada. Eu só queria te dar um beijo... - Pegou-me pela nuca e beijou à força, fazendo todos soltarem um alto “Hummm!”, seguido de risadas, e depois falou: - E dizer que eu te amo mais do que tudo nessa vida, talvez até mais que as nossas filhas.
- Papo ruim esse de me amar mais do que elas, hein?
- Não... acho não! Eu me casei com você, por amor, nós criamos o nosso sentimento, ele é nosso! Já elas eu amo desde o dia que nasceram, mas é diferente, não é o mesmo que eu sinto por você.
- Está tudo bem, Nanda? - Perguntei, preocupado com aquele “papo cabeça”.
- Tá, né! Mas vai ficar muito melhor, mor, eu prometo. - Disse e me beijou novamente.
Então, ela me olhou em silêncio por um instante, suspirou e se levantou com um sorriso no rosto, indo se sentar ao lado do Rogério. A Carol então falou:
- A Nanda me disse que eu posso te roubar um pouquinho para entrar no mar comigo, topa?
- Uai! Topo. Tem nada demais não, sô.
- É. Tem mesmo não... - Respondeu com um sorriso malicioso.
Antes de sairmos, olhei para a Nanda e ela tinha um sorriso calmo no rosto. Além disso, me piscou um olho sinalizando que estava tudo bem. Saímos caminhando e fomos entrando no mar. Quando a linha d´água já encobria os seios da Carol, ela se aproximou e colocou um braço ao redor do meu pescoço:
- Carol, vamos devagar, ok? Eu não conversei nada com a Nanda ainda.
- Mas eu já! E ela liberou. Disse que depende exclusivamente da sua vontade.
- Liberou o que exatamente?
- Tudo o que quisermos fazer. - Disse ela aproximando seus lábios dos meus, mas no último momento, desviei.
- Tá. Não tenho porque duvidar de você, mas eu gostaria de conversar com ela primeiro antes de avançarmos alguma linha, pode ser?
Ela grudou no meu pau por baixo d´água e, olhando nos meus olhos, insistiu:
- Mark, é só um brincadeirinha gostosa entre dois adultos. Que mal tem?
- Nenhum, a não ser o risco de prejudicar um casamento longo e que quero manter assim por muito e muito tempo.
- Cês são liberais mesmo? - Ela me perguntou, olhando curiosa e meio invocada, mas ela própria respondeu: - Você ama ela demais, né?
- Muito, muito mesmo! - Respondi a última pergunta e voltei para a primeira: - Quando a outra pergunta, sim, somos, mas com limitações. Deixa eu conversar com ela primeiro e te garanto que farei valer a pena.
Ela sorriu novamente para mim, dando um tapinha no meu ombro e disse:
- Safado!
Não sei se o safado foi por causa da insinuação que fiz ou se era porque o meu pau já estava duro na sua mão. Fato é que, para sairmos, tive que pedir que ela me largasse e evitasse um pouco o contato, afinal, o meu soldadinho parecia não querer baixar sem antes lutar. Quando saímos, ele ainda estava meia bomba e veio balançando de um lado para o outro, como o rabo de um cachorrinho feliz.
Antes de chegarmos, notei que o Rogério já havia se colocado mais colado à Nanda e ainda colocou um braço sobre o seu ombro, para mantê-la mais unida ainda. Não era nada forçado, porque todos conversavam animadamente e ela parecia estar curtindo aquela interação. Quando nos unidos a eles finalmente, a Carol foi direta:
- Nem um beijo ele me deu, Nanda. Disse que precisava conversar com você primeiro...
- Sério, mor!? Negou uma bitoca para ela?
- Uai! A gente não tinha conversado nada a respeito. Eu só achei melhor ter certeza de que está tudo bem para não causar um mal entendido.
- Está tudo bem, mor. Eu estou bem e tranquila. Faça o que tiver vontade.
Como estávamos de lados opostos naquela rodinha e talvez querendo comprovar que dizia a verdade, ela decidiu me dar um beijo, mas para fazer isso, engatinhou de quatro na frente do Rogério e do Adamastor, que não se furtaram em encarar a sua bunda e tudo o que mais foi possível. Até o Zé deu um inclinada indiscreta no seu corpo para ver o show. Após o beijo, ela se virou e encarou os três:
- Que falta de vergonha! Vocês já estão abusando, sabiam? Quem disse que podiam me olhar assim tão indecentemente?
Os três viraram os rostos para outros lados, mas é óbvio que eles haviam olhado. A Nanda, só para sacanear, sentou-se do meu lado e ainda disse:
- Só por isso, vou ficar por aqui. Quem não se comporta, fica sem a porca.
- Como é que é!? - Olhei para ela, surpreso.
- Você entendeu, Mark, e não me critica, acabei de inventar!
Após poucas risadas, Carol a encarou e perguntou:
- Então... Ele pode, Nanda?
- Pode. Já falei...
A Carol mudou de posição, ficando de frente para mim e me beijou, bem ali do lado da Nanda. Quando terminamos, olhamos para ela e ela veio me beijar em seguida:
- Caralho! Só eu que não beijo ninguém. - Disse o Adamastor.
- Ah... Tá carente, Dadá? - Perguntou a Carol, sorrindo: - Pede pro Zé ou pro Rô. Aposto que rola, hein?
- Tá louca, mulher. Eu sou espada.
A conversa seguiu novamente e foi impossível não voltarmos a falar de sexo, vida liberal e safadeza, afinal, a Carol não parava de me alisar a coxa. Eu já estava fazendo um esforço homérico para não deixar o meu pau endurecer, mas já estava sendo vencido, quando o Adamastor falou:
- Acho que o jeito é a gente armar uma suruba, porque a Carol está com um fogo na periquita que não está se aguentando. Não sei como ela não trepou com o Mark lá no mar mesmo, porque ela tá que tá hoje!
- Então, tô dentro... - Disse o Zé e vendo que todos o encaravam, surpresos, explicou: - Que foi!? Eu ainda dou no couro, sim senhores e senhoras! Depois que inventaram o azulzinho, tô no banco mas sempre pronto pra jogar.
- Vou te falar, Zé... - Falou o Adamastor, secando um lágrima, mas já emendando um sorriso: - Acho que para a gente dar conta dessas duas aí, vamos precisar tomar uma cartela inteira.
Olhei para a Nanda e ela ria, agora descontraída. Acho que o Rogério também percebeu isso, pois a convidou para um mergulho:
- Agradeço, Rogério, mas eu só entro na água com o meu marido. É que eu nado igual a um prego, então grudo nele com medo de me afogar.
- Ué! Eu te posso te apoiar também, basta você me dar a sua mão. - Ele insistiu, esticando a mão na direção dela.
Ela me deu uma olhada e voltou a encará-lo, mas apenas sorriu e balançou negativamente a cabeça outra vez:
- Cês têm certeza de que são liberais mesmo? - Perguntou Carol novamente e insistiu: - Vai com ele, Nanda, é só um mergulhinho. Ninguém vai comer ninguém, cara. Pelo menos, não ainda...
A Nanda me encarou novamente e dei de ombros, deixando que ela decidisse. Ela suspirou e esticou as mãos para o Rogério ajudá-la a se levantar. Foram então andando, de mãos dadas até o mar.
[...]
A conversa com a galera do Rogério estava muito divertida, cheia de insinuações, cantadas, galanteios, safadezas mesmo, mas eu seguia meio travada, mesmo bebendo eu não conseguia interagir direito. Talvez a pancada que tomei do Rick tivesse me deixado com medo de ousar e isso se refletia nos meus atos. Rogério até tentava me incluir bastante, brincando, chegando a me abraçar respeitosamente pelo ombro, mas eu me respondia educadamente e sem aceitar uma aproximação maior.
Quando a Carol me convidou para irmos ao banheiro, eu já imaginava o que ela queria e acertei em cheio, pois ela queria saber se poderia interagir um pouco mais intimamente com o Mark:
- Até que ponto exatamente, Carol?
- Ué! Eu gostei do seu marido. Ele parece ser um gostoso safado. Eu queria saber se eu posso investir nele? Sei lá... Tentar convencê-lo a ficar comigo.
Pensei um pouco e achei melhor deixar para o Mark tomar as decisões:
- Eu não tenho porque proibi-lo, Carol. Se ele quiser, por mim, tudo bem.
Ela também me olhou por um instante em silêncio e perguntou:
- Está tudo bem, Nanda? Você parece meio arredia. Você quer conversar, se abrir comigo? Talvez a opinião de alguém de fora ajude você a entender alguma coisa que esteja te incomodando.
Respirei fundo e disse apenas algo que realmente me incomodava:
- Essa vida liberal... Eu gosto e o Mark também. Só que eu fiz uma cagada que quase acabou com o meu casamento e o pior, o Mark me avisou de uma situação que acabou se revelando totalmente correta, ou seja, o erro foi todo meu e eu...
Calei-me porque não sabia se queria entrar nos detalhes. Estávamos trancadas no banheiro e ela se encostou na pia, ficando ao meu lado, mas de frente para mim:
- Ele te culpa de algo?
- Não. Nunca culpou, mas eu sei que o machuquei.
- Ele me parece muito bem...
- Eu sei. - Acabei interrompendo-a sem querer: - Mas eu conheço ele, sei que ainda está machucado.
Ela deu uma olhada rápida no espelho porque a vi pelo reflexo, mas logo voltou a me olhar diretamente e colocou a mão no meu ombro:
- Nanda, olha só... Errar é humano, ninguém é perfeito. Aposto que ele também já errou com você. O que importa é que vocês, como um casal, continuam juntos e tentando. Me desculpa a sinceridade, mas acho que você está se culpando demais. O que você pode ter feito demais para achar que ele esteja machucado? Você o traiu, por acaso?
- Mais ou menos isso. Eu... - Calei-me sem coragem de admitir o óbvio.
- Fala, Nanda, não vou apontar o dedo para você. Põe para fora o que está te fazendo mal.
- Numa saída... Eu estava fazendo um trabalho em São Paulo... Acabei conhecendo um rapaz e...
- Se apaixonou, é isso?
- Não se foi paixão, Carol, mas... foi uma coisa tão intensa, tão gostosa, me senti tão desejada, querida, necessária, que... Sei lá!
- E o Mark descobriu...
- Eu contei.
Ela ficou em silêncio por um instante, surpresa, mas logo sorriu:
- Nanda, você não o traiu, cara...
- Como não? Nós tínhamos um acordo de que poderíamos sair, aproveitar, viver experiências, mas nunca nos apaixonarmos por outro. Na primeira vez que saio sem ele, o que eu faço? Caio de quatro para um bonitão.
- Nanda... você não o traiu!
- Como não? Claro que sim.
- Presta atenção... Vida liberal não é para qualquer um. São riscos que corremos a todo o momento vivendo assim intensamente. Risco de contrair uma doença, porque você sabe que, mesmo protegendo, sempre há uma chance mínima, né? - Balancei positivamente a minha cabeça e ela continuou: - Risco de nos apaixonarmos, porque somos seres humanos, mesmo que tenhamos um parceiro fixo, interagir com outro pode sim gerar uma expectativa e mesmo um sentimento. Não temos controle sobre isso. Podemos até tentar controlar o nosso coração, mas não temos. Você caiu numa armadilha do destino, mas está aqui, de pé, junto do seu parceiro e ele de você. Use essa experiência para aprender e se blindar contra situações futuras, mas não fique se culpando ou se limitando, não é justo com você, nem mesmo com ele.
- E o pior é que o Mark sempre esteve certo, Carol... Ele havia me avisado que o Rick nunca havia mudado, que ele queria apenas se aproximar, forjando uma falsa amizade, para minar a nossa relação e acabar com o nosso casamento.
- Como assim “nunca havia mudado”? Vocês continuaram se encontrando?
- É complicado... A gente não se encontrava, mas também não perdia o contato. Para você ter ideia, tive que fazer terapia para tentar entender o que estava acontecendo e o Mark também fez. No final, a minha conclusão foi de que eu nunca deixei de amar o Mark, mas me encantei pelo Rick, ou apaixonei, sei lá... Já o Mark... - Calei-me emocionada.
- Fala, Nanda.
- O Mark concluiu que não podia me segurar ou tentar evitar que eu me envolvesse com o Rick. Daí ele me disse que permitiria que eu me encontrasse com ele, quantas vezes fosse necessário para eu entender o que sentia de verdade, mesmo correndo o risco de terminarmos.
- Nossa!...
- Acha muito? Piorou! - Falei, olhando para ela.
Nesse instante, alguém bateu à porta, perguntando se ainda iríamos demorar muito. Saímos e fomos nos sentar numa mesa mais afastada da pousada. Ali voltei a falar.
- Então... Entre idas e vindas, eu e o Mark viemos há uma semana para um resort. Queríamos recomeçar e achamos que uma segunda lua de mel seria o ideal. Só que eu, burra pra caralho, convidei o Rick para vir também, porque pus na minha cabeça que transar com ele e voltar para o Mark provaria para o meu marido que ele nunca correu risco algum, entende? Só que o Mark, esperto como ele, descobriu o meu plano e trouxe uma ex-namorada dele para cá também...
- Como é que é!? Caralho! Calma agora! Mas... Mas como... como foi isso? - Ela disse, colocando uma mão sobre o rosto.
- Pois é... Maior confusão! Mas a ex dele é muito gente boa, tanto que acabou ficando quatro ou cinco dias com a gente e quando digo “com a gente”, quero dizer dormindo no mesmo quarto e transando com a gente.
Um garçom se aproximou e pedimos dois “capetas”. Enquanto ele foi atender o nosso pedido. Assim que ele saiu, ela perguntou:
- E o Rick? Você e ele...
- Ficamos, mas não todo o tempo. Acabei ficando com ele apenas no penúltimo dia, duas vezes.
- Nanda do céu...
- Não... Calma! Não foi nada escondido. O Mark esteve junto comigo e inclusive transamos juntos, com o Rick. Eu e o Mark, claro, porque o Mark não é bi, nem eu também...
- Tá, mas... Se vocês estavam juntos, curtiram juntos, o que foi que deu errado?
- Em nosso último dia, saímos eu, Mark, Rick e um amigo do Rick, Paulo, fomos a um forró. Lá, também foi uma confusão, mas resumindo, saímos eu, Mark, Rick e um casal de conhecidos para um motel. Lá a gente transou pra valer, eu com o Betão e o Mark com a Jana. O Rick ficou meio de lado, acho que assustado, quando tentei incluí-lo na dinâmica, ele surtou e me xingou de puta e um tanto de outras coisas. Além disso, tentou agredir o Mark e a coisa só não piorou mais porque o Betão ajudou a contê-lo, senão...
- Nossa... Mas... E aí?
- Ah... Lá mesmo eu falei para o Rick que ele precisava entender de vez o lugar dele nesse jogo. Eu sou a esposa do Mark e ele, no máximo, seria um amigo com vantagens. Ele não aceitou nada bem e saiu, foi embora, e... É isso!
O garçom chegou com os nossos drinks e passamos a beber em silêncio por um instante, mas logo perguntei:
- Pode falar, desgracei o meu casamento, né?
- Olha... Eu acho que não, prova disso é que vocês estão juntos e curtindo aqui, uma praia de nudismo, onde as pessoas já ficam numa certa expectativa, né? Mas eu queria te perguntar uma coisa... Depois do que você disse que aconteceu no motel, como você vê esse Rick?
- Então... Interessante isso... Sabe quando você se decepciona com uma pessoa e não quer vê-la mais por perto mesmo gostando dela? Acho que é isso. Eu ainda gosto do Rick, mas não estou querendo mais saber dele perto de mim.
- E o Mark?
- O que tem o Mark?
- Como você o vê nessa história toda?
- Eu amo aquele homem, Carol, disso eu nunca tive dúvida. O meu medo é que ele possa não me ver mais do mesmo jeito e...
- Pode parar! Já entendi... Eu acho que a minhoca está só na tua cabeça, não na dele. O Mark também te ama, basta olhar na forma como ele te olha, como ele se preocupa em saber se você está bem, curtindo, no jeito dele te tratar. Nanda, para de ficar pensando coisa ruim e foca na boa. Ele, o seu marido, o homem que você ama, está aqui com você. Faça o mesmo por ele e se entrega ao momento, sem medo do amanhã, porque o amanhã só a Deus pertence. E olha, nem estou falando de sexo, estou falando de entrega mesmo, de você aproveitar com ele as situações que surgirem, entendeu?.
A conversa não podia ter sido melhor. Ela estava certa. Brindamos aquela conversa e saí dali mais aliviada. Voltamos ao nosso grupo e já me joguei no colo do Mark para dizer que o amava e beijá-lo como ele merecia. Depois, mudei de lugar, deixando que a Carol o abordasse. Eles foram logo para o mar, mas não ficaram muito tempo, logo retornaram e notei que alguma coisa havia acontecido, porque o “pequeno Mark” vinha todo feliz atrás dela.
Errei! Ao chegarem Carol avisou que nada havia acontecido e após algumas brincadeiras, eles enfim se beijaram, aliás, eles e eu, mas apenas o meu marido. Após isso, brincamos mais um pouco e foi a vez do Rogério me convidar para entrar no mar. Acabei aceitando o convite mesmo me borrando de medo e o acompanhei de mãos dadas.
Lá na água, naturalmente eu o grudei como um carrapato, mas ele não reclamou um segundo sequer. Ao contrário, aproveitou o momento para me apertar bastante, mas sempre de uma forma respeitosa e de lado, impedindo que as nossas intimidades se tocassem. Houve apenas um momento, mas a culpa foi minha, em que ele ficamos de frente um para o outro com ele segurando as minhas mãos, tentando me dar alguma confiança, mas uma onde me assustou e eu o grudei no pescoço. Então, já devem ter imaginado quem encostou aonde... Ainda assim, ele foi rápido e criou uma pequena distância entre nós. Ali agora, de frente para ele, começamos a conversar assuntos triviais, mas logo ele mostrou a que veio:
- Ficar comigo? Mas... Mas... E a Carol? - Perguntei.
- Carol!? Nanda, a Carol quer ficar com o seu marido.
- Mas... E o Zé, o Adamastor... Tem gente demais, Rogério. Eu espero que aquela ideia da suruba tenha sido só uma brincadeira, senão...
Ele deu uma gostosa risada e falou:
- Claro que foi brincadeira. Eles são de boa, Nanda. Se acontecer da gente se entender, eles aproveitarão a praia e depois irão embora sozinhos, sem criar problemas. Agora, se você falar que quer eles também, garanto que a ideia da cartela de Viagra vira realidade.
- Quero não! Obrigada.
- Mas, falando sério, Nanda, o que você quer, de verdade? Só curtir, conhecer pessoas e fazer novas amizades, ou talvez fazer algo mais com um novo amigo?
- Olha, Rogério, eu... Sinceramente, não sei. Vamos... Vamos conversando, se conhecendo... Quem sabe, né? A amizade, eu quero sempre, mas outra coisa... quem sabe.
Ele foi muito compreensivo e gentil, e tudo o que fazia só aumentava as suas chances de ter algo comigo. Conversamos mais um pouco, ele me contando curiosidades sobre Tambaba e um tempo depois, decidimos sair. Quando a água já estava quase na minha cintura, inadvertidamente olhei na direção dele e vi o seu pau duro, empinado para cima e à direita:
- Rogério! O seu... pau. - Falei como se fosse o primeiro pau que via na vida.
- Ah! Já que ele baixa...
- Cê vai sair assim?
- Assim como, com o pau duro?
- É, uai!
- Não tenho como deixar ele na água, Nanda. Infelizmente, ou felizmente, ele vai ter que vir comigo.
- Não vão achar ruim com você?
- É uma coisa natural, nem sempre a gente consegue controlar. O que eu tenho que evitar e ficar na frente de alguma família, porque na frente de criança a situação fica constrangedora.
Antes de chegarmos ao nosso grupo, Adamastor já apontava para o Rogério, rindo. Ao chegarmos então, a zoação correu solta. A mais séria era a Carol, que sorria, mas esperou os ânimos se acalmarem para soltar:
- Parece que alguém já andou se divertindo lá na água, né não, Nanda?
- Que nada, Carol. Se a gente tivesse se divertido, esse menininho aí teria voltado desmaiado da água.
- Úúúúúúúúú! - Zé e Adamastor vaiaram o Rogério, gargalhando.
O Zé ainda cutucou o Mark:
- E aí, mineiro, o cara afim de abater a tua mulher e tu não fala nada?
- Cara, água morro abaixo, fogo morro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura. Se a Nanda quiser, ela sabe que pode. A decisão é dela.
- Opa! - Adamastor se virou para mim imitando um antigo apresentador dominical: - E aí, Nanda, vai dar namoro ou só amizade?
- Amizade...
- Úúúúúúúúú! - Zé e Adamastor voltaram a vaiar alto o Rogério, chegando a dar-lhe alguns leve tapas em suas costas, além de empurrões.
- Por enquanto. - Completei a minha resposta.
- Úúú... Hein!? Eita ferro! - Soltou o Zé.
- Caralho, Nanda, é mesmo? Vai rolar surubinha então? - Perguntou o Adamastor, olhando fixamente para os meus seios.
- Tá louco!? Claro que não!
O papo seguiu solto. Carol continuou ao lado do Mark, conversando, acariciando suas coxas, costas e tudo mais que teve vontade, enquanto em permaneci ao lado do Rogério, que agora, às vezes, discretamente, também me alisava as costas e a cintura, bem próximo de onde começa a curva do bumbum. Perto do meio dia, Rogério fez uma proposta:
- Gente, que tal fazermos um churrasquinho? O sol está muito forte, poderíamos ir até nossa casa e prepararmos algo. O que acham?
Eu pessoalmente pretendia ficar por ali mesmo. Estava gostando de toda aquela atmosfera de liberalidade e respeito. Olhei para o Mark e ele também parecia em dúvida, talvez não quisesse ir por minha causa e isso não era justo. Deixei que ele decidisse. Acabamos combinando que voltaríamos antes das 16:00 para aproveitarmos o restante do dia na praia.
Fomos à pousada para pegar nossas roupas, chaves, carteira e celulares e voltamos até eles. Seguimos então até o limite da praia nudista, nos vestimos e voltamos até o camping, a fim de pegarmos o nosso carro:
- Vou com o Mark. - Disse a Carol e propôs: - Dadá pode vir conosco também, não pode, Mark?
- E a Nanda?
- Ué! Ela vai com o Rogério e o Zé. Tem algum problema, Nanda?
- Nenhum. - Respondi.
Rapidamente chegamos à casa em que eles estavam hospedados, mas antes paramos num supermercado no meio do caminho para comprar carnes e bebidas. Fomos diretamente para o quintal, onde havia uma piscina e uma churrasqueira de alvenaria. Ali os homens se incumbiram de preparar o churrasco, enquanto eu e Carol fomos para a cozinha contígua, preparar um vinagrete e um arroz branco:
- Os meninos estão loucos por você. - Disse a Carol.
- Não vai rolar, Carol. Talvez, só com o Rogério.
- Não gosta de um mais maduro, Nanda?
- Não é isso. Eu só não estou na “vibe”, entende?
- Claro que sim! Fica tranquila.
Começamos os preparos e logo ela mandou uma direta:
- Eu também estou a fim de ficar com o Mark. Posso, né?
- Se ele quiser...
- Será que... se eu transar com ele, mas... assim... mais para o final... se eu chupar os meninos, só para aliviá-los... será que o Mark acharia ruim?
- O Mark!? Acha nada, menina. Meu marido é um safado.
- Então, tá. Quem sabe até lá você não se anima e me ajuda, né? Eu alivio dois e você alivia dois.
- É. Quem sabe...
Terminamos a nossa parte e fomos até eles. Colocamos tudo sobre uma mesa rústica e o Rogério já veio nos trazer duas caipiroskas, sentando-se ao meu lado. Logo os demais também chegaram, menos o Mark, que mexia alguma coisa na churrasqueira. Levantei-me e fui até ele:
- O que você está fazendo, mor?
- Macarronada.
- Macarro... Hein!? - Olhei confusa para a grelha cheia de carnes, mas logo entendi, dando uma risada e um tapa em sua bunda: - Ah vááá!
Ele me deu um abraço e um beijo, olhando nos meus olhos então:
- Você está bem?
- Estou. E você?
- Estou também. Sabe que não é obrigada a nada, né?
- Claro que sei.
- E... E você e o Rogério... acha que vai rolar?
- Talvez. Você e a Carol é quase certeza, né?
- Da parte dela, sem dúvidas.
- Mas e da sua?
Ele deu uma olhada na direção deles e vendo que estávamos afastados o suficiente para uma conversa mais reservada, falou:
- Nanda, para mim, nada mudou na questão da nossa vida liberal, mas estou sentindo que você está meio arredia. Tem algo te incomodando? É o Rick ainda?
Me surpreendi com a pergunta, mas se tinha algo que eu havia prometido para mim mesma, era nunca mais mentir para ele:
- Não vou negar que me surpreendi com ele e da pior maneira possível, mas... Sinceramente? Não é por ele que estou assim, é por você.
- Por mim!?
- É. Eu estou com medo de fazer algo que te desagrade.
Ele me olhou em silêncio por alguns segundos e inclinou a sua cabeça para a direita:
- Adamastor, dá uma olhada para mim? Vou ter uma rápida “DR” com a minha onça branca e já volto.
Ele me puxou pela mão até o outro lado da piscina, até perto da porta da cozinha, debaixo de uma área coberta. Sentamo-nos e ele me olhou nos olhos novamente:
- Escute bem e registre de uma vez o que eu vou te falar, ok?
Balancei suavemente minha cabeça em concordância, sem deixar de encará-lo:
- Eu sou o seu marido. Sou o homem que mais quer te ver bem no mundo. A sua satisfação, o seu prazer, são meus também. Você não tem ideia de como me realizo ao te ver se realizando plenamente. Então, se você tiver vontade de transar com o Rogério ou com qualquer outro, ou com todos mesmo, vá... em... frente! Nada irá mudar entre a gente. - Ele me fez um carinho no rosto e suspirei aquele gostoso contato: - Eu nunca tive medo algum com o Rick machão, pauzudo; o meu receio era contra o Rick dissimulado que sempre quis acabar com o nosso relacionamento e a nossa família, entendeu?
- Eu sei. Eu acho que agora eu te entendo...
- Nunca fiquei com nenhum receio dos outros, talvez do Caio quando aconteceu aquele negócio lá de você liberar sexo sem preservativo, mas era a sua primeira vez e, enfim, já resolvemos. - Ele me deu um beijo e concluiu: - Aproveite a vida, porque quando você aproveita, quando você solta a onça branca e se satisfaz da forma mais instintiva e primitiva possível, eu aproveito junto. Pode acreditar...
Eu suspirei novamente e o beijei com paixão, amor, tesão e tudo mais que parecia ainda estar reprimido e ele me recebeu sem receio algum, se entregando e mostrando que, mais do que palavras, era uma verdade incontestável o que dizia:
- E se eu quiser ficar com o Rick novamente?
- Nanda!?
Comecei a gargalhar da sua cara assustada e o beijei novamente:
- Estou brincando, seu bobo. O Rick acabou para mim e agora é para sempre.
Olhei na direção da mesa e vi que eles também nos olhavam. Levantei-me e estiquei a mão para o Mark, afinal, eles nos aguardavam. Levei o meu marido até a churrasqueira, onde ele substituiu o Adamastor e voltei à mesa. Entretanto, para a surpresa geral, pedi que o Rogério mudasse um pouco a sua cadeira de posição, ficando meio de frente para o Mark e me sentei no colo dele, pegando a minha caipiroska. Então, olhei para a Carol:
- O Mark está sozinho, Carol. Vou ter que ir lá fazer companhia para ele?
- Sozinho, onde!? Estou a uns três metros de vo... - Ele se calou, surpreso, quando, ao se virar, viu onde eu estava sentada, abrindo um sorriso malicioso em seguida: - Carol, estou sozinho. Melhor você vir logo aqui, senão vou queimar a linguiça.
- Ah... Mas não vai mesmo! - Ela disse, se levantando e indo aos pulinhos até ele.
Agora não foi ela que o abraçou, foi ele que a abraçou e pegou num beijo intenso, segurando a sua nuca, como se quisesse sugar-lhe a alma. Ela parecia não saber onde segurá-lo, tamanha a surpresa. Quando ele a soltou, ela deu duas balançadas, parecendo tonta, mas com um baita sorriso no rosto:
- Que calor, né? - Disse o Mark, olhando fixamente para ela.
Ele então olhou na minha direção e tirou a camiseta. Depois, inclinou a cabeça e entendi o que queria. Tirei a minha blusinha e também a parte superior do meu biquini. Ele continuou e baixou a bermuda, o que me levou a fazer o mesmo, baixando o meu short. Ele então colocou as mãos nas laterais do cós da sunga e aguardou que eu fizesse o mesmo com o biquini. Então, começou a descer sua sunga e eu o meu biquini, ambos ao mesmo tempo, mas quando o meu biquini já passava da metade da bunda, ele subiu a sunga novamente. Fiz o mesmo, ouvindo atrás de mim:
- Ahhhh... Sacanagem!
Não tive como não rir, divertida com a situação e ele também mostrou um grande sorriso. A Carol então olhava para um e para o outro, mas logicamente muito mais para ele, sem tirar um sorriso e uma expressão de excitação do rosto. Por fim, ele chamou a Carol e perguntou:
- Quer terminar o meu “strip”, Carol?
Lógico que ela topou, ajoelhando-se a sua frente. Achei a ideia boa e perguntei para o Rogério que se mantinha a centímetros atrás de mim:
- Rogério, quer terminar de tirar para mim?
O Mark mantinha as mãos da Carol no cós de sua sunga, impedindo que ela se adiantasse. Fiz o mesmo com o Rogério. Então, ele soltou suas mãos e disse:
- Agora!
Ela baixou a sua sunga até os pés, tirando-a. Fiz o mesmo com o Rogério, mas ao invés de soltar as suas mãos, acompanhei o movimento, praticamente ficando de quatro a meio palmo de distância do seu rosto:
- Caralho! - Disse o Zé: - Porra! Que bunda é essa?
- Rosadinha, cara. Olha lá! - Emendou o Adamastor: - E o buraquinho inchadinho... Que coisa linda!
Fiquei de pé novamente e vi que a Carol olhava hipnotizada para o pau do Mark, a poucos centímetros de distância. Ele não estava ereto, mas inchado, inchando com a excitação daquela brincadeira.
Fui caminhando até ele, nua e sem tirar os olhos dele. Próximo, ele me puxou pela cintura e beijou. A intensidade e o calor daquele momento fizeram a minha xoxota se umedecer imediatamente e eu também sabia o que um beijo bem dado significava para o Mark, era um verdadeiro Viagra natural e sem contraindicações.
Assim que os nossos lábios se desgrudaram, acariciei a sua face, sorrindo para ele que sorria para mim e disse o óbvio:
- Eu te amo, para sempre!
Então, olhei para baixo e vi o seu pau quase todo ereto. Passei a mão na cabeça da Carol e a puxei para o seu pau. Ela entendeu de imediato o que deveria fazer, abocanhando o seu pau inteiramente, tentando colocá-lo todo na boca, mas em vão. Ao soltá-lo, disse:
- Nanda, que delícia! Está salgadinho e não sei se é do mar, ou desse caldinho mágico.
- Eu não sei ele, mas eu estou pingando.
- Posso experimentar? - Perguntou a Carol, já passando a mão pela minha coxa e aproximando a sua boca da minha xoxota, me causando um arrepio.
- Não! Não, não... Tira a boca daí, menina. Rogério, ou você vem, ou vai ficar na mão! - Falei enquanto empurrava a cabeça da Carol.
Não precisei repetir, pois em segundos senti ele me encoxando por trás, nu e com o pau quase ereto também. Ele me puxou suavemente, separando-me do Mark e disse:
- Esse favo de mel é meu, Carol. Contente-se com o seu! - Ele então sussurrou: - Quer entrar? Podemos ir para o meu quarto.
- Podemos fazer ali na mesa? Assim, pelo menos, os meninos podem assistir.
- Ahhh... Uma exibicionista. Gostei!
- Sou, querido, mas o meu público alvo preferido sempre será o meu marido.
[...]
Ver a Nanda interagir comigo, repetindo os meus gestos enquanto nos despíamos foi muito legal! Não sei o que eles pensavam ou se imaginavam que estávamos nos despindo para eles, mas a verdade é que fazíamos aquilo para nós mesmos. Quando enfim a Nanda chamou o Rogério, tendo que segurar a cabeça da Carol que já tentava entrar no meio das suas pernas, eu soube que iria acontecer. Rogério veio e a “tomou” de mim, levando-a até a mesa onde estavam Adamastor e o Zé. Eu não sabia ainda as intenções dela, mas se ela estava fazendo por vontade própria, que fizesse com quem quisesse e quantas vezes aguentasse.
Carol voltou a me chupar, mas num lampejo de sanidade, decidi suspender o churrasco, tirando a grelha com as carnes e as colocando numa bancada ao lado. Agora, sem distrações, eu poderia me concentrar naquela loira safada e sedenta de um bom sexo. Ainda assim, seria impossível resistir a dar uma olhada na Nanda e quando a olhei, vi que já estava deitada sobre a mesa rústica, com o Rogério a chupando feito um animal que não vê água há tempos. Adamastor e o Zé seguiam sentados à mesa, mas agora devorando visualmente a minha esposa que se contorcia de olhos fechados, gemendo languidamente.
Ali de pé, eu não poderia ficar para sempre e comecei a analisar todo o entorno para escolher um local para me acabar de vez com a Carol. O local escolhido foi uma espreguiçadeira à beira da piscina. Tive que tirar a mamadeira da boca da Carol e a rebocar sob protestos até a espreguiçadeira. Não sei se a intenção dela era somente tomar o meu leite para si, mas eu tinha outras intenções.
Assim que chegamos ao local que escolhi, rapidamente tirei a sua saída de praia e o seu biquini, deitando-a na espreguiçadeira. Ali a deitei e também passei a chupá-la com vontade, usando os meus dedos em sua buceta e também massageando o seu períneo. Ela logo ficou ainda mais excitada e me pediu para fazermos um “69”. Naturalmente, concordei, deitando-me na espreguiçadeira e ela por cima de mim. Isso não furou muito, pois ela começou a reclamar que estava quase gozando e queria gozar com o meu pau dentro dela. Pedi um tempo apenas para buscar uma camisinha na minha bermuda e na volta, passei perto da mesa, vendo a Nanda agora dar um banho de língua nos três amigos:
- Nanda, eu só trouxe três camisinhas... - Falei, jogando uma para ela assim que ela me encarou: - E vou usar duas, no mínimo.
Ela pegou a camisinha que joguei e olhou para os três, dizendo:
- Já combinei com eles, mor. Vou dar só para o Rogério, mas vou dar uma mãozinha para os demais.
Nisso, já senti a Carol me abraçando e mordendo o pescoço:
- Vem, seu tesudo, apaga o meu fogo. Aliás...
Ela se ajoelhou também junto da Nanda e lhe deu um beijo na boca, puxando-me pela perna para perto delas. Passaram então ambas a chupar os quatro membros, alternando os paus em suas bocas. Foram minutos, não muitos, mas o suficiente para o Zé começar a reclamar:
- Caralho! Vou gozar rápido desse jeito!
- Gozou, acabou, Zé! - Disse a Nanda, dando uma sugada forte na cabeça do seu pau.
- Poooo... Poooo... Poooooorraaaaaa! - Gritou o Zé, estrebuchando enquanto gozava na cara da Carol, porque a Nanda virou o pau dele para o lado.
- Nanda! Ah... Sacanagem! - Reclamou a Carol, naturalmente.
Não sei se pela idade, mas o Zé gozou pouco. Foram umas três jatadas bastante reduzidas, tanto que a Nanda limpou a Carol com a língua rapidamente e ainda a beijou na boca, dividindo o leite.
Eu já estava com o pau a ponto de bala, duro e empinado o suficiente para fazer aquela loira se dar por satisfeita. Puxei-a então até a mesa e a deixei inclinada. Coloquei rapidamente uma camisinha e a penetrei sem pedir permissão, como se já não tivesse me dado implicitamente. Foram dois minutos de bombadas ritmadas e profundas até a Carol explodir num orgasmo estridente, rangendo os dentes com raiva, como uma fera.
Foi nesse momento que o Rogério se sentou, encampando o pau e puxou a minha esposa para cima do seu colo, penetrando-a. O pau do Rogério era praticamente do mesmo tamanho que o meu, talvez um pouco mais grosso, por isso seria uma transa normal para ela depois das últimas experiências. Ainda assim ela deu o seu melhor, esfregando-se nele acintosamente e o encarando com desejo no olhar, que eu sei porque ela me olhou algumas vezes enquanto transavam, mordendo os lábios.
A Carol seguia desmontada sobre a mesa, gemendo baixinho:
- Está tudo bem aí, Carol?
- Aaaai! Bem demais...
- Eu ainda não gozei...
- Eu sei. Já vou aí. Prometo...
Vendo aquela bunda bronzeada com uma marquinha mínima de biquini, tive uma ideia e torci para que ela aceitasse. Passei a bolinar o seu cu com a ponta do dedo e ela foi logo levantando:
- Ai... Espera! Aí não. Hoje não, por favor...
- Poxa, Carol, vai me negar esse presente?
- Ah, Mark, eu estou dolorida de ontem. O Dadá me pegou de jeito e o meu marido me pegou de jeito, então...
- Vocês são casados?
- Não! Mas vivemos tão grudados que é como se fôssemos. Eu durmo na casa dele, ele dorme na minha, a gente sai juntos, almoçamos juntos várias vezes na semana. Enfim...
- Poxa! Mas eu nem sou dotado...
- Imagina se fosse! - Ela virou e me beijou a boca: - Cê tem um pau delícia, Mark, no tamanho certinho para fazer uma mulher gozar gostoso. Desencana desse negócio de tamanho que isso é uma baita bobeira.
Como estávamos de frente, ela já pegou o meu pau e foi enfiando dentro de si. Eu a ajeitei na beirada da mesa e comecei a penetrá-la novamente, fazendo ela gemer alto. Nesse momento, a mão a Nanda surgiu sei lá de onde, agarrando a minha, enquanto ela também gemia baixinho, parecendo um gemido, talvez gozando. Só então vi que o Rogério a havia colocado de quatro sobre a mesa, com as pernas bem abertas e a comia por trás, fazendo o seu corpo chacoalhar inteiro. Foram minutos em que nós quatro nos mantivemos num movimento forte, cadenciado até o Rogério avisar que iria gozar, tirar a camisinha e dar algumas caprichadas jatadas nas costas, bunda e no rego da bunda da Nanda. Só então ela relaxou, gemendo baixinho, de olhos fechados sobre a mesa.
Concentrei toda a minha atenção e vontade na Carol, dando meu melhor, beijando, apertando os seis, acariciando o clítoris e marretando a sua buceta. Ela começou a fungar de um jeito estranho, diferente, e novamente rangeu os dentes, jogando-se para trás, sobre a Nanda:
- Eeeeei! Eu tô aqui! Caramba... - Resmungou a Nanda.
- Aaaaiiii... Desculpa... - Gemeu baixinho a Carol.
Continuei a meter na Carol até ela falar:
- Tá. Ganhou! Mete no meu cu. Só não me pede para sair daqui.
- Sai de cima de mim, Carol! - Insistiu a Nanda.
As duas se ajeitaram e puxei a loira mais ainda para a beirada da mesa. Então, aproveitei suas próprias secreções e lambuzei o seu anel. A penetração não foi difícil, mas pareceu ter sido, no mínimo, incômoda para ela. Depois que a penetrei e ela se acostumou, ela se transformou, pedindo que a fodesse com vontade para voltar arregaçada para casa. Pedido feito, pedido cumprido. Só parei quando gozei no fundo do seu rabo, dentro da camisinha, naturalmente.
Adamastor se aproximou então, com o pau na mão e um pedido na boca que não foi recusado pela Carol:
- Pode, querido, pode me foder. O que é um pau a mais para o meu rabo depois dessas duas deliciosas gozadas?
Saí da Carol e ele assumiu o lugar, passando a penetrá-lo como um louco. Foram poucos minutos e ele gozou as berros, enchendo o cu da loira de porra. Olhei para o lado e vi a Nanda sentada no colo do Rogério, assistindo a última transa da Carol. Eu já havia me sentado numa cadeira ao lado e também assistia aos dois. Assim que terminaram, decidimos tomar uma ducha rápida no próprio chuveiro externo da piscina. Nanda, num primeiro momento, me encarou meio curioso, talvez com algum resquício de preocupação, mas cessou quase de imediato após um sorriso meu para ela.
Voltei à churrasqueira para colocar as carnes para assar novamente. Minutos depois, Nanda chegou e me abraçou por trás, encostando o queixo no meu ombro:
- Está tudo bem com a gente? - Ela perguntou.
- Da minha parte, sim. Espero que você tenha curtido também...
- Curti sim. - Ela se colocou a minha frente e me deu um beijo: - Eu vou resolver a nossa situação, mor, você vai ver.
- O problema só está na sua cabeça, Nanda. Eu estou bem e acho que agora ficaremos bem também.
- Eu... Naquela hora em que eu estava ali com os três, você não... não ficou chateado, né?
- Nanda, somos liberais. Você não fez nada que não estivesse liberada para fazer. Você só estava sendo a minha Nanda, safada, meio motor à álcool, mas que depois que esquenta, sai da frente... - Ela riu comigo e me beijou: - Sinceramente? Acho até que você fez pouco. Poderia ter aproveitado muito mais.
Ela me encarou e balançou negativamente a cabeça, mas com um sorriso no rosto. Depois explicou:
- Que nada, mor! Ainda estou meio ardida em certas partes dos últimos dias. Hoje, só um basiquinho assim já tá de bom tamanho.
A Carol se aproximou trazendo duas caipiroskas e ficaram ali comigo por um tempo, voltando para a mesa pouco depois. A pedido, Nanda se sentou no colo do Zé que aproveitou para boliná-la nas pernas e seios apenas.
Logo, as carnes bovinas começaram a ficar no ponto e os homens passaram a ajudar nos cortes, acerto de tempero e serviço para as damas. As demais foram ficando prontas e comemos fartamente até cansar. Pouco antes das 16:00 nos despedimos e voltamos para a praia, afinal, queríamos aproveitar um pouco mais do sol.
Ficamos na praia tomando sol, bebendo cerveja e vendo os peladões, até que, por volta das 17:00, Rogério e Carol chegaram novamente. Estranhamos a ausência dos demais, mas eles disseram que os dois não tiveram pique para nos acompanhar. Rogério, já mais solto, chegou tomando a Nanda de mim e tomou um tapa na mão por isso, ficando até assustado. A Carol, por sua vez, entendeu que não deveria se jogar com a mesma “paixão”, aproximando-se aos poucos, primeiro da Nanda e depois de mim. Por fim, a Nanda pediu desculpas para ele e:
- E vai com calma, Rogério, vê se me respeita. Afinal, eu sou uma mulher casada.
Desfeito o mal entendido, inclusive com um beijo da Nanda, voltamos a conversar e curtimos um início de noite ali mesmo, na praia, praticamente sozinhos. Pouco depois, fomos para a pousada e pedimos uma porção de peixe empanado e algumas bebidas. Por volta das 20:00, Nanda me surpreendeu:
- Eu vou... com o Rogério lá para o nosso quarto, mor. Tudo bem?
- Se você quer, fica à vontade.
- Querem vir também? - Ela insistiu.
Carol parecia disposta, mas eu preferi deixa-los curtir à sós, pelo menos naquele momento e recusei por mim e por ela, dizendo que iríamos ficar namorando por ali mais um pouco. Nanda estranhou, mas não criticou, saindo pouco depois. A Carol me olhava, curiosa:
- Namorar, é?
- Sim, mas achei melhor deixá-los aproveitarem um pouco sozinhos. Quer dar uma volta na praia?
Ela aceitou e fomos caminhar, iluminados apenas pela luz de uma belíssima lua cheia. Apesar da claridade, o local estava quase vazio, com exceção de uns poucos casais que aproveitavam para namorar. Num certo momento, Carol disse que teve uma ideia e foi me puxando para um canto mais isolado. Ficamos num local, longe de tudo e todos:
- Quer namorar comigo, mas de verdade?
- Transar?
- Lógico, né!
- Estou sem preservativo.
- Relaxa. Eu dou um jeito...
Ela já sentou no meu colo e começou a me beijar com intensidade, esfregando-se toda em mim. Logo, o meu pau deu uma empinada e ela se abaixou para chupá-lo um pouco. Depois, veio se aninhando novamente no meu colo, mas neguei fazer sexo sem proteção. Ela entendeu e pediu para fazermos um “69”. Olhei ao redor e como não havia ninguém, topei. Foi um dos sexos mais rápidos, intensos e excitantes da minha vida. Qualquer barulho, era motivo para nos deixar tensos e isso só fazia as sensações se tornarem mais vívidas. Gozamos rapidamente e após um rápido mergulho, voltamos ao restaurante da pousada.
Nanda e Rogério já estavam ali, sentados, conversando e bebendo um drink. Sentamos com eles e bebemos mais um pouco também, mas era claro o que havia acontecido, para todos os presentes. Despedimo-nos enfim deles, marcando um almoço para o dia seguinte, o nosso último por aquelas bandas.
Em nosso quarto, os lençóis remexidos não deixavam dúvida: Nanda havia transado com o Rogério. Entretanto, ela parecia tensa, chateada com alguma coisa e era sério:
- Você transou sem camisinha, Mark? Não tinha como você ter camisinha, ambos estavam pelados.
- Fomos dar uma volta na praia e depois fizemos oral um no outro, Nanda. Só isso.
- Sem sexo?
- Com sexo oral, né...
- Só isso mesmo?
- Só, uai! - Ela respirou aliviada e sorriu, encabulada consigo mesma.
- E vocês? Correu tudo bem por aqui?
- Sim, foi só um barba, cabelo e bigode. Nada demais...
- Sexo nos três buracos e você acha nada demais!? Nem eu tenho esse privilégio todo dia!
Ela deu uma gostosa risada e veio me abraçar:
- Lógico que não, seu bobo. Só fizemos o básico. Nada de anal. Fica tranquilo que o meu buraquinho está de férias por uns dias.
- E ficar tranquilo como? O maior prejudicado serei eu!
Ela riu novamente e fomos tomar um banho, mas antes de ligar o chuveiro, tive uma ideia e a peguei pela mão. Saímos do quarto, entramos na praia, praticamente deserta naquela hora e fomos direto mar adentro. Quando a água já encobria os seus seios, falei:
- Segura no meu pescoço, coloca as pernas na minha cintura e deixa o papai realizar um sonho antigo seu.
Ela sorriu e entendeu imediatamente o que eu queria. Só não entendeu como eu estava com o pau duro, mas não reclamou, pois ele já pressionava sua barriga. Tomada a posição que orientei, a penetração foi rápida e profunda. Deixei as ondas guiarem os nossos movimentos e ficamos aproveitando o tempo que aguentamos, o meu a segurando não foi muito, mas depois alternamos algumas posições, ela de frente para mim e depois de costas, quando gozamos gostoso. Agora sim, após uma ducha, dormimos tranquilamente.
No dia seguinte, acordamos por volta das 8:00, tomamos um café caprichados, acertei as despesas com o Valdemar e nos despedimos dele. Ficamos ainda na praia até as 10:00 e depois fomos para a casa dos amigos, onde almoçamos. Nanda chegou cumprimentando todos com beijos na boca, alegre, leve como poucas vezes a vi. Depois, nos despedimos e fizemos viagem até Recife, de onde pegaríamos o voo de retorno. Acertadas as formalidades na entrega do veículo e feito o “check in”, embarcamos por volta das 18:00, com previsão de chega às 21:00.
No avião, durante o voo, ela parecia meio dispersa. Perguntei o que acontecia e ela me encarou, depois olhou em volta e perguntou:
- Como você ficou duro comigo se tinha gozado há pouco tempo com a Carol, Mark? Sei que você é bom de serviço, mas tão rápido assim é novidade.
- Uai! Quando a parceira ajuda...
- Me engana que eu gosto! Vai, mocinho, explica isso direito.
- Lembra da noite em que você ficou com o Rick? Quando você voltou com ele para o quarto depois de termos transado na sacada? - Ela balançou afirmativamente a cabeça: - Então... Quando vocês voltaram para o quarto novamente, ele, discretamente, jogou um caixinha de Tadalafila para mim.
- Você tomou essa bosta naquele dia, mor? - Perguntou-me, meio invocada.
- Tomei, metade de um comprido, mas tomei.
- Ah, poxa, eu tô mal mesmo. Não tô mais levantando o pau de ninguém. - Resmungou, virando-se de frente para o banco.
- Acha mesmo isso depois de tudo o que aconteceu nos últimos dias?
Ela deu uma risada e me encarou, piscando um olho:
- Tá, mas o que isso tem a ver? - Perguntou novamente.
- Uai! Eu tinha guardado a outra metade e tomei, ontem.
- Ah! Safado, canalha... Então, foi assim, né?
- Uai, Nanda, eu sou bom, mas nem tanto, né? Só usei uma pequena maravilha da ciência para nos auxiliar. Tem nada demais não, sô.
- Safado... Não acredito! - Começou a rir sozinha e logo me beijou: - Você não presta.
- Então, combinamos.
- Ah! Filho da puta! - Deu-me alguns beijos e voltou a se recostar, com um sorriso nos lábios.
Ela cochilou boa parte do voo. Pousamos e pegamos a nossa bagagem. Denise e Maurício já nos aguardavam. Fomos até o seu apartamento e jantamos com eles. No final, fomos obrigados a pernoitar, depois de duas garrafas de vinho e muita conversa insistente dela. Assim que o Maurício se foi, suas intenções ficaram claras:
- Não acharam que o estacionamento sairia de graça, acharam? - Ela falou, com as bochechas rosadas de tanto vinho.
- Denise, e o Maurício? Acha isso certo?
- Nem sei se vamos continuar juntos, Mark. Eu só quero aproveitar o momento. Fiquem tranquilos, eu assumo a responsabilidade.
Acabamos transando e dormindo com ela na sua suíte. No dia seguinte, após o café, nos despedimos e voltamos para a nossa cidade. Fomos buscar as nossas filhas e após uma festa de boas-vindas, retornamos para casa. Eu estava morto de cansaço e após um banho refrescante, desabei na cama. Nanda veio logo depois e se aninhou no meu peito:
- Mor, por que Verônica?
- O que... mas... Como é que é? Que Verônica, sua louca?
- A ruiva, do clube de swing. Por que... Verônica?
- Ahhhh! A Verônica...
- É, ela mesma. Por quê?
- Uai, Nanda, eu só quis fazer uma homenagem a uma amiga sua tão querida.
- Ah, filho da pu...
Calei a Nanda com um beijo e falei:
- Enfim, não mais sós, mas completos.
Ela me deu o mais lindo sorriso que um homem poderia receber e dormimos abraçados, apaixonados, amados e amantes, para sempre.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.
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