Comi a Patricinha

Um conto erótico de Raskcs
Categoria: Heterossexual
Contém 3341 palavras
Data: 03/03/2025 19:55:28

O seu olhar profundo era misterioso e pouco atencioso.Bruna mexeu comigo desde o primeiro momento, mas eu era apenas mais um no meio da multidão.

Tenho que ser sincero: não chamo atenção em nenhum lugar que vou. Em parte, isso é bom, pois sou tímido e, com certeza, não vou mais mudar. Por outro lado, é ruim, porque pessoas com quem me identifico ou de quem gosto passam pela minha vida sem me notar. Com Bruna era assim, e ela quase não me notou, se não fosse um acaso do destino.

Fiquei interessado naquela garota desde a primeira vez que a vi. Eu simplesmente não conseguia tirar os olhos dela. Tinha a pele branca, cabelos curtos com uma pequena franja e o corpo tatuado. Andava com roupas justas, parecendo uma mulher determinada e forte, o que me atraía ainda mais. Mas Bruna fazia parte de um grupo que não gostava muito de pessoas como eu. Achei que ela nunca faria parte da minha vida, mas estava enganado.

Preciso esclarecer que essa história não é recente. Na época em que aconteceu, não existiam aplicativos de conversa por celular, nem redes sociais, a não ser o MSN. E foi por acaso que consegui o e-mail de Bruna com um amigo meu. Adicionei-a, esperando conseguir puxar assunto.

— Isso não vai dar em nada, essa mina se acha — disse Paulo, um grande amigo meu.

Eu sabia que ele estava certo. Mas nenhuma garota havia mexido comigo como Bruna. Toda vez que fechava os olhos, conseguia ver o rosto dela em minha mente. Até hoje, isso acontece. Posso descrevê-la por completo: a boca pouco carnuda, os olhos grandes e profundos, o nariz grande. Com certeza, ela tinha descendência judia. E aquele ar esnobe… Ela se sentia mais especial do que as outras pessoas. Não sei o que acontece comigo, mas sempre fico gamado nas arrogantes.

Eu era conhecido por sempre ter maconha. De vez em quando, descolava alguma para a galera do skate, do rap, do samba… Eu não tinha limites. Era só um moleque tentando conseguir uns trocados para gastar nos meus rolês. Cocaína era sempre a meta.

O contato de Bruna estava na minha lista, mas eu não sabia o que falar com ela. Graças a Deus, não fui eu quem teve que dar o primeiro passo.

"Oi, o Paulo me passou seu contato. Ele disse que podia te chamar."

O Paulo não tinha me contado que tinha encontrado com Bruna. Não sabia o que ela queria. Fiquei preocupado, achei que ele podia ter falado alguma merda para ela. Meu coração estava na mão.

"Ele me disse que você podia arrumar algumas gramas pra mim."

"Quantas gramas você quer?"

"Não me faça perguntas difíceis. O suficiente para eu fumar com uma amiga."

"Me encontra amanhã na praça da Estrela. Eu te levo alguma coisa."

"Quanto?"

"Amanhã a gente vê isso!"

Já tinha lidado com esse tipo de cliente muitas vezes: meninas filhas do papai que só queriam curtição. Eu podia lucrar em cima dela, vender maconha de péssima qualidade como se fosse ótima. Mas eu gostava de Bruna. Fiz questão de separar a melhor que eu tinha. A ansiedade tomou conta da minha mente. No dia seguinte, eu finalmente iria conversar com Bruna pessoalmente.

No dia seguinte, acordei cedo. A ansiedade me corroía, mas eu tentava agir como se fosse só mais um dia comum. Não era. Eu ia ver Bruna.

Passei o dia todo sem conseguir me concentrar em nada. Fui até a praça da Estrela bem antes do horário combinado. O lugar não tinha nada de especial: um coreto pichado, bancos de concreto sujos e alguns caras jogando dominó em uma das mesas. Era um ponto de encontro da galera da rua, um espaço neutro onde todo mundo se misturava.

Bruna chegou mais tarde do que eu esperava. Não estava sozinha. Uma garota de cabelos vermelhos e uma expressão entediada andava ao lado dela. Meu estômago revirou. Eu esperava que fosse um encontro só entre nós dois, mas claro que ela não viria sozinha.

— Você é o cara do MSN? — Ela me olhou de cima a baixo, como se estivesse avaliando se eu era confiável ou não.

— Sou eu. Trouxe o que você pediu.

Tirei um pequeno saco plástico do bolso interno da jaqueta e entreguei para ela discretamente. Bruna pegou, cheirou de leve e sorriu de canto.

— Boa qualidade — comentou, jogando o saco na bolsa dela. — Quanto deu?

— Esquece. É por minha conta.

A garota de cabelos vermelhos me olhou como se eu fosse um completo idiota.

— Sério? Um brinde? — Bruna ergueu a sobrancelha, surpresa.

— Sei lá, só quis fazer isso.

Ela riu. Pela primeira vez, vi um sorriso genuíno no rosto dela. Meu coração acelerou.

— Você é estranho… Mas eu gosto disso.

Ela se virou para a amiga.

— Vamos fumar um?

A amiga bufou, sem paciência.

— Agora não. Eu tenho coisa pra fazer.

Bruna deu de ombros e se virou para mim.

— E aí, cara do MSN? Vai me acompanhar ou tem medo de se perder?

Era a primeira vez que alguém como Bruna me dava abertura para entrar no mundo dela. Eu não fazia ideia do que ia acontecer, mas naquele momento, não me importava.

Eu olhava para ela do outro lado da mesa. A mesa era de concreto, com um tabuleiro quadriculado para quem quisesse jogar xadrez. Ela estava sentada no banco cinza, as pernas longas cruzadas, usando uma botinha preta e uma meia fina rasgada. Parecia completamente relaxada. Observava-me enquanto eu bolava um baseado, ao mesmo tempo em que acendia seu próprio cigarro.

— Que facilidade para bolar — disse ela, soprando a fumaça para o lado de um jeito perspicaz, mas, ao mesmo tempo, delicado.

— É a prática — sorri, já menos nervoso. As primeiras impressões tinham passado. A companhia de Bruna me fazia bem. Ela era incrível. Parecia despertar o melhor de mim. Tudo que eu dizia vinha do coração, da alma. Acho que isso ajudou a conquistar sua confiança… e, talvez, seu coração.

Terminei de bolar o baseado e passei para ela.

— Faça as honras. Espero que goste.

Ela então acendeu o beck, puxou forte, segurou por pouco tempo e, ao soltar a fumaça, começou a tossir bastante. Observei-a fixamente enquanto ela tentava se recompor, forçando a garganta.

— Caramba, esse é forte mesmo — disse, me passando o beck apenas após dar mais uma tragada.

— Pode fumar mais, eu não tenho pressa.

Deixei que ela permanecesse com o baseado em mãos. Eu não conseguia tirar os olhos dos dela. Começava a notar que Bruna também estava curiosa sobre mim.

— Se você segurar a fumaça por mais tempo, o efeito é melhor — comentei.

Peguei o beck, puxei forte e traguei. Com a voz forçada pela fumaça presa na garganta, falei:

— Assim, ó.

Segurei a fumaça por bastante tempo antes de soltá-la. Bruna riu ao ver minha expressão após minha demonstração de “maconheiro de primeira”.

— Nunca te vi por aqui — disse ela, me analisando. Parecia olhar além dos meus olhos, enxergar minha alma. Eu me sentia nu diante dela.

— Pois eu estou sempre por aqui. Sempre te vejo com seus amigos.

Eu já sabia que Bruna nunca havia me notado. Mas o que me interessava era o agora. A cada tragada, ela se tornava ainda mais bonita, mais inteligente. Nossa ligação crescia.

Bruna tragou novamente, dessa vez segurando a fumaça um pouco mais antes de soltá-la lentamente pelo nariz. Ela sorriu, satisfeita consigo mesma.

— Acho que tô pegando o jeito.

— Você aprende rápido — respondi, sem conseguir disfarçar meu fascínio por ela.

A conversa fluía fácil, como se nos conhecêssemos há anos. Falamos sobre música, filmes, lugares que gostaríamos de visitar. Descobri que Bruna queria fazer uma tatuagem nova, mas ainda não sabia o desenho.

— Faz uma caveira — sugeri.

Ela riu.

— Todo mundo tem uma caveira. Quero algo diferente, que tenha um significado.

— Tipo o quê?

Bruna desviou o olhar por um instante, pensativa. Depois, deu de ombros.

— Não sei. Algo que me lembre de viver o agora.

Assenti. Eu entendia bem o que ela queria dizer. A gente vivia no limite, sem pensar no futuro. O amanhã era só uma ideia distante.

O baseado já estava no fim quando ela se inclinou um pouco na minha direção, os olhos levemente vermelhos.

— Você é diferente do que eu imaginei.

— Diferente como?

— Sei lá… mais tranquilo, mais real.

Meu coração disparou. Bruna não era do tipo que elogiava à toa. Fiquei sem saber o que dizer, então apenas sorri e dei a última tragada no baseado antes de apagá-lo no concreto da mesa.

— A gente precisa de uma música agora — ela disse, revirando a bolsa. Pegou um MP3 player e colocou um dos fones no ouvido, me oferecendo o outro.

Aceitei. A música começou a tocar. Uma batida suave, uma voz arrastada cantando sobre noites longas e amores passageiros.

Fechei os olhos por um instante, deixando a melodia nos envolver. Quando os abri, Bruna estava me observando de novo, com aquele olhar que parecia atravessar tudo.

— O que foi? — perguntei.

Ela sorriu de canto.

— Nada… Só tô gostando disso.

Eu também.

E ali, naquela praça esquecida, sob a luz fraca dos postes e o som abafado dos carros ao longe, algo começou a acontecer entre nós. Algo que eu não sabia nomear, mas que me puxava cada vez mais para perto dela.

O primeiro beijo não demorou para acontecer, ela tinha um beijo saboroso, ardente, os dois estavam na onda da maconha enquanto nos beijávamos e curtiámos um ao outro, tinha esquecido onde eu estava, só conseguia me concentrar na sua boca, na sua saliva, nos seus toques, nos demos muito bem.

"Que beijo gostoso você tem" ela disse

"É a Maconha" respondi, sem graça.

Por mais que eu fosse tímido eu era um canalha, cachorro sem vergonha que sabia muito bem o que queria de Bruna, então falei.

"Você quer ir para a minha casa? Lá podemos ficar mais a vontade." Meu olhar estava fixo em seu corpo, na sua boca.

"Eu topo"

Bruna ficou super a vontade na minha casa, parecia que ela já tinha estado por lá inúmeras vezes, ela mexia nas estantes, e no meu armário, eu não achei ela invasiva pois eu gostava de tudo que ela fazia, e em todos seus movimentos e gestos eu só conseguia ver boas intenções, sem falar nada me aproximei dela e voltei a beijar a sua boca, dessa vez dando leves chupões em seus lábios, ela correspondia a cada chupão a cada mordiscada.

Ela estava encostada na parede, minhas mãos na sua cintura, a respiração de ambos ofegante, beijei seus pescoço com cuidado para não deixar marcas, passei uma das minhas mãos na sua nuca e desci até o seu pescoço próximo as costas e apertei com força, ela gemeu baixinho durante o beijo.

Com a mão direita eu acariciava seu braço esquerdo, fazia carinho em seu pulso sentindo o pulsar de suas veias, estiquei seu braço na parede gelada e acariciava seu antebraço, passava meu dedo indicador, então o do meio e o anelar, fazendo pequenos movimentos circulares.

Tirei sua blusinha preta e então ela ficou só de sutiã, um sutiã preto que contratava com a sua pele branca, não demorei e já estava com a boca nos seus seios. Chupando os bicos e os lambendo.

"Seu safado" Ela falava baixinho no meu ouvido enquanto aproveitava a extensão dos seus seios pequenos porém durinhos, eu os apertava com as minhas duas mãos e pressionava o corpo de Bruna contra a parede gelada, com a minha língua eu contornava os bicos dos seus peitos eretos, as mãos dela arranharam as minhas costas, consigo lembrar do sabor de seus seios, do modo que ela gemia.

"Eu queria isso desde a primeira vez que te vi" eu disse para ela enquanto ela me empurrava em direção a cama. Me sentei na ponta da cama e ela retirou me shorts se abaixando na minha frente, sua cabeça foi em direção a minha rola e então o melhor boquete que já recebi na vida começou, primeiro lentamente, depois com velocidade e força deixando todo o meu pau completamente molhado com a sua baba, ela pegava na minha rola e então começava a alternar entre punheta e boquete, a cabeça da minha rola estava vermelha e enorme.

"Nossa que rola enorme a sua, será que eu aguento?" Não sei se ela disse isso só para me agradar, mas esse comentário deixou o meu cacete pulsando então peguei em sua cabeça e fiz ela engolir quase até o final a fazendo engasgar.

Após engasgar ela olhou para mim fixamente mantendo a mão esquerda no meu pau e o apertou com força e depois deu um sorriso malicioso, eu não conseguia parar de olhar para os seus olhos que estavam vermelhos, não sei se pela maconha ou por ter se engasgado com a minha rola na boca dela.

Acariciei seu rosto e ela se levantou retirando seu shorts justo, a calcinha também preta, ela usava um conjunto que parecia nova, me sentia um homem de sorte, Bruna parecia estar disposta a tudo naquela noite, não sei se foi a maconha que a deixou solta ou se foi a nossa ligação praticamente instantânea. Ela não retirou a sua calcinha.

Simplesmente me deixou sentado onde eu estava e se virou de costas para mim, deixando todo o seu rabão exposto, com a calcinha enfiada entre as bandas da sua bunda, com uma das mãos colocou a calcinha para o lado e sentou se com a sua bucetona na minha rola, encaixou direitinho a safada já estava molhada, ela começou a sentar devagar e depois aumentou o ritmo, seus pés estavam no chão gelado assim como os meus, quando ela subia ela ficava quase em pé e depois voltava a sentar e minha rola a penetrava até o fim de sua extensão, ela ficou um tempo assim até deixar minha rola encaixada nela e encostar suas costas em meu peito, eu a abracei e segurei nos seus seios, segurando os biquinhos com as pontas dos meus dedos e apertando, pressionava meu corpo contra o dela para ela sentir a pressão da minha rola na sua xota enxarcada. Meu pau estava quase explodindo. Mas eu aproveitaria muito mais. E assim o fiz.

Bruninha jogou a cabeça para trás se aproximando dos meus ombros e se virou me beijando de língua, minha mão esquerda desceu dos seus seios direto para o seu grelo, enquanto meu pau ainda continuava encaixado nela eu a dedilhava e aumentava a velocidade, o gemido dela aumentou durante o beijo e permanecemos assim durante um tempo só nos curtindo, assim como no nosso primeiro beijo, seu nariz roçava no meu e sua boca pequena e pouco carnuda se encaixava perfeitamente na minha boca grande e carnuda.

Ela saiu de cima de mim e me empurrou para a cabeceira da cama, eu a obedeci e fiquei sentado, ela subiu na cama e se levantou sobre mim, podia ver os pés brancos dela pintados com um esmalte branco, os seus dedos estavam vermelhos, ela colocou sua mão direita sobre o meu peito e ajeitou o meu pau para encaixar na sua Xana. Ela se agachou, um posicionamento perfeito, seus pezinhos pressionados no meu colchão o afundando um pouco, sua bunda durinha, os seus seios melados e a sua barriga um pouco dobrada com um piercing de prata no umbigo. Sua buceta estava alguns dias sem raspar o que a deixava ainda mais atraente.

Quando ela encaixou meu pau na sua Xana eu fui aos céus, Bruna me surpreendeu ela começou a sentar e rebolar na minha rola com uma desinibição que eu não imaginava que ela tinha. Com as suas duas mãos no meu peito ela começou a sentar com mais força e o barulho no quarto aumentou, pele batendo na pele, as nádegas dela acabando com o meu saco, minhas duas bolas estavam inchadas.

"Bruna, como você é gostosa, tenha calma" Eu dizia, mas ela não obedecia, ela mandava eu calar a boca colocando o dedo indicador na minha boca e continuou a sentar.

Eu resisti o máximo que eu pude mas com o passar do tempo estava no meu limite

"Eu vou gozar"

"Não vai não"

Ela revirou os olhos e jogou sua cabeça para trás enquanto eu falava, ela sentava sentia tudo lá dentro e logo subia só para ela sentir minha rola penetrando nela todinha.

Gozei! Segurei na sua cintura com força enquanto jorrava tudoa lá dentro, ela gritava enquanto eu virava a minha cabeça para o lado e pressionava meus lábios, eu dobrava meus dedos do pé enquanto eu jorrava muito gozo dentro de Bruna. Ela batia no meu rosto e eu a olhei com um olhar sério, ela bateu de novo a apertei e gostei.

— Preciso ir urgente, minha mãe já deve estar enchendo o saco de todas as minhas amigas — disse Bruna.

Ela estava só de calcinha e com uma blusinha preta, sem sutiã. Se arrumava na frente do espelho do meu quarto enquanto eu permanecia deitado, apenas a admirando.

Suas nádegas brancas contrastavam com a pouca luz do ambiente. Notei que seu calcanhar estava levemente avermelhado. Não queria que ela fosse embora, mas era preciso.

— Vou te ver novamente?

Bruna sorriu e me olhou através do espelho.

— É lógico que vai. Por que não veria?

— Porque eu sei que seus amigos não gostam de mim.

Ela suspirou, ajeitando o cabelo.

— Eu não sou eles. Gostei de estar com você. Mais tarde nos falamos. Vou estar pensando em você o dia todo.

— Eu também — respondi.

E o pior é que era verdade. Bruna mexeu com a minha mente. Gostei muito de passar a noite com ela. Mas, se quisesse continuar ficando com Bruna, teria que enfrentar a ira dos seus amigos.

Os amigos da praça da Estrela. A única praça que havia na nossa cidade.

O cheiro dela ainda estava no meu travesseiro. Fiquei ali, deitado, olhando para o teto, tentando processar tudo. Eu realmente tinha passado a noite com Bruna.

Acendi um cigarro e fiquei fumando devagar, lembrando de cada detalhe: o jeito que ela sorria de canto, o olhar intenso, as mãos frias deslizando pela minha pele. Era como se tivesse um ímã. Algo nela me puxava, me prendia, me fazia querer mais.

Mas junto com essa sensação boa, veio a preocupação. Eu sabia que os amigos dela não gostavam de mim. O pessoal da praça da Estrela sempre me olhava torto. Para eles, eu era um qualquer, um moleque sem importância que não pertencia ao grupo. Apenas alguém que servia para levar maconha sem eles precisarem entrar nas perigosas vielas.Se descobrissem que eu estava ficando com Bruna, as coisas poderiam ficar complicadas.

Tentei afastar esse pensamento. Foda-se eles. Se Bruna quisesse me ver, ela me veria.

Levantei da cama, coloquei uma calça qualquer e fui até a cozinha. Minha mãe já tinha saído para trabalhar. Peguei um copo d’água, ainda meio aéreo, e fui até a janela. O sol estava forte. A cidade parecia igual a todos os dias, mas para mim, tudo tinha mudado.

Um barulho na caixinha de som do computador .

Bruna: Tudo bem em casa?

Sorri sem perceber e respondi na hora.

Eu: Sim. E você?

Bruna: Cheguei. Minha mãe fez um milhão de perguntas, mas tá de boa.

Eu: Tá pensando em mim?

Bruna: Tô. Mas se contar pra alguém, eu nego até a morte.

Ri sozinho. Ela era assim. Dura por fora, mas cheia de pequenas confissões que me deixavam ainda mais preso.

Eu: Quero te ver hoje.

Ela demorou um pouco para responder. Meu coração acelerou, como se aquela mensagem fosse decidir o rumo do meu dia.

Bruna: Talvez eu passe na praça mais tarde. Me encontra lá?

Suspirei fundo. Então era isso. Se eu quisesse continuar com Bruna, teria que encarar a praça da Estrela. O território dos amigos dela. Teria que sair da minha zona de conforto.

Joguei o cigarro fora e encarei meu reflexo no vidro da janela.

— Que se foda.

Peguei minha carteira e saí de casa.

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