Amor Temporal 05 2temporada

Um conto erótico de Flaviano
Categoria: Gay
Contém 1814 palavras
Data: 30/03/2025 15:13:09

Capítulo 11 – O Reino Contra Nós

O dia seguinte ao confronto com Morgana trouxe não apenas o silêncio, mas um peso opressor sobre o castelo. O noivado entre Adrian e a rainha-bruxa havia sido rompido, e os rumores corriam como fogo entre os corredores da escola e os salões reais.

Fabiano sabia que sua presença agora era um problema. Embora tivesse salvado Adrian, a verdade é que ninguém o via como um herói. Para os nobres, ele era um forasteiro sem título ou linhagem; para os magos, um estranho com poder demais para alguém sem um mestre oficial. E, para o rei… uma ameaça.

Adrian foi chamado imediatamente ao palácio. Ele sabia o que o esperava. Quando chegou à grande sala do trono, encontrou seu pai sentado majestosamente, a coroa brilhando sob a luz das tochas. Conselheiros murmuravam entre si, e a tensão no ar era sufocante.

— Meu filho — a voz do rei ecoou pela sala, fria e calculada. — Diga-me que tudo isso não passa de um engano.

Adrian respirou fundo.

— Não há engano, pai. Eu amo Fabiano. Não me casarei com Morgana.

Um murmúrio de choque percorreu o salão. O rei fechou a mão em punho sobre o braço do trono.

— Você não entende o que fez! — rugiu. — Rompeu um tratado que nos traria segurança contra os feitiços dela!

— E a troco de quê? — um dos conselheiros interveio, lançando um olhar duro para Adrian. — Por um aprendiz sem nome, sem passado, que pode muito bem ser um espião?

Adrian cerrou os punhos.

— Fabiano não é um espião. Ele salvou minha vida!

— Ou foi ele quem nos colocou em perigo desde o começo! — outro nobre acusou.

O rei ergueu a mão, silenciando a discussão. Seus olhos se voltaram para Adrian, mas sua voz veio direcionada a todos.

— Este reino não pode se dar ao luxo de fraquejar. Não podemos abrir mão de alianças valiosas por paixões tolas.

Adrian sentiu o coração apertar.

— Então… está me pedindo para abandonar quem eu amo?

O rei o encarou, impassível.

— Estou lhe dando uma escolha. Honre seu dever como príncipe… ou abandone seu título.

O peso das palavras caiu como uma lâmina sobre Adrian.

Longe dali, Fabiano, que aguardava ansioso, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele sabia que algo terrível estava para acontecer.

E talvez, dessa vez, nem mesmo sua magia pudesse evitar o destino que os separaria.

Capítulo 12 – O Exílio

Fabiano caminhava inquieto pelo pátio da Escola de Magia. Desde que Adrian fora chamado ao palácio, ele não tivera notícias. A incerteza era insuportável.

Então, passos apressados ecoaram atrás dele. Ao se virar, viu Adrian. Mas algo estava errado. Seu rosto estava tenso, e havia um brilho de desespero em seus olhos.

— O que aconteceu? — Fabiano perguntou, sentindo um frio no peito.

Adrian segurou seus ombros, apertando-os como se tivesse medo de soltá-lo.

— Meu pai… ele está me forçando a escolher entre você e o trono.

Fabiano engoliu em seco. Parte de si já esperava por isso.

— E o que você escolheu?

Adrian hesitou, o olhar vacilando entre amor e dever.

— Eu preciso de tempo. Mas… Fabiano, você está em perigo. Morgana envenenou a corte contra você. Estão dizendo que sua presença é uma ameaça, que sua magia é instável. Meu pai… decretou seu exílio.

O chão pareceu sumir sob os pés de Fabiano.

— Eu tenho que partir?

— Sim — Adrian sussurrou, seu rosto se contorcendo em dor. — Se não for, eles podem te caçar… ou pior.

A raiva cresceu no peito de Fabiano, mas foi rapidamente abafada pela tristeza. Ele sabia que Adrian estava sofrendo tanto quanto ele.

— Eu nunca quis te causar problemas — Fabiano disse, com a voz embargada.

Adrian segurou seu rosto com delicadeza.

— Você não causou. Mas se algo acontecer com você… eu não me perdoaria.

O tempo parecia cruel naquele momento. Eles não podiam lutar contra um reino inteiro. Fabiano não tinha escolha.

— Para onde devo ir?

— Há um vilarejo ao sul, além da Floresta Negra. É perigoso, mas há magos lá que podem te ajudar a se esconder. Eu prometo que encontrarei uma maneira de te trazer de volta.

Fabiano assentiu, mesmo sabendo que a promessa de Adrian poderia nunca se concretizar.

Eles se abraçaram uma última vez. Nenhum deles quis soltar primeiro.

Mas então, Fabiano se afastou. Com um último olhar, virou-se e partiu, desaparecendo na noite.

Adrian ficou para trás, sentindo o peso de sua escolha esmagar seu coração.

E assim, o amor que desafiara o destino foi separado… pelo mesmo destino que tentavam mudar.

Capítulo 13 – A Jornada Solitária

O vento frio cortava a pele de Fabiano enquanto ele avançava pela Floresta Negra. O exílio não lhe dera tempo para se preparar. Sem cavalos ou provisões adequadas, tudo o que tinha era sua magia e a promessa silenciosa de Adrian.

As árvores eram retorcidas, e sombras dançavam ao seu redor. Monstros habitavam aquelas terras, e qualquer ruído poderia significar uma ameaça mortal.

Após horas caminhando, exausto e faminto, ele encontrou um pequeno riacho. Ajoelhando-se para beber, sentiu uma presença.

— Perdido, forasteiro?

Fabiano ergueu a cabeça de imediato.

Diante dele estava um velho mago, envolto em um manto escuro. Seus olhos brilhavam em um tom dourado, como se enxergassem além do presente.

— Quem é você? — Fabiano perguntou, levantando-se com cautela.

O velho sorriu, mas não havia hostilidade em seu olhar.

— Alguém que esperava por você.

Fabiano franziu a testa.

— Me esperava? Como?

O velho caminhou lentamente até ele.

— Você é mais do que aparenta ser, garoto. Sua magia… ela não pertence a este tempo.

Fabiano sentiu um arrepio. Como aquele homem sabia?

— O que quer dizer?

O mago suspirou.

— Você veio de um tempo distante, não veio? E ainda não descobriu sua verdadeira conexão com esta terra.

Fabiano ficou sem palavras. Ninguém sabia sua origem.

— Como você sabe disso?

O velho olhou para as estrelas acima.

— Porque você é a chave de um feitiço antigo. Algo que foi perdido há séculos… e que pode mudar o destino de tudo.

Fabiano sentiu seu coração acelerar.

— Está dizendo que eu… posso mudar o futuro?

O mago assentiu.

— Sim. Mas primeiro, precisa descobrir quem realmente é… antes que seja tarde demais.

Fabiano engoliu em seco. A verdade estava finalmente ao seu alcance.

Mas ele teria coragem para enfrentá-la?

Capítulo 14 – O Conselho Secreto

Enquanto Fabiano mergulhava nos mistérios de sua própria existência, Adrian enfrentava uma batalha diferente dentro do palácio. O rei estava irredutível, e a presença de Morgana na corte apenas tornava as coisas piores.

Ele sabia que não poderia desafiar seu pai de frente. Se tentasse, colocaria sua própria posição em risco e não teria meios para ajudar Fabiano.

Então, fez o que qualquer bom estrategista faria: reuniu aliados.

— Precisamos tirá-la daqui — sussurrou Adrian para Elian, seu melhor amigo e capitão da guarda real. Eles estavam em um salão discreto, longe dos ouvidos curiosos.

Elian cruzou os braços.

— Você sabe que isso não será fácil. Seu pai confia nela.

— Mas os outros nobres não — Adrian rebateu. — Alguns já desconfiam que Morgana tem seus próprios planos para o reino. Se conseguirmos apoio suficiente, podemos pressioná-la a sair.

Elian suspirou.

— E você acha que ela simplesmente aceitará isso?

Adrian cerrou os punhos.

— Não.

Capítulo 14 – O Conselho Secreto (Continuação)

— Não. — Adrian repetiu, sua voz carregada de convicção. — Morgana não vai desistir tão facilmente. Mas se conseguirmos expor suas intenções, poderemos forçá-la a recuar.

Elian trocou um olhar tenso com ele.

— Você está falando como se ela fosse uma mera nobre ambiciosa. Mas Morgana é uma bruxa, e não qualquer uma. Ela tem poder para transformar essa corte em cinzas se for contrariada.

— Então precisamos ser mais espertos que ela.

Elian suspirou profundamente antes de assentir.

— Certo. Então, por onde começamos?

Adrian abriu um pergaminho sobre a mesa.

— Os nobres mais influentes que ainda não estão completamente sob o domínio dela. Precisamos convencê-los de que Morgana não tem interesse em fortalecer o reino… mas sim em controlá-lo.

Elian analisou os nomes.

— Lorde Ravier sempre odiou a ideia de uma rainha com poderes mágicos. Ele pode ser um bom ponto de partida.

— Exato. Se conseguirmos o apoio dele, os outros seguirão. — Adrian olhou para a porta, certificando-se de que ninguém os escutava. — Mas precisamos agir rápido. Se Morgana descobrir, podemos não ter uma segunda chance.

Elian bateu de leve no ombro do príncipe.

— Você já quebrou uma promessa de casamento e desafiou seu pai. Agora está conspirando contra uma bruxa poderosa. — Ele sorriu de lado. — Você realmente está apaixonado por esse garoto, não está?

Adrian segurou o olhar dele, sua expressão determinada.

— Ele vale cada risco.

Elian suspirou.

— Então vamos garantir que ele tenha um reino para voltar.

A reunião secreta estava selada. E a guerra nas sombras contra Morgana estava prestes a começar.

Capítulo 15 – O Retorno da Rainha

Morgana observava seu reflexo no espelho de cristal negro de seus aposentos. Seu rosto continuava sereno, mas seus olhos brilhavam com fúria.

Adrian havia rompido o noivado. O rei ainda a apoiava, mas sua influência na corte enfraquecia. E agora, ela sentia algo… uma conspiração se formando contra ela.

— Humanos tolos… — murmurou, deslizando os dedos sobre a superfície fria do espelho.

A imagem no cristal se distorceu, revelando vilarejos em chamas e exércitos caindo de joelhos. Um futuro onde sua magia dominava o reino.

Ela sorriu.

Se Adrian e seus aliados queriam desafiá-la, então ela responderia à altura.

Na manhã seguinte, os primeiros sinais da guerra começaram.

Relatos de ataques surgiram por todo o reino. Vilarejos inteiros foram envolvidos por névoas negras, e os que saíam de dentro delas voltavam… diferentes. Olhos vazios, como marionetes sem vontade própria.

A corte entrou em alvoroço. Conselheiros correram ao rei, suplicando por uma resposta.

— Feitiçaria! Morgana está retaliando! — gritou um dos nobres.

Adrian sentiu um arrepio na espinha. Ele sabia que Morgana era poderosa, mas não esperava que ela atacasse tão rápido.

O rei, no entanto, permaneceu imóvel no trono.

— Não tomaremos nenhuma decisão precipitada — disse, sua voz firme. — Morgana ainda é nossa aliada.

Adrian avançou, indignado.

— Aliada? Você não vê o que está acontecendo? Ela está destruindo nosso povo!

O rei o fuzilou com o olhar.

— E se eu declará-la inimiga, o que acha que ela fará? Se já está assim agora, imagine quando for traída oficialmente.

A fúria de Adrian era intensa, mas ele sabia que discutir não resolveria nada. Precisava de um plano.

Naquela noite, em segredo, ele reuniu seus aliados.

— Não podemos esperar que meu pai tome uma decisão. Morgana não vai parar. — Ele apertou o punho. — Temos que agir antes que ela tome o reino para si.

Elian olhou para o mapa da região.

— Se for para a guerra, precisamos de um exército. E rápido.

Adrian respirou fundo.

— E eu sei exatamente onde encontrá-lo.

Os olhos de Elian se arregalaram ao entender.

— Você vai atrás dele, não vai?

Adrian apenas sorriu de lado.

— Está na hora de trazer Fabiano de volta.

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