Meu corpo magro estava impecável em um vestido preto e longo da Givenchy, ele era discreto mas modelava meus seios pequenos perfeitamente, e o mais importante: era de uma elegância silenciosa o suficiente para ser reconhecida como alta costura somente por pessoas tão refinadas quanto eu. Mas infelizmente isso tudo ainda não era o suficiente.
Procurei meticulosamente pelos fios brancos do meu brancos do meu cabelo, mesmo sendo poucos eles ainda estavam ali e infelizmente se contrastavam com a cor preta da tinta que havia no restante deles, então os deixei “meio-preso” como os penteados que Brigitte Bardot usava na década de 60.
Depois disso tirei o excesso de pó de maquiagem que ficou preso nas rugas da minha pele branca, já estava na hora de renovar o meu botox e para finalizar dei dez borrifadas de J’adore pelo meu corpo.
Ainda não estava bom, mas estou ciente de que para mim nada seria o suficiente, pois eu já tinha 46 anos e não há nenhuma intervenção cirúrgica que me faça parecer uma jovenzinha, então me contentei com aquela aparência e fui para o trabalho.
Era advogada a mais de vinte anos, mas faziam menos de seis meses que estava trabalhando na área e nunca me senti culpada pelos anos de carreira que desperdicei pois ficar lendo aquela papelada era uma chatice sem tamanho, a única vantagem é que eu trabalhava para uma empresa do ramo da moda e podia me distrair das reuniões sem graças olhando belas modelos.
E naquela manhã o alvo da minha distração era Nina, recém contratada, modelo principal da próxima campanha, apenas uma recém adulta, 1.75 de altura, pele branquinha, olhos claros e cabelos castanhos e lisos mas o que eu mais achava atraente nela era sua bunda pequena e redondinha e sua boca em formato de coração, tão linda que eu quase não reparava em suas unhas curtas, mal feitas e com esmalte desgastado.
A tarefa de explicar para o seu agente sobre o contrato foi tão difícil na presença da beleza dela que assim que deu o horário do almoço corri até a sacada do prédio, precisava de nicotina para restabelecer o pouco de sanidade mental que ainda me restava.
– Tem algum isqueiro? – Fui surpreendida pela voz tímida de Nina que também estava lá.
Silenciosamente tirei o meu da bolsa e o entreguei nas mãos dela.
Enquanto ela percorria os dedos pela roda acionadora, voltei a atenção para a bolsa e para a minha tristeza encontrei apenas um maço vazio.
– Toma, pode fumar. – Ela estendeu o maço dela na minha direção sem ao menos me encarar e a timidez dela só me deixou mais encantada.
Peguei um cigarro sem pestanejar, e como ela ainda não havia devolvido o meu isqueiro, de maneira provocante o encostei nas brasas acesas do cigarro dela, que obviamente não entendeu o ato como flerte e sim como grosseria, então ela apenas entregou o isqueiro de volta em minhas mãos.
– Sabor menta? A última vez que fumei um desses ainda estava na escola. – Depois do primeiro trago essa foi a minha melhor tentativa de quebrar o silêncio constrangedor.
Nina deu uma leve risada, quase imperceptível, mas suficiente para que eu percebesse que ela não estava totalmente fechada. Seus olhos claros se encontraram com os meus por um breve momento antes de ela desviar o olhar novamente, fixando-o no horizonte da cidade. A brisa suave da sacada agitava seus cabelos castanhos, e eu me vi imaginando como seria tocá-los, sentir a textura macia entre meus dedos.
– É mentolado, sim – ela respondeu, ainda com um tom tímido, mas agora um pouco mais solto. – Eu gosto do frescor que deixa na boca.
– Fez uma boa escolha, esses cigarros combinam com você. – Estendi a minha mão em um aperto para comprimentá-la. – Elina Bisch, mas pode me chamar só de Elina.
– Elina, igual o perfume?
– Quase, o perfume se chama Delina. – Naquele momento traguei o cigarro mais fundo, discutir perfumaria de nicho me lembrou do meu ex marido perfumista, mas esse pensamento não durou muito pois afinal agora eu vivia a minha história e não a dele.
– Meu nome é Nina Coppola. – Disse ela tímida, como se tivesse lembrando que deveria se apresentar.
– Coppola, igual a cineasta. – Indaguei entusiasmada.
– Não conheço. – Falou Nina sem graça. – Para ser sincera não entendo de cinema, acho que o meu conhecimento não vai muito além de todos os filmes do Homem-Aranha.
– Posso te apresentar então, trocaria o happy hour de mais tarde para assistir algo da Sophia Coppola comigo?
– Isso tudo é cortesia pelo cigarro? – Falou Nina visivelmente hesitante.
– Se você for hétero é apenas cortesia pelo cigarro e um convite para apreciar os figurinos usados em “Maria Antonieta”. – Estava gastando toda a minha coragem nos meus últimos três minutos de almoço. – Mas se não for, bem podemos dizer que estou sim te chamando para um encontro.
– Certo, temos um encontro então. – Disse Nina se despedindo de maneira provocante.
As lâmpadas do meu apartamento estavam desligadas, o que iluminava o ambiente eram velas acesas e o filme que estava sendo exibido em uma televisão grande.
Uma garrafa de bourbon já estava vazia, e o álcool deixou Nina mais a vontade na minha casa, a timidez dela tinha se esvaído o suficiente para que ela estivesse assistindo ao filme deitada no meu sofá com as suas belas pernas apoiadas em meu colo, eu fazia uma massagem em seus pés macios mas ela estava tão entretida com as perucas de Kirsten Dunst que mal parecia notar a presença do meu toque.
Meu ex marido com certeza seria o rei que se casa com uma prostituta, mas eu tinha uma dúvida muito mais importante do que qualquer coisa a respeito dele.
– Nina, com qual personagem você mais se identifica?
– Com a guilhotina, ela aparece até o final do filme? – Disse Nina exibindo um belo sorriso sarcástico. – E você?
– Com ela. – Falei apontando para a tela da televisão, que exibia a jovem austríaca se lambuzando com o chantilly de um cupcake.
– Também gosto de usar o luxo para disfarçar seu colapso mental.
Nina ficou silenciosa ao ouvir meu comentário, seu olhar indecifrável ao mesmo tempo me assustava pois até aquele momento para mim ela era apenas um rostinho de modelo bonito mas totalmente previsível.
– É para isso que fica com modelos ninfetas? Mulheres jovens assim como o penteado que está usando agora te ajudam a fingir para si mesma que ainda tem 25 anos?
Antes que eu pudesse acompanhar meus próprios pensamentos, o resto do meu corpo se antecipou e minha mão espalmou o rosto dela com força o suficiente para fazê-la virar seu pescoço para o lado.
– Minha nossa, me desculpa eu…– Me aproximei do rosto dela fazendo carinho onde bati. – Não queria ter perdido o controle só não achei que meu medo de envelhecer era uma ferida tão expost– Antes que eu pudesse falar ela encostou seus lábios no meus e rapidamente cedi passagem para a sua língua, minha mão segurava a nuca dela com firmeza e eu dava pequenas mordidas em seu lábio inferior a mão dela agarrava minha cintura e suas pernas já estavam ao meu redor.
– Você fica bem mais interessante quando não controla seus impulsos destrutivos. – Disse ela quando encerramos nosso beijo para tomar fôlego.
– E você não tem ideia do quão destruidores eles podem ser. – Falei agarrando o pescoço dela.
– Prefiro experimentar do que ficar imaginando.
Dessa vez fui eu que a puxei para um beijo, mais quente do que a chama das velas acesas ao nosso redor, rapidamente já não estávamos no sofá e sim no tapete da sala.
Ela tentou ficar por cima de mim, mas inverti nossas posições, imobilizei ela antes de começar a tirar sua roupa.
– As mais velhas, primeiro querida. – Falei ao desabotoar o fecho frontal de seu sutiã.
Os seios de Nina eram pequenos e redondinhos como uma maçã, e caí de boca em seus mamilos rosados cor de peônia como se estivesse saboreando meu próprio pecado, ela puxava meus cabelos para mais perto, queria mais de mim e eu também queria mais dela.
Mas no meu caso eu queria mais controle sobre ela então agarrei seus punhos e os apertei acima de sua cabeça percorri meus lábios pela sua barriga dando mordiscadas em sua pele até que finalmente tirei sua calcinha e fui saborear o prato principal.
Fiz movimentos circulares com a minha língua, Nina gemia ofegante no meu ouvido, eu me deliciava em seu clitóris grande e sentia o calor de suas pernas pressionando minha cabeça contra a sua intimidade.
Intercalava minhas chupadas com mordidas na sua coxa, por um breve momento ousei penetrá-la com um de meus dedos, minhas unhas eram grandes então fiz com carinho para não machucá-la e continuei meus movimentos sem parar com o sexo oral.
Elas sempre começam implorando para gozar e depois suplicam para parar, com Nina não foi diferente e eu só parei pois a minha mandíbula precisava de um descanso.
– Minha vez. – Disse Nina completamente suada e ofegante, com suas pernas trêmulas.
Ela ainda insistia que eu ficasse embaixo dela, mas esse definitivamente não era meu tipo de fetiche então apenas abaixei minha calcinha, subi meu vestido e sentei na cara dela.
Sua língua era precisa e delicada como pincel deslizando em uma tela em branco, e meu deus… ela realmente fazia da minha buceta uma obra de arte.
Eu estava tão molhada que três de seus dedos deslizaram para meu interior com facilidade se movimentando rápido, assim como sua língua que continuava o serviço.
Arqueei meu corpo e agarrei firmemente seus cabelos, minhas pernas tremeram e se fecharam ao redor de seu rosto.
Quando meu orgasmo terminou não conseguia ficar em pé, mas Nina segurou meus braços carinhosamente e me puxou para um beijo lento.
– Você realmente fica mais linda quando perde o controle. - Disse Nina.
– Você ainda não viu nada, gostosa. – Falei me levantando com o pouco de energia que ainda me restava. – Fique aí, ainda não terminei com você.
Enquanto a deixei na sala, fui até meu guarda-roupa e retornei trajando meu brinquedo favorito.
Ela arregalou seus lindos olhos ao ver minha cinta peniana cor de rosa de dezesseis centímetros.
– Nunca experimentei esse tipo de coisa. – Disse ela com as bochechas coradas.
– Não se preocupe, você vai gostar bastante. – A coloquei de joelhos e com minha mão em seus cabelos guiei seu rosto em direção ao “meu pau”.
Confusa, mas completamente submissa, ela abriu sua boquinha em formato de coração e começou a sugar a glande de borracha.
Eu podia não sentir fisicamente, mas o fato de ter alguém seguindo minhas ordens me deixava espiritualmente excitada e eu gemia e a fazia engasgar.
– Isso minha putinha, baba bem. – Olhava para baixo só para manter contato visual com seus olhos que lacrimejavam e só parei quando vi que seu rosto corado precisava de oxigênio.
Enquanto Nina tomava fôlego, posicionei ela de quatro e invadi sua buceta, ela deu um gemido gostoso e isso me incentivou a ligar a vibração da cinta na potência mais fraca enquanto a penetrava forte, mas quanto mais rápido ela movimentava seus quadris contra mim mais eu aumentava a vibração até que seus orgasmos múltiplos começaram e ela acabou encharcando meu tapete com seus líquidos.
Já sentadas no sofá brindamos nossas taças e saboreamos água gelada, ela deitou sua cabeça no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em suas bochechas.
Imaginei que ela estivesse cansada, mas não Nina olhou maliciosa para mim e deslizou para baixo do sofá, arrastando-me junto num movimento fluido que terminou com nossas pernas entrelaçadas no tapete ainda úmido. Seu quadril pressionou o meu com uma urgência que me fez gemer antes mesmo do contato total.
– Assim – ela sussurrou, mãos firmes em meus glúteos enquanto ajustava nossa posição. Nossos clitóris se encontraram num roçar úmido e quente, cada movimento de suas coxas contra as minhas criando uma fricção calculada. Eu agarrei sua cintura, dedos afundando na carne macia de suas laterais, sincronizando nossa coreografia.
O cheiro do sexo ainda fresco no ar se misturava ao suor novo que escorria entre nossos seios colados. Nina inclinou a cabeça para trás, expondo seu pescoço onde deixei marcas de chupões anteriores. Mordi novamente, mais forte, enquanto ela acelerava o movimento dos quadris num vai-e-vem que fazia nossos corpos baterem em ritmo úmido.
–Mais…–ela ordenou, voz rouca, mão direita abandonando meu quadril para pressionar nossos clitóris juntos. A pressão direta me fez engasgar de prazer. Seus dedos molhados circularam nossa carne sensitiva, aumentando a fricção até cada roçada parecer um choque elétrico.
Nossas respirações se fundiram em gemidos abafados. Eu sentia suas contrações internas através da umidade que escorria em minha coxa, assim como ela devia sentir as minhas. Quando seu orgasmo começou, transmitiu-se para meu corpo através dos espasmos que pressionavam meu grelo. Segurei suas nádegas com força, mantendo o contato total enquanto as ondas de prazer nos atingiam em sincronia.
Caímos de lado ainda conectadas, pernas trêmulas entrelaçadas, fronteiras corporais dissolvidas em suor e fluidos compartilhados.
– Nosso encaixe é perfeito. – Falei extasiada.
– Você é perfeita meu bem, não precisa parecer uma mocinha, seduzir uma já está de bom tamanho.
– Garota, não fale sobre minha idade de novo, pode ganhar outro tapa. – Falei sorrindo a puxando para um selinho.
– Se for para apanhar de você, pode ter certeza que serei a pessoa mais etarista do mundo, Sra. Elina.
– Se você for uma boa menina e usar essa boquinha de coração em mim, pode ter certeza que vou te dar todos os tapas que quiser receber. – Dei uma palmada em seu bumbum e a puxei para o meu peito, terminei a noite com uma certeza: eu com certeza estava disposta a provar daquela guilhotina afiada mais vezes.
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