Quem leu meus contos anteriores sabe o que aconteceu comigo e vai entender o que rolou pra me levar a essa situação que vou contar hoje. Mas se não quiser ler, não precisa. Só curtir esse relato daqui:
Pra quem não leu, eu sou o Marcelo e tenho 25anos. Na época desse conto eu tinha 18.
Bom, depois da reunião na sala do Rubens, eu comecei a sentir um incômodo bem lá… sim, onde vocês podem imaginar. O cara me maltratou e o pior que eu curti, mas agora a situação não tava muito legal pro lado de cá. Comecei a sentir incômodo até pra sentar e tinha que disfarçar pro pessoal não perceber, mas dois dias depois eu precisei marcar um médico.
Mandei mensagem para a clínica que eu já era paciente há um tempo, mas a especialidade que eu precisava era uma que eu nunca tinha ido: proctologia. Pelo menos marcar pelo WhatsApp me poupava a vergonha de encarar um atendente cara-a-cara e dizer que eu tava com dor no cu. Marquei a bendita consulta para o último horário, 19h30. Também não iria precisar botar atestado médico no trabalho e evitava responder muitas perguntas.
Naquele dia eu mal podia esperar pra resolver logo esse problema. Mesmo com vergonha de ir a um médico desses, a agonia era demais. Além disso, nesses dois dias, Rubens não deu nenhum sinal de que ia me procurar novamente para aprontamos mais. Na verdade, nem para coisas de trabalho ele procurou, inclusive fazendo meu amigo Tiago e outras pessoas do meu setor perguntarem o motivo da reunião anterior e eu já não sabia como enrolar.
Saí do trabalho e às 19h20 eu estava na clínica. Cheguei correndo e a atendente falou que cheguei em cima da hora. Mexeu no computador pedindo a autorização do meu plano e depois de alguns minutos me entregou um papel e pediu para eu aguardar no consultório 23, que o Dr. Eduardo iria me atender. Cheguei na porta da sala, e havia ainda uma pessoa aguardando. Em torno de 30 minutos ele foi chamado, atendido e saiu da sala. O Dr. Eduardo apareceu na porta me chamando e eu fui, cabisbaixo, já sem jeito em ter que explicar.
Eduardo era um médico jovem até. Parecia ter uns 35 anos. Era bem alto, tipo, 1,85 e o corpo era bem definido, nada muito exagerado. Tinha um jeitão de macho, mas um olhar gentil. Ele sorriu, e me pediu pra sentar, já pedindo que eu contasse o que estava sentindo.
- Então, doutor… eu venho sentindo dor no meu… (eu não consegui completar, então mudei a frase no meio do caminho) - Tenho sentindo dor e incômodo para sentar, quando vou usar o banheiro… Nunca me aconteceu antes.
- Tudo bem, Marcelo. Não precisa ficar com vergonha de me falar sobre isso. É bem mais comum do que parece. Eu vou fazer algumas perguntas e vamos examinar, tá bem?
Concordei. Ele me perguntou sobre meus hábitos de alimentação e se eu bebia muita água. Perguntou da minha rotina e eu percebi que era bem mais fácil falar com ele do que eu imaginava. Ainda assim estava pensando que em poucos minutos ele me veria nu. Mas ele me tirou desses pensamento com uma só pergunta:
- Qual a sua orientação sexual?
O que eu ia responder? Eu era hétero, mas tava de rolo com meu chefe e gostando de ser enrabado na encolha. Qual era minha orientação sexual? Eu exitei por uns instantes e meio que gaguejei quando respondi.
Het..Hetero, doutor. Sou hétero.
- Tudo bem. Ele respondeu calmamente, mas notei um sorriso de canto de boca ou foi impressão minha?
- Marcelo, vou precisar que tire toda a roupa, ponha aquela vestimenta que está pendurada no suporte e deite na maca, por gentileza. Eu já vou até lá.
Eu concordei e segui até a parte da sala que era separada por uma parede de drywall. Tirei a roupa começando pela camisa e dei aquela conferida no suvaco, pois tinha ido direto do trabalho para a clínica. O cheiro estava razoável, não tinha “cecê”, só um leve cheiro de suor. Ok. Tirei os sapatos, soltei o cinto e tirei a calça, muito mais metódico do que eu realmente sou. Estava baixando a cueca na altura dos joelhos quando o médico entrou na sala e me pegou completamente desprevenido, de bunda pro vento.
- Não se preocupe, Marcelo. Eu vejo homens nús todos os dias. Pode ficar a vontade e se trocar, vou preparar o material.
Eu tentei fingir que tava de boa, mas fiquei com vergonha. Ainda assim tirei a cueca ainda de costas para ele e vesti a camisola médica. Aquilo era muito leve, me deixava com frio e meu saco logo encolheu. Eu sentei na maca e ia deitando, quando Eduardo me impediu.
- Não, você vai deitar de bruços.
(Ficou muito extenso. Vou postar a parte dois)