Caipira

Um conto erótico de Marquesa de Sade
Categoria: Heterossexual
Contém 1061 palavras
Data: 05/03/2025 13:25:42

Era uma loja de cuecas. Mas não uma loja de cuecas qualquer, e sim daquelas de shopping center chique. Sabe como é que é, né? Homem não varia cueca: cor tanto faz, e a textura, basta não incomodar. Então, para fazer o merchandising, dona Carlota resolver apelar para as mulheres: a perua que se preza tem que botar o marido na linha, na “finura de alta”; investiu pesado nos comerciais.

Paralelamente, dona Carlota contratou um eletricista para instalar um painel em sua mansão, que trouxe consigo um jardineiro. Este tinha “uma bundinha!”, e na hora do calor do dia, enquanto ia derriçando as trepadeiras do muro, ficou só com uma espécie de ceroula de malha, mostrando todo o contorno da sua bunda. E enquanto o eletricista soldava algo no muro, aproximou-se do rapaz:

− Qual o seu nome, rapaz?

− Sérgio Teixeira, sinhora.

− Nossa? Como se nasce um bebê, e se coloca esse nome?

− Que bebê, madame?

− Deixa quieto! – apontou para baixo – É sempre assim?

Sérgio Teixeira, imediatamente, colocou a bermuda por cima, já meio corado. Dona Carlota conseguiu chegar mais perto, e disse:

− Não é isso! Me refiro à bagagem.

− Bagagem? A mala do Pedro?

A empresária chegou mais ao ouvido:

− Quem é Pedro?

− É o elitricista.

− Posso falar contigo na varanda?

Sérgio suava frio. A coroa rica iria lhe cantar, e ele botaria chifre na Tereza, coitada.

*****

Sérgio Teixeira foi contratado para ser modelo das cuecas do shopping. Com aquele corpinho malhado na enxada, bronzeado o bastante para as peças claras, ficou um luxo nos painéis de anúncio. Qual mulher não iria querer o marido vestido igual para umas núpcias? Ele, ainda ficaria só de sunga dando autógrafos e selfies para as peruas frescas, mas tinha um problema:

Carlota chamou Sérgio para um canto, ainda mais que estava de cuequinha para a foto, e tentar conseguindo, passar alguns dedinhos naqueles turgores de pele.

− Sabe Sérgio, o seu nome artístico vai ser “Ésse Canábis”... Ésse da letra S.

− Por que, madame?

Pegou e esfregou as mãos do rapaz, percebendo a lixa, e já pensando que teria de ir para novo banho de creme, urgente.

− Porque as madames vão pensar que tu fumas maconha.

− Pensei que era bebum que tomasse cana.

Carlota percebeu que o treinamento teria que começar do zero, fingiu pena do rapaz, e arcou para beijá-lo no rosto. Mas de propósito, 50 % do beijo pegou na boca.

*****

Carlota falou para a irmã 15 anos mais jovem:

− Carmen, você tem que me ajudar. O rapaz é caipira demais.

− E outra vez, você quer me tratar como o Severino do Zorra, pra quebrar os seus galhos. – disse a psicóloga clara, de olhos claros e 32 anos.

Estavam na mesinha acolá da loja íntima, e simplesmente, Carlota apontou para lá.

− O quê? – Carmen tirou os óculos escuros para ver melhor – Esse é o rapaz modelo?

− Sim, sim,... – respondeu a empresária mordendo um churro em formato de pênis.

Carmen deu uma suspirada, fingindo sacrifício, e disse:

− Ok, eu treino o rapaz... Como é mesmo?

− S Canábis.

− Maravilha! Começo já.

*****

Carmen levou Sérgio para uma cabine 4D, e ficou com ele, agarradinhos igual namorados, quando o pirata passou a espada. Quando veio a anaconda para engolir, botou a cabeça, chegando a tocar o pênis sobre a sunga. Depois, foram para a discoteca:

− Você já dançou assim? – perguntou Carmen.

− Nãão. Na vila a gente bate as coxas.

Carmen colou no rapaz, e colocou a coxa esquerda entre as suas, dizendo:

− Pode ser. Mas deixe a mulher procurar primeiro.

Naquele momento mágico, as classes sociais se equivaleram, e quando Carmen encaixou o queixo no ombro do rapaz, este não conseguiu fingir o arrepiamento.

− Isso mesmo, seja natural. – disse.

− A Carlota Joaquina...

− Há, há, há... gostei! – e Carmen fez seu cabelo voar no ritmo da dança.

Com a interrompida, ele meio que parou, olhando para ela, e... O beijo foi moderado, de um jeito ainda meio caipira, pelo menos da parte dele. Mas a música seguiu, com Carmen dando instruções para o moço tentar não gaguejar, mesmo que as situações o impelissem a isso. Disse também, que quando dançasse com alguma cliente, e a mesma quisesse beijar, que fosse na progressão, de artístico para beijão de novela. Nem precisou explicar tanto, que rolou outros beijos, e o caipira conseguiu reproduzir o que já tinha assistido nas telinhas.

*****

Sérgio Teixeira foi efetivado, ou melhor, o S. Canábis. E a cada dia mais desenvolto com as clientes da loja, inclusive com as vendedoras de lojas adjacentes. Volta e meia era puxado para algum canto, e marcou contato com várias delas.

Em uma noite, no apartamento de Carmen, a mesma lhe mostrou:

− Olha, estou usando uma calcinha de fio. – ergueu a parte lateral da saia.

− E pra que serve? – quis saber o moço do interior.

Sentou no colo dele, antes de responder:

− A gente puxa de lado na hora da penetração.

− Pene... tração?

− Meteção se preferir, gato!

E enquanto Carmen tapava a visão de Sérgio com um beijo, o mesmo sentia a sua cueca descer, com uma mão que a puxava. O beijo se prolongava, e um boquete começou a ser feito. Queria olhar, mas Carmen não deixava. Depois, jogou a cabeça para trás no sofá, pois que a chupada era mesmo fenomenal. Numa garganta profunda, sentiu até a úvula da pessoa que executava a gulosa. Por fim, conseguiu perguntar:

− Quem está...

− Te chupando?

Sérgio só fazia movimentos com a cabeça.

− É a Carlota Joaquina! – disse Carmen num tom sarcástico.

Os olhos de S. Canábis brilharam, mas a diaba não deixava ele olhar para baixo, e ainda puxou um travesseiro gigante entre a cabeça da irmã e a visão do rapaz.

− E se...

− Se você gozar? Deixe acontecer naturalmente. A minha irmã entende dessas coisas.

Gozou na boca da coroa puta. E não foi qualquer gozada, parecendo uma avalanche. O ex-caipira percebeu que a mulher demorou um tempinho, mas jogando o véu, saiu como um fantasma da sala.

− E-ela engoliu?

− Já te disse que é feio gaguejar. Engoliu? Sei lá, não importa.

Desceu para beijar mais um pouco, e botando a mão no pau, percebeu que estava babento, mas já dando sinais de reanimação. Quando aconteceu minutos depois, Carmen puxou a calcinha, roçou na buceta, mas no cu que insistiu em penetrar.

Aos poucos, e de virada, Sérgio Teixeira conseguiu comer aquela bunda macia da Classe Alta. Estava mesmo, muito entrosadinho!

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Foto de perfil de Marqueza de SadeMarqueza de SadeContos: 68Seguidores: 26Seguindo: 0Mensagem Sou de Astorga, e qualquer título com nome de música de Chitãozinho e Xororó não é uma mera coincidência.

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