Por Amor e Vingança — Capítulo Um.

Um conto erótico de Ana do Diário
Categoria: Heterossexual
Contém 4275 palavras
Data: 06/03/2025 12:40:51

A madrugada avançava, densa e silenciosa, até que um ruído cortou o sossego da casa. O relógio ao lado da cama marcava 03:30 da manhã. Antônia, 43 anos, abriu os olhos, o coração acelerando antes mesmo de entender o motivo. Seu corpo quente sob o lençol de cetim esfriou ao perceber que o som vinha de dentro da casa.

Ela deslizou para fora da cama, a camisola fina roçando sua pele macia. Em pé, deu passos silenciosos, abriu a gaveta do criado-mudo e pegou o revólver de André, 49 anos, seu marido há dezoito anos.

As mãos delicadas seguraram o cabo frio da arma. Seu olhar mirou sobre o marido, que dormia profundamente, os traços másculos relaxados em cima da barriga.

Antônia inclinou sobre ele, o cabelo loiro caindo sobre seu ombro. Sua mão deslizou devagar até o braço de André, tocando-o com suavidade.

— “André… André” — sua voz foi um sopro contra a pele quente do marido.

Ele se moveu, os olhos abrindo-se lentamente, confusos ao vê-la tão próxima e, principalmente, com uma arma na mão.

— “O... o que foi?” — perguntou, a voz de sono.

— “Tem alguém aqui em casa.” — Os lábios rosados de Antônia estavam entreabertos, a respiração curta, o peito subindo e descendo com tensão.

André se livrou do lençol num movimento ágil, pegando o revólver da mão da esposa. Seu corpo se projetou para fora da cama, os pés descalços tocando o chão frio do quarto. Ele caminhou até a porta, espiando pelo corredor, atento. Antônia o seguiu, a adrenalina pulsava sob sua pele cálida.

Os dois desceram as escadas lentamente, seus corpos se tocando a cada passo. O chão de madeira rangeu sob os pés de André e Antônia, todavia, eles não pararam. O silêncio denso era cortado somente pelo leve tilintar do vento nas janelas. Seguiram para a cozinha e logo perceberam que o barulho vinha da sala.

André avançou primeiro, segurando firme o revólver. Ao chegarem, encontraram uma mulher esparramada no sofá, trajada com um vestido justo, curto, as pernas longas e bronzeadas à mostra. Os cabelos castanhos estavam bagunçados, os lábios entreabertos.

Ato falho do casal — haviam esquecido a convidada lá. Era uma das participantes de uma pequena festa de mais cedo. A mulher era amiga de outra amiga de Antônia.

Ele se aproximou e tocou de leve o braço da convidada.

— “Acorde… acorde…” — falou alto e firme.

A mulher se mexeu, piscando devagar. Quando finalmente se deu conta de onde estava, arregalou os olhos e se ajeitou, puxando a barra do vestido.

O constrangimento tomou conta de seu rosto.

— “Meu Deus… me desculpem! Eu… acho que dormi aqui…” — sua voz era rouca, um murmúrio, os olhos brilhando sob a luz fraca da sala.

Antes de se levantar completamente, esticou a mão e pegou um copo de vinho esquecido na mesinha, bebendo um gole como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Antônia, observando tudo com um arqueamento de sobrancelha, riu. Ao finalmente se erguer, a estranha passou as mãos pelos cabelos e piscou algumas vezes antes de perguntar:

— “Por favor… afinal, qual bairro é esse?”

O casal se entreolhou, surpresos com a pergunta. Antônia pegou o telefone e chamou um táxi para a tal mulher ir embora.

Horas mais tarde, em outro ponto da cidade. Tânia, 50 anos, a empregada de origem boliviana, abriu as cortinas da sala, na casa onde trabalhava há dezessete anos.

Os raios solares iluminaram os móveis garbosos, ressaltando os tons neutros da decoração. Era março, o ar quente da manhã entrava pela janela.

— “Bom dia, Tânia, o café já está na mesa?” — Lilia, 47 anos, advogada e patroa da empregada, perguntou enquanto descia os degraus da escada. Sua roupa moderna expunha sua feminilidade.

— “Bom dia, dona Lilia, está tudo na mesa” — respondeu à doméstica, ajeitando o tecido da cortina.

Pouco depois. Humberto, 51 anos, marido de Lilia há vinte anos, desceu a escada, ajeitando a gravata.

— “Bom dia, Tânia” — disse, sem desviar os olhos da gravata.

— “Bom dia, seu Humberto” — respondeu ela, atenta aos detalhes do serviço.

O celular dele tocou. Era do escritório da imobiliária onde era sócio. Ele atendeu rapidamente, a voz suntuosa abrangendo o lugar.

Lilia já estava à mesa, segurando a xícara de café com uma mão e digitando no celular com a outra.

O último a descer foi Marcelo, de 18 anos, único filho do casal, estudante. Seu cabelo bagunçado, dava-lhe um charme.

O jovem estudava no último ano de um colégio particular e trazia no rosto a expressão de alguém cansado daquela rotina diária.

Na cozinha, o som das notificações de celulares se misturava ao tilintar dos talheres. Tânia lembrou aos patrões sobre as compras do mês, porém ninguém ouvia. Marcelo, impaciente, sentou-se no último degrau da escada e esperou.

Lilia e Humberto despediram-se um do outro com beijo rápido.

Assim que a porta se fechou, Marcelo se levantou e foi até a cozinha.

— “Bom dia, Marcelo. Coma rápido ou vai se atrasar para o colégio” — disse Tânia, observando-o com um carinho.

— “Calma, Tânia, ainda faltam dez minutos” — respondeu ele, sorrindo, tinha um brilho travesso no olhar.

Pegou um pedaço de pão e um iogurte na geladeira, aproximou-se e deu um beijo no rosto da empregada antes de sair. Para ele, Tânia era muito mais que uma funcionária — era quase uma segunda mãe.

De volta à casa de Antônia e André…

A casa ainda tinha resquícios da festa da noite anterior. Na cozinha… Antônia lavava alguns pratos e copos sujos. E André se apoiava no balcão, observando-a.

Ele se aproximou por trás, deslizando a mão pela cintura de Antônia, esfregando-se no traseiro da loira antes de falar.

— “Quero que você fique bem bonita hoje à noite” — ciciou no ouvido dela. — “Teremos aqui em casa um jantar de negócios.”

Antônia enxaguou o copo antes de responder.

— “Claro, amor. É importante para você, então estarei ao seu lado.”

André tinha um sorriso largo, e também havia uma preocupação em seus olhos.

— “Amor. Se esse acordo com Luiz Otávio não der certo, estarei enrascado com as dívidas no banco.”

— “Se quiser, posso voltar a dar aulas particulares de matemática…” — sugeriu Antônia, preocupada.

— “Pelo amor de Deus, Antônia! Quero que você cuide da casa. As despesas, deixa comigo!” — André rebateu, a voz saturada de stress.

Ela ficou frustrada.

— “Eu só quero te ajudar. Posso ajudar. Você trabalha demais.”

Ele segurou suas mãos e olhou nos olhos dela.

— “Deixe isso comigo. Vai dar certo, acredite.”

Antônia respirou, lamentando a teimosia do marido. O casal se beijou, um beijo quente e demorado.

— “O jantar é às nove. Quero ver você esplêndida” — disse André, deslizando um dedo pelo queixo dela antes de sair rumo à imobiliária.

Uma hora depois…

André chegou na imobiliária, procurou Sofia, a secretária de Luiz Otávio.

— “Bom dia. Procuro o Luiz Otávio. Ele já chegou?” — perguntou André.

— “Bom dia. É o senhor André? — perguntou Sofia, observando-o.

— “Sim, sim, sou eu” — André respondeu sério, segurando uma maleta na mão esquerda.

Sofia ligou na sala de Luiz Otávio e o comunicou da chegada de André.

— “Peça para ele entrar” — respondeu Luiz Otávio da sua sala.

A secretária levantou, deu a volta na mesa e indicou a porta.

— “Por favor, me acompanhe” — disse ela.

— “Obrigado” — disse André a secretária, seguiu abrindo a porta e entrando na sala.

Enquanto isso no Colégio Renascer…

Marcelo chegou de carro, era um modelo esportivo, que ganhou do pai ao completar 18 anos. Ao sair do veículo, acendeu um cigarro e observou as pessoas circulando pelo estacionamento.

Pouco tempo depois… Luana, 17 anos, muito bonita, apareceu. Ela era sua amiga de classe, e Marcelo estava apaixonado pela garota.

— “Oi, Luana” — disse ele, pegando a mochila e caminhando até ela.

— “Oi, Marcelo. Por que não está na aula?” — perguntou ela, segurando uma bolsa preta e um caderno.

— “Ah, bom, eu estava esperando por você” — brincou ele, rindo.

Ela desenhou um riso, achando graça da resposta.

— “Estava pensando… a gente poderia sair. O que acha?” — arriscou Marcelo.

— “Ah, desculpa, eu não posso Marcelo. Estou saindo com um garoto do curso de inglês” — respondeu ela.

Frustrado, ele lamentou, cabisbaixo.

— “Tudo bem, não sabia.”

— “Sinto muito” — disse Luana, saindo de cena, deixando o jovem sozinho, tragando o cigarro, num olhar de decepção.

Retornando aos escritórios da imobiliária Ferreira e Gomes…

— “Sabe, André, estou me aposentando. Cansei de tudo isso aqui. Quero viajar, curtir o resto da vida que ainda tenho. Por isso estou vendendo a minha parte da imobiliária” — disse Luiz Otávio, girando a caneta entre os dedos, seu olhar perspicaz fixo no homem à sua frente. O empresário encontrava-se sentado em sua cadeira de couro escuro, atrás de uma linda mesa de madeira.

André deu um sorriso introvertido, sem expor os dentes. Seu coração batia rápido, porém, sua expressão permanecia impassível.

Ele se endividara até o pescoço, hipotecando todos os bens como garantia do negócio. Esse era o jogo. E ele precisava vencer.

— “Então temos um acordo, Luiz Otávio? — perguntou André, recostando-se na cadeira, empenhando-se em soar natural, todavia, a sua ansiedade o denunciava.

Luiz Otávio soltou um leve respiro antes de responder.

— “Ah... sim, temos. Mas deixemos isso para mais tarde no jantar — murmurou, num sorriso sutil brincando em seus lábios encarando André.”

André consentiu, se erguendo lentamente da poltrona do outro lado da mesa. O aperto de mão entre os dois foi firme. Então, ele se retirou da sala, desaparecendo pelo corredor.

Mais tarde, de volta à sua casa… Humberto recebeu duas notícias de Tânia, sua empregada. A primeira era que o telhado da casa de hóspedes precisava ser trocado com urgência. A segunda, mais preocupante, dizia respeito a Marcelo.

— “O colégio do Marcelo ligou. Ele saiu mais cedo, sem pedir autorização da direção” — informou Tânia, olhando de soslaio para o patrão.

Humberto ficou de afeição fechada, um músculo pulsando em sua mandíbula.

— “E ele está em casa?” — perguntou, irritado.

— “Sim, está no quarto dele” — respondeu à empregada.

Humberto inspirou, controlando o ímpeto de subir as escadas e arrancar explicações do filho ali mesmo. Optou pelo método tradicional.

— “Marcelo! Marcelo, desça aqui, filho!” — gritou, sua voz reverberando pelas paredes da casa.

Demorou alguns segundos, porém logo os passos pesados de Marcelo soaram no andar de cima. O rapaz apareceu no topo da escada, já bufando, as sobrancelhas franzidas, antecipando a bronca.

— “O que foi agora?” — resmungou, descendo os degraus devagar, as mãos enfiadas nos bolsos da calça jeans.

— “O que foi agora? Você saiu mais cedo do colégio sem permissão, Marcelo! Acha que eu pago aquela fortuna de mensalidade para você fazer o que bem entende?” — O tom de Humberto era duro, incisivo.

Marcelo revirou os olhos.

— “Isso não é um grande problema. Meu Deus, que drama…” — esbravejou indignado.

O pai não gostou da resposta. Passou a mão pelo cabelo, tentando conter a raiva, quando falou de novo, sua voz era pura autoridade.

— “Se você não quer se dedicar aos estudos, então encontre outro lugar para morar. Aqui dentro, enquanto eu bancar essa casa, você vai seguir minhas regras.”

O silêncio caiu entre os dois, denso, pesado. Marcelo apertou os lábios, sentindo o orgulho ferido. Seu pai estendeu a mão.

— “As chaves do carro. Agora.”

“Qual é pai, o senhor sabe que eu preciso do carro” — protestou o jovem.

— “Vai de bicicleta. Agora me dê as chaves.” — pediu Humberto.

O rapaz tremulou, logo puxou as chaves do bolso e as entregou a contragosto. Sem dizer mais nada, virou-se nos calcanhares e subiu as escadas de volta ao quarto, batendo a porta atrás de si com força.

Tânia, que havia assistido tudo em silêncio da cozinha, soltou um suspiro leve e balançou a cabeça, voltando para suas tarefas. Aquela casa, definitivamente, nunca era tranquila.

Mais tarde, ao anoitecer…

Luiz Otávio chegou trajado de social à casa do casal. Antônia apresentava-se estupenda. Vestia um elegante vestido branco longo, com um decote que destacava seus seios fartos. O tecido fino enlaçava suas belas curvas, e o perfume doce que vinha de sua pele preenchia o ar da casa.

Ela tinha preparado um jantar requintado e a mesa já estava posta, muito bonita e elegante, iluminada por velas. André foi recepcionar Luiz Otávio na porta da residência e o convidou a entrar.

Na sala, ao lançar os olhos sobre a esposa do anfitrião. Luiz Otávio não conseguiu esconder o desejo acaçapado pela loira. Seu olhar percorreu toda a estrutura corpulência de Antônia, e seu sorriso acintoso se alargou ao umedecer os lábios, como um predador prestes a dar o bote.

Antônia, alta, loira, de lindos olhos azuis. Era uma mulher sensual e irresistivelmente bonita. Ao ser apresentada a Luiz Otávio, a mulher manteve a frieza, oferecendo somente um aperto de mãos protocolar e nada mais.

— “O jantar está pronto, vamos comer?” — disse Antônia, voltando-se o olhar para o marido, tentando ignorar o olhar invasivo do convidado.

— “Se o jantar estiver tão delicioso quanto você, minha querida, ficarei extremamente satisfeito” — provocou Luiz Otávio, deixando explícita sua admiração pelo corpo da anfitriã.

André forçou um sorriso, percebendo o desconforto da sua esposa.

Sentaram-se à mesa, onde conversaram sobre negócios. O vinho deslizava suavemente pelas gargantas. Antônia permaneceu em silêncio na maior parte do tempo, falando apenas quando necessário. O instinto lhe dizia que aquele homem não era confiável.

O olhar insistente do convidado a fazia se sentir despida, de que modo, se ele estivesse despindo-a mentalmente a cada minuto.

Após o jantar — André e Luiz Otávio seguiram para a sala de estar para fechar o negócio e beber mais um pouco. Exausta, Antônia se retirou para o quarto. Não demorou muito para que André sentisse sua falta e fosse procurá-la.

— “Um minuto, seu Luiz Otávio. Já volto.” — André pediu.

— “Tudo bem, vai lá, eu espero” — respondeu o convidado.

André saiu da sala e foi para o quarto do casal ver a esposa.

— “O que foi, amor? Por que está aqui sozinha?” — perguntou ele ao encontrá-la sentada na beira da cama, massageando as têmporas.

— “Não estou confortável com aquele homem me olhando daquela maneira” — confessou ela, inquieta.

— “Ah, pare com isso, Antônia. Ele só te achou linda. E você é linda, meu amor” — respondeu André, rindo, pegando na mão dela e beijando seu rosto suavemente.

— “Eu cozinhei a tarde toda, estou exausta” — sussurrou ela.

— “Por favor, amor. Depois, você descansa. Me ajude a conquistá-lo. Ele está quase assinando a venda da parte dele. Isso pode mudar nossas vidas” — implorou André, sua voz saiu um fio sedutor de insistência, colando os lábios na orelha dela.

De volta à sala, Antônia forçou um sorriso ao oferecer mais vinho a Luiz Otávio.

— “O senhor aceita mais vinho?” — perguntou ela, mantendo um tom envernizado.

— “Ah, sim, obrigado, muito gentil da sua parte” — respondeu ele, seus olhos cravados nos lábios vermelhos da anfitriã.

Ela o serviu e, em seguida, encheu sua própria taça. Bebeu um gole para relaxar.

— “Vou ao banheiro. Com licença” — anunciou André, deixando a esposa a sós com Luiz Otávio.

Sentados próximos no sofá, Antônia cruzou as pernas lentamente, sem perceber que seu gesto atraía ainda mais a atenção do homem ao seu lado.

Luiz Otávio observava cada detalhe, seus olhos escuros brilhando com desejo pela outra.

— “O André é um homem de muita sorte. Esse negócio pode torná-lo muito rico” — comentou ele, inclinando-se na direção dela.

— “Sério? Que ótimo” — respondeu Antônia, olhando para baixo, desconfortável com a proximidade.

— “Aos grandes negócios” — festejou ele, erguendo a taça antes de se aproximar ainda mais.

Antônia também ergueu sua taça, e eles brindaram, tocando uma taça na outra. Nesse gesto festivo, mão dele deslizou sorrateiramente até o joelho da anfitriã, e o leve ressoar do vidro das taças denunciou o contato inesperado.

Antônia ficou paralisada, o sangue gelando em suas veias.

— “Nunca estive diante de uma mulher tão atraente como você” — murmurou ele, sua voz saturada de segundas intenções.

A mão de Luiz Otávio subiu vagarosamente por sua coxa lisa, deslizando pelo tecido do vestido, os dedos pressionando sua pele de maneira invasiva.

O choque inicial se espalhou rapidamente, e a raiva tomou conta de Antônia. Em um movimento brusco, afastou a mão dele e o encarou.

— “Pare. Eu não estou gostando disso” — disse ela, a voz firme, cheia de aversão.

Luiz Otávio recuou, surpreso pela reação da loira.

— “Desculpe-me. Só estava tentando ser seu amigo” — disse ele, disfarçando sua intenção.

Antônia se ergueu imediatamente do sofá, se encontrava indignada e sentia nojo do convidado. Deixou a taça sobre a mesinha de centro e caminhou rapidamente para o quarto.

Luiz Otávio a observou desaparecer pelo corredor escuro, um sorriso enviesado se formou em seus lábios. Tomou outro gole longo de vinho e se acomodou no sofá.

André, que saía do banheiro, notou o desconforto da esposa ao passar por ele. O marido seguiu-a até o quarto, onde encontrou a amada virada de costas, os ombros nus tremendo levemente.

“Ei, amor, o que foi?” — perguntou ele, tocando seu braço.

Antônia virou-se, os olhos azuis ressaltados em lágrimas.

“Fecha logo esse acordo e manda aquele canalha sair daqui”, disparou, a voz firme, todavia, pejada de emoção.

André suspirou fundo, tentando manter a calma. — “O que exatamente aconteceu?”

“Ele passou a mão em mim.” — relevou sem rodeios, sem disfarces. “Subiu meu vestido como se eu fosse uma…” — sua voz falhou.

André segurou o rosto da esposa entre as mãos, os polegares acariciando sua pele macia.

— “Você precisa ser gentil com ele, amor. Precisamos fechar esse acordo. Estamos atolados em dívidas.”

Os olhos de Antônia se estreitaram. — “Está dizendo que eu devo me entregar a ele. É isso?”

André deslizou os dedos até o ventre dela, delineando um caminho lento e intencional.

— “Sim…Você sabe que já fizemos isso antes. Não será a primeira e nem a última vez.”

Antônia fechou os olhos um tempinho. A sobrecarga da decisão recaiu sobre sua espádua. Ela se afastou, oscilando entre a raiva e a aceitação e caminhou até o espelho. — Observou a própria imagem. Sabia que era uma mulher de curvas perfeitas, envolta no tecido branco que agarrava em seu corpo. Na sala, Luiz Otávio fitava distraído os peixes-dourados nadando no aquário, girando sem brusquidão a taça de vinho entre os dedos.

“Desculpe a demora, seu Luiz Otávio?” — chamou André, voltando à sala com um sorriso demagogo.

“Ahn?” — o homem erigiu as sobrancelhas, tirando os olhos do aquário.

André inclinou levemente a garrafa de vinho.

“Mais um pouco?”

Luiz Otávio estendeu a taça, observando o líquido escuro preencher o cristal. — “André, estou impressionado. Você é um homem perspicaz e sabe o que quer. Gosto disso.”

André recostou-se na parede atrás dele. — “Então, fechamos o acordo?”

Luiz Otávio esboçou um sorriso ralé.

— “Estava pensando em algo especial para selarmos essa parceria. Algo que realmente me convença, entendeu?”

— “Sei exatamente o que você deseja. Ela está te esperando no quarto.” — Respondeu André, bebendo o vinho, diretamente da garrafa.

O olhar de Luiz Otávio se acendeu.

— “Isso, meu caro. Era isso que eu queria ouvir desde que a vi. Sabe, André? Você é um homem inteligente. Muito inteligente.”

Os dois homens ficaram se entreolhando, sorrindo para o outro.

O convidado bebericou o restante de vinho que havia na taça, e a colocou em cima da mesinha de centro. Sem pressa. Luiz deu as costas para André. Deu o primeiro, o segundo passo, ajeitando a gravata e caminhou, indo para o corredor.

O som das solas de seu sapato, restrugia pelo chão da casa.

A porta do quarto do casal encontrava-se escancarada. Assim que pisou e entrou, se deparou com Antônia encostada na porta do guarda-roupa. O olhar dela cravado nos porta-retratos na cômoda.

Luiz Otávio — deslizou os dedos pela gola da camisa, soltando o primeiro botão, na medida que se aproximava da loira.

“Parece que, além de passar a mão em você, faltou tirar sua roupa.” — Sua voz canalha era um murmurinho de segundas intenções. Os lábios roçando a pele fina da orelha dela.

A seguir. As mãos dele escorregaram pela curva da cintura, subindo pelos seios fartos, tateando cada polegada das mamas. Antônia cerrou os dentes de raiva, o coração martelando no peito.

“Por favor. Seja rápido” — murmurou, deixando o homem tocá-la.

Luiz Otávio contemplou um meio riso.” — “Minha querida… eu nunca sou rápido.”

O coração da bonitona disparou. Ela não imaginara que o marido sugeriria algo assim naquela noite. Luiz a olhava intensamente.” —Antônia mantinha-se paralisada, tomada de nojo e raiva.

Ele acariciou o rosto da loira, provocando um arrepio que percorreu seu corpo.

“Você é linda, dona” — ele sussurrou, inclinando para beijar os lábios dela. O beijo foi lampeiro. Suas garras desceram pelos ombros dela, traçando o contorno até chegarem aos seios. Massageou-os por cima do vestido, arrancando-lhe um ganido baixo ao sentir seu corpo reagir ao toque.

O convidado desceu o vestido, expondo os ombros, seios e toda a cavidade corpulência dela. Então, roçou e devorou com a boca seus bicos, fazendo-a encurvar as costas para trás.

“Você é um tesouro na mão de um pirata qualquer” — Luiz, murmurejou brincando, resvalando as mãos até a cintura da magnifica loiraça.

Ela estava lá, obrigada, sentia nojo, queria ajudar o marido, porém, já se arrependia de antecipação. Seminua, permitiu que o indivíduo tirasse sua pequena calcinha vermelha de renda, ficando apenas com os saltos, expondo seu corpo desejável.

Fitando aquela beldade em forma de mulher. Luiz tirou as calças e a mandou se ajoelhar na sua frente, os olhos fixos nos dela.

— “Chupe-o” — determinou, desejando pelo toque de sua boca.

Antônia acatou, ajoelhou no tapete e afundou o rosto entre suas coxas, engolindo, mamando no cacete. Ela apoiou as mãos nas pernas dele, movendo a cabeça em concomitância com o membro.

O bem-estar era intenso para Luiz que rangia alto. A alegria percorria seu corpo. Antônia sabia como levar um homem ao limite. Sua língua bailava no pênis, fazendo-o perder o controle.

Antes que ele pudesse chegar ao auge, levantou-a do tapete e a levou para a cama. Luiz tirou tudo, o paletó, a camisa, os sapatos, exibindo um corpo magro e nada definido.

“Agora é minha vez de saborear você” — comunicou ele, aproximando-se novamente.

Suas patas analisaram o corpo de Antônia, deslizando pela barriga até chegarem à borda dos beiços vaginais. Ele meteu dois dedos na abertura vaginal da loiraça para sentir a profundidade.

O varão — posicionou a cabeça entre as pernas dela e caiu de boca degustando-a nos pequenos lábios. Ganidos foram escutados de longe. Luiz a sugava, mirando seus olhos nos de Antônia.

Ele não só mamou na xoxota, mas também no corpo inteiro.

Numa movimentação de corpo, o convidado a penetrou sem camisinha, fazendo-a lamuriar alto pelo golpe. A loiraça ficou parada, como um defunto. — Os pés da cama rangiam sob o peso dos dois. — O amásio, se movia severamente, estocando-a fundo, preenchendo-a completamente.

André estava na sala e ouvia tudo, tudinho mesmo, de gemidos, de cama rangendo, a colisão de peles.

Vejam só. O estupido sacrificou a própria companheira por um negócio.

No quarto — Luiz levantou-se e arrancou a loira da cama, pegando na pelo braço bruscamente. Puxou uma cadeira que tinha no quarto e se sentou.

“Agora quero comer seu cu. Vire-se e sente-se” — ele ordenou, a voz ofegante, o corpo transpirava feito porco assado.

Antônia só acatou, lubrificou o ânus com seiva, sentando-se de costas com as pernas abertas no cacete do algoz. Assim que entrou a metade. Ele segurou nas ancas da mulher, oscilando nos movimentos reiterativos.

Ruídos de peles de chocando… “Cavalgue em mim, vagabunda” — ele impôs, segurando-a pelos seios, deslocando a estocá-la.

A loira saracoteou galgando no pênis, sentindo-o dentro. Luiz gania, agarrado nas coxas dela, incentivando-a prosseguir. Sentia a gozada abeirar-se para fora.

Luiz arrancou o membro do traseiro dela e logo após, eles se levantaram.

— “Ajoelhe-se, rápido” — a ordenou.

Ela o ouviu e se ajoelhou diante do nojento, recebendo no rosto, entre os lábios e o nariz, duas gozadas frontais.

Seguidamente… Luiz Otávio se vestiu, rindo, feliz. E Antônia manteve-se ali, nua, gozada, sofrendo, envergonhada e enojada.

“Obrigado, Antônia. Você é uma delícia” — ele disse, num sorriso sem-vergonha. “Foi uma transa inesquecível.” — Luiz saiu do quarto debicando aliviado, deixando a mulher sozinha.

Antônia se levantou, se olhou no espelho, e se viu gozada.

Na medida que se via, o arrependimento, caía sob sua mente, sobre seus ombros. Ouviu o marido se despedir do canalha.

Logo a seguir, a porta do quarto se abriu, era o marido entrando.

“Antônia, precisamos conversar.” — André, com feição séria, tivera a indecência de dizer para ela.

Antônia virou o corpo, encarando-o, nervosa. André se assustou ao ver o rosto da esposa favado de sêmen.

“É sério, André? Olha pra mim? Olhe, o que o desgraçado fez no meu rosto? Você ainda quer conversar?” — desembuchou ela, limpando o rosto emporcalhado de porra, com um lenço úmido.

A verdade… é que a loira cheirava à sêmen. Antônia caminhou irritada para o banheiro. Chorou, a água morna, escorria pelo seu divino corpo, misturando-se às lágrimas que desciam pelo rosto.

Após banhar, vestiu um robe de seda lilás e deitou de lado na cama.

O corpo relaxado e a mente inquieta. Seus olhos encontravam-se perdidos na penumbra. Reviviam cada contato, cada gemido, cada instante de angústia com Luiz Otávio.

André, deitado, atrás dela, a envolveu em um abraço apertado. Seu suspiro quente soprava contra a nuca de Antônia, como se quisesse apagar o vestígio do que acabara de acontecer.

No entanto, o silêncio repleto de amargura, de arrependimento, pesava entre o casal, que incomodava a consciência no peito dele.

André queria falar, todavia, as palavras não vinham. Apenas se abrigou contra ela, na tentativa de confortá-la da única maneira que sabia.

Os pensamentos de Antônia vagabundeavam pela mente, à medida que o sono lentamente a tomava.

— Seguimos para o segundo capítulo —

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Foto de perfil de Ana do DiárioAna do DiárioContos: 62Seguidores: 109Seguindo: 1Mensagem Meu nome é Ana do Diário, e aos meus 32 anos de idade, carrego uma vida repleta de experiências que moldaram quem sou hoje. Ser mãe de um filho é uma das bênçãos mais preciosas que já recebi, e encontro nele uma fonte inesgotável de amor e inspiração. Desde muito jovem, descobri minha paixão pela escrita. Sou uma escritora amadora, mas minhas palavras têm o poder de transportar os leitores para outros mundos e despertar emoções profundas. Minha mente é um caldeirão de ideias e minha imaginação corre livremente em cada página que escrevo. No entanto, nem sempre foi fácil trilhar esse caminho. Antes de seguir minha vocação literária, enfrentei obstáculos como ex-garota de programa. Essa fase da minha vida me proporcionou uma visão única sobre o mundo e me ensinou a valorizar cada oportunidade de transformação e crescimento pessoal. Acredito que é fundamental abraçar nossa história e aprender com ela. Minhas experiências passadas me deram coragem para desafiar estereótipos e quebrar tabus. Por meio da minha escrita, busco empoderar outras mulheres e combater o estigma social, compartilhando histórias de superação e força interior. Ser mãe é uma dádiva que me impulsiona a ser a melhor versão de mim mesma. Meu filho me ensina diariamente sobre a importância do amor incondicional e da dedicação. É por ele que enfrento os desafios da vida com coragem e determinação, lutando para criar um mundo melhor para ele e para as futuras gerações. Hoje, sou uma mulher resiliente e destemida. Uso minhas palavras como uma arma poderosa para inspirar e motivar os outros. Cada linha que escrevo é uma expressão autêntica do meu ser, uma voz que desafia limites e derruba barreiras. Acredito que, mesmo nas adversidades, podemos encontrar beleza e crescimento. Minha jornada é um testemunho vivo disso. Sigo em frente, compartilhando minha história de superação, mostrando que é possível transformar as dificuldades em triunfos e escrever cada capítulo da vida com coragem, esperança e amor.

Comentários

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👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Excelente início, o conto promete!

Parabéns!

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Esse André é muito fdp, entregar a mulher pra um cara e pior, por um negócio pqp, acho que vai dar merda.

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Pelo seu não contato em relação às ideias que eu te contei que tive e acredito que ficariam muito boas na sua mão eu vou entender que você não às quer e ta super de boa também se for esse o caso! Sucesso sempre! Excelente começo desse conto! Ansioso pelos próximos capítulos!

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talvez ela tenha viajado no carnaval. Eu viajei, não pensou nessa possibilidade, do não contato?

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Pode ser também, Isabell! Ou as vezes só esqueceu, enfim... Como eu disse, acho que ficaria muito bom na mão dela.

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Lá vem a Ana com + uma estória 💥 bombástica, gostei do 1° capt.

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