O Casamento Arranjado! Cap.18 Segunda Temporada

Um conto erótico de Alex Lima Silva
Categoria: Gay
Contém 2026 palavras
Data: 07/03/2025 00:06:18

Eu estava no sofá, lendo alguns papéis sobre a construção de uma nova baía , quando Eduardo entrou na sala, com um olhar sério, como se estivesse processando algo. Ele olhou para mim e deu um suspiro profundo antes de se aproximar.

— André, eu preciso falar com você sobre algo que aconteceu hoje — disse Eduardo, se sentando ao meu lado. Sua voz estava mais tensa do que o normal, e isso logo me deixou preocupado.

— O que foi? Está tudo bem? — perguntei, ajeitando-me na posição, prestando atenção no tom dele.

Ele olhou para baixo, mexendo nas mãos, antes de finalmente olhar para mim, o rosto um pouco ruborizado, como se estivesse desconfortável com o que tinha a dizer.

— Catarina...me mandou umas fotos... não sei o que pensar sobre isso — ele disse, com um tom desconcertado. — Fotos... impróprias. Eu bloqueei o número dela agora pouco.

Eu fiquei em silêncio por um instante, tentando processar o que ele estava me dizendo. Catarina sempre teve uma queda por Eduardo, mas eu nunca imaginei que ela fosse tomar atitudes tão... diretas.

— Fotos impróprias? — repeti, tentando entender. Eu olhei para ele, um pouco atônito. — E você... o que fez?

Ele balançou a cabeça.

— Eu bloqueei o número dela. Não quero que ela pense que tem espaço para isso entre a gente. Você sabe que só tenho olhos para você, André. Eu só não sabia como lidar com a situação até agora. Não queria te preocupar, mas também não queria esconder isso.

Eu senti uma mistura de emoções: surpresa, alívio por ele ter tomado a decisão certa, e também um pouco de raiva pela forma como Catarina estava se comportando. Mas ao mesmo tempo, a certeza de que Eduardo estava sendo honesto comigo, como sempre foi, me fez relaxar.

— Você fez o certo, Edu. Não queria que isso tivesse acontecido, mas fico aliviado que você tenha me contado. Vamos esquecer isso e seguir em frente.

Eduardo sorriu, se inclinando para me dar um beijo rápido na testa.

— Eu só queria que você soubesse, meu amor. Não queria que você soubesse pelos outros.

Antes que eu pudesse responder, um grito abafado vindo do lado de fora nos fez ambos olharmos em direção à janela. Não era raro na fazenda ouvirmos gritos e risadas, mas aquele era diferente. Fui até a porta e vi uma cena inusitada que fez meu coração parar por um segundo de tanto riso.

Feh estava em pé ao lado de um carneiro, olhando para ele com um sorriso travesso, enquanto o animal estava em completa calma. O que aconteceu a seguir foi um dos maiores absurdos que já vi: Feh, com um impulso de coragem ou puro entusiasmo, ergueu a cabeça do carneiro e a colocou contra a própria testa, fingindo que tomava uma "cabeçada" do animal. Mas, ao contrário de se machucar, ele caiu para trás, com a expressão mais exagerada de dor.

— Feh! — gritei, não conseguindo mais segurar o riso. — O que você está fazendo com o carneiro?

Feh, deitado no chão, estava se contorcendo de tanto rir, quase sem conseguir se levantar.

— Ahhh, bicha, foi só uma brincadeira! O bicho não me machucou não, relaxa — disse ele, ainda tentando se levantar enquanto gargalhava.

Mas não era só Feh que estava em um estado de risos incontroláveis. Ana, que estava por perto, não parava de rir, e Eduardo, ao meu lado, também estava se acabando de rir, segurando o estômago de tanto rir da cena.

— Feh, você vai acabar se machucando de tanto fazer essas coisas!— Ana exclamou entre uma risada e outra.

Eduardo, ainda com a cara de quem não acreditava no que acabara de ver, se virou para mim e sussurrou:

— Esse cara é louco. Eu juro que ele vai acabar preso em algum lugar, um dia.

Eu balancei a cabeça, tentando controlar a risada também, mas, sem sucesso.

— Não sei o que dizer, Edu. Acho que ele deve ter tomado a carneirada um pouco a mais do que o esperado — falei, entre gargalhadas.

Feh, agora se recompondo um pouco, fez um gesto de desafiante para o carneiro.

— Esse bicho é forte! — ele exclamou, rindo ainda da situação. — Mas não tenho medo, não!

Mas, antes que ele pudesse se levantar completamente, o carneiro, talvez irritado com as brincadeiras, deu um passo para trás e avançou novamente, dando-lhe uma leve empurrada com a cabeça, o que fez Feh cair novamente, dessa vez mais dramaticamente, fazendo todos ao redor explodirem em risadas.

Eu tentei me aproximar de Feh, mas a cena estava tão cômica que não conseguia parar de rir. Mesmo assim, estendi a mão para ele.

— Feh, pelo amor de Deus, para com isso! Você não vai aguentar outra dessa— eu disse, tentando ajudá-lo a se levantar.

Ele, rindo feito uma criança, pegou minha mão.

— Eu só estou aproveitando o tempo, bicha. A vida aqui na fazenda é uma verdadeira aventura. — Feh estava tão empolgado que nem se importou com o carneiro em pé ao lado dele, ainda observando com curiosidade.

Mas quando finalmente Feh se recompôs, e todos voltaram para as atividades do dia, o clima leve e divertido que ele trouxe ficou no ar por algum tempo. Apesar das complicações de mais cedo, com Catarina e as fotos, aquele momento de risos aliviou a tensão que estava se acumulando. Feh era, sem dúvida, uma tempestade de energia, capaz de transformar qualquer momento tenso em um momento de descontração e alegria.

Eu e Eduardo nos olhamos, ainda com sorrisos no rosto, enquanto ele colocava o braço ao redor de mim. Sabíamos que tínhamos que conversar mais sobre Catarina, mas por enquanto, a fazenda, as risadas e a presença de Feh estavam nos trazendo uma sensação de normalidade, algo que todos precisávamos naquele momento.

E, no fundo, eu sabia que nada poderia abalar o que eu e Eduardo tínhamos. Mesmo com os desafios que surgiam, nada comparava à nossa conexão.

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Estávamos na paz de Cristo, digamos assim, quando vi Lúcia, com um olhar sério, se aproximando de mim e Eduardo. Eu estava com Ana, que estava brincando ao meu lado, enquanto tentávamos pegar algumas frutas para o almoço. Eu sabia que ela estava gostando da vida na fazenda, mas os últimos dias tinham sido marcados por um desconforto crescente entre Lúcia e eu.

Lúcia se aproximou com um semblante de reprovação.

—Andr, eu preciso falar com você sobre a Ana — ela começou, sua voz baixa, mas firme. — Ela não deveria estar tão próxima de vocês. Eu não quero que ela se envolva demais com... vocês.

Eu olhei para ela, confuso, sem entender exatamente o que estava acontecendo. Não conseguia imaginar o motivo daquelas palavras, afinal, Ana sempre foi minha amiga, e nunca pensei que uma amizade simples pudesse ser um problema.

—Lúcia, a Ana é minha amiga, e se ela quer estar perto de mim e do Eduardo, isso não é problema — respondi, tentando manter a calma. — Não vou pedir desculpas por ela ser minha amiga, muito pelo contrário, fico feliz que ela esteja se divertindo na fazenda.

Lúcia franziu o cenho e deu um passo à frente.

— Eu sei, mas você sabe como é, André. Eu não quero que ela se envolva com... com isso. É complicado.

Eu percebia que havia algo mais por trás de suas palavras, mas tentei não me deixar abalar. Não podia deixar que ela interferisse no que eu e Ana tínhamos. Então, respirei fundo, olhando nos olhos dela.

— Lúcia, você pode não gostar, pode achar estranho, mas eu não vou pedir para a Ana se afastar de mim. Ela é uma criança, precisa de amizades. E ela está muito bem aqui, ao nosso lado. Então, a menos que você tenha algo mais para dizer, vou continuar a ser amigo dela, sim.

Lúcia, visivelmente desconcertada, me encarou por alguns segundos, mas aparentemente ela percebeu que não teria como me convencer do contrário. Ela suspirou, talvez um pouco frustrada, mas finalmente falou:

— Eu entendo, André. Só não quero que ela se machuque ou... se envolva em algo que não é bom para ela. Mas, se é isso que você quer, eu aceito.

Eu apenas acenei com a cabeça, não conseguindo esconder o alívio. Eu sabia que, por mais difícil que fosse para ela, Ana e eu estávamos construindo uma amizade verdadeira, algo que ninguém poderia mudar.

Enquanto isso, Ana, que estava observando a cena de longe, correu até nós, sorrindo radiante. A pequena se aproximou e abraçou minha perna com força.

— Você vai me ajudar a pegar mais frutas, André? — ela perguntou, com os olhos brilhando de expectativa.

Eu sorri e abaixei, passando a mão pelos cabelos dela.

— Claro, Ana. Vamos lá, pegar as melhores frutas para o almoço.

Lúcia, ainda sem palavras, observou a cena. Talvez estivesse aceitando a situação aos poucos, mas o que mais me importava era a felicidade de Ana, e a minha.

**

Após a conversa tensa, a tarde parecia finalmente sossegar na fazenda, mas os acontecimentos estavam longe de serem tranquilos. Eu estava no campo, observando a movimentação, quando ouvi uma gritaria vinda da direção do galinheiro. Fui até lá rapidamente e encontrei Miguel e Túlio em uma situação completamente hilária.

Eles estavam tentando, de uma forma muito desajeitada, derrubar uma pequena casa de madeira onde os bichos ficavam, talvez para reorganizar o espaço. Só que, aparentemente, a ideia não estava saindo como o esperado.

— Túlio, segura a madeira! — Miguel gritou, tentando manter o equilíbrio enquanto empurrava uma tábua de madeira para o lado. De pensar que o Miguel é domador, mas com o aumento de salário, agora faz de tudo!

— Eu estou segurando! Não é minha culpa que isso está caindo! — Túlio respondeu, se equilibrando em um pé enquanto tentava manter as tábuas de pé.

Mas foi nesse exato momento que o caos se instalou. Miguel deu um passo atrás, tentando sair da frente da tábua que estava prestes a cair, mas acabou tropeçando em um dos galhos que estavam no chão, fazendo-o cair de costas no solo.

— Ahhh! — Miguel gritou, com um tom engraçado, enquanto se debatia para se levantar. Mas o pior estava por vir. Quando ele se levantou, sem perceber, a tábua que estava fora de lugar caiu, direto sobre a casa do galinheiro.

— Cuidado!— Túlio gritou, mas já era tarde demais.

A casa desabou de uma vez, e, no momento seguinte, uma nuvem de marimbondos surgiu de dentro da estrutura derrubada, deixando todos em pânico. Miguel, ainda tentando se recompor, foi o primeiro a se virar e sair correndo, mas foi picado nas costas por um marimbondo.

— Aaaah! Que merda!— Miguel gritou, tentando se afastar da nuvem de marimbondos.

Túlio, completamente perdido e confuso, tentou correr também, mas tropeçou na própria perna e caiu com tudo no chão, fazendo os marimbondos atacarem ainda mais. O barulho de risos era ensurdecedor, e eu mal conseguia conter as gargalhadas.

— Isso não está acontecendo — Túlio gritou, agora tentando se levantar, mas cada movimento seu só fazia os marimbondos seguirem atrás dele.

Ana, que estava do meu lado, não parava de rir.

— Isso foi hilário — ela disse entre risos.

- Cuidado minha pequena! Não se aproxime muito, pode haver algum marimbondo perdido por aqui ainda!

Eu e Eduardo também não conseguimos mais segurar a gargalhada. A cena de Miguel e Túlio, tentando se livrar dos marimbondos enquanto se desequilibravam, era, sem dúvida, uma das mais engraçadas que já vi na fazenda.

— Vamos, vamos ajudar esses dois antes que se matem de tanto cair!— Eduardo disse, tentando controlar a risada.

Bicha do céu, só imagino a dor das picadas! - Feh falou enquanto ria!

Finalmente, conseguimos chegar até eles e ajudar a afastar os marimbondos, mas a vergonha de Túlio e Miguel era visível. Ambos estavam cobertos de poeira e completamente atordoados pela experiência.

— Esse foi o pior dia de trabalho da minha vida...— Túlio resmungou, com o rosto vermelho de tanto tentar correr.

— Eu nunca mais me aproximo de um galinheiro depois disso!— Miguel disse, tentando se recompor.

Apesar da bagunça, eu não podia deixar de sorrir. A cena tinha sido hilária, e, mais uma vez, me lembrei de como a vida na fazenda, mesmo cheia de imprevistos e confusões, sempre trazia momentos únicos e inesquecíveis!

Continua!

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