Olá. Me chamo Jonas. Sou um professor universitário comum de 46 anos. Mas essa história não é sobre mim. É sobre quem vai comer minha vizinha evangélica, Rebecca.
A Rebecca era a minha vizinha do apartamento do lado, uma advogada evangélica batista. Tinha por volta de uns 28-30 anos, não me lembro exatamente. Altura mediana, pele clara, feições suaves, olhos castanhos claros que pareciam sempre analisar tudo ao redor. Os cabelos, castanhos claros longos e ondulados. Seu corpo era proporcional. Seios médios, mas firmes, cintura marcada, quadril levemente acentuado. Uma bunda empinada que se destacava em qualquer vestido justo ou calça colada ao corpo. Pernas torneadas, resultado das aulas de pilates e musculação que ela praticava religiosamente.
Ele é casada com meu colega professor da mesma faculdade, Maurício. Ele também é evangélico, daqueles bem rígidos e conservadores. Eles são crentes tão fervorosos, de irem ao culto toda a semana, vestidos daquela forma estereotipada, que parecem nem fazer sexo.
Mas na privacidade das quatro paredes, eles gostavam de uma putaria das boas, botar ela de quatro e socar até as pessoas do quarto ao lado ouvirem os choques da virilha dele com a bunda dela. Sei disso porque testemunhei uma dessas fodas e tenho uns registros dela. Vai que elas se provem úteis algum dia para algo além de homenagens.
Mas, antes de continuarmos a história da Rebecca, preciso contar-lhes a história do meu sogro, seu Raimundo.
Eu sempre soube que o seu Raimundo tinha sido um grande advogado em seus tempos áureos, entre os anos 80 e início dos anosnome respeitado nos tribunais, conhecedor da lei como poucos. Mas o que sempre me impressionou mais não foi seu talento jurídico, e sim o passado de devassidão que o cercava como uma lenda mal contada. Para todos que se mudaram para o condomínio neste século, ele era apenas um senhor gentil e respeitável, um viúvo educado e comedido. No entanto, para os condôminos mais velhos, pelo menos aqueles que ainda tinham memória boa e não relevavam fácil, ele era uma história ambulante de promiscuidade e perigo.
O velho Raimundo, quando jovem, não podia ver um rabo de saia. Solteira, casada, desquitada, viúva, pouco importava. Se tinha curvas e um olhar minimamente interessado, ele já armava seu bote. E o pior: ele conseguia. Ele não era um galã, nem era especialmente bonito, mas tinha um carisma avassalador e uma lábia que derrubava defesas. Seu Geraldo, o porteiro, que está por aqui desde que o condomínio foi construído, gosta de dizer que "na conversa, o dotô Raimundo pegava até mulher que gostava era de mulher ". E, conhecendo a reputação do velho, eu acredito.
O problema de ser um malandro desse calibre é que um dia você cruza a linha errada. Não basta só ser bom de papo e saber sair de fininho; um dia, você come a mulher errada. E esse dia chegou para o meu sogro em 1994. Dizem que foi um escândalo monumental. A história mais aceita é que ele se envolveu com a mulher de um delegado linha-dura, um sujeito bruto, que não tinha paciência para ser feito de corno. O homem não só descobriu como foi atrás do Raimundo com uma arma na mão. O barraco que se seguiu é contado com diferentes versões. Alguns dizem que o Raimundo correu feito um rato pelos becos da cidade, outros juram que ele se escondeu dentro da igreja, implorando pelo perdão divino.
O que eu sei é que, depois dessa confusão, ele mudou. Mudou de um jeito que ninguém acreditaria se não tivesse testemunhado. Ele se tornou um novo homem. Largou todos os vícios, abandonou todas as amantes, parou de beber. Nunca mais colocou os pés num boteco. Nunca mais foi visto cochichando com alguma vizinha no corredor. Em vez disso, dedicou sua vida à esposa e à filha. Tornou-se um marido exemplar, um pai presente, um profissional ainda mais dedicado. Aos poucos, a desconfiança deu lugar à aceitação. Com o tempo, a memória da devassidão se dissolveu, restando apenas o homem que ele se tornou.
Eu mesmo o conheci nessa fase já regenerada, emNa minha frente, ele sempre foi um sogro impecável. Fiel, respeitável, discreto. As histórias que eu ouvia vinham dos mais antigos, como o seu Geraldo, que às vezes ria ao lembrar dos velhos tempos, ou da minha sogra, que às vezes soltava um ou outro comentário cifrado sobre "como Raimundo era antes". Mas eu nunca vi nada com meus próprios olhos. Se ele teve mesmo esse passado infernal, sou obrigado a reconhecer que cumpriu sua promessa com rigor quase monástico.
Porém, tudo na vida tem prazo de validade. E a promessa dele foi feita enquanto sua esposa estava viva. Ela faleceu há dois anos. Agora, Raimundo é um viúvo de 72 anos, sem mais obrigações morais que o impeçam de voltar a ser quem era. E, para piorar, as novas gerações do condomínio não fazem ideia de quem ele já foi. Para elas, ele é só o senhor educado que sempre tem um bom conselho e que faz companhia nas reuniões de condomínio. Mulheres na faixa dos 27 a 35 anos, como a Rebecca, a Eliana ou a Sarah, tratam-no com carinho e amizade, jamais imaginando que, há trinta anos, ele teria tentado levá-las para a cama sem pensar duas vezes.
Já eu olhava para ele com a certeza de que o velho safado ainda existia. Estava apenas lá, adormecido, hibernando. E, se tivesse uma chance, se uma mulher desse uma brecha, ele voltaria a ser o tarado comedor de antes.
E eu comecei a achar que uma delas, sem saber, estava dando essa brecha. Minha certeza veio em um domingo de tarde, depois do carnaval. Estava indo para o meu carro, quando vi a Rebecca e o Raimundo chegando pela portaria.
A Rebecca, com seus cabelos castanhos claros ondulados, parecia mais leve do que o habitual. Ela usava um vestido lilás claro, bem abaixo dos joelhos, simples, mas que realçava o corpo magro e as curvas discretas. Ela tinha esse jeito sereno e controlado, como se fosse sempre a última a falar, mas a primeira a ouvir. Ao lado dela, Raimundo, com seus 72 anos e o corpo magricela e meio caído, estava mais sorridente do que eu costumava ver. Seu terno escuro e a gravata borboleta faziam com que ele parecesse um personagem que escapou de uma foto antiga, mas ele estava visivelmente satisfeito com a companhia da Rebecca. Eles tinham uma amizade reconhecidamente próxima.
Os dois estavam voltando do culto dominical. Ela, que com certeza devia estar mais ocupada com as questões da igreja do que qualquer outra coisa, dedicava tempo para “converter” o velho. Não era muito difícil de perceber. O brilho nos olhos de Raimundo quando ela falava era inegável. Mas algo em mim dizia que isso não era de graça. Ele estava aprontando alguma por baixo dos panos.
Na portaria, ainda estavam duas outras figuras religiosas, com aquele sotaque carregado de fervor evangélico. Anacleta, com seus 30 e poucos anos, parecia ter saído diretamente de um catálogo de mulheres da Assembleia de Deus. Usava uma saia bem justa, como se estivesse tentando mostrar suas curvas, e uma blusa apertada que não escondia nada do que tinha para oferecer. Seu rosto era forte, com um par de olhos grandes que não disfarçavam sua inquietação. A bunda mediana se destacava na saia, mas sem exageros.
Marieta, por outro lado, era uma senhora de uns 50 anos, com uma expressão dura e uma cara que poderia cortar vidro. A pele pálida, quase cadavérica, contrastava com o vestido que ela usava, totalmente sem graça e sem vida. A mulher parecia ser um daqueles tipos que não aceitam uma resposta sem questionar tudo, e sua rigidez a fazia parecer mais uma líder do que uma seguidora.
Fiquei observando ali de longe, no corredor, quase me esgueirando atrás de um pilar. Eles começaram a conversar.
— Ah, mas eu nunca pensei que veria o Raimundo se convertendo assim de repente. Vai me dizer que, depois de tantos anos, agora resolveu se entregar à fé? — disse Marieta, com aquele tom cético e uma pitada de desdém. O olhar dela para o Raimundo foi de quem esperava uma explicação lógica para o impossível.
A Rebecca, de imediato, defendeu o velho.
— Você não sabe o quanto ele tem se dedicado, Marieta. Deus age na hora que Ele quer. E quem somos nós para questionar o tempo d’Ele? — A voz da Rebecca estava suave, calma, como sempre.
— É… Na verdade, Marieta, sempre fui um católico do tipo não-praticante, sabe? Mas admito que, muito tempo atrás, num momento de desespero, eu fiz uma promessa a Deus. — Raimundo olhou para a Rebecca com carinho. — Depois que eu a cumpri, minha vida mudou. Hoje, eu quero entender mais sobre o que aconteceu. Saber mais sobre Ele. Eu quero mudar. Estou aberto a essa transformação.
A Rebecca parecia derretendo com as palavras do velho. Eu podia ver os olhos dela brilhar mais forte, o tom de voz mais suave. Ela olhava para Raimundo com admiração. Se seu objetivo era converter o maior número de fiéis, a Rebecca parecia ter tomado para si o seu Raimundo como seu maior encargo.
Marieta, mais sisuda do que nunca, olhou para o velho com uma expressão desconfiada.
— Assim é muito fácil! A pessoa passa a vida no pecado e na ignorância e, agora, quando está às portas da morte, quer se redimir e encontrar Jesus. É um verdadeiro tapa em nós, verdadeiros crentes.
— Mas, senhora Marieta, o senhor Raimundo sempre foi um dos homens mais íntegros daqui — defendeu Anacleta, que amava histórias de conversão. — É uma graça que ele tenha entrado na vida enquanto havia tempo.
— Uhum, sei … — comentou Marieta, talvez a única ali com idade para lembrar de como o meu sogro safado era um pervertido.
Na verdade, eu não duvidaria nada se, considerando que ela devia ter uns 20 anos na época da regeneração do velho Raimundo, ele não tivesse passado a vara nela uma ou duas vezes.
Rebecca, sempre a diplomática, não deixou passar em branco.
— O Senhor tem caminhos misteriosos, senhora Marieta. Não cabe a nós julgar, mas sim acolher e amparar.
Pois a dona Marieta julgava. E eu também.
Eu observava aquilo rindo por dentro. Tinha certeza de que o velho Raimundo estava mentindo descaradamente para as três. Não havia transformação nenhuma. Ele estava só buscando uma forma de se manter próximo da Rebecca. De ir comendo pelas beiradas até chegar ao caminho da buceta dela. E, então, largar ela como fez tantas outras em seu passado. Ele mão me enganava.
Fiquei ali, sem ser visto, ouvindo e rindo por dentro de como elas eram ingênuas.
Na faculdade, nós ainda estávamos no ano passado apesar de já ser março. Eu sabia que aquele semestre ia se estender mais do que o esperado. A greve dos professores tinha bagunçado o calendário acadêmico, e agora o período letivo só ia terminar no começo de abril. Enquanto alguns alunos estavam aproveitando o tempo extra para estudar e melhorar as notas, outros simplesmente relaxaram mais do que deveriam.
Em nossas conversas a sós, Carlos confidenciava sua preocupação com sobre um casal de alunos que aparentava estar completamente perdido. Era impossível não saber de quem ele falava. Letícia e Antônio moravam no nosso prédio e, mesmo sendo namorados, cada um morava em seu próprio apartamento, provavelmente patrocinados pelos pais, levou a vida de forma independente (pelo menos, um do outro). Eram simpáticos, conversavam educadamente sempre que nos encontrávamos no elevador ou no mercado do bairro. Era um casal bastante tesudo e ambos eram comíveis, mas para mim, eram meros alunos e sempre tinham sido alunos medianos, daqueles que não chamavam atenção, mas também não davam trabalho.
Agora, no entanto, parecia que as coisas estavam saindo do controle para os dois. Desde o retorno das aulas após a greve, eles estavam desligados. As faltas se acumulavam, as notas despencavam. Segundo o Carlos, se continuassem nesse ritmo, não conseguiriam passar em quase nenhuma disciplina. Isso não me surpreendia. Eu já havia notado a mudança. O Antônio, sempre com uma postura relaxada, parecia ainda mais desinteressado. A Letícia, por outro lado, sempre fora um pouco mais focada, mas ultimamente seu semblante demonstrava cansaço, como se estivesse carregando um peso invisível. Provavelmente ela superestimou sua capacidade de gerenciar o tempo ou subestimou o quão puxado seria o estágio que escolhera.
Mas isso não era problema meu. Como costumo dizer, quem reprova são os alunos. Eu só dou as notas.
A maior reviravolta do mês acabou vindo no dia seguinte. Eu e o Maurício estávamos indo para a universidade juntos. Ele pegando carona comigo. O trânsito da manhã estava lento, e eu aproveitava o tempo para refletir sobre esse meu colega. Sempre tão certinho, tão devoto, tão rígido. Achava engraçado como ele gostava de tentar parecer que nunca se permitia nenhum deslize.
Mas será que era só isso mesmo? Porque eu me lembrava bem da festa de carnaval do condomínio (para mais detalhes, ver “Eu, Minha Esposa e Nossos Vizinhos – Parte 06”). Uma noite regada a música alta e máscaras coloridas. Na hora do desafio do selinho, quando o velho Raimundo aproveitou para conhecer os lábios da Rebecca, o Maurício aceitou meu beijo. Foi em um canto mais escuro do salão, longe dos olhares julgadores, mas aceitou e retribuiu meu beijo. Não um selinho, mas um beijo. E, logo em seguida, ele desfez rápido demais, como se tivesse cometido um pecado mortal. E, a partir de então, fingiu que nada aconteceu. Nunca tocamos no assunto. Um tabu.
Eu não era ingênuo. Já conheci outros como ele antes. Homens que se escondem atrás de uma fachada de retidão, mas que, no fundo, lutam contra desejos que não conseguem admitir nem para si mesmos. Será que Maurício era um desses? Será que, por trás de toda a religiosidade, existia um homem reprimido, vivendo em negação?
Observei seu perfil pelo canto do olho. A mandíbula firme, os lábios entreabertos em um leve suspiro, os dedos tamborilando no joelho, como se houvesse algo dentro dele que precisasse escapar. Um pensamento perverso cruzou minha mente. Se ele tivesse a chance, será que faria de novo?
— Então, Maurício, alguma novidade? — perguntei, fingindo desinteresse.
Ele virou o rosto para mim e sorriu, aquele sorriso meio polido, quase ensaiado.
— Vou precisar viajar a trabalho. Vou para Roma por três semanas — anunciou.
— Chique.
— É uma viagem importante, tenho algumas reuniões com outros professores e pesquisadores de lá. Preciso desse financiamento.
Fiz um som de aprovação, mas minha mente já começava a processar um outro detalhe. Viagem para Roma... Isso significava que a querida Rebecca ficaria sozinha. E foi aí que ele soltou a parte mais interessante.
— O problema é que tivemos um vazamento sério lá em casa, e o encanador disse que precisa de um tempo para arrumar tudo. A Rebecca estava procurando o que sairia mais em conta, um hotel ou um Airbnb, para ficar.
Eu tentei disfarçar meu interesse imediato, mas a ideia já tinha se formado na minha cabeça. Uma possibilidade tentadora.
Fiquei imaginando que tipo de roupa uma mulher como Rebecca usaria para dormir quando ninguém estava vendo. Durante o dia, ela era sempre tão impecável, tão comportada, com aqueles vestidos discretos e saias comportadas que cobriam cada centímetro de pele. Mas e à noite? Será que usava camisolas de algodão simples, sem graça, condizentes com sua postura de esposa devota? Ou será que, no fundo, escondia desejos reprimidos por baixo de tecidos mais provocantes?
Talvez algo de cetim, leve e sutilmente sensual, deslizando sobre a pele. Ou quem sabe um baby-doll rendado, revelando mais do que deveria. Eu conseguia imaginá-la hesitando diante do espelho, mordendo o lábio, experimentando algo ousado e depois se condenando em pensamentos pecaminosos. Ah, como eu adoraria descobrir isso pessoalmente.
— Hotel? Que bobagem — falei, mantendo um tom casual. — Por que ela não fica lá em casa? Temos um quarto de hóspedes sobrando.
Maurício ergueu as sobrancelhas, surpreso com a sugestão.
— Isso não incomodaria você e a Cinthia?
— De jeito nenhum. A Cinthia gosta da Rebecca. Além disso, é sempre bom ter companhia em casa. Assim, ela não fica sozinha em um hotel frio e impessoal.
Ele pareceu refletir por um momento. Depois, sorriu, genuinamente satisfeito com a ideia.
— Isso seria incrível. Vou ligar para ela agora.
Permaneci em silêncio enquanto ele discava no celular, escutando cada palavra.
— Amor, resolvi aquele problema do hotel. O Jonas e a Cinthia ofereceram o quarto de hóspedes. Você pode ficar lá enquanto arrumam o nosso apartamento. — Ele pausou, ouvindo a resposta dela. — Sim, exatamente. Vai ser ótimo, né? Assim, você não fica sozinha. — Mais uma pausa. — Ótimo! Vou avisar o Jonas. A gente combina tudo direitinho depois.
Ele desligou e virou-se para mim com um sorriso satisfeito.
— Ela adorou a ideia. Muito obrigado, Jonas. Você é um grande amigo.
Sorri de volta, um sorriso que escondia segundas intenções. Mas, claro, Maurício nunca suspeitaria. Ele via apenas o que queria ver.
Na noite seguinte, a campainha do apartamento tocou. Eu já sabia quem era antes mesmo de abrir a porta. Respirei fundo, ajeitei a expressão para algo entre acolhedor e indiferente, e girei a maçaneta.
Lá estava ela. A Rebecca segurava a alça de uma mala média e sorria com aquele ar de gratidão angelical. Vestia uma blusa de mangas curtas justa ao corpo, que ressaltava suas curvas sem exagero, e uma saia jeans comportada que terminava logo acima dos joelhos. Nos pés, sapatilhas discretas. Nada de extravagante. Nada que chamasse atenção demais. Mas, para mim, aquilo só tornava tudo ainda mais interessante.
— Boa noite, Jonas! Muito obrigada por me receberem. Foi uma ajuda e tanto! — ela disse, apertando levemente minha mão quando ofereci.
— Que isso, Rebecca. Você é amiga da família. A casa é sua enquanto precisar — respondi, mantendo o tom mais casual possível.
A Cinthia apareceu na porta da cozinha, enxugando as mãos no avental.
— Rebecca, que bom que chegou! Vem, deixa eu te ajudar com essa mala. Já deixamos seu quarto pronto — disse ela, pegando a bagagem sem cerimônia. Minha esposa era uma excelente anfitriã quando queria.
A Rebecca sorriu, genuinamente agradecida. Antes que eu pudesse me oferecer para levá-la até o quarto, ouvi a voz arrastada do meu sogro vindo da sala.
— Quem chegou, minha querida? — seu Raimundo apareceu apoiado na bengala.
O velho era um ator nato. Para começo de conversa, ele nem precisa de bengala! Só usa quando acha conveniente. Como por exemplo, se passar por um senhor frágil e simpático para a Rebecca, em vez do pervertido sem-vergonha que realmente era.
— Boa noite, seu Raimundo!
Ele abriu um sorriso e estendeu os braços, pedindo um abraço. E conseguiu. A Rebecca se aproximou e lhe deu um abraço apertado, sem notar o brilho malicioso nos olhos do velho quando aqueles seios firmes se esfregaram no seu peito enrugado.
— Então, era verdade! — ele disse com uma voz acolhedora.
A Rebecca riu baixinho e apertou levemente o braço dele.
— O senhor é sempre tão gentil. Sempre me recebe tão bem!
— E como não receberia? Você é uma moça tão linda, tão educada, tão distinta… Essas virtudes estão cada vez mais raras.
Ela sorriu, tocada pela sinceridade aparente.
— Ah, seu Raimundo… O senhor sempre tem palavras bonitas.
— E uma mulher como você é capaz de iluminar os lugares por onde passa.
— Que coisa linda de se ouvir. — Rebecca corou levemente. — O senhor me deixa até sem jeito…
— Nada disso! Eu só falo a verdade.
A Cinthia, alheia ao verdadeiro ritual de acasalamento a longo prazo que acontecia na sua frente, apenas pegou Rebecca pelo braço e a guiou até o quarto de hóspedes. Assim, a crentelha se afastou, deixando Raimundo com um olhar satisfeito no rosto.
Enquanto isso, eu continuava esperando o momento certo. Eu queria ver. Como seria a Rebecca à noite, longe das saias longas e das blusas comportadas? Quando as luzes se apagassem, quando estivesse sozinha, será que aquela evangélica tão devota ainda pareceria tão inocente assim?
É claro que, a essa altura, eu tinha fotos e vídeos dela pelada e fodendo com o marido. Já tinha prestado tantas homenagens a ponto de ter decorado o formato daquele matagal castanho que ela chamava de pelos pubianos. Mas ver de perto ao vivo sempre era melhor.
Na hora certa, cada um se recolheu aos seus aposentos. A Cinthia adormeceu rápido, como sempre. Eu, por outro lado, permaneci atento.
Minha estratégia era simples: eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, a Rebecca sairia do quarto para beber água ou usar o banheiro. Então, depois que a Cinthia adormeceu, fui para a sala, onde fiquei fingindo ver TV com o volume quase no mínimo.
E então aconteceu. Ouvi a maçaneta do quarto de hóspedes girar. Meu coração acelerou.
A porta se abriu lentamente. Eu virei levemente o rosto, fingindo desinteresse, mas pronto para flagrá-la com aquele short-doll que eu tanto imaginava.
Mas o destino pregou uma peça cruel.
A figura que emergiu do corredor não era a Rebecca. Era o seu Raimundo. E ele não estava sozinho.
Lá estava a Rebecca, sonolenta e distraída, andando pelo corredor. O velho sorria e segurava delicadamente o cotovelo dela, como um cavalheiro ajudando uma dama.
— Minha querida, cuidado para não tropeçar. Essa casa tem uns cantos escuros… — ele murmurou, fingindo preocupação.
— Obrigada, seu Raimundo, mas estou bem — ela respondeu, esfregando os olhos.
Ela trajava exatamente o que eu queria ver: uma camisola leve, de alças finas, e um short-doll de tecido suave que marcava sutilmente suas formas. Mas quem estava ali, ao lado dela, era aquele velho safado.
— Você devia se hidratar. Vem cá, pega um copo d’água na cozinha — ele a conduziu com toda a paciência do mundo.
E ela obedeceu, sem desconfiar de nada.
E eu assistia aquilo incrédulo.
Ele riu baixinho enquanto pegava o copo para ela, lançando-me um olhar de canto. Como se soubesse exatamente o que eu estava tentando fazer.
Filho da mãe. Ele tinha me passado para trás.
Eu cerrei os dentes, frustrado, mas mantive a pose. Ainda havia muitas noites pela frente.
No dia seguinte, extravasei toda a minha raiva aplicando provas surpresa em todas as disciplinas que dei no dia. Só para derrubar a média e ameaçar reprovar alguns. Cheguei cansado, porém satisfeito com os olhares desesperados que vi de alguns.
No elevador do condomínio, tudo que eu queria era chegar em casa, cheirar a calcinha usada que a Rebecca provavelmente tinha deixado no cesto que deixamos no quarto de hóspedes tomar um banho, e assistir alguma série da Netflix.
Quando a porta do elevador ia se fechar, um braço forte surgiu para impedir que ela travasse. O Antônio entrou apressado, ainda com fones de ouvido e uma expressão distante. Ele me olhou e acenou com a cabeça em um cumprimento breve.
— Professor Jonas — disse sem tirar os fones.
— Antônio — respondi no mesmo tom.
O elevador começou a subir, e ficamos ali, em silêncio, dividindo aquele espaço pequeno com o barulho abafado do que quer que ele estivesse ouvindo. O rapaz tinha um jeito meio desleixado, sempre de moletom. Parecia distraído demais para alguém que devia estar se preocupando com notas baixas e prazos apertados. Eu devia ser particularmente cruel na correção da prova dele só por birra dele ser namorado de uma gostosa como a Letícia.
A porta se abriu, mais uma vez, no mezanino e a Odete entrou. O perfume dela invadiu o pequeno espaço imediatamente, um cheiro adocicado e forte, quase agressivo. Ela estava, como sempre, vestida de um jeito que valorizava as curvas, mas que realçava a barriga saliente e seus seios que passaram da idade em que “grande” eram necessariamente um elogio. Assim que me viu, abriu um sorriso largo.
— Ora, ora… — disse ela, como uma gata prestes a dar o bote.
O Antônio reprimiu uma risadinha, olhando de esguelha para mim. Então, até ele sabia da fama da Odete. Registrei essa informação me indagando se ele já havia comido ela também. Seria humilhante demais, até para os padrões abissais de baixa autoestima do Carlos, ser corno até de seus alunos.
— Odete — cumprimentei, mantendo a voz neutra.
Ela se aproximou um pouco mais, como se o espaço já reduzido do elevador não fosse suficiente. Seus olhos passearam por mim.
— Você anda muito sumido. Esqueceu do caminho até meu apartamento?
Soltei um leve suspiro. Não era como se eu não soubesse no que aquilo ia dar. Nossa última transa foi para lá de intensa. Mas eu ainda ponderava se valia a pena entrar nessa de novo, quando tinha uma oferta tão mais tentadora em casa.
Não que o fato do Carlos ser meu amigo me desse escrúpulos. Se ele era tão passivo a ponto de se deixar ser uma piada para todo mundo, que sabia que ele era corno de metade do prédio, isso era problema dele. Se todo mundo ria dele pelas costas, isso era problema dele. Ele que tomasse uma atitude.
— Andei ocupado — respondi.
— Sempre se arranja pra uma visitinha… — ela rebateu.
O Antônio soltou uma risadinha baixa. Aquilo me fez rir por dentro. Ia ser engraçado dar um jeito de fazer o Antônio comer a Odete e espalhar pelo faculdade que o Carlos era corno. Talvez o que o Carlos precisasse para reagir fosse ser ainda mais derrubado pro fundo do abismo depois do fundo do poço.
O elevador finalmente chegou ao meu andar. A porta se abriu e eu dei um passo para fora, mas antes de sair, a Odete sussurrou:
— Pensa com carinho, Jonas. Minha porta sempre está aberta.
Não olhei para trás, mas senti o olhar de Antônio me acompanhando. Quando a porta começou a se fechar, ouvi sua última provocação:
— Vai recusar, professor?
A porta se fechou, e fiquei ali no corredor por um momento, ainda sentindo o cheiro doce da Odete no ar. Sorri de leve. Talvez eu realmente devesse pensar com carinho sobre fazer o Antônio comer a Odete. Seria a oportunidade perfeita para o Carlos ferrar com ele, o reprovando com toda a rigidez possível, finalmente tomando uma atitude e se vingando de, pelo menos, um dos homens que comeu sua esposa.
Os dias passaram, e eu ia me acostumando com a nova rotina da casa. Durante o dia, cada um seguia sua vida normalmente. Eu, Cinthia e Rebecca íamos ao trabalho, e o seu Raimundo fazia sabe-se lá o que velhos aposentados fazem. Mas à noite, agora, eu tinha o privilégio de ver não apenas a minha esposa, mas também a Rebecca andando à vontade, com as suas belas curvas expostas para os meus olhos gulosos.
A Rebecca, antes tão reservada, começava a se sentir em casa. No início, ainda se movia com certa timidez, mas com o passar dos dias, foi relaxando. Sua combinação caseira de regata fina e shortinho de malha moldava perfeitamente seu corpo, deixando suas desejadas coxas à mostra. A Cinthia, por sua vez, sempre gostou de se vestir de forma confortável, mas agora, talvez sem perceber, parecia competir. Usava baby-dolls de seda que escorregavam suavemente por sua pele, revelando mais do que escondendo. Seus seios eram maiores que os de Rebecca ficavam ainda mais convidativas quando ela se esticava no sofá, despreocupada.
O ponto-chave dessa mudança em Rebecca, eu percebi logo, vinha das interações com Raimundo. Aquele velho safado era mesmo um mestre da manipulação, e dia após dia, com sua lábia e seu jeito sedutor, foi deixando a Rebecca mais à vontade.
O que começou com elogios e piscadelas, que a Rebecca corava e agradecia, com tempo foi evoluindo. Ele sempre tocava levemente seu ombro, seu braço, ajeitava uma mecha de cabelo que caía sobre seu rosto. Pequenos toques que ela aceitava sem resistência. E, cada vez mais, os toques se tornavam mais demorados. E eu notava que ela gostava da atenção, gostava da forma como ele a via. E isso a fazia se soltar mais.
Na quarta noite, comecei a notar atitudes mais permissivas da Rebecca. Algo relativamente sutil: ela não estava mais usando sutiã em casa. Ela estava de camisola, uma peça fina, de algodão, que moldava suavemente suas formas. Quando ela se inclinou para pegar algo sobre a mesa, os contornos ficaram evidentes. Os seios naturais, firmes, sem qualquer barreira de tecido estruturado, balançaram levemente com o movimento. Meu olhar ficou preso ali por alguns instantes, enquanto minha mente registrava a novidade. Não era possível que aquilo fosse um simples descuido.
Só podia ser influência do velho Raimundo. Devia ser mesmo um mestre em quebrar resistências, um verdadeiro técnico de pontos corridos, planejando sua progressão a cada rodada mesmo sabendo que o título só viria em algumas temporadas.
Naquela noite, eu os flagrei na cozinha, rindo de algo que só os dois entendiam. A Rebecca estava sentada no sofá, usando uma regata de tecido fino, sem sutiã, e um shortinho confortável de dormir. O velho Raimundo, de pijamão, preparava um chá de erva-doce para a Rebecca, dizendo que ajudaria a relaxar. Ela aceitou com um sorriso, soprando a bebida quente enquanto conversavam sobre livros, fé e pequenas histórias do dia a dia. Ele pegou sua mão com delicadeza ao contar uma história, e ela não recuou. Ao contrário, apertou de leve os dedos dele antes de soltar, ainda sorrindo. A cada frase espirituosa do Raimundo, ela ria, cobrindo os lábios com a mão, um gesto que ele achava encantador.
— A gente precisa buscar a paz nas pequenas coisas — comentou ela, sobre o tópico que conversavam.
— E encontra? — perguntou ele, inclinando-se ligeiramente para mais perto.
— Encontro, sim… Mas às vezes é difícil.
Dessa vez, foi ela quem segurou a palma áspera do velho, apertando de leve, enquanto trocavam olhares indefiníveis por alguns instantes, antes de soltar.
— Todo mundo precisa de um descanso, minha querida — ele disse, sua voz baixa e persuasiva. — E de um bom chá para acalmar o coração.
Ela riu, relaxando mais contra as costas da cadeira, deixando-se envolver pela atmosfera confortável que o Raimundo tão habilmente criava.
Permaneci no corredor, ajudado pelas sombras. Estava morbidamente curioso sobre o próximo passo do velhote. Em pé, ele pousou seus olhos nas alças da regata da evangélica.
— Rebecca, minha querida, você tem uns nós aqui no ombro. — ele se aproximou dela com aquele tom sempre afável. — Você anda muito tensa!
— Ah, deve ser do trabalho… — ela riu, inocente.
— Bobagem! Deixa eu soltar essa tensão pra você — ele insistiu e suas mãos calejadas dele pousaram sobre os ombros dela, massageando devagar.
Vi quando os dedos dele deslizaram dos ombros para a parte superior das costas, depois descendo perigosamente perto da lateral dos seios. Qualquer outra mulher teria se afastado imediatamente, mas a Rebecca permaneceu ali, completamente à vontade.
— Tá vendo? Melhor assim, não tá? — Raimundo murmurou, com os polegares pressionando a base do pescoço dela.
— Hmmm… até que está… — ela suspirou, inclinando um pouco a cabeça para trás.
O velho deslizava seus dedos pelas laterais dela sem que houvesse qualquer resistência. Quando a massagem terminou, ele ainda passou uma das mãos pelo braço dela em um gesto “carinhoso”, deixando os dedos roçarem de leve o lado do seio.
— Até que eu estava realmente precisando de algo assim... — comentou Rebecca, sorrindo e agradecendo como se aquela massagem fosse puramente inocente.
Na sexta noite da Rebecca no nosso apartamento, permanecia curioso sobre a evolução daquela amizade ridícula. Meia-hora depois da Cinthia cair no sono, me esgueirei pelo corredor. O apartamento estava silencioso, salvo pelo som abafado de vozes vindo da sala: Rebecca e o velho Raimundo. Eu já imaginava onde essa história ia dar, mas queria estar presente no “quando”.
Encostei-me na parede, num ponto estratégico onde podia ouvir sem ser visto. A voz da Rebecca vinha carregada de emoções, aquele tom embargado de quem finalmente encontrou um ouvido disposto a escutar.
— ... Como se tivesse algo quebrado dentro de mim.
Raimundo fez um som de assentimento, aquele murmúrio grave de quem se compadece. Ah, como ele era esperto. Velho safado.
— Eu entendo, minha querida — respondeu ele, com aquele tom paternal, paciente. — A vida tem dessas coisas. Às vezes a gente segue tudo como mandam, mas ainda assim sente um vazio, né? Como se estivesse sempre devendo algo pra si mesma.
Eu revirei os olhos. Lá vinha o papo de sábio vivido. O velho atuava bem como alguém que parecia mesmo preocupado, mas eu sabia que, por dentro, já estava bolando o próximo passo para fisgar a crentelha gostosa.
— Exato! — exclamou Rebecca, com uma empolgação ingênua. — Eu me dediquei tanto ao meu casamento, à igreja, à minha carreira... Mas sinto que, no fundo, nunca fui eu de verdade. Sempre a esposa perfeita, a filha perfeita, a crente exemplar...
— Mas você já se perguntou quem é a Rebecca sem esses rótulos? — perguntou seu Raimundo, manso, como quem joga a isca e espera pacientemente pelo peixe.
Ela ficou em silêncio por alguns instantes. Vi quando abaixou a cabeça, mexendo nos dedos, um gesto nervoso. Seu Raimundo se inclinou levemente na poltrona, demonstrando um interesse que parecia sincero... Mas eu conhecia bem esse tipo de cena.
— Eu não sei... Nunca pensei nisso. E isso me assusta — confessou ela, a voz baixa.
— Não tenha medo de se conhecer. De se permitir sentir. Você não pode viver para agradar os outros pra sempre. Tem que descobrir o que te faz feliz.
— Mas a felicidade vem de Deus. Que a gente deve se doar ao outro, ser humilde, obediente... — argumentou Rebecca, a voz cheia de hesitação.
— E quem disse que se conhecer não faz parte disso? — retrucou seu Raimundo. — A Bíblia fala sobre luz e verdade. Como você pode seguir seu caminho se nem sabe qual é?
A Rebecca engoliu em seco. Ah, o velho era bom nisso. Mestre da lábia.
— Eu... Eu me sinto culpada só de pensar nisso — admitiu, baixando os olhos. — Como se estivesse traindo tudo em que acredito. Mas, ao mesmo tempo, eu sinto que... eu só queria poder ser eu mesma, sem medo.
— E o que você acha que te impede? — perguntou ele, inclinando-se um pouco mais.
Eu podia ver o olhar atento que lançava sobre ela, mas não confiava nele. Pessoas como o velho Raimundo sempre pareciam sábias e benevolentes... até que revelassem suas verdadeiras intenções.
— Tudo — murmurou, quase num sussurro.
— Você tem direito de se descobrir, minha querida. De ser livre dentro de si mesma. Não precisa jogar tudo fora, mas também não precisa viver presa. O que você quer para si mesma?
Conhecia esse papo. “Seja livre” sempre vinha pouco antes do “agora me dê a buceta ou o cu”.
A Rebecca suspirou, passando as mãos nos cabelos. Quando falou de novo, sua voz veio carregada de um alívio estranho.
— Obrigada, Seu Raimundo. O senhor é... tão diferente. Não me julga, não tenta me corrigir. O senhor só me ouve.
E então aconteceu. Ela se levantou e, antes que eu pudesse processar, envolveu o seu Raimundo num abraço apertado. O velho retribuiu, afagando suas costas com delicadeza.
Eu já conseguia até imaginar ele soltando um "Eu estou aqui pra você, minha querida", seguido de um carinho no rosto e um olhar intenso. Era só uma questão de tempo até a Rebecca cruzar aquela linha que, até então, ela jurava intransponível.
Eu me afastei devagar, voltando pelo corredor sem fazer barulho. Já tinha visto o suficiente. Sabia exatamente onde isso ia dar. Era só uma questão de tempo.
Pois bem, leitor. No próximo capítulo, eu vou tirar a virgindade anal de um(a) certo(a) personagem. Quem vocês acham que será? Antes de concluir, gostaria que me respondesse nos comentários a seguinte questão:
Vocês acham/preferem/torcem para que:
a) O seu Raimundo realmente voltou a ser um cafajeste depois que a esposa morreu e está tentando seduzir a Rebecca?
b) O seu Raimundo realmente se regenerou e está sendo sincero com a Rebecca, o Jonas que insere maldade em tudo?
c) O seu Raimundo realmente se regenerou, mas está apaixonado pela Rebecca e está usando as cartas que tem em um jogo longo para conquistar o coração dela?
Coloquem nos comentários o que vocês torcem ou preferem que venha a acontecer com o caráter do seu Raimundo nos próximos capítulos. Em breve, teremos a continuação.
AVISO AOS LEITORES: Sim, eu diria que, enquanto as séries do Rogério, Carlos e Érico tem protagonistas que podem ser considerados “bons”, esta série e a do Lucério são dos protagonistas vilões.
Inclusive, por esta série já ter um vilão destacado (Jonas), decidi dar a opção aos leitores de julgar se o Raimundo merece ser um vilão ou uma pessoa boa/com tons de cinza que é tida como “velho safado” pelo narrador não-confiável.
P.S.: Esta série, bem como as "Passando a Vara nas Vizinhas. Ou Não." e as "Eu e Minha Esposa Pulamos a Cerca... E o Caos Explodiu" são spin-offs da "Eu, minha esposa e nossos vizinhos". Às vezes, eu demoro mais tempo para publicar uma delas porque quero manter todas no mesmo período cronológico.