Um dos maiores clichês das férias na região onde moro, acredito eu, é o resort all-inclusive. All-inclusive significa que comida e bebidas – alcoólicas ou não – estão incluídas no valor da diária. Sites de viagem vendem pacotes a preços obscenamente baixos, principalmente se a época desejada for depois do verão, e todo ano resorts no México e no Caribe ficam lotados de estrangeiros (e locais!) vivendo o clichê.
E foi em Outubro, portanto Outono aonde moro, que viajamos com meus compadres. Éramos eu e meu marido Eduardo; Roberto, meu compadre e amante; Teresa, sua esposa; e nossas crias. Meus pais estavam visitando a gente e também foram juntos. Sete dias sem cozinhar ou cuidar da casa; sem trabalhar; sem acordar cedo para levar as crianças para a escola. Sete dias de paz.
O resort era na beira da praia e tínhamos muitas opções do que fazer: duas piscinas grandes com uma pequena parte rasa dedicada às crianças; uma piscina de borda infinita que dava para o oceano; quadra de volei de praia; espaço para as criancas com supervisão; doze restaurantes; caiaque; praia com cadeiras e guarda-sóis e um bar; teatro com espetáculos norturnos diários; e muito mais.
Chegamos todos juntos, fizemos o check-in e fomos deixar as malas nos quartos, que eram lado a lado. Logo já estávamos todos na piscina e à noite jantamos juntos. Em outubro os resorts ficam mais vazios e, como na semana que fomos havia o risco de um furacão passar próximo, o local estava mais vazio que o de costume.
O ser humano é uma criatura de hábitos. Precisamos de rotina para termos a sensação de que estamos no controle e que existe estabilidade em meio ao caos. Por isso, nos dias seguintes, fazíamos basicamente as mesmas coisas, nos mesmos horários, provavelmente sem perceber. Tomávamos café da manhã juntos e depois ficávamos na piscina com as crianças. No meio da manhã, os meninos iam jogar vôlei de praia. Depois do almoço, deixávamos as crianças no espaço infantil e Tetê e eu normalmente dormíamos um pouco. À noite, assistíamos o show no teatro, logo após a janta. Todos esses momentos eram acompanhados de muita bebedeira – com moderação (ou não), é claro.
A parte da rotina que me faltava eram os encontros com Roberto. Quando em casa, nos encontrávamos pelo menos duas vezes na semana para nos curtirmos um pouco ou transar alucinadamente. Mas aqui estava eu, sem poder aproveitar aquele lugar paradisíaco com o meu amante porque nossos respectivos – e crias – estavam conosco. Pra dificultar, ainda tinham meu pai e minha mãe que nos acompanhavam para todos os lugares.
Como não podiamos simplesmente sumir porque nossa ausência certamente seria notada, o jeito foi improvisar e aproveitar como dava. No café da manhã no segundo dia em que estávamos lá, sentamos em uma mesa. Roberto estava na cadeira à minha frente e logo que começamos a comer, senti algo encostar na panturrilha. Uma sensação leve e gostosa que logo me deixou arrepiada. Era Roberto, que esfregava seu pé bem de leve com movimentos lentos subindo e descendo na minha perna. Era pouco, mas dada a situação foi o bastante para me deixar toda molhadinha.
Nos dias que seguiram, eu continuava ardendo de tesão e o jeito era descontar no Edu. Esperávamos as crianças dormirem e transávamos tentando não fazer barulho. Mas o Edu era muito feijão-com-arroz e não tinha a pegada do Roberto. A sensação era a mesma de estar com vontade de tomar Coca-Cola mas o local só tem Pepsi; você bebe, mas não se sente saciada.
Roberto continuava se aventurando como dava. Certo dia, estávamos em uma das piscinas. O local estava vazio com basicamente o nosso grupo e o pessoal da animação – o resort tinha um grupo que ficava entretendo os hóspedes com brincadeiras e músicas. Os animadores estavam apenas tocando músicas já que não tinha gente o suficiente para brincar. Meus pais, Edu, e Tetê estavam sentados em cadeiras tomando sol enquanto as crianças brincavam na parte rasa. Eu estava na água, apoiada na borda e virada de frente para as cadeiras, conversando com a minha mãe e meu pai enquanto Roberto estava ao meu lado, mas de costas para eles; sua cabeça encostada na borda e seu corpo quase todo submerso. Ele tinha um olhar meio meditativo.
Em um dado momento, Roberto olhou para trás, procurando não sei o quê, deu um sorriso para mim e voltou a olhar para a frente. Foi quando senti sua mão tocando minha buceta por cima do biquíni. Fiz uma breve pausa na conversa enquanto dava um suspiro mas logo continuei falando para não levantar suspeita. Sua mão continuou me acariciando, aumentando a intensidade com seus dedos esfregando meu grelinho. Abri um pouco as pernas para facilitar seus movimentos. Roberto então afastou o biquíni, deixando minha bucetinha exposta, e continuou a acariciar meu grelinho, dessa vez pele-com-pele. Manter a conversa com meus pais, e agora com Edu, estava mais difícil e entre uma frase e outra eu suspirava fundo. Seus dedos agora me penetravam, primeiro um, depois dois, fazendo movimentos de vai e vem e de bônus ainda esfregavam meu clitóris quando saiam. Roberto estava me masturbando deliciosamente enquanto eu conversava com meus pais e Edu. Os movimentos se intensificaram e eu tentava ouvir mais do que falava enquanto seus dedos entravam e saíam de dentro de mim e minha respiração ficava mais ofegante; por vezes eu só murmurrava palavras desconexas e me controlava para não virar os olhos. O momento em que o orgasmo chegou meu corpo deu um estalo enquanto uma onda de calor subia começando pelos pés e chegando até meus olhos; eu tenho certeza que soltei um suspiro porque minha mãe perguntou se estava tudo bem comigo e eu só disse que senti um pouco de frio, ao que ela concordou ao comentar sobre minha pele toda arrepiada. Roberto continuou ali como se nada tivesse acontecido, com um sorriso sacana no rosto.
Naquela noite, tentei ensinar o Edu a me me chupar usando sua língua e seus dedos como meu compadre fazia, mas sem muito sucesso; Edu parecia ter alguma desconexão motora que o impedia de usar a língua e os dedos de forma eficiente. Acabei não gozando e fui dormir de mau-humor; queria Roberto me chupando.
No dia seguinte, notei a ausência de Roberto e sua família. Soube depois que eles foram fazer um passeio externo e que Edu não quis ir. Acabei brigando com ele pois tomara a decisão sem ao menos me consultar. Meu mau-humor piorou e acabamos deixando as crianças na área infantil quase o dia todo e fiquei dando gelo no Edu, que não se abalou e foi fazer outras atividades com meu pai enquanto eu passei o dia deitada à beira da piscina. Passei o tempo pensando no Roberto e no orgasmo que ele havia me dado no dia anterior, o que me deixou molhada e com mais tesão que o de costume. Minha cara não era de muitos amigos quando um dos animadores, um mexicano nos seus 20 e poucos anos, corpo sarado e sorriso encantador veio puxar papo.
O pessoal da animação era super alto astral e sempre interagiam com os hóspedes, e nós acabamos ficando bem próximos deles já que o local estava um pouco vazio. Emílio foi quem se aproximou, ele era muito simpático e estava sempre sorrindo. Conversamos sobre assuntos diversos em um espanhol arranhado da minha parte, e depois de um tempo meu humor melhorou um pouco. Minha mãe eventualmente explicava uma coisa ou outra já que ela fala espanhol fluente. No final da conversa, Emílio voltou aos seus afazeres mas não antes de falar alguma coisa que, a princípio, eu não entendi (ou pensei não entender) mas que depois minha mãe confirmou: Emílio tinha dado em cima de mim, ainda que de forma sutil e educada. Minha mãe ficou me zoando e botando pilha por eu, no alto dos meus 35 anos, ter recebido uma cantada de um jovenzinho de 22 anos. Confesso que fiquei um pouco excitada; acho que ser desejada é um pouco afrodisíaco.
No final do dia, nos encontramos com Roberto e família para jantar. Quando caminhávamos de volta para os quartos, tive a chance de caminhar só com Roberto, afastado do resto do pessoal. Briguei com ele por ter saído e passado o dia longe de mim, ao que ele pediu desculpas e disse que iria me compensar. Ele aproveitou que ninguém estava olhando e me deu um rápido beijo no pescoço enquanto apertava minha bunda.
Depois da janta, teríamos o habitual show no teatro. Diferente das outras noites, o espetácuo não era muito voltado para o público infantil. Tetê reclamou de estar com dor de cabeça e disse que ficaria no quarto com as crianças; já Edu disse que o show parecia uma merda e não iria (acho que ainda estava puto comigo porque eu fiz greve na noite anterior). Acabamos que fomos apenas eu, Roberto, e meus pais. Antes de sair de casa, recebi uma mensagem do Roberto: “vai de vestido e sem calcinha”. Obedeci, é claro, colocando um vestidinho bem solto, sem calcinha e sem sutiã. Sentei ao lado do Roberto e vez ou outra ele me acariciava as pernas. Nem prestei atenção direito ao show imaginando o que ele tinha preparado.
Ao final do espetáculo, os outros hóspedes se concentraram no bar que ficava do lado de fora do teatro. Meus pais disseram que iam voltar para o quarto para dormir mas Roberto sugeriu que bebessemos alguma coisa. Meus pais agradeceram e se despediram enquanto eu disse que ia ficar ali um pouco. Mandei uma mensagem para o Edu dizendo que ia chegar um pouco mais tarde e Roberto fez a mesma coisa, com respostas positivas de nossos respectivos. Enfim a sós com o meu compadre.
Ficamos ali, no meio dos outros hóspedes bebendo (eu, margheritas; Roberto, água com gás já que ele não bebe álcool) e conversando e nos comendo com os olhos, o desejo emanando de nossas peles quase que de forma física.
Em não muito tempo, um a um os hóspedes foram saindo pois o bar ficava aberto por somente uma hora após o fim do espetáculo. Não demorou e estávamos apenas nós dois sentados em um sofá, com a brisa de Outono nos refrescando. Roberto deu uma olhada ao redor antes de me abraçar e me dar um beijo cheio de língua e paixão. Nos entregamos um ao outro por longos minutos, com carinhos, abraços, e mão para todos os lados.
Não demorou para a mão do meu compadre entrar por debaixo do meu vestido, indo ao encontro da minha bucetinha recém-depilada e seus dedos me invadindo sem pedir licença, enquanto nossas línguas continuavam dançando sensualmente dentro de nossas bocas. Minha mão foi de encontro ao seu pau duro por debaixo da bermuda; todas as preocupações guardadas em um recipiente ao lado do sofá.
– Me come – disse para o meu compadre olhando fundo nos seus olhos.
– Aqui não dá, fica muito à vista. Mas tenho uma ideia. Me segue – disse ele, levantando do sofá e me levando pelas mãos.
Roberto me levou para dentro do teatro. Disse que outra noite ele percebeu que a porta ficava destrancada e que os artistas (que na verdade era o pessoal da animação) e funcionários saiam logo em seguida, antes do bar fechar.
– Aqui podemos ficar à vontade. – disse ele me levando para perto do palco.
Quando chegamos na fileira de assentos em frente ao palco, Roberto me virou abruptamente de costas pra ele me empurrando em direção ao assento e me colocando ajoelhada, de costas para ele. Em um movimento rápido, levando meu vestido, colocou seu pau pra fora e em uma rápida e forte estocada cravou seu pau fundo dentro de mim. Perdi minhas forças e minha vergonha dando um gemido que tenho certeza acordaria todo o resort, o corno do Edu inclusive, não fossem as paredes externas do teatro que eram isoladas acusticamente.
Um forte tapa na banda esquerda da bunda marcou o início das estocadas ininterruptas. Seu pau entrava e saia quase todo de dentro de mim em um ritmo corretamente cadenciado. Eu gemia alto e forte enquanto mordia meus lábios e tentava segurar a sua mão que me agarrava pela cintura. Entre puxões de cabelo e mais tapas na minha bunda, o orgasmo chegou de forma estonteante, deixando minha pernas sem forças para me manter em pé e uma onda de choque que percorreu meu corpo lentamente dos pés, passando pelas pernas, bunda, buceta, barriga, mamilos, terminando por revirar meus olhos. O calor que tomou conta de mim em seguida foi intensificado quando senti os jatos de porra de Roberto dentro de mim. Jato atrás de jato até a porra ficar sem espaço dentro de mim e começar a escorrer pelas pernas.
Roberto me abraçou por trás, ofegante, e me beijava a nuca. Eu já estava molhada de novo e querendo mais quando, em uma atitude inesperada, lembrei-me de algo que Tetê havia me dito tempos atrás e por algum motivo me deixou com um tesão danado naquele momento. Virei para o Roberto e disse:
– Tem porra escorrendo das minhas pernas. Me limpa com a língua.
Roberto não pestanejou e se ajoelhou atrás de mim e começou a passar sua língua pela minha perna até chegar aonde sua porra estava, e lambeu cada gota que escorria de dentro de mim. Quando chegou em minha buceta, sua língua encontrou meu clitóris sem dificuldade e seus dedos entraram em mim novamente e lá ficou ele, me chupando daquele jeito especial que só ele sabia. Não demorei e o orgamo veio novamente.
Quando teminou, vi que seu pau estava duro de novo. Dei um beijo demorado nele, dividindo um pouco do seu leite que ainda estava em sua boca e sentei no assento à sua frente, pegando seu pau enfiando-o todo de uma vez em minha boca. Eu alternava entre uma punheta e chupadas fortes na cabeça, eventualmente enfiando-o todo em minha boca até chegar na garganta, enquanto Roberto já tinha abaixado as alças do meu vestido e brincava com meus peitos.
Ele gemia e tinha a respiração ofegante, e começou a fazer movimentos de vai e vem, até que não aguentou e segurou minha cabeça e começou a foder minha boca como se fosse uma buceta. Os movimentos eram rápidos e seu pau entrava fundo na minha boca. Eu fazia o máximo de esforço que podia para não engasgar.
Naquele momento me veio à cabeça o quanto eu tinha evoluído no quesito boquete. Aparentemente meu boquete era básico e nunca nem tinha sonhado em fazer garganta profunda. Edu nunca foi muito criativo e ficava sempre no básico; foi Roberto quem me fez me redescobrir como mulher. O pau de Roberto continuava invadindo minha boca em um ritmo constante, por vezes sentia a cabeça batento no fundo de minha garganta, mas eu já sabia como lidar com isso e conseguia respirar e posicionar minha cabeça de forma que não causasse ânsia. Os movimentos se intensificaram, assim como os gemidos e a respiração de Roberto. Minha língua fazia pressão contra a parte de baixo do seu pau, o que eu soube aumentava a sensação de prazer. Minhas mão apoiadas em suas coxas, enquanto as suas seguravam minha cabeça firme no lugar.
Entre gemidos e respiros, Roberto disse:
– Vou gozar no fundo da sua garganta.
Isso foi outra coisa que mudou. Eu tinha nojo de esperma. Antes do Roberto, eu nunca tinha engolido; agora, toda vez que nos encontramos ele me faz tomar o seu leite. Os primeiros jatos acertaram o fundo da minha garganta e desceram sem muito esforço. Roberto continuava segurando minha cabeça com seu pau enterrado todo em minha boca. Os jatos continuavam a invadir a minha boca, até o momento em que eram mais rápidos do que eu conseguia engolir, o que fez com que a porra se acumulasse na minha boca. Fui engolindo o que pude, mas um pouco do seu suco ainda escorreu pela lateral da minha boca, caindo nas minhas pernas e um pouco no vestido. Quando terminou de gozar, Roberto tirou o pau de dentro da minha boca e esperou que eu terminasse de engolir para então colocar o pau de novo me pedindo para limpar, o que obedeci prontamente. Terminamos com um longo beijo.
Roberto, exausto, sentou-se no assento ao meu lado e me puxou para sentar em seu colo. Ficamos ali uns minutos abraçados trocando carícias até que senti seu pau crescendo novamente embaixo de mim.
– Não acredito que você ainda tem forças.
– Carol, estou na vontade desde que chegamos no México.
– Duvido você conseguir gozar de novo. Três vezes é demais. Você já está velho. – e dei uma risada. Claro que Roberto não é velho e ainda está nos seus quarenta e pouquinhos anos.
Ouvir a minha provocação parece que despertou alguma coisa em Roberto. Ele me deu um beijo longo e apaixonado enquanto me acariciava os peitos. Suas mão desceram até minha buceta e, mais uma vez, seus dedos começaram a brincar com meu clitóris. Abri minhas pernas o máximo que pude e deixei que seus dedos me violassem. Roberto lambia o bico dos meus peitos enquanto seu dedo me esfregava o grelo com força; alternadamente ele me penetrava com dois ou três dedos. Claro que não demorou e gozei de novo.
Roberto me levantou e me colocou na mesma posição de antes, ajoelhada no assento de costas pra ele.
– Agora você vai ver se o velho não consegue gozar três vezes.
Quando terminou a frase, seu pau apontou para a entrada do meu cuzinho. Ele nem se deu o trabalho de me lubrificar direito; apenas meteu o pau na minha buceta pra deixar ele melado com o meu mel. Não me lambeu ou me dedou para me relaxar e abrir um pouquinho. Acho que ficou realmente mexido com o que falei. A cabeça do seu pau passou com um bocado de dificuldades o que me fez soltar um grito, mais de dor do que de prazer. Só me lembro de xingar algo como “seu filho da puta”.
Depois que a cabeça entrou, Roberto ficou parado por uns minutos esperando meu cu se moldar ao seu pau. Ele me dava beijos na nuca e nas costas e acariciava meus seios o que acabou me fazendo relaxar. Quando sentiu que eu estava pronta, enterrou o resto do seu pau de uma vez e, sem pausa, iniciou o movimento de entra e sai. Meu cu ardia com um misto de dor e tesão. Sentia meu cu sendo rasgado e amaciado enquanto eu gemia e dizia que o amava e o xingava de filho da puta e mandava comer meu cu com força e pedia para ir devagar. Não demorou e senti o calor de sua porra dentro de mim.
Roberto ficou dentro de mim esperando seu pau amolecer enquanto me acariciava e me beijava. Disse que me amava e que queria me comer toda hora. Disse que me amava mais uma vez e que queria ficar comigo para sempre. Tirou o pau de dentro e, quando estávamos prestes a nos sentar mais uma vez, ouvimos aplausos. Puta que pariu.
Olhamos assustados ao redor e vimos quatro dos animadores, dois rapazes e duas meninas, saindo de um espaço na lateral do teatro. Entre eles estava Emílio. Os sacanas riam e aplaudiam enquanto caminhavam em nossa direção.
– Órale, Carol! Sabía que esa carita tuya no engañaba a nadie.
Ficamos um pouco desconcertados e sem saber muito o que fazer. Roberto ia começar a argumentar mas foi interrompido:
– No se preocupen. Lo que pasa en México, se queda en México.
Ficamos uns minutos conversando e eles explicaram que isso era mais comum do que as pessoas imaginavam – amantes e casais transando em locais escondidos nos resorts. Também contaram que era muito comum os hóspedes se envolverem com funcionários dos hotéis. Antes de irmos embora, notamos que Emílio carregava seu celular. Perguntamos se ele tinha filmado ao que ele só respondeu “claro”. Tentamos pedir para que apagasse o vídeo mas Emílio disse que seria uma lembrança que ele guardaria de mim, vendo-me, de acordo com suas palavras, “en una actuación excepcional”. Roberto pediu ao menos uma cópia do vídeo para ele também poder apreciar quando sentisse saudades minhas, o que foi prontamente atendido.
Nos próximos dias, encontrar o pessoal da animação era um pouco esquisito, mas eles acabavam “descontraindo” a situação: quando trocávamos olhares e eles viam que ninguém estava olhando faziam gestos diversos para me sacanear, como por exemplo levar o punho fechado em frente à boca fechada e fazendo movimentos de vai e vem enquanto com a língua empurram a lateral das bochechas, simulando um boquete; ou então, os meninos, simulando estarem comendo alguém de quatro enquanto dão tapas na bunda; as meninas abaixavam colocando a mão no joelho e empinando e rebolando a bunda. No final todos ríamos da situação.