Casamento Arranjado! Cap.19 Segunda Temporada

Um conto erótico de Alex Lima Silva
Categoria: Gay
Contém 2010 palavras
Data: 08/03/2025 10:38:50

Eu estava na horta da fazenda, cuidando das leguminosas , enquanto Eduardo tomava um café na varanda. Quando a tranquilidade do momento foi quebrada pela ligação inesperada. A voz no outro lado da linha era da delegada Fernanda!

— Senhor André? Preciso que o senhor e seu esposo venham para São Paulo o mais rápido possível. A situação sobre a herança complicou ainda mais, e agora há uma nova descoberta que requer a presença de vocês.

O tom de urgência na voz da delegada fez meu coração disparar. A herança, que antes parecia resolvida, agora estava mais envolta em mistério do que nunca. Eu olhei para Eduardo, que havia percebido a mudança no meu rosto.

— O que aconteceu? — ele perguntou, aproximando-se.

Eu respirei fundo antes de responder.

— Precisamos ir para São Paulo. Parece que a situação da herança ficou ainda mais complicada. A delegada Fernanda falou em uma "descoberta", mas não deu detalhes.

Ele assentiu, pegando rapidamente algumas roupas e se dirigindo até o carro. Não havia tempo a perder!

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A viagem no dia seguinte até São Paulo foi mais tensa do que qualquer outra que já fizéramos.Era quase 15:00 hrs da tarde quando desembarcamos!

A cidade, normalmente vibrante e cheia de vida, parecia agora um lugar distante e estranho, como se o peso dos acontecimentos começasse a pesar no ar.

Depois de fazer o check in no hotel, tomamos um banho e fomos em direção ao endereço indicado pela delegada, um prédio antigo e imponente nos esperava.

Fernanda nos recebeu na entrada, com uma expressão que refletia a seriedade da situação.

— Senhor André, senhor Eduardo, obrigado por virem tão rápido. A situação é mais grave do que imaginávamos.

Ela nos conduziu até uma sala, onde alguns policiais já estavam reunidos. O ambiente era sóbrio, com papéis espalhados sobre a mesa, como se estivessem tentando juntar as peças de um quebra-cabeça complicado.

— O que está acontecendo, delegada? — perguntei, tentando manter a calma.

Ela olhou para Eduardo e depois para mim, antes de começar a falar.

— Acontece que, após investigarmos mais a fundo, descobrimos que seu avô, Gustavo, não faleceu como todos acreditavam. Ele estava, na verdade, escondendo de um inimigo de longa data, alguém com quem ele tinha um sério desentendimento. A herança que você e seu marido receberam não era apenas uma herança comum, mas sim parte de um jogo maior que envolve a segurança de sua família. Seu avô está vivo André. Ele está esperando por você.

As palavras dela foram como um soco no estômago. Eu não conseguia processar. Meu avô... vivo? Eu tinha sido informado de sua morte anos atrás, e agora isso? Meu corpo se congelou enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

— O meu avô? Ele está vivo? — perguntei, quase sem acreditar.

Fernanda confirmou com um aceno de cabeça, seus olhos sérios.

— Sim, senhor. Ele está vivo, e ele precisa de vocês. O mais rápido possível.

Depois de mais algumas explicações, fomos levados a uma casa afastada, localizada nos arredores de São Paulo. O ambiente era silencioso, quase desolado, como se escondesse algo. Dentro da casa, a figura de um homem idoso estava sentada à mesa, sua cabeça cheia de cabelos brancos, mas os olhos ainda vivos e atentos.

Eu congelei ao vê-lo. Era meu avô, Gustavo. Ele parecia diferente, mais envelhecido do que eu me lembrava, mas havia algo na maneira como ele olhou para mim que me fez entender que tudo o que ele havia feito, tudo o que ele havia escondido, era por um bom motivo.

— André, meu neto... — a voz dele era grave, mas cheia de emoção. Ele se levantou lentamente e me abraçou com força. — Eu sabia que você viria. Sabia que você ia descobrir a verdade.

Eu ainda estava em choque, mas consegui falar, tentando organizar os pensamentos.

— Mas... por que você fingiu a sua morte? E a herança? Como tudo isso se encaixa?

Ele me olhou com um sorriso triste.

— A herança não era apenas dinheiro, André. Ela era uma parte de um acordo que fiz anos atrás com um homem chamado Vicente Andrade. Ele era um inimigo perigoso, e eu precisei sumir para proteger todos vocês. Não podia mais arriscar sua segurança, nem a de seus pais. E, mais importante, não poderia deixar que a verdade sobre a minha morte fosse descoberta. Foi necessário esconder minha presença, e a herança foi uma forma de garantir que ninguém desconfiasse do meu paradeiro.

Eduardo e eu trocamos um olhar, tentando digerir cada palavra.

— Mas o que ele queria com a herança? Por que ele ficou atrás de você? — perguntei, tentando entender.

Meu avô suspirou e se sentou novamente à mesa. Ele indicou que sentássemos também.

— Vicente Andrade sempre soube da minha herança, mas o que ele queria, na verdade, era algo muito mais valioso. Ele estava atrás de informações que eu tinha sobre negócios e terras que ele achava que estavam sob meu controle. Quando ele soube da herança, pensou que eu estaria mais vulnerável. Não poderia deixá-lo se aproximar. Por isso, decidi desaparecer.

Eu estava atônito, sem saber o que mais perguntar. Tudo o que eu pensava ser verdade estava em risco, e o homem que eu achava ter perdido estava ali, na minha frente, explicando tudo.

— E agora, o que fazemos? — perguntou Eduardo, claramente ansioso.

Gustavo permaneceu em silêncio por alguns segundos, como se ponderasse sobre as palavras que estava prestes a dizer. Ele olhou diretamente para mim, e pude ver uma expressão de alívio e, talvez, de arrependimento nos seus olhos.

— Vicente está morto — ele disse finalmente, a voz grave, como se a própria revelação fosse um fardo pesado que ele precisava dividir. — Ele não sobreviveu aos inimigos que fez ao longo da vida. A última tentativa de encontrar e destruir a herança foi a sua última falha. Vicente morreu em um acidente, mas isso não significou que os problemas acabaram. Muitas pessoas ainda acreditam que o dinheiro e os bens estão perdidos.

A revelação me pegou de surpresa. Vicente Andrade, o homem que meu avô havia temido durante tanto tempo, estava morto. Isso significava que o perigo imediato já não existia mais. Porém, as palavras de Gustavo carregavam um novo peso, como se algo mais estivesse por trás dessa morte.

— Então, a herança... voltou para você? — perguntei, tentando compreender toda a situação.

Ele assentiu, seu rosto sério.

— Sim. Com a morte de Vicente, a herança que ele queria tomar de mim voltou para minhas mãos. Toda a fortuna que estava desaparecida foi localizada, todo o poder que ele tentou usurpar, agora está novamente em meu controle. E, como minha família, você e Eduardo também têm direito a ela.

Eduardo e eu nos olhamos por um momento, tentando processar a enormidade do que estávamos ouvindo. Era difícil acreditar que a situação tinha se desenrolado de tal forma. A herança estava de volta, e o peso de nossa decisão sobre o que fazer com ela agora caía sobre nossos ombros.

Gustavo, percebendo o silêncio, continuou.

— Se vocês quiserem, podem vir morar comigo. Eu tenho um lugar seguro, uma propriedade onde vocês não precisariam se preocupar com mais nada. Podemos deixar a fazenda, viver aqui em paz. Eu quero que vocês tenham tudo o que merecem. Eu... sempre quis ter minha família por perto.

Eu vi uma oportunidade ali, uma chance de mudar nossas vidas, de deixar para trás o caos da fazenda, mas havia algo que me impedia de aceitar. O vínculo que eu tinha com aquele lugar, com a vida simples que tínhamos construído na fazenda, era forte. A fazenda era nossa casa. Não era apenas um lugar físico, mas onde eu e Eduardo tínhamos começado a construir nossa história juntos, onde tínhamos enfrentado nossas dificuldades e nossos amores. Aquela vida, por mais complicada que fosse, parecia mais verdadeira do que qualquer riqueza que meu avô pudesse nos oferecer agora.

Eduardo, que até então se mantivera em silêncio, finalmente falou, com um tom firme, mas suave.

— Gustavo, entendemos o que você está dizendo, e agradecemos muito por nos oferecer um lugar seguro. Mas a verdade é que já temos nossa vida na fazenda. O trabalho, as amizades que fizemos, a liberdade que sentimos... tudo isso é valioso para nós. Não queremos abandonar tudo por conta da herança. A fazenda é a nossa casa agora.

Eu senti um alívio ao ouvir Eduardo, porque ele falou o que eu estava sentindo. Mas sabia que essa decisão não seria fácil para ninguém.

Gustavo olhou para nós com uma expressão de compreensão, mas também com uma pitada de frustração. Ele estava esperando uma resposta diferente, algo que o fizesse acreditar que ainda havia uma chance de reconstruir tudo como antes.

— Eu entendo, meus filhos — disse ele, suspirando. — Eu entendo que vocês tenham criado uma vida ali, e não é fácil deixar tudo para trás. Mas saibam que, com a herança, muitas portas se abrirão. A fazenda está em risco, não só por causa de antigos inimigos, mas por problemas que podem surgir por causa da herança. Não quero que vocês acabem em uma situação difícil, como eu fiquei no passado.

Eduardo olhou para mim com um semblante sério. Ele sabia o quanto eu me preocupava com a segurança da nossa vida na fazenda. E, embora fosse tentador aceitar a proposta de Gustavo, ele sabia que ainda havia muitas coisas não resolvidas na nossa história com a fazenda.

— Nós agradecemos de coração, mas nossa vida é lá, e nós queremos ficar — disse Eduardo, com firmeza. — Sabemos que isso pode ser mais arriscado, mas também sabemos que é a nossa escolha. Eu não me importo com a herança. O que importa é o que estamos construindo juntos.

Eu olhei para Gustavo, tentando transmitir a mesma determinação. Ele parecia querer insistir, mas ao perceber que nossa decisão estava tomada, sua expressão suavizou. Ele sabia que nada poderia mudar nossa vontade.

— Muito bem... se é o que vocês querem — ele disse, com um sorriso triste. — Eu respeitarei isso. Vocês são adultos, e a vida de vocês é de vocês para viverem. Eu só queria oferecer um futuro seguro para todos nós.

Gustavo se levantou, indo até uma mesa ao fundo. Ele pegou um envelope e entregou para Eduardo.

— Aqui estão os documentos relacionados à herança. Mesmo que vocês não queiram sair, ela ainda é parte de vocês, e é importante que estejam cientes de tudo que envolve o que agora é de direito de vocês.

Eduardo pegou o envelope, mas antes que pudesse dizer algo, meu avô o interrompeu.

— Se algum dia vocês precisarem, meus filhos, a porta estará sempre aberta. Não importa onde estejam, não importa o que decidam. Eu sempre vou cuidar de vocês.

Eu agradeci em silêncio, reconhecendo que, apesar de tudo, o amor e a preocupação de Gustavo por nós eram sinceros. Porém, a decisão estava tomada. A fazenda era nossa casa, e eu não ia abandonar o que construímos lá, mesmo que significasse enfrentar dificuldades.

Depois de nos despedirmos de Gustavo e sairmos de sua casa, Eduardo e eu ficamos em silêncio dentro do carro. Olhei para ele e sorri levemente.

— Você estava certo. Nossa casa é onde estamos juntos, não importa o que aconteça.

Ele me olhou com um sorriso, apertando minha mão.

— É isso aí, André. A vida que escolhemos é a nossa, e enquanto tivermos um ao outro, a fazenda será sempre nossa casa.

Continua..

Depois de tantas lutas, lágrimas, amores e perdas, **"Casamento Arranjado"** se aproxima do seu desfecho. Foi uma jornada intensa, cheia de reviravoltas e emoções à flor da pele. André e Eduardo passaram por provações que colocaram à prova não apenas seu amor, mas também sua força, sua coragem e tudo em que acreditavam.

Agora, na reta final, os momentos mais impactantes estão por vir. **Nada será como antes.** Cada escolha terá um peso, cada decisão poderá mudar o destino de todos.

Se você acompanhou essa história até aqui, prepare-se para os últimos capítulos. **O fim está chegando... e ele pode ser muito mais do que você imagina.**

**Não perca o que está por vir!**

**Com carinho,

Alex Lima Silva**

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Comentários

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Acho que eles deveriam comprar a fazenda daquele casal lá e ficar com ela

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Alex, se puder foca também na historia de túlio, vai ser bom acompanhar esse desabrochar de Túlio.

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