A exaustão que sinto agora é densa, pesada, mas carregada de uma satisfação profunda, como se cada músculo do meu corpo tivesse sido levado ao limite e depois acariciado de volta à vida. Meus olhos, ainda pesados, lutam contra a luz do amanhecer que invade o quarto, iluminando o cenário desordenado ao meu redor. Os lençóis estão torcidos, jogados de qualquer jeito, testemunhas mudas da noite que acabamos de compartilhar. E ao meu lado, ela ainda dorme. Seu corpo, nu e desinibido, está parcialmente coberto pelos lençóis, sua pele macia brilhando suavemente sob a luz do sol. Um sorriso sutil curva seus lábios, como se estivesse sonhando com o que fizemos. E eu não consigo evitar — meu corpo ainda vibra com o eco de cada toque, cada gemido, cada momento de pura entrega.
Vamos chamá-la de Lara. Lara, com seus olhos cor de mel que parecem ver direto na alma, seus cabelos castanhos que caem em cascata sobre os ombros, e uma confiança que é ao mesmo tempo intimidante e irresistível. Ela é o tipo de mulher que não pede atenção — ela a exige. E na noite passada, ela não apenas exigiu a minha, mas a tomou por completo, sem pedir licença.
A memória me leva de volta ao início, quando a vi pela primeira vez naquela festa. Ela estava de preto, uma blusa justa que abraçava seus seios de forma provocante, destacando cada curva, e uma saia curta que deixava pouco para a imaginação. Cada movimento dela era uma coreografia de sedução. Quando dançou, jogando o cabelo para trás com uma sensualidade que parecia natural, foi como se o mundo ao redor desaparecesse. Seus olhos me encontraram, e naquele instante, eu soube que estava perdido.
Eu, Ricardo, não sou um homem fácil de impressionar. Mas Lara tinha algo que me fez questionar cada regra que eu mesmo havia criado. Aproximei-me, hesitante no início, mas ela não deixou espaço para dúvidas. Seu olhar era um desafio, um chamado. Quando nossas mãos se tocaram, foi como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo. Ela se virou, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, seus lábios encontraram os meus. Macios, doces, mas com uma intensidade que me deixou sem ar. Seu perfume, doce e envolvente, parecia me puxar ainda mais para perto dela.
A noite avançou entre risadas, conversas sussurradas e toques que deixavam claro que nenhum de nós queria que aquilo terminasse. Decidimos ir a um lugar mais privado, e foi assim que acabamos no hotel. A garagem estava silenciosa, e assim que a porta se fechou, ela me puxou para outro beijo, desta vez mais urgente, mais faminto. Minhas mãos exploraram seu corpo como se estivessem tentando memorizar cada curva, cada detalhe. Ela respondeu com a mesma voracidade, suas mãos descobrindo o quanto eu já a desejava.
No quarto, ela se despia lentamente, revelando uma lingerie de renda preta que parecia ter sido feita apenas para aquela noite. Era um convite, uma promessa. O banho que se seguiu foi uma exploração mútua, com beijos que queimavam, mãos que descobriam e desejos que só cresciam. Ela me levou ao limite, e eu mal podia acreditar na intensidade com que ela me queria.
De volta ao quarto, ela assumiu o controle. “Hoje eu quero dominar”, sussurrou, e eu não tive escolha a não ser obedecer. Ela dançou para mim, seus olhos nunca deixando os meus, antes de se jogar sobre mim com uma confiança que me deixou sem fôlego. Suas palavras, quentes e insistentes, ecoaram em meu ouvido: “Agora é sua vez. Vem me beijar inteira.” E eu obedeci, começando por seus pés e subindo devagar, saboreando cada centímetro de sua pele.
O que se seguiu foi uma noite de pura entrega. Nossos corpos se entrelaçaram como se buscassem se fundir, movendo-se em um ritmo que só nós entendíamos. Cada gemido, cada suspiro, cada palavra incompleta era um testemunho do que estávamos vivendo. E quando ela finalmente se sentou sobre mim, movendo-se com uma graça que me levou ao limite, eu soube que não havia como resistir.
Agora, deitado ao seu lado, ainda sinto o eco daquela noite em cada fibra do meu ser. O sol começa a iluminar o quarto, e eu me pergunto se tudo isso foi real ou apenas um sonho intenso. Mas o sorriso nos seus lábios, a marca dos meus dedos em sua pele e o cheio doce do seu perfume ainda no ar me dizem que foi real. E eu não posso evitar — já estou ansioso pela próxima vez.