07 - Despejando a ansiedade da espera no cuzinho da Eudora.

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Heterossexual
Contém 3533 palavras
Data: 12/03/2025 17:15:04

EUDORA – A TÍMIDA SUBMISSA

Os dois dias até que chegasse o final de semana se arrastaram por causa de minha ansiedade. Eu era surpreendido pensando que tinha gostado de ser usado por Mirtes como um objeto no seu joguinho de provocar ao marido e o que mais me excitava ela me lembrar do momento em que ela falava com o ele ao telefone enquanto meu pau vibrava dentro de seu cu.

O problema era Eudora, mas isso era problema dela e não meu e resolvi com facilidade. Quando ela perguntou se eu ia estar em casa na sexta-feira olhei para ela me esforçando para demonstrar desinteresse e falei:

– Não sei. Acho que não. – E depois, endurecendo a expressão para que ela visse que eu estava contrariado, chamei a atenção dela: – E eu já falei que não quero falar sobre isso aqui. Mas não adianta, não é? Você não vai sossegar enquanto não der um jeitinho para que todo mundo fique sabendo que você é uma vadia.

Não consegui descobrir qual o efeito que minhas palavras tiveram sobre ela, pois quando fui prestar atenção nesse detalhe ela já tinha se virado e caminhava apressada para longe da minha mesa.

Na quinta-feira tivemos um problema com o fechamento do expediente e só consegui chegar em casa depois das vinte horas e, adivinhem quem estava lá esperando por mim.

Acertaram. Lá estava a Eudora com a mesa preparada para um jantar a dois. A putinha tinha preparado uma refeição completa. Estranhei o fato, pois eu não fazia comida em casa e nunca havia mantimentos na despensa e minha geladeira era um retrato do início dos tempos, pois ao abri-la, eu me deparava apenas luz, água e caos. Quando vi que não era um jantar simples, pois havia salada, carne, legumes e gelatina para sobremesa, perguntei:

– Aonde você arrumou essas coisas todas? Aqui nunca tem nada.

– Passei no supermercado antes de vir pra cá.

Não fiz nenhum comentário. Se ela queria gastar dinheiro à toa, ela que se fodesse. O dinheiro era dela. E tinha outra coisa que eu sei que ela queria e olhando para ela tentando administrar o meu apartamento e minha vida, tentando fazer daquela bagunça um lar, comecei a ficar irritado. Mas isso logo mudou, pois quando a vi de costas para mim lavando a louça na pia, fiquei admirando o seu bumbum grande e arrebitado até que ela, olhando para trás, percebeu para o que eu estava olhando e seu rosto ficar vermelho.

Aquela puta que já tinha perdido o cabaço da buceta, da boca e do cu e ainda queria dar uma de menininha comportada comigo. Isso me deixou irritado e descontei minha irritação nela:

– Eudora, tira essa calça porque, senão, ela vai ficar toda molhada.

Obediente como era, nem olhou para trás. Desafivelou o cinto, abaixou o zíper e, segurando ambos os lados da calça, começou a empurrar para baixo enquanto rebolava como é normal em toda mulher quando está se livrando dessa peça de roupa. Achei ridícula a cena que se formou depois de ter se livrado da calça comprida. O body que usava era comportado, com mangas compridas e gola rolê e até aí tudo bem, o problema é que ela o usava por cima de uma calcinha que nem merecia ser chamada de calcinha de tão grande que era e ficou muito estranho parte dela ficar aparecendo.

A cena que eu via é difícil de descrever, mas o leitor é capaz de imaginar. Como aquilo me surpreendeu, resolvi provocá-la e, depois de uma sonora gargalhada, falei em tom de deboche:

– Nossa! Você está ridícula com essa roupa.

Eudora não respondeu nada. Sequer olhou para trás. Isso só serviu para que eu ficasse ainda mais irritado e falei:

– Já que você adora usar esse tipo de roupa esquisita, poderia pelo menos usar uma calcinha menor.

– Desculpe. É que eu estava pensando em dormir aqui amanhã e não hoje. Por isso não escolhi outra.

– Não devia nem ter vindo. Eu preciso de uma mulher que me deixe com tesão e não broxa. – Respondi tentando ser engraçado quando na verdade estava sendo cruel.

Ela se virou para mim já com os olhos vermelhos. Senti um pouco de pena, mas só um pouquinho. Então, pensei em fazer algo para amenizar o clima que eu criara e falei:

– Quem sabe se você não se livrar dessa calçola não fique melhor?

Sem responder, ela levou a mão direita ao meio de suas pernas e fez um movimento, deixando a parte debaixo do body solto. E eu nem sabia que era por ali que abria aquela porra, pois nas poucas vezes que eu livrei Eudora daquela peça de roupa, achando que era um maiô, puxei as alças para baixo e tirei a peça por suas pernas. Mas naquele momento não era nisso que eu pensava, pois ela tinha puxado a peça e abaixou a calcinha ficando nua da cintura para baixo.

Fiquei olhando para a buceta dela me lembrando como era cabeluda nas primeiras vezes que a vi e agora estava cuidadosamente depilada. Não totalmente. Acima do grelinho havia um pequeno triângulo negro com os pelos aparados. Resolvi elogiar:

– Sabe que você tem uma buceta bonita? Bem diferente daquela floresta amazônica de quando eu te conheci.

A única manifestação de Eudora foi sorrir timidamente. Depois, de costas para mim, fechou o body e voltou à tarefa de lavar a louça. Fiquei olhando para a bunda dela que estava praticamente à mostra, pois embora a roupa fosse comportada, sua bunda era grande para ser totalmente coberta por ela. Fiquei admirado ao notar que a bunda dela parecia estar maior do que era antes e comecei a imaginar se aquele rabo gostoso não tinha crescido depois que a sua dona começou a dar o cu para mim. Quando dei por mim, meu pau estava completamente duro e pulsava sem que eu tocasse nele.

Bom. Se era pau que aquela vadia queria, era isso que ela ia ter. Levantei, arranquei apressadamente o short que usava e com o pau apontado para cima, andei em direção a ela e a abracei por trás. Quando ela sentiu a dureza do meu membro pressionando suas costas, deu um suspiro alto e se curvou fazendo sua bunda pressionar minhas pernas. Falei com a voz denunciando o tesão que sentia:

– Abre as pernas, vadia.

Ela obedeceu, mas não se limitou a isso e ficou nas pontas dos pés como se procurando encontrar pelo contato da bunda a dureza de meu pau e, olhando para trás, disse com aquela voz rouca que usava sempre que estava excitada:

– Assim?

Caralho. Quase que gozei só de ver aquela cena associada ao efeito que a voz dela provocou em mim com aquela voz carregada de desejo. Então respondi:

– Assim mesmo vagabunda. Puta como você sabe sempre o que precisa fazer, não é mesmo sua vadia?

O corpo de Eudora sofreu um leve tremor quando ouviu minhas palavras. Vendo isso, resolvi que tinha que me controlar e dar uma lição naquela garota para ela aprender que mulher nenhuma deve ir ao apartamento de um homem solteiro esperando que esse ato não trouxesse consequências. Então comecei a esfregar meu pau na entrada da buceta dela, alternando para o cuzinho e outras vezes esfregando a cabeça de meu pau em seu grelinho duro. Eudora começou a gemer alto e mexia o quadril tentando engolir meu pau com sua buceta molhada e eu, atento aos movimentos dela, evitava. Até que ela pediu:

– Não faz assim. Enfia.

– Não é assim que puta de verdade fala. Se é isso que você quer, pede direito.

Mas a Eudora, mesmo nesses momentos, era tímida demais para usar as palavras que eu queria ouvir e apenas gemeu alto. Um gemido que expressava não só o seu tesão, mas também a frustração de não sentir a buceta ser invadida pelo meu pau. Como ela não disse nada, falei:

– Fala logo. Se você não falar vai ficar querendo porque não vou enfiar nada nessa sua buceta viciada no meu pau.

Em seguida o barulho do tapa que dei em sua bunda encheu a cozinha e foi seguido pelos gemidos que saiam de sua boca:

– Aiiiii… Enfia logo.

– Então pede.

– Enfia seu pau em mim.

– Aonde? – Ela ficou em silêncio e eu insisti: – Anda logo biscate. Fala aonde você quer o meu pau?

Novo tapa e mais gemidos e depois ela falou:

– Aiiiii… Enfia… aonde… onde… vo.., você quiser… Aiiiii… quiser.

– Aonde eu quiser? Você tem certeza? – Falei dando outro tapa, agora usando a outra mão a mesma marca que existia na nádega, onde a mancha vermelha reproduzia fielmente o desenho da minha mão. Mais um grito de dor e continuei provocando: – Você tinha que pedir para eu foder a sua buceta. Mas como você não falou, fiquei acreditando que você não quer. Só por causa disso vou foder o seu cuzinho viciado.

A reação dela foi como se eu tivesse lhe dado uma ordem. Baixando mais os ombros até que seus seios ficassem pressionados no mármore frio da pia, ela levou suas mãos para trás e afastou suas nádegas, deixando o cuzinho marrom à mostra e dando a entender que era o que também queria.

Sem contemplação, coloquei o pau na entrada de seu rabo e fui empurrando. A única lubrificação que existia era o pouco do fluído de sua buceta que tinha aderido ao meu pau quando esfreguei a cabeça na entrada de sua xoxota. Eu sabia que não era o suficiente e, mesmo assim, pensei:

“Ela que se foda. Puta que é puta tem que dar o cu a seco.”.

Sem dar tempo para ela se acostumar com a invasão, logo que a cabeça se alojou entre suas preguinhas, fiz um momento com o quadril para frente e meu pau entrou rasgando naquela bundinha que se oferecia a mim. Uma única estocada e meu saco já estava espremido entre minha perna e a buceta dela.

– Aiiiiiiiiii… Assim não… Es… Doendo…

– É para doer mesmo vadia. Vagabunda como você tem que dar o cu a seco.

– Aiiiii. Não… Tira… Paraaaa…

– Tudo bem. Vou tirar. Mas depois você vai sair daqui e nunca mais volte. Estou cansado de gente fingida.

Comecei a recuar o corpo lentamente sem me importar com os protestos dela e quando já tinha tirado a metade senti a pressão que ela fez, contraindo os músculos de seu rabinho como se quisesse prender o meu pau ali dentro. Fiquei imóvel, pois fiquei curioso em saber o que aquela vadia queria e não esperei muito tempo, pois assim que sentiu que eu estava imóvel, Eudora movimentou seu corpo para trás e senti meu pau ser totalmente engolido por seu cuzinho.

– Aiiiii. Tá doendo. Mas eu… Aiiii… Que… Quero.

– Você quer, não quer? Então toma.

Aquela foi uma das raras vezes que Eudora disse alguma coisa durante o sexo, pois o normalmente ela apenas gemia. Apreciei aquela novidade, senti meu pau vibrar e segurei firmemente sua cintura e empurrei puxei seu corpo de encontro ao meu, levando meu pau de volta para as profundezas daquele rabo quente. Depois repeti o processo, empurrando para frente até que apenas a cabeça estivesse alojada dentro dele e fiquei parado. Como se entendesse o que eu queria, ela mesma se encarregou de movimentar seu corpo para frente e para trás, a princípio lentamente e depois foi acelerando os movimentos. Descontrolado, firmei a cintura dela e assumi o controle começando a socar meu pau enquanto espancava a bunda dela sem parar.

Eudora gozou gritando e tive que deixar sua bunda em paz para poder cobrir sua boca com minha mão porque ela não parava de gozar. Não sei dizer se foi um gozo prolongado ou se ela estava tendo sucessivos orgasmos e não sei quanto tempo durou, pois chegou o momento em que eu me vi mergulhando naquele tesão que me dominava e também gozei, enchendo o rabinho dela com minha porra.

Com as pernas trêmulas, sem conseguir sustentar meu peso, fui me abaixando até ficar sentado no chão e depois me deitei no piso frio da cozinha. Em minha queda controlada, mantive minhas mãos segurando firme o corpo de Eudora que ficou sentada sobre mim e nesse movimento meu pau continuava dentro de sua bunda.

Ficamos imóveis. Ela deitou seu corpo sobre o meu e segurei seus seios começando a pressionar os mamilos levemente em um gesto de carinho, enquanto meu pau amolecia e saia de dentro dela. Recebendo meus carinhos, coisa que não estava acostumada, Eudora imóvel e ronronava como se fosse uma gatinha sendo acariciada.

Quando finalmente conseguimos nos levantar, fomos juntos para o banheiro onde cada um se encarregou de lavar o corpo do outro. O meu foi meio no automático e a única coisa que fiz a mais foi ficar esfregando sua bucetinha para tirar o excesso de espuma que tinha deixado lá, mas ela se esmerou em carinhos e, quando foi lavar meu pau, ficou ajoelhada na minha frente e, com o pau na altura de seu rosto, começou a acariciar e não demorou para enfiá-lo em sua boquinha começando uma chupeta maravilhosa e, quando vi que não ia resistir e gozar na boca dela, fiquei com pena e resolvi fazer algo diferente, segurando seu rosto com as duas mãos, puxando para que ela se colocasse em pé.

Ela ficou diante de mim sem entender. Aquele rostinho que, depois de me acostumar já achava bonitinho, estava lindo com aquela expressão que era uma mistura de surpresa, desejo e incertezas. Peguei em sua mão e a levei até minha cama sem me importar que nossos corpos estivessem molhados. Carinhosamente, fiz com que ela se deitasse com o corpo atravessado na cama e com as pernas para fora. Seus pés só não estavam apoiados no chão porque o comprimento de suas pernas não era suficiente para isso. Segurei suas pernas enquanto me ajoelhava no chão, coloquei sobre meus ombros e me vi diante daquela buceta que se oferecia para minha boca que salivava com a antecipação do gosto do mel que já escorria e, pela primeira vez, chupei sua xoxotinha com a única preocupação de fazer com que ela gozasse mais uma vez.

No começo ela apoiou os cotovelos sobre o colchão e levantou seu corpo para poder me olhar e, quando nos olhos se encontraram, pude perceber a surpresa que ela estava tendo com a minha iniciativa. Então, afastei a boca de sua xoxota e falei:

– Isso gata. Fique assim. Quero ver você gozar olhando para mim.

Mal acabei de falar e voltei à tarefa que estava disposto a realizar e chupei aquela bucetinha deliciosa como se fosse a fruta mais saborosa desse mundo. Eu queria fazer a Eudora gozar mais uma vez e consegui, não uma, mas três vezes, todas elas prendendo meus olhos nos seus.

Mais tarde, depois de se recuperar, ela também teve a ousadia de tomar a iniciativa. Como eu estava de costas, com meu pau flácido tombado para o lado, começou a fazer carinhos nele antes de colocá-lo inteiro na boca, só parando de me chupar quando meu pau já estava duro. Então ela parou. ficou em pé sobre mim com cada uma de suas pernas ao lado do meu quadril e foi se abaixando até sentir meu pau pressionar sua buceta. Ela o segurou pela base e aguardou olhando para mim. Era como se ela estivesse implorando para ser fodida daquele jeito e eu me limitei a balançar a cabeça em um sinal de concordância. Foi o suficiente para que ela soltasse seu corpo e fosse engolindo meu pau com sua buceta.

Aquela estava sendo uma noite de descobertas. Agora a novidade para mim era ficar observando as expressões do rosto de Eudora enquanto ela quicava sobre meu cacete. No início, assim que se sentiu totalmente preenchida, seu olhar era de ternura e felicidade, mas logo foi ficando mais tenso, com seus dentes mordendo com violência o lado de seu lábio inferior a ponto de sangrar, mas só descobri isso mais tarde, quando a beijei e senti o gosto de sangue, pois naquele momento tudo o que prendia minha atenção era a metamorfose que eu assistia.

A menina tímida se transformou em uma garota safadinha e depois se transformou em mulher desvairada. A mulher para quem eu ainda não tinha sido apresentado. Com aqueles olhos negros e brilhantes olhando para mim ao mesmo tempo em que parecia não ver nada, as narinas dilatadas e sua respiração se tornou ruidosa enquanto uma máscara ia alterando suas feições me mostrando o quanto uma mulher pode ficar bonita quando está gozando.

Aquele rosto bonito foi a última coisa que vi. Sem resistir, ela deixou seu corpo cair para frente e, ainda movimentando seu corpo para cima e para baixo, atacou a minha boca com a sua e senti sua língua, agora atrevida, invadindo minha boca até entrar em contato com minha língua começando uma disputa para saber quem conseguia sentir melhor a textura da boca do outro.

Então, soterrados por gemidos e gritos, gozamos juntos.

Permanecemos imóveis até que ela girou seu corpo e ficou deitada ao meu lado. Acredito que, ao fazer esse movimento, ela já estava dormindo, pois seu corpo caiu sobre o colchão e ali ficou até que eu me animasse a olhar para ela e descobri que estava certo. Um sono profundo e sereno emprestava para ela uma beleza que até então eu não tinha notado.

A carruagem da Gata Borralheira se transformou em abóbora na décima segunda badalada, sinalizando o final do dia. A de Eudora demorou um pouco mais.

No dia seguinte, quando acordei, ela já estava de banho tomado, vestida e pronta para ir trabalhar. Não sei de onde ela tinha tirado uma roupa limpa, mas era uma variação daquela roupa sem graça que ela costumava usar e minha atenção se dirigiu ao fato café da manhã que estava sobre a mesa.

Durante o desjejum ela estava agindo de uma forma diferente. Em vez daquela garota tímida que me falava mais com os olhos do que com a boca, estava radiante e falava sem parar. Logo percebi que tinha arrumado um problema sério, pois já estava elaborando planos para um fim de semana de sonhos. Respirei fundo antes de trazê-la de volta à realidade, mesmo sabendo o que isso representaria para ela. Foi comparado a uma puxada em seu tapete voador que a derrubaria da torre mais alta do castelo de sonhos que ela vivia naquele momento:

– Pode tirar o cavalinho da chuva. Eu já tenho compromisso para esse sábado.

– Então no domingo nós podemos… – Tentou ela, com a voz que mais parecia um pedido.

– Melhor não, Nem sei se o compromisso é só para amanhã ou se é para todo o final de semana. Melhor não.

Foi o suficiente para que ela vestisse sua armadura de garota tímida e dócil e passou a agir da forma como sempre fazia, enquanto eu permanecia pensativo, lembrando que a Mirtes havia dito que ‘eu seria convidado’ e não que ‘eu estava convidado’ para um compromisso e que a quinta-feira se arrastara sem que ela dissesse nada. Decidi que ia esperar até o final daquele dia e que, se não houvesse nenhuma manifestação sobre esse tal convite, daria um jeito de chamar a Eudora para ocupar a lacuna da tristeza por ter sido deixado de lado.

O expediente da sexta-feira já se aproximava do fim e nada da Mirtes se manifestar. Quando o relógio marcava dezesseis horas eu já estava avaliando a possibilidade de perguntar alguma coisa para ela, o que tinha certeza que não era uma boa ideia e que a deixaria possessa. Justamente nessa hora, o contínuo da Agência me entregou um calhamaço de documentos que vinha da gerência. Desanimado, consultei aqueles papéis sabendo que a execução dos serviços que eles exigiam me manteria ocupado pelo resto do expediente, porém, qual não foi minha surpresa ao encontrar entre os documentos uma folha de papel contendo um mapa.

Surpreso, examinei o mapa e percebi que ele tinha uma rota destacada que levava até um local fora da cidade, provavelmente um sítio e, logo abaixo, a letra inconfundível de Mirtes em um recado que eu classifiquei como curto e grosso:

“Não deixe de comparecer. Você não terá outra chance”.

Consultei novamente o mapa e reli o recado. Estava com a sensação de que faltava alguma coisa ali até que vi, escrito em uma letra tão pequena que quase não era visível, um número que, ao analisar melhor, percebi que indicava uma hora, pois estava escrito apenas “11:00 h” e na frente as letras ‘n’ e ‘a’, que eu só fui descobrir o que significava alguns depois, por causa do fato de ter chegado no local depois desse horário. Menos de dez minutos, mas atrasado.

Passei o resto da sexta-feira andando nas nuvens e a única coisa que me deixou chateado foi ter que enfrentar o olhar esperançoso de Eudora e lhe dizer que meu compromisso para o final de semana estava confirmado.

Saí da agência o mais cedo que consegui, passei um salão para dar uma aparada nos cabelos, na farmácia para comprar um perfume e fui para casa envolto na ansiedade para que o sábado chegasse logo.

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