- Vai dar tempo.
- De quê?
- Disso. - disse Júlio segurando André pela nuca e dando um beijo na sua boca, deixando-o surpreso. Júlio encostou os lábios entreabertos e invadiu a boca do rapaz com língua, dando um beijo quente e molhado. Depois abaixou o short, mostrando o volume do pau duro na cueca. - Vem, me deixa relaxado, vai, faz o que me deixa louco. - falou Júlio. André ainda estava zonzo com o beijo.
- Vai, cara! - disse Júlio, impaciente.
- Para, Júlio, você vai casar! - disse André, voltando ao normal. - E por que sua noiva não deixou você relaxado? - perguntou.
- Para com isso, André, vai logo! Já houve a última foda, agora é a nossa última gozada, nosso último encontro! - disse o homem, empurrando o jovem pelos ombros. André se sentou na cama e abaixou a cueca dele. Sentiu o calor que tanto gostava. Segurou pela base e bem devagar foi colocando tudo na boca. Júlio fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, se deliciando com aquele último momento.
André, em seus dezenove anos e apaixonado, fazia com desejo e carinho e Júlio, experiente e treze anos mais velho, sabia aproveitar cada sensação. André não conseguia resistir, mesmo ficando com raiva de si mesmo depois de cada encontro, sempre se deixava levar.
- Vai, mete tudo na boca, assim! Que boca quente, Dé… vou sentir saudade disso. - sussurrou Júlio. André lambia, chupava, e apertava com os lábios, sabendo que ia sentir muita falta. Alisava as pernas e passava a mão nos pelos do outro, esfregava o rosto na virilha, no saco e no pau. Júlio começou a respirar mais forte, era sempre assim e André conhecia cada movimento e o tempo dele, sentia que ele ia gozar e que ia ser muito. Se preparou para receber o líquido quente na boca, passando a língua pela cabeça do pau, em movimentos circulares. Sabia que ele delirava! Colocou o pau até a garganta e voltou apertando com os lábios, sentindo o gosto da baba abundante que brotava, até que saiu o primeiro jato, inundando sua boca. Engoliu e veio mais e mais. Júlio se contorceu e gemeu baixo, segurando sua cabeça, até o último espasmo. André engoliu tudo e gozou, sem se tocar. Deitou-se na cama para relaxar do orgasmo intenso que teve. Gostava de sentir o gosto tão característico do esperma de seu amado.
Júlio vestiu-se e olhou para o rapaz. André levantou e ficou de frente para ele. Deu um abraço e foi beijá-lo, mas o outro desviou do beijo.
- Não entendo, você só me beijou duas vezes… e a segunda foi hoje… sempre evita…
- O primeiro foi de encontro e o último… de despedida. E homens não se beijam, só fodem, Dé.
- Então por que me beijou duas vezes?
- Sei lá, para com isso! E, também, você está com cheiro do meu pau e da minha porra na boca, nada a ver beijar. - disse Júlio indo em direção à porta. E continuou:
- Espero você no meu casamento, daqui a pouco. Quero ver você lá, é sério!
- É sério? Você quer que eu vá no seu casamento depois disso? Acabei de chupar o pau do noivo! Acabei de engolir seu sêmen e vou no seu casamento? Vai que na hora de cumprimentar a noiva, ela sente o cheiro do SEU PAU e da SUA PORRA na minha boca? Como vamos explicar isso?
- Ah, Dé, para com isso, facilita as coisas... escova os dentes, ok? Espero você lá. - disse Júlio.
- Não me chame mais de Dé. Só quem gosta muito de mim me chama assim… e você nunca teve sentimento por mim…
- Você não entende… eu não entendo… você faz as coisas serem piores, não é nada disso. - disse Júlio, sério, olhando nos olhos dele. E mudou de tom:
- Quero ver você lá, não vou te perdoar se não for. E escova os dentes para tirar o bafo de pau! - disse Júlio saindo do quarto com um sorrisinho, fechando a porta.
- Debochado, imaturo! - disse André em voz baixa, chateado e com raiva. Júlio voltou, abriu a porta e falou:
- E… eu não falei para você. Vou morar na Alemanha. Só falei para o Miguel... não quis fazer despedidas. Talvez nunca mais a gente vá se ver de novo. Por favor, vá no meu casamento!
- Nunca mais pode ser muito tempo, Júlio.
- Dé, nunca mais pode ser nunca mais. - finalizou Júlio e saiu.
André se deitou na cama com os olhos cheios de lágrimas e permaneceu por vários minutos. Um aperto enorme no peito, uma sensação de perda, raiva e saudade que nem tinha começado ainda. Será que deveria ir ao casamento do homem que amava e que talvez nunca mais fosse encontrar?