Capítulo 1 – O Começo da Jornada
Fabiano sempre foi fascinado pela ciência e pelo impossível. Aos 18 anos, ele trabalhava como estagiário em um laboratório secreto, ajudando um excêntrico professor a concluir sua maior invenção: uma máquina do tempo. Ele não sabia se acreditava realmente naquilo, mas a curiosidade o mantinha envolvido.
Uma noite, enquanto ajustava um painel da máquina, um clarão azul preencheu a sala. Antes que pudesse reagir, sentiu seu corpo sendo puxado com força. O ar se tornou pesado, sua visão embaçou, e, quando abriu os olhos novamente, não estava mais no laboratório.
O céu era de um roxo profundo, pontilhado de estrelas que pareciam brilhar mais intensamente do que qualquer uma que ele já tinha visto. À sua frente, erguia-se uma cidade medieval cercada por uma muralha gigantesca. Mas o mais impressionante era a criatura alada que voava sobre os telhados – um dragão de escamas douradas.
Atordoado, Fabiano percebeu que algo mais estava diferente. Sua roupa havia mudado. Em vez de seu jeans e camiseta, vestia um manto azul-escuro com bordados prateados, e em sua mão havia um cajado negro, que parecia pulsar com uma energia desconhecida.
Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, ouviu passos pesados atrás de si. Um grupo de cavaleiros se aproximava, vestindo armaduras brilhantes com um brasão dourado. Um deles, de postura imponente e olhar severo, desmontou do cavalo e apontou sua espada para Fabiano.
— Quem é você? – perguntou o cavaleiro, sua voz grave e firme.
Fabiano engoliu em seco. Ele não sabia onde estava exatamente, mas tinha certeza de uma coisa: sua aventura estava apenas começando.
Capítulo 2 – A Escola dos Magos
Fabiano ergueu as mãos em um gesto de rendição, tentando não parecer uma ameaça. O cavaleiro que lhe apontava a espada tinha olhos intensos e frios como aço.
— Eu… eu não sou um inimigo — disse Fabiano, escolhendo as palavras com cautela.
O cavaleiro o estudou por um momento antes de abaixar a espada.
— Você tem roupas de um aprendiz da Escola de Magia. De onde veio?
Fabiano hesitou. Não podia contar a verdade.
— Eu… não lembro direito. Acho que fui atacado no caminho para cá — improvisou.
O cavaleiro trocou um olhar rápido com seus companheiros e depois assentiu.
— Então você deve ser um dos novos alunos. A Escola de Magia está aceitando aprendizes esta semana. Venha comigo.
Fabiano não tinha opção melhor, então seguiu o cavaleiro e seu grupo até a cidade. Conforme entravam pelos portões, Fabiano percebeu o quanto aquele lugar era mágico: fadas sobrevoavam as ruas iluminadas por lanternas flutuantes, mercadores vendiam poções brilhantes, e uma enorme torre no centro da cidade parecia se estender até o céu.
— A Escola de Magia — disse o cavaleiro, percebendo o olhar fascinado de Fabiano. — Se você realmente é um aprendiz, será levado até os mestres para ser testado.
Enquanto caminhavam, Fabiano observou melhor o cavaleiro. Ele era alto, musculoso e tinha feições aristocráticas. Havia um brasão dourado em sua armadura, e todos que passavam abaixavam a cabeça em respeito.
— Como devo chamá-lo? — perguntou Fabiano, quebrando o silêncio.
O cavaleiro olhou de lado para ele, como se achasse engraçado que alguém fizesse essa pergunta.
— Sou o Príncipe Adrian, herdeiro do trono e comandante dos Cavaleiros Reais.
Fabiano sentiu seu coração bater mais forte. Não só estava ao lado do príncipe, como ele era extremamente bonito. Mas havia um problema: se o príncipe era o maior guerreiro do reino e estava prometido a uma rainha bruxa, qualquer sentimento que ele pudesse desenvolver ali seria perigoso.
E Fabiano já sentia que estava encrencado.