Capítulo 3 – O Teste do Aprendiz
Ao chegar à imponente Escola de Magia, Fabiano sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O castelo negro reluzia sob a luz da lua, e as torres pareciam tocar as estrelas. As portas se abriram sozinhas, revelando um salão amplo com vitrais que brilhavam em tons mágicos.
O Príncipe Adrian o conduziu até uma câmara onde três magos anciãos o esperavam. Eles vestiam mantos roxos e tinham olhares inquisitivos.
— Este jovem afirma ser um aprendiz — disse Adrian, cruzando os braços. — Ele precisa ser testado.
Os magos assentiram. O mais velho deles, um homem de barba branca e olhos dourados, ergueu a mão, e um círculo de energia azul surgiu ao redor de Fabiano.
— Para ingressar na escola, deve provar que possui magia em seu sangue. Concentre-se e libere sua energia.
Fabiano engoliu em seco. Ele sabia que possuía um poder imenso desde que chegou àquele mundo, mas revelar demais poderia ser perigoso. Respirou fundo e ergueu a mão, tentando liberar apenas uma fração de sua magia.
Uma leve brisa mágica preencheu o ar, e faíscas azuis dançaram ao redor dele. Os magos trocaram olhares.
— Interessante… — murmurou um deles. — Sua magia é instável, mas poderosa.
— Você foi aceito, aprendiz — declarou o mago mais velho. — Seu treinamento começa amanhã.
Fabiano soltou o ar em alívio. Ele conseguiu entrar na escola sem revelar sua verdadeira força. Mas quando olhou para o Príncipe Adrian, percebeu que ele o encarava com um olhar curioso e desconfiado.
— Espero que não seja um problema para o reino — disse Adrian, com um meio sorriso.
Fabiano sentiu seu coração acelerar. Ele não sabia ao certo o que estava sentindo, mas uma coisa era clara: sua jornada estava apenas começando, e o príncipe seria uma parte importante dela.
Capítulo 4 – O Primeiro Dia na Escola de Magia
Na manhã seguinte, Fabiano acordou em um dormitório espaçoso, decorado com tapeçarias encantadas e prateleiras cheias de grimórios antigos. A escola era muito mais luxuosa do que imaginava. Cada aprendiz tinha um quarto próprio, o que indicava o prestígio da instituição.
Ao vestir seu uniforme – um manto azul-escuro com detalhes prateados –, ele saiu para explorar os corredores. Era impossível não se impressionar com a grandiosidade da escola: escadarias flutuantes, janelas que mostravam paisagens de outros reinos e professores que pareciam exalar magia pura.
No grande salão, onde aconteciam as refeições, Fabiano notou a diversidade dos alunos. Havia elfos, vampiros, metamorfos e humanos de diferentes linhagens nobres. Mas o que chamou sua atenção foi a figura imponente do Príncipe Adrian sentado à mesa mais alta, cercado por outros guerreiros e magos de elite.
Antes que pudesse desviar o olhar, Adrian ergueu os olhos e encontrou os dele. Por um momento, Fabiano sentiu um frio na barriga, como se tivesse sido desarmado por aquele olhar penetrante.
— Fabiano, certo? — uma voz feminina o tirou de seu transe.
Ele se virou e viu uma jovem de cabelos cor de fogo e olhos âmbar.
— Sou Lilith, sua colega de turma. Você chegou ontem e já chamou a atenção do príncipe? Impressionante.
Fabiano riu nervosamente.
— Não foi minha intenção.
— Claro que não — Lilith piscou. — Mas tome cuidado. Ele está prometido a uma rainha poderosa, e boatos dizem que ela não aceita bem… distrações.
Antes que Fabiano pudesse responder, um som mágico ecoou pelo salão, e um professor de longos cabelos prateados surgiu no centro.
— Alunos, preparem-se para sua primeira aula. Hoje testaremos suas habilidades na Arena Arcana!
Fabiano sentiu um arrepio. Ele precisaria controlar seu poder para não revelar o quanto era forte. Mas uma coisa o preocupava ainda mais: o olhar intenso do Príncipe Adrian, que parecia observá-lo a cada movimento.
E, por algum motivo, aquilo lhe causava um misto de nervosismo e expectativa.