A amante Danielle: Entre o desejo e o perigo - Capítulo 6

Um conto erótico de Thiago
Categoria: Heterossexual
Contém 1042 palavras
Data: 17/03/2025 20:52:43

Nessa hora eu disfarço, e rapidamente pego meu celular e mando mensagem para o Dr Felipe:

“ELE ESTÁ AQUI FORA ESPERANDO ELA”

Guardo o celular e vejo que ele ainda continua me olhando. Na minha cabeça vem o seguinte pensamento:

“Não posso ficar aqui parado. Esse cara pode ser tudo, menos otário. Se eu simplesmente atravessar a rua eu já posso me considerar um homem morto.”

Então, eu tenho a seguinte ideia: ir até ele e fingir que estou buscando alguma informação. E é exatamente isso que faço.

Vou até em sua direção, com ele ainda me olhando, e pergunto:

- Bom dia, amigo, tudo bem? Eu não sou daqui de São Paulo, e gostaria de saber onde tem uma farmácia aqui por perto?

Ele fica me encarando por uns 5 segundos e me fala:

- Bom dia...acho que tem uma a três quadras daqui, só seguir em frente.

- Ok, muito obrigado pela informação, tenha um bom dia.

Assim que começo a andar, fingindo ir para tal farmácia, caminho totalmente diferente do meu trabalho (que já estava bem atrasado), sinto ele colocar as mãos em meus ombros. Na hora eu pensei:

“Pronto, é agora que ele me mata”.

Eu viro para ele assustado. Ele me olha e diz:

- Fique tranquilo, te dou uma carona até lá. A farmácia é caminho da minha empresa.

- Que isso, não precisa, não quero incomodar.

- Entra logo aí, rapaz...aproveita que não é todo dia que você vai ter uma oportunidade de andar em um carrão desses.

Na hora veio um pensamento inevitável:

“Que gordo otário....mal sabe ele que acabei de comer a esposa dele. Merece tomar chifre. Mas será que vai ser só uma carona mesmo ou será o meu fim?”

Vi que ali não tinha muito o que fazer a não ser entrar em seu carro.

- ok, já que não vai incomodar - falei, quase borrando nas calças.

Ele olha pro teu relógio e fala em voz alta:

- Depois resolvo essa merda. Então vamos, entra aí.

Minha cabeça neste momento estava a mil. Pensava: ‘’ele deve saber de alguma de coisa, não é possível. Como que uma pessoa vai oferecendo carona pra quem ele não conhece?

Entro no carro. Olho pela janela e vejo que Dr. Felipe está na frente de seu consultório, fumando um cigarro e disfarçando, olhando para o que estava acontecendo. Rapidamente ele volta para dentro assim que me vê entrar no carro.

Nessa hora eu começo a suar frio, vontade de chorar, com dor de barriga e ânsia de vômito.

Ele dá partida no carro e liga o som:

- Curte jazz?

- Hammm, nã...não so..sou um grande conhecedor - Falei, gaguejando (aquela situação começou a me fazer gaguejar, coisa que nunca tinha acontecido comigo).

- Como é teu nome?

- Fábio - respondi, mentindo.

- então você não é de São Paulo. De onde você é?

- Sou de Belo Horizonte - de novo, mentindo.

- e faz o quê da vida?

- Sou jornalista, mas amanhã já estou indo embora - novamente, mentindo.

Nisso, toca o teu celular. Ele atende aos berros:

- DANIELLE, VOCÊ VAI TER QUE ME DAR UMA EXCELENTE EXPLICAÇÃO, TÁ ME OUVINDO?

Escuto ela falando algo no telefone;

- E EU MANDEI VOCÊ IR AO MERCADO POR ACASO? À NOITE A GENTE CONVERSA EM CASA.

Mal sabia ele que eu já sabia onde essa tal “conversa” iria dar: ele iria espancá-la ou até algo pior.

Desliga o telefone, olha para mim e fala:

- Essas mulheres, hein? Só dor de cabeça....mas tem que tratar assim para elas respeitarem.

- Si....sim...você tem ra..razão - respondi, com a minha gagueira recente atacando novamente, e ainda com ânsia de vômito.

De repente ele tira uma 38 da cintura, e guarda na porta do motorista. Me bate um desespero visível. Ele diz:

- fica tranquilo. Deixo aqui só por segurança. Sabe como São Paulo está perigoso, né? ...Pronto, chegamos, aqui é a farmácia.

- Muito obrigado pela carona. Tenha um excelente dia.

Imediatamente já meto a mão na porta para abri-la e, assim que estou quase saindo, ele puxa meu braço.

Novamente pensei: É AGORA. VOU MORRER.

Olho para ele assustado. E ele diz:

- Toma cuidado, hein....tua carteira caiu no tapete do carro e você nem viu.

- Ah, re..realmente..não tinha visto...muito obrigado...Valeu pela carona.

Saio rapidamente sem olhar para trás e entro na farmácia para disfarçar. Vejo que ele também segue seu caminho.

Penso em voltar ao consultório do Dr Felipe, mas depois do tinha acabado de acontecer, resolvi não arriscar, de não colocar a vida de todos em risco.

Chega a tarde. Vou ao trabalho. Chega o fim de tarde. Volto do trabalho.

E só conseguia pensar em uma coisa: O QUE IRIA ACONTECER COM DANIELLE?

Uma semana se passou, e eu não tive mais notícias da Danielle, e vi que teu carro nunca mais tinha aparecido em sua clínica.

Nesse meio tempo, ainda estava mantendo contato com Juliana, e já havia até transado com ela naquela semana.

Mas estava levando as coisas com ela no automático. Porque só conseguia pensar na Dani. Seja pelo sexo, por estar gostando dela, seja por pura preocupação também.

Até que, em um belo dia, não aguentando mais aquela situação, fico observando o último carro sair do consultório do Dr Felipe, e vou até lá para falar com ele.

Entro no consultório e peço para a secretária avisá-lo que estou ali.

Ele manda eu entrar.

Assim que entro, ele me fala:

- Você tá querendo matar nós dois mesmo, né? Aliás, nós três, se é que a Dani já não morreu.

- Como assim? Você não falou mais com ela? Perguntei assustado.

- Não..aquele dia que você ficou com ela aqui também foi a última vez que a vi. Das duas uma: ou ele a espancou ou matou ela.

- Meu deus! - explanei, desesperado.

- Pois é.

- e qual foi a reação dela aquele dia?

- assim que vi você entrando no carro com ele, fui correndo avisá-la. E ela foi correndo para o mercado para tentar disfarçar. E me fala, o que você foi fazer no carro dele? Eu achei que ele tinha te matado.

- fingi que estava buscando uma farmácia, e ele me levou até lá.

- só isso? - perguntou Dr Felipe.

- sim, só isso - respondi.

- Pode ter certeza que não vai ser só isso

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