Eu nunca fui do tipo que gosta de chamar atenção, mas desde que comecei a frequentar a academia, percebi que isso era inevitável. Meu corpo, esculpido por anos de treinos dedicados, sempre foi motivo de olhares e comentários. Eu me acostumei com isso, mas nunca deixei que afetasse minha rotina ou meu casamento com Carlos. Ele era meu porto seguro, meu companheiro, e eu nunca pensaria em traí-lo. Pelo menos, era o que eu acreditava.
Naquela tarde, eu estava na academia, como de costume. Vestia uma leggings preta justíssima, que destacava cada curva do meu bumbum, e um top esportivo que deixava minha cintura marcada e meus seios médios bem à mostra. Eu sabia que aquela roupa era provocante, mas era confortável e perfeita para os exercícios. Além disso, eu gostava de me sentir bem comigo mesma, e aquela roupa me fazia sentir poderosa.
Matias, como sempre, estava lá, me observando de longe. Ele era um dos frequentadores assíduos da academia, e desde o primeiro dia, ele não disfarçava o interesse que tinha por mim. Eu já tinha perdido as contas de quantas vezes precisei repreendê-lo.
"Para de ficar atrás de mim enquanto eu faço exercícios! Eu sou casada. Pare de ficar olhando minha bunda. Você se importa se eu terminar meus exercícios sozinha?", eu disse, mais uma vez, com um tom de irritação na voz.
Ele sorriu, como se estivesse brincando, e se afastou. Eu suspirei, tentando me concentrar nos meus exercícios. Marina, minha amiga, estava na esteira, correndo e conversando com o professor. Ela sempre foi mais ousada do que eu, e vivia atormentando o professor com brincadeiras e insinuações. Eu sempre achei que ele era gay, mas Marina insistia que não.
"Raíssa, você não vê o jeito que ele me olha? Ele não é gay, pode ter certeza", ela dizia, rindo.
Eu não dava muita atenção para aquilo. Para mim, o professor era apenas um profissional dedicado, que levava seu trabalho a sério. Mas naquele dia, tudo mudou.
Terminei meu treino e decidi tomar um banho antes de ir para casa. O vestiário estava vazio, como de costume naquela hora. Eu me senti aliviada, pois não queria mais olhares ou comentários. Tirei minha roupa e entrei no chuveiro, deixando a água quente cair sobre meu corpo, relaxando meus músculos cansados.
Foi então que ouvi a voz.
"Licença..."
Eu me virei rapidamente, cobrindo meu corpo com as mãos, pensando que era Matias.
"Escuta aqui, Matias, eu já disse que...", comecei a dizer, mas parei quando vi que não era ele.
Era o professor. Ele estava ali, apenas com uma blusa vermelha, que mal cobria seu torso definido. Seus olhos me encaravam com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes.
"Desculpe, não sou o Matias. Se importa em dividir o chuveiro comigo?", ele perguntou, com uma voz suave, mas carregada de intenção.
Eu hesitei, sentindo meu coração acelerar. "Tudo bem, professor, só não acho uma boa ideia. As pessoas não vão entender...", respondi, tentando manter a compostura.
Ele se aproximou, e eu pude sentir o calor do seu corpo. "Não se preocupe, já foram todos embora. Estamos sozinhos aqui...", ele disse, com um sorriso que me fez tremer.
Eu não sabia o que fazer. Minha mente estava em conflito, mas meu corpo parecia ter uma vontade própria. Ele se aproximou mais, e eu pude sentir o cheiro do seu perfume, misturado com o suor do treino. Era intoxicante.
"Raíssa, você é uma mulher incrível. Eu não consigo tirar os olhos de você", ele disse, enquanto suas mãos deslizavam pelo meu corpo, explorando cada curva.
Eu senti um arrepio percorrer minha espinha, e meu corpo respondeu ao toque dele. Eu sabia que aquilo era errado, mas não conseguia parar. Suas mãos eram habilidosas, e eu me deixei levar pela sensação.
Ele me beijou, e eu respondi ao beijo com uma intensidade que me surpreendeu. Nossos corpos se entrelaçaram, e eu me senti viva de uma maneira que nunca tinha sentido antes. A água quente caía sobre nós, misturando-se ao suor e ao desejo.
Ele me levantou, e eu envolvi minhas pernas em torno de sua cintura. Sentia cada músculo do seu corpo, cada movimento. Ele me levou até a parede, e eu me apoiei nela, enquanto ele me penetrava com uma força que me fez gemer.
Eu nunca tinha sentido algo assim. Era como se meu corpo estivesse sendo descoberto pela primeira vez. Cada toque, cada movimento, era uma nova sensação. Eu me entreguei completamente, deixando que ele me levasse ao limite.
Nossos corpos se moveram em sincronia, e eu senti o prazer crescer dentro de mim, até que não pude mais segurar. Eu me soltei, gemendo alto, enquanto ele me segurava, me levando ao clímax.
Quando acabou, ficamos ali, ofegantes, ainda abraçados. Eu sabia que aquilo tinha mudado tudo, mas naquele momento, não me importava. Eu me sentia viva, e isso era o que importava.
Ele me olhou nos olhos, e eu pude ver o desejo ainda ardendo nele. "Raíssa, você é incrível", ele disse, com uma voz rouca.
Eu sorri, sentindo uma mistura de culpa e satisfação. Eu sabia que aquilo não poderia se repetir, mas naquele momento, eu não me importava. Eu tinha vivido algo intenso, e isso era o que importava.
Saímos do chuveiro e nos vestimos em silêncio. Eu sabia que aquilo tinha sido um erro, mas também sabia que nunca me esqueceria daquela noite. Eu me senti poderosa, desejada, e isso era algo que eu nunca tinha sentido antes.
Quando cheguei em casa, Carlos estava esperando por mim, como sempre. Ele me abraçou e me perguntou como tinha sido o dia. Eu sorri, sentindo um peso no peito, mas também uma sensação de liberdade.
"Foi um dia diferente", eu disse, enquanto me aconchegava no seu abraço.
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