Teste de Fidelidade da Minha Namorada - 2

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 848 palavras
Data: 21/04/2025 14:57:48

“Obrigado por me adicionar! Achei você linda… adoraria te conhecer melhor 😄”

Fui à casa do João e fiquei assistindo enquanto ele mandava mensagens para minha namorada. O plano estava em ação.

A abordagem inicial dele parecia ridícula, mas eu sabia muito bem que funcionava. A verdade é que tanto fazia qual era a primeira mensagem, o que fazia as mulheres continuarem a conversar eram as fotos deles.

Ele começava sempre com essa pose de bom moço. Educado, gentil. Só depois mudava o tom, revelando quem ele realmente era.

João curtia umas paradas estranhas, meio estilo “50 Tons de Cinza”. Uma vez, ele mostrou uma conversa com uma garota que mesmo sem ele responder há mais de um ano, ela continuava mandando nudes. Dizia que ainda era propriedade dele e ele era o mestre dela.

Confesso que ficava um pouco chocado. Eu odiaria saber que minha filha estava namorando alguém como ele. E agora, precisava torcer para minha namorada não cair no papo dele.

Dizem que, quando você está em dúvida entre duas escolhas, é só jogar uma moeda para o alto. No tempo que ela leva para cair, você já sabe o que quer.

O plano mal tinha começado e eu já sabia. Queria que a Tati passasse no teste. Queria seguir em frente com ela.

A gente já namorava há alguns anos. Eu a conheci num app e a conversa engatou quando descobrimos que estudávamos na mesma faculdade, em cursos diferentes. Ela fazia fonoaudiologia. Eu, medicina.

Mesmo com o papo bom e as fotos bonitas, fui para o primeiro encontro pronto para a decepção. Esses encontros de apps são sempre assim, as fotos enganam demais.

Quando vi uma loira magrinha, com o cabelo que chegava até quase a cintura e um bundão magnífico vindo na minha direção, nem reagi. Tinha certeza de que não era ela.

Tati me deu um beijinho e sentou-se na minha mesa, e eu fiquei com a boca aberta, sem acreditar que de fato meu date era com aquela deusa. E mesmo com certo nervosismo meu, o encontro foi super legal. Tanto é que a gente continuou a sair.

Demorou um tempo até rolar o primeiro beijo. Tati era meio timidazinha, com uma carinha de santa. E eu, iludido, achei que ela era inexperiente. Cheguei a pensar até mesmo que fosse o primeiro cara dela. Achei melhor fazer tudo devagar.

Só depois de anos juntos que contei isso para ela. Tati caiu no chão de tanto gargalhar. Descobri que não só não era o primeiro, como ela já tinha dormido com muito mais gente do que eu, até mesmo tinha experiência com outras meninas.

Tentei disfarçar, fingir que estava tudo bem. Mas por dentro, algo trincou.

Não era ciúme ou moralismo. Era só uma pergunta que apareceu e não me deixou mais em paz: quem já viveu tanto assim, consegue parar?

Desde então, essa dúvida me acompanhava.

“Aí… brigada, viu? Mas, moço, eu tenho namorado 🙊”

Pelo menos, a primeira resposta dela para o João me deu um alívio imediato. Poderia ter sido mais firme, mais direta, mas pelo menos ela avisou que era comprometida. Era um bom começo.

“Ah, que pena… então a gente pode ser amigo, né?”, ele respondeu.

“Claro! 🙃”

Com isso, relaxei. Até brindei com o João. Falei que ele podia encerrar. Que ela tinha me escolhido. Nem o pegador da nossa turma conseguiu ‘tentar’ minha princesa.

Ele me olhou torto, como se tivesse mordido um limão. João sempre foi competitivo, mas não imaginei que até nisso ele quisesse vencer.

— Isso é uma maratona, não uma corrida. — foi a resposta dele. O jeito me incomodou um pouco. Ele estava empenhado demais.

Mesmo assim, tentei não encanar. As coisas estavam indo do jeito que eu queria.

Terminei minha bebida, agradeci profundamente o João e fui embora da casa dele. Eu estaria em paz se tivesse mesmo. Já dava para chamar aquilo de vitória. A minha noia tinha baixado.

Os dias passaram sem novidade. Achei até que o João tinha desencanado depois da negativa. Para ser sincero,

Então, numa tarde qualquer, deslizando o feed, me deparei com uma foto. João, na academia, de regata. Ombro estourado, tanquinho aparecendo, tatuagem em destaque. Legenda boba sobre foco e saúde.

Mas aquilo não era sobre treino — era uma isca de contatinho. Ele queria chamar atenção. Queria que ela visse. Queria que ela viesse.

Minha ansiedade foi para o limite de novo. Fiquei com uma sensação ruim. Fiquei olhando compulsivamente o celular, esperando uma notícia ruim.

Quase mandei mensagem perguntando se ela tinha dito algo. Me segurei. Não queria que meu amigo soubesse quão desesperado eu estava.

Demorou algumas horas, João mandou um print. Tati tinha curtido o story.

Ufa, era só isso? Se fosse, eu conseguia viver.

Respondi dizendo que aquilo não era nada. Ela vivia no Instagram, curtia tudo quanto era post. Ele não rebateu. Só mandou outro print.

E eles estavam conversando de novo.

<Continua>

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