Silêncio no Sofá

Um conto erótico de Luna Blood
Categoria: Grupal
Contém 1052 palavras
Data: 21/04/2025 16:19:33

O relógio marcava quase 11 da noite. A casa estava mergulhada num silêncio estranho — não o tipo de silêncio calmo, e sim aquele carregado de algo prestes a explodir.

Sentadas lados a lado no sofá, Clara e Luiza, ambas com seus uniformes da faculdade ainda colados ao corpo, mal trocavam palavras. Os cabelos presos de qualquer jeito, as pernas cruzadas como se escondessem alguma coisa... ou esperassem. A TV ligada no mudo era só uma desculpa.

O problema era aquele toque de tensão que ninguém ousava nomear. Talvez fosse o jeito como os joelhos se encostavam de leve. Ou como os olhos fugiam um do outro — e depois voltavam. Talvez fosse a lembrança daquela noite na semana passada, quando uma dormiu na casa da outra e... quase aconteceu algo.

Elas eram meias-irmãs. Por parte de pai. Quando as famílias se cruzaram. Com 19 e 20 anos, dividiam mais do que o sangue — dividiam segredos. Pensamentos que jamais seriam ditos em voz alta. Foi nesse clima que a porta da sala se abriu.

Nenhuma das duas esperava ninguém. Mas ele entrou como se estivesse no lugar certo. Alto, barba por fazer, olhos escuros e uma calma perigosa no andar. Nenhuma delas perguntou quem era. Ele também não disse seu nome. Só parou ali, diante das duas, olhando com um interesse que fez os corações baterem mais forte.

Luiza foi a primeira a desviar os olhos, apertando as coxas uma contra a outra, desconcertada.

Clara, ao contrário, manteve o olhar fixo no dele — provocante. Sempre foi a mais ousada das duas.

Sem pedir permissão, ele se aproximou. Ajoelhou-se entre as duas e, com uma mão em cada joelho, separou lentamente suas pernas. O gesto foi calmo, mas firme. Nem uma palavra. Só o som da respiração ficando mais pesada.

As mãos dele exploravam com precisão, passando por cima das saias, depois por baixo. Os dedos quentes encontrando a pele arrepiada, sentindo a excitação crescendo devagar.

Clara soltou o primeiro suspiro. Quase um gemido contido.

Luiza mordeu o lábio, tremendo quando ele puxou sua calcinha pro lado e roçou os lábios ali, como se provasse algo sagrado. E ela era — naquele instante, era.

Logo, o sofá virou um altar do profano.

Clara e Luiza se beijaram — tímidas no começo, depois famintas. As línguas se explorando como se guardassem anos de desejo proibido. Os seios grandes de Clara escaparam do sutiã, sendo lambidos por Luiza com fome e cuidado ao mesmo tempo.

Ele se revezava entre as duas, mergulhando o rosto entre as coxas de uma, depois da outra. Sugando, lambendo, fazendo as duas gozarem aos poucos — primeiro em suspiros, depois em gemidos baixos, e enfim, sem mais controle.

Não havia ciúmes. Só calor. Só desejo compartilhado.

Quando ele penetrou Clara pela primeira vez, Luiza estava de joelhos, lambendo os seios da irmã, murmurando no ouvido dela:

— É só prazer. Deixa acontecer...

E ela deixou.

Foram minutos — talvez horas — de corpos entrelaçados, fluidos se misturando, mãos segurando firme, olhos fechados em puro êxtase. As regras não existiam mais.

Quando tudo terminou, os três estavam jogados no sofá. Suados, ofegantes, e em silêncio... de novo. Mas agora, um silêncio satisfeito.

Ele se levantou, vestiu a camisa e saiu da casa, do mesmo jeito que entrou.

Clara virou-se para Luiza, com um sorrisinho nos lábios molhados:

— Quem era ele?

Luiza deu de ombros, ainda com o rosto ruborizado.

— Não sei..., mas quero que ele volte.

Dois dias se passaram desde aquela noite.

Clara não conseguia dormir. A pele ainda lembrava o toque dele. O jeito como ele conhecia cada ponto do seu corpo como se tivesse nascido pra isso. Luiza estava igual. As duas fingiam que nada aconteceu..., mas os olhares entre elas estavam diferentes agora. Mais intensos. Mais necessitados.

Na noite de sexta, a campainha tocou.

Clara e Luiza estavam de camisola — quase transparentes, como se o corpo já soubesse. Como se estivessem esperando. O coração disparou.

Era ele.

Mesmo olhar. Mesmo silêncio. Mesmo controle total da situação.

— Subam para o quarto — ele disse, a voz grave, finalmente quebrando o silêncio.

As duas obedeceram como se fossem programadas para isso. Quando entraram no quarto, ele trancou a porta atrás de si. Não era mais só um jogo. Agora era um ritual.

— Tirem a roupa uma da outra — ordenou, sentando-se na cadeira do canto.

Luiza tremeu.

Clara sorriu.

As mãos deslizaram devagar. Primeiro os botões da camisola de Luiza. Depois as alças da de Clara. As peças foram caindo no chão, revelando pele quente, peitos cheios, mamilos duros de antecipação.

Elas se beijaram de novo. Mas dessa vez, com ele olhando. A tensão era diferente — tinha algo de perverso e excitante naquele olhar observador. Clara puxou Luiza para a cama, fazendo-a deitar-se de bruços.

— Deixa eu te mostrar o quanto eu pensei nisso... — sussurrou Clara.

E começou a lamber ali, com fome, com precisão. A língua explorando, o dedo provocando, os gemidos abafados no travesseiro. Luiza se desmanchando, os quadris tremendos, sugando o prazer como se fosse oxigênio.

Ele se levantou. Veio até elas. Posicionou-se atrás de Clara, que ainda estava entre as pernas da irmã.

Entrou nela devagar.

Clara gemeu alto, o som ecoando no quarto, ecoando no corpo de Luiza que sentia a vibração da irmã por cima dela.

Foi assim: uma sendo devorada, outra sendo fodida, as duas unidas pelo desejo, suadas, molhadas, submissas àquele momento.

Ele alternava os movimentos, ora com força, ora com lentidão. Enquanto isso, as duas irmãs se beijavam, trocavam gemidos, se mordiam, se seguravam como se estivessem caindo num abismo juntas.

O quarto virou um campo de energia sexual crua.

Ele gozou primeiro — dentro de Clara, com um gemido baixo, contido, mas intenso.

Ela veio logo depois, tremendo sobre Luiza, que ainda estava sendo lambida com tanta delicadeza que mal conseguia respirar.

Quando tudo terminou, o ar estava pesado, carregado de suor, gozo e luxúria.

Ele pegou a camisa, e antes de sair, deixou uma pequena caixa no criado-mudo.

— Na próxima vez... vocês vão usar isso.

E sumiu.

As duas ficaram em silêncio por um instante, olhando a caixa.

Luiza a abriu com dedos trêmulos.

Lá dentro: dois colares. Um com a letra C. Outro com a letra L.

— Isso é...

— Obediência — sussurrou Clara.

As duas se olharam. Não era só um jogo mais. Agora... era só o começo.

[Continua?]

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