Transição - Capítulo 17 - Dando bandeira, medo.

Da série Transição
Um conto erótico de Cigana CD
Categoria: Crossdresser
Contém 1648 palavras
Data: 22/04/2025 20:16:07

Transição - Capítulo 17 - Dando bandeira, medo.

Transição, Transex, Crossdresser, Aventuras e Bissexualidade

(Esta série é uma continuação de Aventura na Universidade e Sendo Livre, muitos fatos aqui relatados tem relação com elas, recomendo ler, mas pode ser lida separadamente.)

Eu fui sem saber o que rolava. Chegamos e ela foi direta.

– Olha Vicente, eu sou lésbica, é não parece, mas sou, e adianto a Paola não e minha namorada, eu namoro uma menina da minha cidade, tô te falando isso pois acho que minha intuição me diz que posso confiar em você, afinal somos parecidas.

Ela usou o tom feminino, eu estiquei os olhos e ela já completou.

– Tá, eu a algum tempo venho percebendo algumas mudanças em você, pele, cabelo, essa sobrancelha e os furos no ouvido, três é um pouco mais do que os meninos fazem, e a alguns dias, eu vi um casal lindo no shopping, calma, é segredo nosso.

– Sinais, shopping, você não tá confundindo as coisas Adri.

– Bom se quiser, encerramos a conversa aqui, mas saiba que vai ter em mim uma amiga sincera e preocupada, todas as meninas de Agro, já sairam com Augusto, e quando digo todas, não são apenas as 5 ou 6 meninas Cis, sabe o que quero dizer né. Eu mesma saí com ele, mas na hora H, não transamos, apenas curtimos uns beijos e eu queria matar uma curiosidade do que seria beijar um menino lá, você bem sabe aonde.

Algo em mim dizia para abrir o jogo, mas ainda não estava tão seguro, sei que ela foi totalmente sincera e desarmada na conversa então fiz uma pergunta, que depois me arrependi.

– Todas as meninas, e não apenas as 6, não entendi.

– Tá, entendi, esta certa, tem que se preservar, mas os sinais seus estão aumentando inclusive com esse jeans hoje não está aparente, mas ontem, a calça que usava, sua calcinha marca mais do que imagina, tem que dar uma olhada na sua bunda Vicente antes de sair, ela já não é a mesma e está marcando a calça sua calcinha fica socada e aparece o contorno.

Nossa eu na hora levantei e fui olhar, que bobo, acabara de me entregar e ela abrindo um sorriso e piscando disse.

– Sinais, disso que falo, então tome cuidado querido ou se achar melhor querida.

– Tá, já está na hora da aula, vamos conversar no almoço, acho que estou fazendo papel de bobo em não assumir pra você, mas tá marcando mesmo? O que faço agora?

– Não boba, não está, fiz isso apenas como ultima alternativa para você se abrir comigo, e sim a menina que estava de mãos dadas com o Augusto eu sei que era você e ela era linda, talvez a mais linda menina trans do curso, e sim, sem ninguém nunca me dizer eu sei de algumas meninas iguais a você, afinal uma lésbica sempre sabe reconhecer uma menina mesmo sendo tão restrito o clubinho de vocês.

Fomos conversando pra aula, mas dai ela falou que iria falar comigo no masculino, que era segredo nosso, que entendia os cuidados, ela mesmo sofreu com um colega nosso que tentou violentar ela, não aceitou que ela disse que não queria nada com ele que estava só curtindo o momento, era só uma conversa e o mané já levou como uma oportunidade para dar em cima, quando ela falou que era lésbica ele agrediu, mas ela fugiu e depois conversaram e ambos tinham a perder se aquilo fosse revelado, ele por ter sido violento e ela por ser lésbica, ainda eram os moldes dos tempos que vivíamos.

Na sala Adri piscou para Paola que sorriu e mandou um beijo para mim, que sem jeito retribui, os três amigos lá da confusão, viram o beijo e apenas entre eles fizeram uns gestos e resmungos, Augusto estava próximo deles e apenas nos olhava, eu e Adri sentamos juntos, um ao lado do outro em filas diferente e assim fomos até o intervalo.

Augusto e outro colega tentaram vir conversar comigo, mas Adri me pegando pela mão me convidou pra ir na biblioteca e assim eles desistiram no meio do caminho, essa mãos dada não foi de amiga, ela meio que insinuou com o gesto e me apertando que éramos um casalzinho, achei inusitado, a menina mais quieta da sala estava literalmente demonstrando um carinho, e ela fazia de um jeito tão suave e discreto que combinava perfeitamente com o jeito dela até então recatada, acho que éramos o casal nerd mais ideal da turma.

Na biblioteca, eu me retratei e falei a verdade, eu contei que era eu, de que era crossdresser, mas falei apenas de mim, ela gostou, agradeceu, e disse que era melhor essa semana a gente simular estarmos juntos, que depois iria falar com Augusto, dizendo o motivo, que eu não precisaria me indispor com ele, e voltamos de mãos dadas pra sala, duas outras meninas vieram conversar e olhando pra Adri falaram.

– Nossa, hein amiga, demorou pra ficarem juntos, a gente já SHIPAVA vocês a tempos.

– Pois é, mas cuidado a ex-namorada dele é bem maior que você hein, não é verdade Vicente.

Eu disse:

– Ei meninas, estamos apenas tendo um lance, nem namorados somos, não viagem. E tem mais, eu terminei com a Vanessa.

Adri completou.

– Ainda estamos nos conhecendo, parem de falar besteira e a Vanessa é minha amiga também e o Vicente me garantiu que não estavam mais namorando né?

– É, ou vocês não viram que a Vanessa tá namorando?

Todos fizeram um gesto que sim, e voltaram para seus lugares eu olhando pra Adri perguntei, que história é essa de demorar pra ficarem juntos?

– Ah é que uma vez fizemos uma votação de que era o mais gato, o mais educado, que cada uma queria sair e eu escolhi você e como sou tímida elas sempre insistiam para eu tentar algo, diziam que ia passar o curso inteiro BV, que ia perder a chance de pegar um gatinho. Você está entre o top 5 da turma, no meu caso era o nr 1, mas estas duas ali não prestam, colocam você como o nr 2 delas e ficam me tirando é inveja.

– E quem eram os top 5 seu, e os delas.

– Esquece, já tá se achando o gostosão, depois que pegou a Vanessa, digo namorou ela, tem conceito entre os meninos ficou nas alturas também, eu sei por que a Paola me disse, ela é uma amiga querida, mas é uma que já pegou metade da turma, então ela tem informações privilegiadas, só não te pegou por que ela imaginava eu apaixonada por você.

– E não é, digo, por que resolveu simular esse negócio de mãos dadas e ficarmos juntos, tipo namorados?

– Primeiro que eu gosto de você como amigo, depois que é para defesa de ambos, o mesmo Rubens que quer te bater, é o mesmo que tá a meses tentando me forçar a sair com ele, sei que isso pode deixar ele mais puto com você, mas acho que irá logo nos esquecer, eu não passo de um troféu que todos querem ter, tipo pegar a menina estranha, tirar o cabaço, como a Paola já ouviu ele falando. Além do que outra menina desconfia que sou lésbica e quer meio que me bater, sei lá esse povo homofóbico de Agro.

– Credo, nunca percebi, mas quanto a ficarmos, digo simular e o Rubens aceitar e afastar-se, sei não, acho que pode ser pior, digo dele ficar nervoso. Tem um jeitão de macho territorialista.

– Vamos ficar um mês, não se preocupe, não vou me apaixonar por você Vicente.

– É, tirando Vanessa, namorar por fachada deve ser minha sina.

Ela me olhou sem entender, sorriu e me deu um selinho.

Falei com ela que iria almoçar com Augusto e ela pediu para ir junto e falar com ele antes, tipo enquanto eu fosse pegar a comida dela, para ficarem a sós.

No almoço, Vanessa estava vindo para próximo de mim, na fila, eu distraído não percebi, ela chegou me agarrando como fazia quando éramos namorados, mas logo em seguida pelo susto eu me afastei dali ainda distraído falei.

– Vany, sei que combinei de almoçar com você, na verdade vou almoçar com Augusto e com minha namoradinha, uma história louca e recente, em casa te conto.

– Conte agora, é aquela do lado do Augusto.

– É, ela mesma estuda comigo, na minha turma, ela percebeu que sou diferente e antes da aula, assim que nos despedimos teve um lance de confusão entre eu e 3 caras da turma e ela me “salvou”, digamos me protegeu, veio conversar comigo e disse ter me visto no Shopping com o Augusto.

– Tá parece mais confuso do que parece, em casa me conta, chega cedo hein.

– Não vai dar, vou sair com o Augusto.

– Mesmo assim, me conta enquanto se apronta, ficamos conversando.

– Eu já trouxe tudo na mochila e saímos direto daqui.

– Que fogo hein, tá vai lá, melhor cuidar de seu namorado e namorada, credo Vicente você é cheio de confusão hein.

– Só eu né, tá beijos. Saiu meu pedido, digo da minha namorada.

Assim sai, com o pedido dela, logo o meu saiu no balcão ao lado onde estávamos e ao chegar o Augusto falou.

– Tô de boa, Adri me contou tudo, bem que notei os três meio alterados na sala e não entendi o lance seu com ela, mas acho que é válido, apenas vou ficar de olho por perto tá.

Disse isso e saiu, e eu fiquei então conversando com minha nova namorada e combinamos algumas coisas, que seria inevitável nos beijar em dado momento e ele rindo falou.

– Tudo bem, a boca pode até ser sua, mas vou ficar de olhos fechados pensando em uma certa menina.

– Ta pensa na sua namorada, qual o nome dela.

– Não acredito, você é bem desligado né, mas tudo bem, na Mônica, vou pensar nela também.

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